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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Secretaria de Reforma do Judiciário
Endereco: Esplanada dos Ministérios, Bloco T, 3o Andar, Sala 324
Cep 70.064-900, Brasilia – DF, Brasil.
Fone: +55 61 2025-9119
Correio eletrônico: reformajudiciario@mj.gov.br
Internet:: http://www.mj.gov.br/reforma
Distribuição gratuita
Primeira Edição – Tiragem: 1.000 exemplares
Capa e Diagramação: Fernando Antonio Camargo Ribeiro
Revisão: Ariadne Bastos
Impressão: Adex Gráfica
Redação e organização: Adm. Alexandre Uriel Ortega Duarte
e Luis Claudio Montoro Mendes
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO ,
INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
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Sumário
Informações úteis .................................................................................................................................. 23
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O Brasil hoje, tem a base da sua economia girando em torno de microempresas e empre-
sas de pequeno porte, o que traz a necessidade de uma profunda reflexão sobre a importância
Indústria e Comércio Exterior – MDIC, do Ministério da Justiça – MJ, por intermédio da Secreta-
ria da Reforma do Judiciário, e do Instituto Recupera Brasil – IRB, com a nova lei de recupera-
EPP.
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endedores do mundo.
pregos com carteira assinada) e geram 20% do PIB1 Brasileiro, sendo também hoje em dia o
principal mercado que absorve a mão-de-obra formada nos cursos de administração de empre-
sas.
Ainda segundo pesquisa realizada pelo SEBRAE, 27% de todas as novas empresas fun-
dadas no Brasil acabam fechando as portas no primeiro ano de vida, e um dos grandes motivos
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PIB – Produto Interno Bruto representa a soma (em valores monetários) de todos os bens e serviços finais produzidos numa
determinada região (quer seja, países, estados, cidades), durante um período determinado (mês, trimestre, ano, etc). O PIB é
um dos indicadores mais u lizados na macroeconomia com o obje vo de mensurar a a vidade econômica de uma região.
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PARA AS MP E EPP?
capacidade que ela tem de atender às necessidades dos clientes / usuários de seus produtos /
tica e contínua, e que possibilita definir: o que vai ser feito; com que finalidade vai ser feito; de
que maneira vai ser feito; quem vai fazer; qual o prazo para ser feito; onde vai ser feito; quanto
vai custar.
Após planejar, deve-se partir para o desenvolvimento das ações, iniciando-se por capa-
citar as pessoas a executarem os processos (o que precisa ser feito), com base em um sistema
ção).
Isso muitas vezes não ocorre. Por este motivo, as ME e EPP acabam por enfrentar pro-
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que possível;
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Dessa forma, contribui de forma decisiva para o sucesso da empresa, ao fornecer infor-
mações econômico-financeiras-sociais para que seus usuários, com base nas mesmas,, possam
quando estamos falando do lado econômico estamos falando dos custos e das receitas atrela-
dos a operação com o(s) produto(s) que a empresa produz e/ou comercializa.
Já o lado financeiro está trelado à liquidez. Liquidez no sentido de caixa. Em outras pala-
vras, os aspectos relacionados à boa gerência e administração do caixa da empresa. Assim, as-
e do tempo que se espera para receber as vendas a prazo são assuntos relacionado à área fi-
nanceira.
Tanto o lado econômico como o lado financeiro influenciam os aspectos sociais do mundo
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vos a que se prestam, e nas ações para corrigir ou padronizar. Pode-se, ainda, utilizar a ferra-
É uma situação jurídica gerada por sentença proferida por um juiz de direito, onde a em-
então tem seus bens alienados2 para satisfazer todos seus credores.
A Lei de Recuperação de Empresas e Falência vem auxiliar nestes casos, pois viabiliza a
recuperação judicial, com procedimentos transparentes e maior controle do processo por parte
dos stakeholders3 (fornecedores, acionistas, governo, etc.) a aqueles que pelo insucesso no
exercício de sua atividade econômica possam resgatar sua credibilidade, recuperando econômi-
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A recuperação judicial é uma medida prevista em lei destinada a evitar a falência, proporci-
onando ao empresário devedor a possibilidade de apresentar, em juízo, aos seus credores, al-
A recuperação judicial é praticamente uma roupa nova para a concordata, prevista na No-
das principais alterações está justamente na mudança da concordata – que antes poderia ser
Um exemplo: antes, quando um credor entrava na Justiça contra a empresa, esta tinha 24
horas para quitar a dívida. Do contrário, já podia ser iniciado o processo de falência. Agora, tem
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A recuperação judicial pode ser utilizada por empresas de qualquer porte, desde microem-
presas até multinacionais. Na prática, uma empresa de grande porte precisa contratar advogado
e consultoria para entrar com o processo na Justiça e fazer um plano de reestruturação a ser en-
tregue em 60 dias.
um todo. Não se deve confundir o Plano de Recuperação Judicial com um alongamento de dívi-
da somente. O plano deve conter os instrumentos que identifiquem, ataquem e superem as cau-
sas para o surgimento do endividamento, acreditando que ele não será apenas meio de ganhar
não precisar do plano citado acima. Para esse segmento, a lei permite o pagamento do débito da
empresa em 36 parcelas mensais consecutivas com carência de 180 dias. Nesse período as
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da crise econômico-financeira;
• Balanço patrimonial;
• A relação nominal completa dos credores, inclusive aqueles por obrigação de fazer ou
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indenizações e outras parcelas a que têm direito, com o correspondente mês de com-
devedor;
• A relação, subscrita pelo devedor, de todas as ações judiciais em que este figure co-
res demandados.
