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COMO FAZER UMA RESENHA CRÍTICA

Resenha é um trabalho de síntese que revistas e jornais científicos publicam


geralmente logo após a edição de uma obra, com o objetivo de divulgá-la. A resenha
pode ser de um ou mais capítulos, duma coleção ou mesmo de um filme.
Conhecida como resumo crítico, à resenha só pode ser elaborada por alguém
com conhecimentos na área, pois sua elaboração exige opinião formada, pois além de
resumir, o resenhista avalia a obra, sustentando suas considerações, deve embasá-las
seja com evidências extraídas da própria obra ou de outras de que se valeu para elaborar
a resenha.

ELEMENTOS PARA UMA BOA RESENHA CRÍTICA:


 A referência bibliográfica da obra;
 O resumo da obra:
 Área do conhecimento;
 O tema do texto;
 As ideias principais;
 Opcionalmente, as partes ou capítulos em que se divide o trabalho.
 Deve-se deter no essencial;
 Mostrar qual é o objetivo do autor;
 Evitar detalhes e exemplos;
 Mostrar coerência;
 Este momento é mais informativo que crítico, embora a crítica já possa estar
presente.

 A avaliação crítica (pelos menos 2 terços do trabalho)


 É o ponto alto da resenha, onde o recensor mostra seu conhecimento;
 Dialoga com o autor e/ou com leitor;
 Dá-se ao direito de proceder a um julgamento;
 Há vários tipos de críticas, mas destacam-se:
 (a) a interna, quando se avalia o conteúdo da obra em si, a coerência diante de
seus objetivos, se não apresenta falhas lógicas ou de conteúdo;
 (b) a externa, quando se contextualiza o autor e a obra, inserindo-os em um
quadro referencial mais amplo, seja histórico ou intelectual, mostrando sua
contribuição diante de outros autores e sua originalidade.

A referência bibliográfica da obra, seguindo a ABNT;


O resumo da obra, ou síntese do conteúdo, destacando a área do conhecimento,
o tema, as ideias principais e, opcionalmente, as partes ou capítulos em que se divide o
trabalho. Deve-se deter no essencial, mostrando qual é o objetivo do autor, evitando
recorrer a detalhes e exemplos, com máxima concisão. Este momento é mais
informativo que crítico, embora a crítica já possa estar presente;
As categorias ou termos teóricos principais de que o autor se utiliza,
precisando seu sentido, o que ajuda evidenciar seu nível teórico, situando-o no debate
acadêmico e permitindo sua comparação com outros autores. Aqui não só se deve expor
claramente como o autor conceitua ou define determinado termo teórico, mas já se deve
introduzir críticas, seja à utilização ou à própria conceituação feita pelo autor [em uma
resenha para revistas especializadas, esta parte pode ser dispensada, até por economia
de espaço, mas é essencial em trabalhos de aula, em que o recensor é também aprendiz];
A avaliação crítica é o ponto alto da resenha, onde o recensor mostra seu
conhecimento, dialoga com o autor e/ou com leitor, dá-se ao direito de proceder a um
julgamento. Há vários tipos de críticas, mas destacam-se: (a) a interna, quando se avalia
o conteúdo da obra em si, a coerência diante de seus objetivos, se não apresenta falhas
lógicas ou de conteúdo; e (b) a externa, quando se contextualiza o autor e a obra,
inserindo-os em um quadro referencial mais amplo, seja histórico ou intelectual,
mostrando sua contribuição diante de outros autores e sua originalidade.

Exemplo de resenha crítica:

TITULO DA RESENHA

Nome do autor

Referências PUTNAM, R. D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália Moderna. Rio de


bibliográficas Janeiro: Ed. Fundação Getúlio Vargas, 2002. 257 p.

Gênero da obra A obra científica, “Comunidade e Democracia”. É uma síntese de 20 anos dedicados a
pesquisa empírica da vida política na península italiana. O estudo de caso parte de um fato
que marcou a história política da Itália: em 1970 o Parlamento italiano atribuiu autonomia
política às províncias, e – no mesmo gesto – outorgou as instituições políticas, que acabara
de surgir, a regência dos governos regionais que então se constituíam. O resultado foi que
não obstante as instituições idênticas, os governos da Região Norte tiveram um
desempenho institucional melhor do que os da Região Sul.
O foco da obra é o desempenho institucional dos governos democráticos. Essa preocupação
Resumo
é exposta, pelo autor, na seguinte pergunta: Por que alguns governos democráticos têm
bom desempenho e outros não? Na verdade, ele tenta responder por que as instituições
políticas das diversas províncias do Norte e do Sul da Itália podem exibir desempenhos tão
dispares de umas províncias para outras, já que todos os governos regionais dispõem de
instituições políticas rigorosamente idênticas. O autor refuta a correlação do desempenho
das instituições com o crescimento econômico, pois se o Norte é hoje economicamente
mais desenvolvido, outrora não o era. Ele constatou que o estoque de capital social -
expresso pelo sentimento de confiança advinda das regras de reciprocidade e da
participação cívica – gerou uma espécie de círculo virtuoso que explica o bom desempenho
do Norte. Em contrapartida, a Região Sul não possuía esse estoque, já que sua história é
marcada por um tipo de reciprocidade assimétrica expressa pelo clientelismo e pela
dependência, gerando um círculo vicioso que atrapalha o desempenho institucional.
Putnam conclui que o contexto social e a história condicionaram profundamente o
desempenho das instituições italianas.

