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São Bento
2018
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1. TEORIAS DEMOGRÁFICAS
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Esse processo denominado revolução médico-sanitária, incluiu também a ampliação
dos serviços médicos, as campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde
pública em zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Todos
esses fatores permitiram uma acentuada redução nas taxas de mortalidade, principalmente
a infantil, que até então eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição
da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande
crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido
como explosão demográfica.
Com a nova aceleração populacional, voltaram a surgir estudos baseados nas idéias
de Malthus, dando origem a um conjunto de teorias e propostas denominadas
neomalthusianas.
Novamente, os teóricos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo
crescimento populacional, que estaria provocando a elevação dos gastos governamentais
com os serviços de educação e saúde. Isso comprometeria a realização de investimentos
nos setores produtivos e dificultaria o desenvolvimento econômico. Para os
neomalthusianos, uma população numerosa seria um obstáculo ao desenvolvimento e
levaria ao esgotamento dos recursos naturais, ao desemprego e à pobreza. Enfim, ao caos
social.
Para os neomalthusianos, a desordem social poderia levar os países
subdesenvolvidos a se alinhar com os países socialistas, que se expandiam naquele
momento. Para evitar o risco, propunham a adoção de políticas de controle de natalidade,
que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”.
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2. A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
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Resumindo – idéias principais:
As teorias demográficas
Teoria Malthusiana Thomas Malthus – séculos XVIII e XIX –Revolução Industrial;
OBSERVAÇÕES!!!
1- Malthus concluiu que o crescimento populacional (P.A.) excedia a capacidade da
terra de produzir alimentos (P.G.), disso resultariam a fome e a miséria;
2- Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, para evitar
uma “catástrofe”;
A transição demográfica
O crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das t
axas de natalidade e mortalidade.
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3. POPULAÇÃO BRASILEIRA
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4. TIPOS DE
PIRÂMIDE
ETÁRIA
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CARACTERÍSTICAS DE UMA PIRMAIDE ETÁRIA:
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Fase 1
A natalidade se dava de forma descontrolada, porém, ao mesmo tempo, a taxa de
mortalidade, por fatores ligados à época: conflitos bélicos, crises, epidemias, baixas
condições sanitárias básicas, e pouca higiene, também tinha índices altíssimos, resultando
num acréscimo populacional muito pequeno.
Fase 2
Os índices de mortalidade iniciam uma importante descida motivada por diferentes razões:
a melhoria nas condições sanitárias, a evolução da medicina, e a urbanização, aumentando
a expectativa de vida, mas os índices de natalidade não acompanham essa tendência,
causando um rápido crescimento populacional. Em muitos países, essa fase teve início com
a revolução industrial. Hoje em dia, muitos países subdesenvolvidos vivem essa fase
Fase 3
Ocorre uma queda na taxa de natalidade devido ao acesso à métodos anticoncepcionais,
e à educação (fazendo com que o planejamento familiar fique mais difundido). O resultado
é um crescimento vegetativo reduzido em relação à fase 2.
Fase 4
Os índices de natalidade e mortalidade voltam a se estabilizar criando um crescimento
populacional novamente pequeno.
Algumas considerações
De acordo com o exposto até aqui se podem obter algumas conclusões:
O resultado final ao início e ao fim do processo é o mesmo: um crescimento natural
baixo. Ora, as circunstâncias são radicalmente opostas: na etapa 1 porque as taxas
natalidade e mortalidade são muito altas; e na etapa 4 porque as mesmas taxas se
equalizam em valores baixos.
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Crescimento da população mundial entre 10.000 a.C. - 2000.
Desde suas origens e até o século XVIII, a humanidade esteve ancorada no estágio
1 da transição demográfica. Podemos observar no gráfico 2 que encontra-se à
direita, a lentidão com que cresceu a população mundial durante este longo período
de tempo.
