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SEXOLOGIA - TURMA 23 2 de abril de 2018

ESTUDO DE CASO

ALUNO: ROSIRLEI CLARETE BATISTA PAVÃO

PROF. ÁTILA ROGÉRIO GONÇALVES

Análise de um Caso – Módulo Sexologia

S. T., 69 anos, solteiro, aposentado, procurou o Hospital Regional em um


estado depressivo grave, dizendo que há quatro meses, mais intensamente que
antes, sentia tristeza, desânimo, estado penoso de dor, perda de prazer e ouvia
vozes que o xingavam de bicha, o que o levava a pensar na ideia de suicidar-se.
Foi internado na enfermaria da ala psiquiátrica do hospital, pela quarta
vez. Início da internação, aos 64 anos, com episódios depressivos.
Apresentava-se com alguns adornos femininos, colar, anéis, unhas pintadas.
Dizia que desde criança sentia-se mulher. Gostava de brincar de boneca, vestir-se
como menina e brincadeiras sempre femininas.
Estudou em um colégio de freiras até o segundo ano do primeiro grau,
sendo expulso por não ficar na classe dos meninos. Permaneceu em casa, afastado
do convívio social, junto com seus pais que tinham vergonha do seu
comportamento.
Aos 11 anos, teria presenciado a relação extraconjugal da mãe. Diz ter visto
sua mãe gritando com expressão de angústia ao ser torturada pelo pênis. Diz ter
sentido raiva do próprio pênis e desejo de amputá-lo.
Passava o dia costurando sapatos de couro para a mãe revender, ou
vagando pelas ruas roubando calcinhas e procurando absorvente usado. Evitava
contato social, era evitado e discriminado quando tentava se inserir.
Vestia-se de mulher, em casa. Tinha poucas chances em virtude da oposição
dos pais em sair assim na rua. Suas roupas íntimas eram femininas, além dos
adornos. Nunca profissionalmente..
Duas experiências de trabalho, trabalhos que não exigiam qualificação,
fracassados.
Afirma nunca ter tido atração sexual, por homens ou mulheres, relações
sexuais, nem mesmo ereção.
Já procurou tratamento para disfunção erétil, porém sem sucesso,
abandonou.
Se vê como pessoa passiva, nunca tomou decisões na vida.
Mãe faleceu quando ele tinha 62 anos. Na época teve depressão grave.

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ESTUDO DE CASO

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PROF. ÁTILA ROGÉRIO GONÇALVES

Durante três anos frequentou o cemitério diariamente para lustrar o


túmulo da mãe e dormia na gaveta ao lado. Seu irmão mais velho com que tinha
relações problemáticas; suicidou-se dois anos após a morte da mãe.
Define-se como uma mulher no corpo de um homem. Pretende realizar a
cirurgia de mudança de sexo para ter maior realização em ser uma mulher
completa. Não deseja uma vida sexual.
A mulher para ele é uma entidade perfeita, angelical, pura, repleta de bons
sentimentos e responsável pelos sentimentos de amor. Eu reconheço essa
adoração.
Seu pênis lhe desperta total aversão, não suporta vê-lo ou tocá-lo. Nem
mesmo a nudez de outro homem.

ANÁLISE

Pelo descrito, S. T. apresenta um transtorno de identidade de gênero, “enquanto


o ‘sexo biológico’, masculino ou feminino, tem uma determinação anatomo-fisiológica
bem definida, quando falamos em ‘gênero’, estamos abrangendo aspectos muito mais
amplos do que somente a biologia e a hereditariedade. O conceito de identidade de
gênero envolve questões biológicas, culturais, históricas, psicológicas, e até mesmo
espirituais”. (Apostila Sexologia, Anep, p. 26). Ainda como:

“No transtorno de identidade de gênero, existe uma angústia persistente e


intensa acerca do sexo atribuído, e um desejo ou insistência para ser do outro
sexo. Os indivíduos sentem-se literalmente como “aprisionados num corpo
do sexo oposto”, referindo não sentirem aquele corpo como seu. Muitas
vezes, creem ter “nascido com o sexo errado”, não conseguindo sentir-se à
vontade com o próprio corpo, a despeito de tentativas de tratamento. A opção
terapêutica de escolha é a cirurgia para troca de sexo, que requer, no entanto,
um diagnóstico preciso, uma vez que tal cirurgia, se realizada em um
indivíduo homossexual, por exemplo, que não tenha o transtorno de
identidade de gênero, levaria a um desconforto permanente e irreversível.”
(Apostila Sexologia, Anep, p. 28).

Sua situação é piorada pela forte opressão familiar, desde sua infância, já que os
pais não sabiam lidar com a situação, afastando-o do convívio social.
Ao presenciar a relação extraconjugal da mãe, desenvolve aversão ao seu
próprio pênis – ao não entender a situação, considera que sua mãe sofre durante a
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relação sexual e não sentindo prazer, isso o faz pensar em amputar o membro -; com
isso torna-se assexuado, ou seja, não se interessa por relações hetero ou homossexuais.
O Sr. S. T. deve ter sido oprimido durante seu período de latência – entre dois e
cinco anos -, sendo:

“Neste, a produção de excitação sexual de modo algum é suspensa, mas


continua e oferece provisão de energia que é empregada, em sua maior pare,
para outras finalidades que não as sexuais, ou seja, de um lado, para
contribuir com os componentes sexuais para os sentimentos sociais, e de
outro (através do relacionamento e da formação reativa), para construir as
barreiras posteriores contra a sexualidade. Assim se construiriam na
infância, à custa de grande parte das moções sexuais perversas e com a
ajuda da educação, as forças destinadas a manter a pulsão sexual em
certos rumos.” (Apostila Sexologia, Anep, p. 29 -30). Negritos nosso.

Dessa forma, sendo o principal motivo do paciente um transtorno de identidade


de gênero, associado a uma educação rigorosa e que não soube lidar com o problema,
cabe ao mesmo decidir-se por submeter-se a operação de mudança de sexo.

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