Após esse breve resumo é possível aprofundar algumas questões de fundamental


Avaliação ou importância para a compreensão de “Comunidade e Democracia”. Os cinco primeiros
apreciação crítica capítulos do livro são dedicados a descrição da situação política da Itália, ao estudo,
da obra
avaliação e explicação do desempenho institucional, bem como ao contexto histórico no
qual surgiu a comunidade cívica. No entanto, a elaboração teórica em que o trabalho
pretende fundamentar suas principais conclusões ficou restrita às duas dezenas de páginas
do sexto e último capítulo intitulado de “Capital Social e Desempenho Institucional”.
Portanto, é importante dedicar algumas linhas a análise desse capítulo conclusivo.

Na primeira parte do capítulo, em questão, Putnam se detêm à análise de seu objeto a partir
dos dilemas da ação coletiva. Ele levanta o questionamento do porquê das Regiões menos
cívicas da Itália ter a vida coletiva atrofiada, e afirma: “decerto não será porque os
habitantes preferiram viver solitária e resignadamente na pobreza. Nem pela opressão
estrangeira” (p. 173). Então ele pergunta: “será que as pessoas que vivem nessas regiões
problemáticas não aprenderam absolutamente nada com sua triste experiência? ’ E
insinua, ‘certamente elas devem perceber que sua situação seria melhor se todos
cooperassem para o bem comum” (p. 173). Com esses questionamentos o autor de
“comunidade e Democracia” levanta a problemática do interesse individual e da
cooperação. Putnam afirma que a incapacidade de cooperar para o mútuo proveito não é
ignorância ou irracionalidade. O arranjo elaborado por Putnam é surpreendente para os
mais habituados a contraposições diretas entre explicações “culturalistas” e outras
“individualistas”. Muito resumidamente, Putnam aponta duas dinâmicas para o problema
do desempenho institucional a partir da superação dos dilemas da ação coletiva: uma que
ele chama o “círculo vicioso autoritário” e a outra, em contraste, o “círculo virtuoso
democrático”.

Na primeira, o Estado garante a ordem de maneira coercitiva, por meio do medo e da


repressão, deixando em segundo plano a construção de qualquer relação de confiança
mútua disseminada entre os habitantes. É o que ele chama de solução hobbesiana. Nesse
caso, e com base na teoria da escolha racional, Putnam afirma que o mecanismo de controle
externo pode solucionar, por meio da coerção, os dilemas e resolver a questão da
cooperação. Entretanto, no caso da Itália Meridional esse arranjo não foi capaz de superar
os dilemas da ação coletiva, gerando uma espécie de “círculo vicioso autoritário”. O arranjo
autoritário é um “círculo vicioso” porque o precedente da afirmação violenta do poder inibe
a disseminação de comportamentos mais cooperativos no interior da população. Com base
nessas observações o autor conclui que esse tipo de arranjo causa um baixo desempenho
institucional.

No segundo arranjo, investe-se no estabelecimento de regras que devem, em princípio, ser


seguidas por todos. Esta última depende, para sua consecução eficaz, da generalização da
disposição de firmar compromissos e abrir mão de ganhos imediatos em favor de
compensações futuras, na presunção de que a observância universal de determinadas regras
renderá frutos no longo prazo. A democracia, por sua vez, constituiria um “círculo
virtuoso” em virtude do fato de que o acatamento de regras sociais de solução de disputas,
uma vez estabelecido, pode gerar um estado de coisas no qual a violação dessas regras,
mesmo que imediatamente proveitosa, pode tornar-se onerosa para aquele que a pratica,
em virtude da retaliação dos demais. Essa disposição de gerar compromissos é fruto do que
o autor chama de capital social. Trata-se dos laços sociais de confiança, das regras de
reciprocidade e da participação cívica.

Desta forma, Putnam resolve a questão feita nas primeiras linhas de “Comunidade e
Democracia”: o que provoca o bom desempenho institucional dos governos democráticos
é justamente os altos níveis de participação cívica fruto do bom estoque de capital social
comunitário. Da conclusão de sua pesquisa ele retira três lições: primeira, o contexto social
e a história condicionam profundamente o desempenho das instituições; segunda,
mudando-se as instituições formais pode-se mudar a pratica política; por fim a terceira, a
história institucional evolui lentamente.

Finalmente, “Comunidade e Democracia” é uma leitura original que instiga e provoca


muitas reflexões acerca da problemática que envolve as instituições contemporâneas,
levantando de forma interessante a questão da cooperação e do interesse individual. O
mérito de Putnam é tentar, de forma impressionante, unir aspectos relevantes da teoria
culturalista e individualista para explicar o universo empírico no qual pesquisara por duas
décadas.

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