Com o estalido da Revolução Industrial, em meados do século XVIII, os países hoje
desenvolvidos fizeram o salto no estágio 2, iniciando o rápido crescimento da
população mundial que reflete o gráfico 2. Os países ricos completaram todo o
processo no final do século XX, momento no qual estabilizaram à baixa suas taxas
de natalidade e mortalidade. Portanto, a transição demográfica começou aqui
lentamente ao longo de uns 250 anos.
Os países em via de desenvolvimento ou do Terceiro Mundo (países em
desenvolvimento), em mudança, iniciaram a transição demográfica mais tarde e
repentinamente. Atualmente, a maioria deles -sobretudo os países africanos- se
encontram no estágio 2 do processo: mantêm a natalidade muito alta mas, em geral,
estão reduzindo consideravelmente a mortalidade. Outros países, especialmente em
América Latina, em Ásia e também algum de África, já se encontram na fase 3 do
processo porque reduziram muitíssimo a mortalidade e, ao mesmo tempo, estão
diminuindo paulatinamente a natalidade.
Os demógrafos consideram que o atual rítmo de crescimento da população mundial
tem data de caducidade, dado que os países em via de desenvolvimento, tarde ou
temporão, completarão a transição demográfica e acabarão desfrutando de umas
taxas de natalidade e mortalidade semelhantes as que têm os países desenvolvidos.
Por esta razão, os demógrafos consideram que a catástrofe malthusiana
prognosticada por Thomas Malthus ao princípio do século XIX não acabará
produzindo-se.
A moderação no crescimento da população mundial dependerá da velocidade com
que os países em via de desenvolvimento sejam capazes de completar a transição
demográfica. Segundo cálculos da ONU, se os países pobres aceleram o rítmo, no
ano 2050 terão no planeta uns 7,5 bilhões de habitantes. Se, por contra, o processo
se modera a população mundial se poderia situar aquele ano em cerca dos 11
bilhões de habitantes.
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5 - CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
CV = TN – TM
(crescimento vegetativo = taxa de natalidade – taxa de mortalidade)
As taxas de natalidade e mortalidade são medidas para cada grupo de mil habitantes
ao longo de um ano. Além do crescimento vegetativo, os movimentos migratórios também
influenciam o crescimento da população. Os movimentos imigratórios foram importantes
para o crescimento e composição da população brasileira especialmente no período entre
meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Atualmente não são mais
expressivos.
A queda da mortalidade no decorrer do século XX pode ser explicada pela evolução
na medicina, nas condições sanitárias, o aumento da entrada da mulher no mercado de
trabalho, nos métodos anticoncepcionais, na qualidade de vida* como um todo. O processo
de urbanização da população contribuiu para essa queda e foi muito importante para a
redução da natalidade. Com a concentração cada vez maior da população em áreas
urbanas ampliou-se a prática do planejamento familiar. Aumentou o uso de métodos
anticoncepcionais, os casamentos se tornaram mais tardios e a inserção da mulher no
mercado de trabalho também levou a redução do número de filhos por casal. A redução da
natalidade foi acompanhada pela redução da taxa de fecundidade (nº de filhos por mulher
– em idade fértil). A tendência para as primeiras décadas do século XXI é a continuidade
na redução dessas taxas. O Brasil aproxima-se, assim, das taxas de crescimento
verificadas nos países do Primeiro Mundo (desenvolvidos).
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Observando a pirâmide etária do Brasil podemos perceber um estreitamento de sua
base, resultante da queda da Taxa de Natalidade e da diminuição da quantidade de jovens
no país. O corpo da pirâmide (adultos) e o seu topo (idosos) estão progressivamente se
alargando com o aumento da expectativa de vida. O Brasil já apresenta maioria de adultos
e o número de idosos é cada vez maior. Essas alterações não provocam ainda sérias
preocupações no mercado de trabalho. A reposição de mão-de-obra nesse mercado ainda
está garantida e podemos lembrar que a taxa de desemprego é que preocupa a nação. No
entanto já estamos providenciando nos últimos anos reformas previdenciárias que possam
fazer frente à nova realidade da composição da população brasileira, com um número
crescente de idosos, de aposentados, com uma longevidade cada vez maior.
