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Índice

Introdução ..................................................................................................................... 1

Objectivo Geral ............................................................................................................. 2

Objectivos Específicos .................................................................................................. 2

Metodologia .................................................................................................................. 3

1. Organização económica e função social de propriedade ....................................... 4

1.1. A intervenção Estatal no dominio economico como instrumento de efectivação


da função social da propriedade .................................................................................... 4

1.2. Tipologia de intervenção ................................................................................... 5

1.2.1. Intervenções globais, sectoriais e pontuais ou avulsas ................................... 5

1.2.2. Intervenções imediatas e mediatas ................................................................. 6

1.2.3. Intervenções unilaterais e bilaterais ............................................................... 6

1.2.4. Intervenções directas e indirectas ................................................................... 7

1.3. Propriedade Privada ........................................................................................... 7

1.3.1. Restrições a propriedade privada ................................................................... 8

1.4. A Iniciativa privada ........................................................................................... 8

1.4.1. A liberdade de investimento ou de acesso ..................................................... 9

1.4.2. A liberdade de organização ............................................................................ 9

1.4.3. A liberdade de contratação ou liberdade negocial ......................................... 9

1.4.4. Restrições à iniciativa privada........................................................................ 9

1.5. Iniciativa cooperativa ....................................................................................... 10

1.6. Iniciativa Pública ............................................................................................. 12

2. Conclusão ............................................................................................................ 13

3. Referências Bibliográficas .................................................................................. 14

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Introdução
O presente trabalho visa abordar sobre a Organização económica e função social de
propriedade.
Portanto, o conjunto de normas constitucionais sobre a propriedade revela que ela não
pode mais ser considerada como mero instituto de direito privado, devido à sua
constitucionalização, actuando como direito fundamental e como princípio. Além disso,
as facetas da função social, as limitações e a interferência estatal demonstram a perda
do caráter absoluto de outrora, relativizando-se seu conceito e aplicação, passando a ser
considerada como um dos instrumentos capaz de assegurar a todos existência digna,
conforme os ditames da justiça social.
Este trabalho de pesquisa, em termos de materiais utilizados na sua elaboração, conta
basicamente com fontes bibliográficas, tendo utilizado elementos e conceitos já
trabalhados em livros e artigos relacionados com o tema.

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Objectivo Geral
Compreender a Organização económica e função social de propriedade

Objectivos Específicos
 Abordar sobre a intervenção Estatal no dominio economico como instrumento de
efectivação da função social da propriedade
 Apresentar conceitos chaves sobre a propriedade privada
 Falar sobre a Iniciativa, privada, cooperativa e pública

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Metodologia
Para a produção deste trabalho a colecta de dados aconteceu através de revisão
bibliográfica de livros com temas relacionados com a Organização económica e função
social de propriedade. Depois da recolha dos dados, os textos foram compilados para
decisão da ordem e relevância das informações para a produção da revisão do presente
trabalho.

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1. Organização económica e função social de propriedade
1.1.A intervenção Estatal no dominio economico como instrumento de
efectivação da função social da propriedade
De acordo com FIGUEIREDO (2008:54) a intervenção do Estado é um fenómeno que
se manifesta, hoje em dia, em sistemas diversos, independentemente da sua classificação:
- A partir do modo de coordenação – nas economias totalmente planificadas e nas
economias de mercado
- A partir do modo de produção – sistema económico de apropriação colectiva dos meios
de produção ou sistema económico de apropriação privada dos meios de produção.
Mas, a intervenção do Estado tem intensidades diferentes. Numa economia planificada,
ou de direcção central, a sociedade integra-se, totalmente, no Estado e considera-se que,
só o Estado (socialista) tem legitimidade para traçar o espaço de realização do indivíduo.
Neste sistema económico, o Plano é o instituto normal, constituindo o retrato da vontade
política da total direcção do todo social (economia incluída, obviamente).
Nas economias de mercado, não se recuperou a dispersão máxima dos indivíduos,
característica do liberalismo, nem tão pouco se assume a integração máxima do Estado
totalitário. O Estado de Direito Social coloca-se entre os dois pólos, e a intervenção do
Estado na sociedade é limitada pelos princípios do Estado de Direito Democrático.
segundo VAZ (1998:66) , apesar das recentes orientações de política económica que
aliviam o papel do Estado na economia, a intervenção do Estado continua a ser uma
realidade. Hoje, a questão coloca-se em termos de maior ou menor intervenção.
O Estado intervém na actividade económica de diversas formas, das quais se destacam:
Condução de políticas anti-crise (através de instrumentos fiscais, monetários e de
controlo de preço);

