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INTRODUÇÃO
Não existe outra maneira de expressar o amor, senão por meio de uma relação
íntima e profunda com Deus, Ele é a fonte primária do amor; por isso, toda vivência
comunitária de amor também passa por uma ação direta do Criador.
No texto de I Ts 4.9, ao tratar sobre a excelência da fraternidade dos tessalonicenses
entre si e, também destes para com todas as comunidades no retorno daquela cidade,
Paulo esclarece que não há qualquer necessidade de orientação externa, uma vez que o
testemunho de Timóteo e das igrejas circunvizinhas apontava para a maturidade do amor
daqueles novos irmãos.
Há um detalhe bastante importante nesse mesmo versículo; no início da frase, Paulo
elogia o amor fraternal dos tessalonicenses, termo este compreendido como um
substantivo, já no final da sentença, ao falar sobre a prática dessa amabilidade que se
destacava naquela igreja, a vida em fraternidade testemunhada em Tessalônica, era fruto
direto do amor pleno que emana exclusivamente de Deus para os homens e da
humanidade redimida para aqueles que ainda estão em obscuridade.
O amor, como demostra o apóstolo nesse texto, é a mais intuitiva das virtudes cristãs, em
outras palavras, se a compreensão daquilo que seja domínio próprio, perdão, ou mesmo
paciência, é algo que demanda um conjunto de conhecimentos prévios, a experiência do
amor, no entanto, é algo absolutamente natural para aquele que vivenciou a graça da
salvação em Cristo.
Paulo introduz o tema da fraternidade com uma preterição, e explica que não tem
necessidade de escrever, mas acaba por abordá-lo, pretendendo ligar o tema do amor
fraterno, com o tema do trabalho.
O apóstolo explica que foi o próprio Deus quem ensinou os tessalonicenses a amarem-se
uns aos outros, em caridade fraterna.
Uma humanidade afastada de Deus e atravessada pela tragédia do pecado
estruturalmente assimilado é incapaz de crer no amor, por isso, o que muito se observa na
sociedade atual são ações de autopromoção, práticas de desencargo de consciência e até
mesmo, constrangimento moral, contudo, nada disso é a verdadeira manifestação do amor,
a qual é mediada exclusivamente pela operação do Espirito Santo no coração daqueles que
reconhecem Jesus Cristo como o Senhor.
Ora, percebamos a aparente contradição: Os tessalonicenses eram perseguidos, novos
convertidos e uma comunidade sem um pastor; todavia, eles eram abundantes no amor
uns para com os outros e também para com aqueles que não eram de seu círculo
comunitário, de fato, não há qualquer absurdo aqui; na verdade, foi o amor que vinculou
cada um daqueles irmãos á causa de Cristo.
CONCLUSÃO
Como se pode perceber até aqui neste breve estudo e subsídio sobre a primeira
epístola de Paulo aos tessalonicenses, é que não são os temas complexos que
perturbavam o apóstolo com relação à comunidade em Tessalônica, mas, sim, o
fortalecimento dos princípios mais elementares, os quais seriam capazes de
conduzir aquela igreja local a um novo patamar de espiritualidade para, dessa
forma, comtemplar a obra de Cristo no meio deles.