TAXAS DE MIGRAÇÃO
TAXA DE EMIGRAÇÃO
TAXA DE IMIGRAÇÃO
Exercícios
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1- (FUVEST) Considerando-se a distribuição da população mundial por atividades
econômicas, é incorreto afirmar que:
a) a repartição da PEA pelos setores de atividades reflete o grau de desenvolvimento
econômico;
b) o setor terciário apresenta-se em expansão em quase todos os países do mundo;
c) em diversos países subdesenvolvidos, o número de pessoas empregadas no setor
secundário vem aumentando devido à existência de um processo de industrialização;
d) os países subdesenvolvidos apresentam geralmente um setor terciário hipertrofiado;
e) em todos os países desenvolvidos, de economia capitalista, o predomínio dos setores
primário e secundário reflete o elevado poder aquisitivo da sociedade.
2- Observe a tabela abaixo e assinale a alternativa que realiza uma avaliação correta
dos dados apresentados:
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b) A péssima distribuição de renda é o último fator negativo que o Brasil ainda deve resolver
para se tornar um país de primeiro mundo
c) Observa-se que nas últimas décadas piorou a distribuição de renda no Brasil
d) Os 40% intermediários foram aqueles que apresentaram a maior queda de renda,
proximando-se dos 50% mais pobres
e) Os 10% mais ricos estabilizaram sua renda e nada indica que ela possa continuar
aumentando
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I. Os jovens não constituem mais a maioria absoluta.
II. A estrutura etária aponta um país em transição para a maturidade
III. Sua população aos poucos está envelhecendo
A opção que contém somente a(s) afirmativa(s) CORRETA(S) é:
a) I, II e III. d) II
b) I e II. e) III
c) I
a) Neomalthusiana;
b) natalista ou populacionista;
c) antinatalista;
d) contrária à teoria de Malthus;
e) contrária ao crescimento vegetativo.
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10. Compare as pirâmides etárias do Brasil relativas aos anos de 1980 e 1996 e,
utilizando seus conhecimentos sobre as características da população brasileira,
responda:
Com a redução das taxas de natalidade, no futuro haverá menor ingresso de pessoas no
mercado de trabalho, o que pode reduzir a pressão nos índices de desemprego; o
aumento de idosos no conjunto da população aumenta a necessidade de recolhimento
da Previdência Social, sobrecarregando a população ativa.
CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO
(...) O Homo Sapiens surgiu há 100 mil anos. Há 10 mil anos, o Homo Sapiens já se
espalhara pelos cinco continentes, e seus múltiplos contingentes somavam, no
mundo, segundo supõem alguns cientistas, cerda de 5 milhões de indivíduos. (...) No
tempo de Cristo, a vida média do ser humano seria da ordem de 27 anos, assim
permanecendo até ao redor do ano 1000. Passaram-se alguns séculos, chegou-se ao
ano 1750 e a população do mundo alcançou cerda de 800 milhões de indivíduos. Ao
se iniciar a Era Industrial (1800 a 2000) calcula-se que havia cerda de 1 bilhão de
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seres humanos habitando a Terra. A ciência e a tecnologia avançaram, a medicina se
aperfeiçoou. Descobriram-se a vacinação e a assepsia, a oferta de alimentos cresceu,
a vida média do ser humano beirava talvez os 40 anos por volta do ano 1800.
A população da Terra cresceu e em 1930 alcançou o segundo bilhão de pessoas. A
partir de então se descobriram os antibióticos, sintetizaram-se as vitaminas,
aperfeiçoaram-se a prevenção e o tratamento das moléstias. Elevou-se a produção
de alimentos e as safras puderam ser armazenadas e transportadas em grandes
volumes e a grandes distâncias, regularizando-se a sua distribuição. Neste final de
século XX, somos mais de 6 bilhões de seres humanos, vivendo à custa de recursos
minerais limitados, de plantações e pastagens feitas em terrenos antes ocupados por
florestas e animais silvestres, necessitando de grande quantidade de água potável,
poluindo os rios e oceanos com um volume de fezes que chega diariamente a 6
milhões de toneladas. (...)