 Planeamento e caracterização sócio-económica do país;


 Constituição de um setor público empresarial (SEE);
 Regulação da actividade económica;
 Fiscalização dos agentes económicos;
 Dinamização da economia.

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1.2.Tipologia de intervenção
Segundo DERANI (2002:56) A intervenção do Estado caracteriza-se, portanto, segundo
3 formas diferentes:
a) Intervencionismo
b) Dirigismo
c) Planificação
A diferença entre intervencionismo e dirigismo é essencialmente qualitativa. Enquanto o
intervencionismo se reduzia às intervenções pontuais sem outro objectivo que não o da
resolução de problemas conjunturais, o dirigismo característico do pós-guerra já
pressupõe uma actividade coordenada com vista à obtenção de certos fins, nomeadamente
de ordem sócio-económica, e já não, somente, arrecadar receitas.
A diferença entre dirigismo e planificação é de ordem quantitativa. A planificação é um
dirigismo por planos. A diferença reside no carácter mais racional do documento
planificatório, ou seja, o Plano é mais detalhado, mais organizado, mais sistemático e
mais racional.
1.2.1. Intervenções globais, sectoriais e pontuais ou avulsas
Segundo SILVA (2011:69) Se o Estado intervém para corrigir este fenómeno global,
através de medidas de encorajamento do investimento, estamos perante uma intervenção
global.
Se, a baixa no investimento se verifica num só sector de actividade, considerado
fundamental para o desenvolvimento do país, ex. o turismo, e se o Estado adopta medidas
de encorajamento ao investimento neste sector, estamos perante uma intervenção
sectorial.
Por outro lado, imaginemos que uma empresa importante para a exportação entra em
dificuldades económicas e o Estado decide encetar uma intervenção que vise a
recuperação da mesma empresa, estaremos neste caso perante uma intervenção pontual
ou avulsa.

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1.2.2. Intervenções imediatas e mediatas
As medidas imediatas são aquelas que se caracterizam por terem efeito directo dirigido
e intencional na economia, por ex. as nacionalizações ou o apoio a determinadas
actividades económicas.
Mas, o Estado pode tomar outro tipo de medidas que, não sendo especificamente dirigidas
a um sector económico ou à economia na sua globalidade, acabem por afectar a actividade
económica do país, por ex.
- aumento ou diminuição de impostos sobre o rendimento das empresas ou sobre o
trabalho
- abertura de linhas de crédito a favor da construção social
- diminuição das taxas de juro
estamos a falar de intervenções mediatas.
Segundo Cabral Moncada, o Estado, no primeiro caso intervém na Economia, no
segundo caso, intervém sobre a Economia.
1.2.3. Intervenções unilaterais e bilaterais
Quando o Estado nacionaliza ou privatiza, aumenta os impostos ou as taxas de juro, apoia
um sector, etc. estamos perante intervenções unilaterais. Estas intervenções são as
tradicionais e ainda maioritárias.
No entanto, cada vez mais se acentua a tendência para o Estado intervir ao abrigo de
formas convencionais e contratuais do exercício da autoridade.
Estas formas pressupõem um acordo entre Estado e privados para a determinação de
formas de intervenção.
Em primeiro lugar, deve-se ao facto de a via contratual assegurar o comprometimento da
outra parte o que confere maior eficácia às medidas adoptadas.
Em segundo lugar, assegura um clima de paz social que seria mais difícil se as medidas
fossem de carácter unilateral. Estamos a falar de medidas de concertação.
Consideremos como exemplo a oferta, por parte do Estado, de reduções fiscais às
empresas em troca de um aumento de investimento, o que é completamente diferente, em
termos de efeitos esperados, da medida unilateral de reduções fiscais tout court.
A intervenção unilateral é considerada como tributária de uma concepção policial da
intervenção económica do Estado. Pelo contrário, a concepção contratual traz consigo
uma evolução da fase de polícia económica para a fase da política económica (Cabral
Moncada).