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guintes passos:
a) A empresa recuperanda ganha a proteção de 180 dias, ou seja, nenhum bem poderá lhe
b) É nomeado o administrador judicial5. Esse será um fiscal da empresa durante todo o pro-
cesso de recuperação;
c) O administrador judicial envia carta aos credores que foram relacionados pela empresa re-
60 dias. Esse prazo é importante e não aceita prorrogações. Esse plano de recuperação6
tem grande importância no processo, pois nele que estarão todas as condições que a em-
informando quais são seus direitos. Caso o credor não concorde, poderá
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O Administrador Judicial tem como papel primordial a responsabilidade de organizar e orientar as várias etapas que incidem
sobre a recuperação. É efetivamente o representante do juizado dentro de uma determinada empresa em recuperação.
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O Plano de Recuperação Judicial (PRJ), permite que empresas em dificuldades financeiras voltem a se tornar participantes
competitivas e produtivas da economia.
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3ª Fase: Debates
sentado ou debatem uma nova forma, prazo e valor para pagamento dos cré-
ditos.
com suas atividades normais, sendo fiscalizada por 02 anos pelo administrador judicial.
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dos os credores e apresentar um plano de recuperação que, efetivamente, possa ser cumprido
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ciado. A diferença entre elas ocorre em vista ao seu faturamento, qual seja:
I – microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiver receita bruta
anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 (Trezentos e Sessenta mil reais) e II – empresa de pe-
queno porte, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que, não enquadrada como mi-
croempresa, tiver receita bruta anual superior R$ 360.000,00 (Trezentos e Sessenta mil reais) e
judicial da microempresa e empresa de pequeno porte, a Lei (artigo 71, da Lei 11.101/2005) de-
empresas de pequeno porte já possuem benefícios fiscais e trabalhistas em face de seu regime
tributário.
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quirografário é um credor de uma empresa em recuperação ou falida que não possui qualquer po de garan a para receber
seus créditos.
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te não engloba, também, os credores com garantia real, pois estes devem se acertar contratual-
mente, fora do processo judicial, uma vez que a Lei não previu estes credores.
Porte (EPP) não respeita a ordem cronológica de recebimento de crédito estabelecida no artigo
O mesmo vale para o recebimento dos créditos dos credores quirografários, pois em teo-
ria, empresas nesses regimes não possuem dívidas elevadíssimas comparadas a sociedades
Outra característica dos planos especiais e que não haverá nem Assembleias, nem tam-
pouco publicações de editais. Os credores podem apresentar objeções, porém não há intima-
A microempresa ou empresa de pequeno porte é que deve comunicar aos seus credores
que está em recuperação judicial. As objeções apresentadas devem se enquadrar no que está
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O devedor deverá ingressar com um pedido, perante o Fórum onde fica a sede da empre-
O juiz deve ser convencido do papel social da empresa, como geradora de empregos e
O pedido deve obrigatoriamente ser instruído com demonstrações contábeis, relação no-
minal dos credores, entre outros documentos já citados neste guia. Após receber a petição ini-
cial e verificar que todos os requisitos legais foram cumpridos, o juiz nomeará um administra-
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operações realizadas.
As microempresas e empresas de pequeno porte, mesmo não optantes pelo simples na-
cional, poderão também adotar a escrituração contábil simplificada. A permissão legal de adotar
pequeno porte de manter escrituração contábil uniforme dos seus atos e fatos administrativos
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Crescente em nosso país, cada vez mais tem se ouvido falar na mediação e na concilia-
ção como meios alternativos na solução de pendências, visando sempre o acordo e, na maioria
Como exemplos desta atuação, podem ser citados: a recuperação de grandes créditos -
inclusive por credores estrangeiros e junto a órgãos públicos e empresas falidas - arrendamen-
tos de parques industriais nos autos do processo falimentar, financiamentos internacionais des-
cumpridos, indenizações envolvendo todos os tipos de danos, fusões e aquisições, dentre ou-
tros.
Com efeito, a negociação e a mediação constituem meios alternativos eficazes para solu-
ção de conflitos. No primeiro caso o profissional é contratado para defender o interesse de uma
das partes, já no segundo caso o profissional é um terceiro que visa agilizar, buscar a solução
Para se ter efetividade nas ferramentas acima elencadas os profissionais envolvidos de-
vem ter conhecimento de todo o contexto do problema, o histórico das partes envolvidas, o seu
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mercado e seus concorrentes, seus dilemas atuais e o quê os geraram para, por fim, assimilar e
Para tanto, exige-se do profissional, por exemplo, conhecimentos de análise contábil, ma-
temática financeira, etc. Tais conhecimentos devem ser aplicados de acordo com cada caso que
restabelecer as relações abaladas pela situação. Caso contrário é provável que a situação tor-
Por muitas vezes, cabe ainda ao profissional analisar e concluir que deve provisoriamente
Esse mecanismo nos leva a se evitar o desgaste das relações e, certamente, traz grande
do projeto, desafogando o judiciário, além dos demais problemas usuais da Justiça, tais como a
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INFORMAÇÕES ÚTEIS
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