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NORTE-RIO-GRANDENSE DE
ARQUEOLOGIA - ANA
Aprovado em Assembleia Geral em 12 de dezembro de 2010.
CAPÍTULO I
Da denominação, sede, foro, objeto.
a) Congressos;
b) Simpósios;
c) Mesas Redondas;
d) Incentivos à Pesquisa;
e) Conferências;
f) Cursos;
g) Cadastramento de Sítios Arqueológicos;
i) Publicações;
j) Intercâmbio de Informações;
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k) outras atividades.
CAPÍTULO II
Dos Associados
Art. 6º: Poderão ser admitidos como sócios Efetivos todos os que se dedicam à
pesquisa arqueológica ou de áreas afins, devendo ser propostos por dois sócios
efetivos e ter seus nomes aprovados pela Comissão de Seleção. O código de ética
deve ser lido e assinado por quem venha a se associar.
Art. 7º: Podem ser sócios efetivos da ANA, os titulares de Licenciatura, Bacharelado
ou grau acadêmico equivalente, que confira formação específica na área da
Arqueologia, ou que satisfaçam igualmente uma das seguintes condições:
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a) Prática profissional no âmbito da Arqueologia por um período mínimo de cinco
anos, durante o qual tenham sido cumpridos pelo menos setecentos e vinte dias de
trabalho efetivo em atividades de campo e/ou laboratório;
b) Os licenciados e/ou bacharéis em áreas científicas que possuam pós-graduação,
mestrado ou doutoramento em Arqueologia;
c) Os licenciados e/ou bacharéis noutras áreas científicas que possuam pós-
graduação, mestrado ou doutoramento na área das Ciências Humanas, com
direcionamento para Pré-História;
d) Por causa da necessidade de ter quórum de associados nas assembleias gerais,
somente os associados residentes no Estado do Rio Grande do Norte podem ser
associados efetivos.
Art. 9º: Poderão ser admitidos como sócios Colaboradores todos os que sejam
interessados e envolvidos em atividade arqueológica norte-rio-grandense ou
relacionada a esta e devem ser propostos por dois sócios efetivos e ter seus nomes
aprovados pela Comissão de Seleção. Os arqueólogos que residem fora do estado
serão associados colaboradores poderão participar das reuniões e ter direito a voz,
mas não terão direito a voto. Também não terão direito a voto os discentes
participantes que ainda não atendam os requisitos necessários para serem
considerados arqueólogos, conforme preconizado no estatuto da ANA.
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Art.11º: No novo código civil, a responsabilidade dos bens patrimoniais e dividas e
ônus estão sob a responsabilidade dos associados que respondem juridicamente
por estas obrigações.
Artigo 12º - A não aceitação de uma proposta de filiação como associado pela
Comissão de Seleção, deve ser comunicada ao interessado através de carta
registrada com aviso de recepção, em que seja explicitada a fundamentação da
recusa.
Parágrafo único - O recurso deve ser interposto dentro do prazo de quinze dias
contados a partir da data da recepção da comunicação referida do presente artigo.
CAPÍTULO III
Direitos e deveres dos associados
Artigo 17º - O associado terá a sua inscrição na ANA suspensa nas seguintes
situações:
CAPÍTULO IV
Das Contribuições anuais
Art. 18º: Os valores das anuidades a serem pagas pelos associados serão fixados
anualmente pela Assembleia Geral Ordinária;
Art. 20º: Os sócios que não pagarem as anuidades por um período superior a dois
anos serão eliminados do quadro social; os sócios que não se acharem em dia com
as anuidades ficarão sem direito a voto até regularizarem a situação.
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CAPÍTULO V
Da organização e da administração
Art. 20º. A ANA terá as atribuições que lhe são conferidas neste estatuto e na
legislação em vigor através dos seus órgãos próprios, sendo administrada pelos
seguintes órgãos:
a) A Assembleia Geral;
b) A Presidência;
c) O Conselho Fiscal e a Comissão de Seleção;
d) A Comissão Disciplinar.