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13. Segundo o autor, que razões explicam o grande crescimento populacional
no século XX?
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15-Comparando as três pirâmides etárias do Brasil, podemos afirmar que:
a) A marcha da industrialização
brasileira.
b) Fluxo de migrações no século XX.
c) Extrativismo mineral.
d) As frentes pioneiras da agricultura
brasileira.
e) A nova expansão industrial do século XX.
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seguir, mostra uma variação positiva, nas 27 unidades da federação, ao longo
da década passada.
Adaptada de MOREIRA, João Carlos; SENE, Eustáquio. "Geografia Geral e do Brasil. Espaço
geográfico e globalização". São Paulo: Scipione, 2004, p. 458.
Considerando os dados da tabela, é INCORRETO afirmar:
a) Os estados do Nordeste ocupam as últimas posições do IDH brasileiro. Nessa
região, os índices de esperança de vida ao nascer e as taxas de mortalidade infantil
são parecidos com os de muitos países africanos.
b) Os estados do Sudeste ocupam as primeiras posições no ranking do IDH brasileiro
por possuírem o maior parque industrial da América Latina, oferecendo emprego para
toda a população, e devido ao fato de São Paulo deter a posição de maior centro
financeiro do país.
c) O Distrito Federal lidera o ranking do IDH brasileiro. Uma das causas dessa posição
são os médios e altos salários pagos ao funcionalismo público federal lotado em
Brasília. Entretanto, essa não é a realidade de toda a sua população, uma vez que
grande parte vive em condições precárias nas cidades satélites.
d) Os estados do Sul e do Sudeste estão entre os onze primeiros do ranking do IDH
brasileiro, todavia Minas Gerais possui o pior IDH, perdendo para outras unidades do
Centro Oeste. Esse fato justifica-se pela presença do Vale do Jequitinhonha no norte
mineiro.
e) Um aumento no IDH ocorreu em todas as unidades da federação, entre 1991 e
2000. Estados da região Nordeste, como Ceará e Bahia, apresentaram maior variação
no IDH em comparação a São Paulo, maior centro industrial do país.
18-O Brasil está passando por uma transição demográfica, conforme mostra o
gráfico a seguir.
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Observando o gráfico, pode-se afirmar que essa transição teve uma aceleração maior,
a partir da década de 1970,
ocasionada por fator(es) como:
I. A diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.
II. Os progressos da medicina.
III. A aceleração da migração para as cidades, melhorando a qualidade de vida da
população.
IV. O aumento do crescimento vegetativo da população.
Estão corretas apenas:
a) I e II d) II e III
b) I e III e) III e IV
c) II e IV
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Está correto afirmar que, nesse período, o IDH a) melhorou em todo o país e elevou
a posição do Brasil na classificação mundial.
b) permaneceu baixo em estados do Nordeste, apesar da implementação de
programas sociais.
c) estagnou nas áreas mais ricas do país, resultado de uma política de distribuição de
renda.
d) cresceu nas áreas de maior concentração urbana do Brasil, depois da diminuição
do fluxo migratório.
e) continuou baixo na Amazônia, mesmo com a expansão da fronteira agrícola, baseada
no cultivo da soja.
c) Quando as habitações encontram-se distantes umas das outras no meio rural damos
o nome de Hábitat Rural disperso.
d) O Hábitat Rural pode ser disperso ordenado e como exemplo podemos citar a
dispersão ordenada ao longo de um rio.
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(FUVEST) Considerando-se a distribuição da população mundial por atividades
econômicas, é incorreto afirmar que:
Admitindo-se que o título da reportagem se refira ao grupo etário cuja população cresceu
sempre, ao longo do período registrado, um título adequado poderia ser:
a) Taxa de crescimento
b) Índice de desenvolvimento
c) Densidade demográfica
d) Taxa de natalidade
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Taxa de natalidade
Taxa de mortalidade
Crescimento
País
(em ‰) (em ‰) vegetativo
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