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As medidas convencionais ou contratuais não se destinam a prevenir ou a reprimir
comportamentos dos actores económicos mas sim a concertar políticas económicas
consideradas desejáveis pelo Estado em função de interesses sociais gerais.
Tal como já tínhamos visto quando falámos da heterogeneidade das fontes de Direito
Económico, a contratação, apesar de ter presentes alguns elementos de Direito Público, o
seu contencioso faz-se em moldes de Direito Privado, sendo competentes, de uma
maneira geral, os tribunais comuns.
1.2.4. Intervenções directas e indirectas
Se o Estado constitui empresas públicas ou controla empresas privadas, e através delas
controla a produção, a comercialização ou a importação de determinados bens, estamos
perante intervenções directas.
Se o Estado fiscaliza uma empresa ou um sector, ou se estimula a economia o seu todo
ou sectorialmente, estamos perante intervenções indirectas.
A intervenção indirecta do Estado limita-se a condicionar, a partir de fora, a actividade
económica privada, sem assumir o papel de sujeito económico activo. Trata-se da
“regulação”.
Por outro lado, a intervenção directa do Estado tem, crescentemente, fins lucrativos,
tradicionalmente exclusivos da actividade privada. Sendo que a estrutura da empresa
privada é a que melhor se adequa à obtenção do lucro, o Estado procura cada vez mais
imitar a empresa privada.
1.3.Propriedade Privada
Como já vimos, a actual Constituição, no seu artº 82º / nº 1 reconhece e garante o direito
de propriedade.
Ora, o direito de propriedade não é um direito absoluto podendo ser objecto de limitações
ou restrições, as quais se relacionam, desde logo, com princípios de Direito (ex: a função
social da propriedade), com razões de utilidade pública ou com a necessidade de conferir
eficácia a outros princípios ou normas constitucionais, incluindo os direitos económicos
ou sociais e as disposições da organização económica.
O direito de propriedade privada inclui quatro componentes:
- O direito de a adquirir
- O direito de usar e fruir dos bens de que se é proprietário
- A liberdade na sua transmissão
- O direito de não ser privado dela

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1.3.1. Restrições a propriedade privada
a) Na aquisição ou acesso – há bens insusceptíveis de apropriação privada – é o caso
dos bens de domínio público (artº 98º). No entanto, note-se que alguns desses bens
poderão, por vezes, ser explorados por entidades privadas ou cooperativas em regime de
concessão. Trata-se, portanto, de uma reserva de propriedade pública mas não de uma
reserva de actividade económica pública.
b) No uso e fruição – para além do dever geral de uso relativo aos meios de produção
(a propriedade de meios de produção implica o seu uso), devem considerar-se outras
condicionantes por razões ambientais ou de ordenamento do território (ex. delimitação de
áreas de reserva agrícola, reserva ecológica, planeamento urbano, etc.)
c) Na transmissão inter vivos ou mortis causa – é por vezes limitada por direitos a favor
de terceiros, como o direito de preferência atribuído, por vezes, aos proprietários
confinantes ou aos herdeiros legitimários.
d) Limites constitucionais ao direito de o titular não ser privado da sua propriedade –
ao admitir-se a possibilidade de requisição e expropriação por utilidade pública, sujeita
ao pagamento de justa indemnização. A actual Constituição prevê a expropriação no seu
artº 82º / nº 2.
A requisição de bens abrange móveis ou imóveis, é temporária e justifica-se por um
interesse público urgente e excepcional (situações de guerra, calamidades naturais, etc.)
A expropriação refere-se a bens imóveis, tem carácter definitivo e é de uso frequente,
dada a sua necessidade para a construção de estradas e outras edificações públicas. O
facto de se exigir a existência de interesse público não significa que não possa haver
expropriação a favor de entidades privadas como as associações desportivas, etc.
Tanto a requisição como a expropriação implicam o pagamento de indemnização que
deverá ser fixado pelo valor real do bem expropriado o qual tem a sua expressão mais
próxima no seu valor de mercado.
Além da requisição e da expropriação, a propriedade privada pode também ser limitada
pela figura da nacionalização, também mediante indemnização.
1.4. A Iniciativa privada
Apesar de a Constituição da República de Moçambique não possuir nenhuma norma
específica que, à semelhança do que faz para a propriedade privada, garanta o direito de
iniciativa privada, podemos deduzir a sua interpretação a partir de vários artigos:
- Artº 97º alíneas b), c) e d);
- Artº 99º / nº 1 e nº 3