Art.24º: A Comissão de Seleção será composta por 02 (dois) sócios efetivos e a sua
função será a de analisar e decidir sobre as propostas de admissão de sócios de
todas as categorias, à exceção dos sócios honorários, rejeitando as que não lhe
parecerem satisfatórias;
CAPÍTULO VI
Da Presidência
Art. 28º: A Diretoria da ANA, com mandato de três anos, podendo ser renovado por
mais três anos por Assembleia, será exercida por 04 (quatro) sócios efetivos, eleitos
pela Assembleia Geral para os seguintes cargos:
a) Presidente;
b) Vice-Presidente;
c) Secretário geral;
d) Tesoureiro;
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I – substituir o Presidente em suas faltas ou impedimentos e interinamente sempre
que necessário;
II – assumir o mandato, em caso de vacância, até o seu término;
III– prestar, de modo geral, a sua colaboração ao Presidente.
CAPÍTULO VII
Do Conselho Fiscal
Art. 33º: O Conselho Fiscal será integrado por 02 (dois) sócios efetivos eleitos pela
Assembleia Geral, com mandato de 03 (três) anos podendo ser renovado por mais
três anos.
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CAPÍTULO VIII
Das Assembleias
a) Relatório do Presidente;
b) Relatório do Tesoureiro e Parecer do Conselho Fiscal;
c) Data e local de realização do congresso estadual.
Art. 37º: A convocação para a reunião da Assembleia Geral Ordinária far-se-á por
correspondência escrita ou por meio eletrônico, a todos os sócios efetivos com
antecedência de, pelo menos, 60 (sessenta) dias.
Art. 38º. As Assembleias gerais serão dirigidas por uma mesa composta por um
presidente, escolhido em aclamação entre os presentes e secretariada por pessoa
de livre escolha pelo presidente eleito.
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Art. 40º. As Assembleias Gerais, Ordinária e Extraordinária, poderão ser,
cumulativamente, convocadas e realizadas no mesmo local, data e hora e
instrumentais em ata única.
Art. 44º. As decisões da Assembleia Geral serão obrigatórias para todos os sócios,
ainda que vencidos nas deliberações, ou a que ela não tenham comparecido, desde
que a convocação tenha sido enviada com 60 dias de antecedência. .
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CAPÍTULO IX
Do Sistema Eleitoral
Art. 46º: As eleições para a Presidência, Conselho Fiscal e Comissões terão lugar na
Assembleia Geral Ordinária, a cada dois anos.
Art. 47º: Para efeito destas eleições, os candidatos deverão inscrever-se, por escrito,
no período entre 60 (sessenta) e 30 (trinta) dias anteriores à data da Assembleia
Geral ordinária.
Art. 49º: A votação será por escrutínio secreto, na Assembleia Geral Ordinária com
competência para isto.
Parágrafo primeiro - A apuração dos votos será feita por cargos e não por chapas.
Parágrafo segundo - Serão nulas as cédulas assinadas e/ou rasuradas.
Parágrafo terceiro – só terão direito a voto os associados presentes a assembleia
geral ordinária do processo eletivo.
Art.50º: Estarão eleitos os candidatos que obtiverem maioria dos votos no escrutínio.
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tomada de posse, salvo no caso de recusa fundamentada, e aceita pela Assembleia
Geral.
Art.53º. Quando sobrevenha motivo relevante, pode o titular de cargo nos órgãos
da ANA solicitar à Assembleia Geral a aceitação da sua renúncia ao cargo ou a
suspensão temporária do exercício de funções, nunca por período superior a
noventa dias.
Art.54º. Perde o cargo o associado que, sem motivo justificado, não exerça as
respectivas funções com assiduidade e diligência ou dificulte o funcionamento do
órgão da ANA a que pertença.
CAPÍTULO X
Receitas e despesas
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b) Os encargos que derivem da adesão da ANA a federações, confederações ou
outros organismos;
c) Todas as demais que lhe forem impostas pela lei vigente.
CAPÍTULO XI
Do Patrimônio
CAPÍTULO XII
Dos Congressos e outras atividades científicas
CAPÍTULO XIII
Do Intercâmbio Científico
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CAPÍTULO XIV
Proteção do Patrimônio Arqueológico Brasileiro
CAPÍTULO XV
Da dissolução da Associação
Art.64º: A ANA só poderá ser dissolvida por deliberação de 2/3 (dois terços) dos
sócios efetivos quites com a sociedade, reunidos em Assembleia Geral
Extraordinária especialmente convocada para esta finalidade.
CAPÍTULO XVI
Das disposições Gerais e Transitórias
Art. 70º: Modificações ou emendas a esta Carta devem ser propostos por ao menos
dois associados efetivos numa Assembleia Ordinária para discussão; na seguinte
Assembleia será de novo discutidas e votadas, aprovadas por maioria de 2/3 dos
associados efetivos.
