de evaporação e condensação cuja diferença varia entre 50 e 80° C. Essa grande diferença gera uma série de problemas operacionais. Uma solução é a compressão em estágios múltiplos de pressão: ◦ Incremento do custo inicial ◦ Reduz a potência de compressão A análise da compressão em dois estágios abordará: ◦ A remoção do gás de “flash”; ◦ O resfriamento intermediário; ◦ O sistema de refrigeração em cascata. Processo 1-2 no dispositivo de expansão. Estado 1 – O processo tem início com o refrigerante no estado de líquido saturado, à pressão de condensação. Estado 2 – Mesma entalpia que o estado 1, mas a pressão de evaporação. O estado 2 envolve a presença simultânea de líquido e vapor. Supondo-se que o processo de expansão seja interrompido a uma pressão intermediária, de modo que o estado resultante seja o 3: ◦ Estado 6 (vapor saturado) ◦ Estado 4 (líquido saturado)
Assim, o processo 3-2, que
concluiria a expansão do refrigerante até a pressão de evaporação, poderia ser considerado como uma combinação dos processos 4-5 e 6-7. Estado 7 – Vapor que não produz qualquer efeito na refrigeração e exige trabalho na compressão até a pressão de condensação. Para reduzir trabalho de compressão – Elimina o vapor. Separa o vapor no estado 6 do refrigerante e comprime-o até a pressão de condensação, eliminando o estrangulamento no processo 6-7. Na prática:
O líquido saturado a pressão de saturação no estado 1,
proveniente do condensador, é estrangulado pela válvula de expansão até a pressão intermediária (estado 3), sendo recolhido no denominado tanque de “flash”. A válvula de expansão é controlada pelo nível de líquido no tanque. O líquido é separado do vapor no tanque do “flash” e enviado ao dispositivo de expansão, onde sua pressão é reduzida até a pressão de evaporação. O vapor formado no tanque é comprimido até a pressão de condensação, por um compressor auxiliar. Um processo adotado em instalações de duplo estágio de compressão é o de resfriamento do refrigerante a uma pressão intermediária, a fim de reduzir o superaquecimento com que o mesmo deixa o estágio de baixa pressão. Ao invés de efetuar uma compressão isentrópica desde o estado 1 até o estado 5, a compressão fosse feita em duas etapas: ◦ 1-2 e 3-4, com resfriamento intermediário; 2-3 se obtem uma redução no trabalho de compressão: ◦ Redução dada pela área 2-3=4-5. hb >ha. A redução do trabalho é dada por: hb -ha Compressão de ar – resfriamento intermediário com água ou ar. A temperatura de entrada no 2° estágio tambiente (quando o trocador de calor é eficiente). Refrigeração: Uso limitado. A solução adotada acontece quando o vapor de descarga do compressor do estágio de baixa pressão é borbulhado no líquido saturado à pressão intermediária. O processo de borbulhamento se caracteriza por uma elevada área de contato entre o vapor e o líquido, permitindo um resfriamento eficiente do vapor até a temperatura do líquido. Existem sistemas que incorporam o resfriador intermediário e o separador dó vapor de “flash” em um só vaso.
Esse sistemas servem a um ou mais
evaporadores que operam a uma única temperatura de evaporação. O refrigerante no estado líquido proveniente do condensador passa pela válvula controladora de nível, sendo recolhido no tanque que faz papel de resfriador intermediário e de tanque de “flash”. O refrigerante líquido separado do vapor é enviado ao evaporador através do dispositivo de expansão. Para os sistemas vistos, resta discutir qual deve ser o valor da pressão intermediária que exigiria uma potência de compressão combinada mínima. Essa seria a pressão intermediária ótima. Na compressão de ar em duplo estágio: Para sistemas de refrigeração, a fórmula não é necessariamente válida. Como regra geral, a pressão intermediária ótima em sistemas frigoríficos é algo superior ao resultante da equação. A diferença de potência combinada de compressão para as duas condições é muito pequena para justificar qualquer procedimento mais elaborado para a determinação da pressão intermediária. Nos sistemas em que o mesmo refrigerante passa pelos estágios de baixa e alta pressão, valores extremos de pressão e volume específico podem causar alguns problemas. Se a temperatura de evaporação muito baixa ◦ O volume específico do vapor de refrigerante na aspiração do compressor é elevado, o que implica num compressor de capacidade volumétrica elevada. Baixos valores de pressão (menor que a atmosférica) ◦ Promove a admissão de ar e umidade através de aberturas na tubulação de refrigerante. Se a pressão for superior a atmosférica ◦ A pressão de descarga pode assumir valores elevados a ponto de exigirem vasos e tubulação de paredes reforçada. A solução para esses problemas pode ser um sistema em cascata. Nesse sistema, utilizam-se refrigerantes diferentes nos circuitos de alta e de baixa pressão, constituindo dois sistemas diferentes. A interface entre os sistemas é um trocador de calor que opera como condensador para o circuito de baixa e como evaporador para o de alta pressão.