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- Artº 107º
Segundo António Carlos Santos, o direito de iniciativa privada traduz a possibilidade de
exercer uma actividade económica privada, nomeadamente através da liberdade de
criação de empresas e da sua gestão.
O direito de iniciativa privada compreende os seguintes componentes:
1.4.1. A liberdade de investimento ou de acesso
consiste no direito de escolha da actividade económica a desenvolver. O investimento
pode levar à criação de uma empresa, à aquisição de empresas já existentes ou ao aumento
de capital dessas empresas. Em sentido negativo, esta liberdade significa o direito de
retirar o capital investido quando proprietário o julgue conveniente.
1.4.2. A liberdade de organização
consiste na liberdade em determinar o modo como a actividade vai ser desenvolvida
(incluindo a forma, a qualidade e o preço dos produtos ou serviços transaccionados),
definir objectivos, combinar os factores de produção e dirigir a actuação das pessoas
empregues na actividade empresarial. Esta liberdade consiste basicamente na combinação
capital/trabalho para a obtenção de um produto ou serviço. Ao empresário compete-lhe
maximizar a produção, minimizando os custos, de modo a assegurar rentabilidade ao
capital investido.
1.4.3. A liberdade de contratação ou liberdade negocial
consiste na liberdade em estabelecer relações jurídicas e de fixar, por acordo, o seu
conteúdo. Significa o direito do empresário de escolher os seus fornecedores e clientes,
assim como fixar o preço das mercadorias. Significa ainda a liberdade de contratação de
mão de obra e a fixação de salários e de outras condições de trabalho.
A liberdade de iniciativa privada ou liberdade de empresa constitui uma condição básica
da concorrência, entendida como modelo de sociedade ou como critério de qualificação
das estruturas de mercado e do comportamento dos agentes económicos.
1.4.4. Restrições à iniciativa privada
A liberdade de iniciativa privada não é, à semelhança do direito de propriedade privada,
um direito absoluto. Admitem-se restrições e condicionamentos, os quais podem resultar
da lei constitucional ou de lei ordinária.
As restrições constitucionais resultam, desde logo, da possibilidade de se estabelecerem
reservas a favor do sector público (artº 99º / nº 2), as quais afectam em especial a liberdade
de investimento ou de acesso.

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Por sua vez, a liberdade de organização não impede que a lei configure os tipos de
empresas sob a forma de sociedades comerciais (ex. sociedades por quotas, sociedades
anónimas, sociedades em comandita, etc.). Existem também regras obrigatórias sobre o
modo de organização interna das empresas, relativas aos órgãos sociais, aos direitos das
comissões de trabalhadores, bem como às condições técnicas de funcionamento do
estabelecimento (ex. medidas de segurança, de protecção da saúde pública, de condições
de higiene, etc.) bem como na relação da empresa com o exterior (ex: actividades
perigosas em zonas residenciais, protecção do ambiente, etc.).
Quanto à liberdade negocial, existem também restrições quer nas relações contratuais
com trabalhadores (ex: contratos de trabalho), consumidores (nulidade de certas cláusulas
contratuais) ou outras empresas (proibição de comportamentos restritivos da
concorrência).
1.5.Iniciativa cooperativa
De acordo com MONCADA (2003:77) são também possíveis outras formas de iniciativa
em que a solidariedade entre os seus membros ou entre estes e a sociedade prevaleça
sobre o interesse lucrativo da organização. Trata-se de formas de “economia social” entre
as quais se destaca o sector cooperativo e o sector social.
A iniciativa cooperativa está contemplada no artº 99º / nº 4 CRM e Lei 9/79 (Lei das
Cooperativas)
Tal como na iniciativa privada, o direito de iniciativa cooperativa inclui:
- A possibilidade de criar cooperativas,
- A liberdade de as gerir
- A liberdade de contratação ou negocial inerente a essa mesma gestão
Genericamente, as restrições que se aplicam à iniciativa privada são extensíveis à
iniciativa cooperativa nos seus vários componentes.
Desde a constituição da primeira cooperativa (Sociedade dos Equitativos Pioneiros de
Rochdale, em 1844) o movimento cooperativista internacional elaborou os princípios
cooperativos que vieram a ser formulados pelos Congressos de Paris (1937) e de Viena
(1966) da Aliança Cooperativa Internacional. Os mais importantes destes princípios são:
a) Liberdade de adesão (princípio da porta aberta)
b) Princípio da gestão democrática (um homem = um voto)
c) Não discriminação social, política, racial ou religiosa
d) Limitação da taxa de juro, no caso de pagamentos de juros ao capital social
e) Repartição cooperativa de excedentes ou economias eventuais