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Art. 71º: Os casos omissos nestes Estatutos serão resolvidos pela Presidência, ad
referendum da Assembleia Geral Ordinária.
Art. 73º. Este Estatuto entrará em vigor na data de seu registro no Cartório de
Registro de Títulos e Documentos da Comarca do Natal-RN.
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CÓDIGO DEONTOLÓGICO DOS
ARQUEÓLOGOS
PREÂMBULO
O objetivo da Arqueologia é a compreensão dos fenômenos humanos a partir
dos elementos da cultura material que dessa forma se constituem como Patrimônio
Arqueológico. Cabe assim aos arqueólogos identificar e investigar o patrimônio
arqueológico e colaborar na sua salvaguarda e gestão.
A Arqueologia, enquanto profissão requer deontologia responsabilidade e
competência por parte de cada arqueólogo. O propósito deste Código é estabelecer
padrões de conduta para os membros de a ANA seguirem no cumprimento dos
seus deveres e responsabilidades, tanto em relação à sociedade como perante os
seus colegas de profissão. Sempre que for conveniente a APA poderá elaborar,
como complemento ao presente Código, recomendações relativas ao modo como
deve ser conduzido a atividade profissional.
I – OS ARQUEÓLOGOS E A SOCIEDADE
O patrimônio arqueológico é patrimônio de toda a humanidade. O arqueólogo
tem como responsabilidade primordial assegurar o estudo e divulgação do
patrimônio arqueológico e contribuir para a sua preservação.
Constituindo os bens arqueológicos patrimônio nacional, o registro que
decorre do seu estudo não deve constituir domínio privado nem propriedade
intelectual do arqueólogo. Tal não obsta ao reconhecimento do direito de o
arqueólogo ser citado como autor do registro nem obviamente aos direitos de
propriedade intelectual que detenha sobre os estudos, relatórios e publicações que
efetue, nos termos da lei.
Não obstante, as necessidades da investigação podem implicar que a
consulta e acesso público aos bens arqueológicos e ao respectivo registro possam
ficar temporariamente interditos ou condicionados, através do estabelecimento de
um período de reserva, sob condição de que, durante esse período, materiais e
registros sejam efetivamente tratados e estudados e o conhecimento produzido
sobre eles seja tornado público.
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II – OS ARQUEÓLOGOS E A PROFISSÃO
O arqueólogo tem responsabilidade pela boa reputação da sua disciplina e
dos que a praticam, sendo seu dever uma postura ética e ponderada para com o
patrimônio arqueológico e a profissão.
Cabe ao arqueólogo conceber e conduzir projetos e intervenções que
concorram para o conhecimento ou desenvolvimento de metodologias, técnicas e
teorias interpretativas e para a salvaguarda e valorização do patrimônio
arqueológico.
Na importante relação dialética entre as dimensões da investigação e da
conservação, não se considera a precedência de qualquer delas. As várias vertentes
da atividade arqueológica devem ser corretamente ponderadas em cada caso
concreto e cabe ao arqueólogo fazer a melhor avaliação e agir em conformidade
com as opções tomadas, fomentando a interdisciplinaridade e o diálogo com outros
profissionais.
Sublinha-se, no entanto, a particular responsabilidade deontológica do
arqueólogo em relação à escavação, uma vez que o preço da recolha de
informação é a inevitável perda de outra informação. Mesmo em intervenções de
salvamento ou de natureza semelhante, o arqueólogo só deve escavar após
cuidada reflexão, devendo considerar outros meios de investigação que precedam e
possam complementar ou mesmo substituir a escavação. Ao projetar-se uma
intervenção arqueológica que inclua escavação, deve também ser encarada a
possibilidade de uma escavação não integral, prevendo-se zonas de reserva a
definir previamente ou no decurso dos trabalhos.
São deveres do arqueólogo:
13. Manter-se informado dos desenvolvimentos do conhecimento, metodologia,
técnicas de campo, laboratório, conservação, circulação da informação e questões
correlativas.
14. Não desenvolver ou aceitar trabalhos para os quais não possua meios ou
competência ou para os quais não possa garantir-se o tratamento da informação, a
adequada conservação e estudo do espólio exumado e a eventual conservação das
estruturas descobertas se o seu interesse científico ou patrimonial o justificar.
15. Ter sempre presente, em particular em escavação arqueológica, que o
registro é primordial e deve ser elaborado de forma adequada, inteligível e
duradoura.
16. No âmbito das escavações arqueológicas, tomar as providências
necessárias à proteção da área sob intervenção e colaborar em eventuais projetos
de conservação e valorização dos vestígios arqueológicos postos a descoberto.
17. Responsabilizar-se por todos os materiais e amostras recolhidos e registros
produzidos no exercício da sua atividade até que dêem entrada no local de depósito,
devendo entretanto assegurar-se de que ficam armazenados em devidas condições
no que respeita à conservação e segurança.
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18. Uma vez terminado o tratamento e estudo da informação e materiais,
depositar o espólio devidamente catalogado bem como o registro, integral e
organizado, em local conveniente.
19. Dar informação à comunidade arqueológica, através da publicação de
noticias e resultados, de todos os projetos e intervenções. Julga-se conveniente o
prazo máximo de um ano para a publicação de uma primeira notícia e um prazo de
cinco anos a partir do início dos trabalhos para uma primeira publicação de
resultados e conclusões.
20. Sempre que estejam decorridos dez anos desde o início de qualquer projeto
ou intervenção, e o arqueólogo não tiver publicado análise ou resultado que
demonstrem o seu comprometimento no projeto ou estudo do espólio e informação
decorrentes de uma escavação, considera-se terminado o período de reserva,
devendo depositar-se os materiais e registros em local conveniente, ficando
disponíveis para estudo e publicação por qualquer investigador de reconhecida
idoneidade, durante prazo idêntico e nas condições do ponto anterior, devendo ser
sempre respeitado o direito de o arqueólogo ser citado como autor do registro.
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26. No período de reserva de materiais e registros, durante o qual o arqueólogo
desenvolve o seu estudo, este deverá acolher pedidos de informação de outros
investigadores, desde que tal não colida com os direitos autorais e de publicação.
27. Dar o devido reconhecimento em publicação ao trabalho ou pesquisa de
colaboradores, sejam colegas de profissão, investigadores de outras disciplinas,
estudantes, assistentes de arqueólogo ou outros, através de referência correta,
agradecimento ou menção da colaboração.
28. Promover os mecanismos de integrarão dos seus colegas mais jovens,
proporcionando-lhes a aquisição da experiência necessária a um bom exercício
profissional.
IV - OS ARQUEÓLOGOS E OS
EMPREGADORES E CLIENTES
Uma postura de franqueza e honestidade do arqueólogo para com o
empregador ou cliente é condição essencial para a boa reputação da profissão.
Considera-se, no entanto, que as responsabilidades para com a sociedade e a
profissão prevalecem sobre as outras responsabilidades profissionais, pelo que o
arqueólogo deverá sempre reter o direito de decidir sobre todas as questões éticas
que a atividade profissional levante.
São deveres do arqueólogo:
29. Não avalizar nem integrar qualquer trabalho cujo programa, propósitos,
metodologias ou meios empregues entrem em contradição com princípios éticos ou
deontológicos, designadamente os estabelecidos neste código.
30. Procurar que a atividade arqueológica seja regulada por disposições
escritas, assegurando-se de que ficam salvaguardados todos os requisitos legais e
normas deontológicas.
31. Informar lealmente o empregador ou cliente das implicações da legislação
pertinente e da obediência a este código.
32. Respeitar o interesse do seu empregador ou cliente, salvo em exigências ou
orientações que colidam com a deontologia profissional e que por isso não deverão
ser admitidas.
33. Não usar nem revelar informação confidencial, exceto por obrigação legal, e
evitar que os seus empregados, colaboradores e associados revelem ou usem
informação confidencial que possa resultar em prejuízo do cliente ou empregador ou
em benefício próprio ou de terceiros. Considera-se confidencial a informação de
natureza não arqueológica obtida no decurso do trabalho e que o empregador ou
cliente pede para permanecer confidencial ou cuja divulgação lhe seria embaraçosa
ou prejudicial.
34. Informar lealmente o empregador ou cliente dos desenvolvimentos e
resultados do seu trabalho, apresentando a informação arqueológica da forma
técnica e cientificamente rigorosa, mas acessível aos destinatários.
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35. Dar assistência e colaborar em exposições, publicações, conferências ou
outras realizações de natureza semelhante que o cliente ou empregador queira
promover que reflitam resultados do trabalho que desenvolveu.
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