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f) Promoção do ensino dos princípios e métodos de cooperação
g) Cooperação com outras cooperativas à escala local, nacional e internacional
De notar que o artº 99º, apesar de falar, desde logo, em sector cooperativo, irá especificar
3 formas de propriedade de meios de produção que, na realidade, pertencem ao sector
social:
Os meios de produção comunitários possuídos e geridos por comunidades locais – alínea
a) do nº 4 do artº 99º
A expressão “meios de produção comunitários” parece indiciar que se trata de bens de
propriedade comunitária, ou seja, de uma comunidade concreta, eventualmente sem
personalidade jurídica pública ou privada. Os casos mais conhecidos são os “baldios” que
estarão na base da previsão constitucional. Neste caso, os titulares da propriedade são os
“povos”, as “aldeias”, os “agregados populacionais”.
De notar que estes meios de produção só integram o sector social quando são possuídos
e geridos pelas respectivas comunidades locais. Quer isto dizer que, se estes meios de
produção são possuídos e/ou geridos por entidades públicas (autarquias, por exemplo),
ou por entidades privadas, já não são considerados como “meios de produção
comunitários”.
Os meios de produção objecto da exploração colectiva por trabalhadores – alínea b) do
nº 4 do artº 99º
Esta figura refere-se à autogestão das empresas pelos respectivos trabalhadores e é um
direito que parece pressupor a gestão aos trabalhadores e a propriedade a outrem.
Considera-se que os bens podem ser de titularidade de entidades de entidades privadas ou
públicas, pressupondo-se o assentimento dos titulares da propriedade ou um motivo legal
que confira o direito à autogestão.
Os meios de produção possuídos e geridos por pessoas colectivas, sem carácter lucrativo,
que tenham como principal objectivo a solidariedade social, designadamente, entidades
de natureza mutualista – alínea c) do nº 4 do artº 99º.
Trata-se de estender o sector social às entidades que desenvolvem uma actividade
económica tendo em vista a solidariedade social e, por isso, sem o intuito de apropriação
lucrativa pública ou privada, antes dirigida à ajuda mútua.

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1.6.Iniciativa Pública

O Estado pode colocar bens públicos à disposição dos indivíduos por preços inferiores
aos do mercado porque cobra impostos, satisfazendo, deste modo, necessidades
colectivas1.
O sector público inclui a atividade administrativa do Estado e a sua actividade enquanto
produtor.
Sector Público Administrativo (SPA) trata os assuntos de interesse geral do país, visando
a máxima satisfação das necessidades colectivas e não tendo fins lucrativos. O SPA
procede à redistribuição do rendimento através da utilização dos impostos, taxas e
contribuições obrigatórias entregues pelos cidadãos. Este setor inclui a Administração
Central (ministérios, direções gerais), a Administração Local (autarquias) e a Segurança
Social.

O Estado intervém na actividade económica como empresário, através de diversas


actividades, constituindo o Sector Empresarial do Estado (SEE). Esta sua atitude
enquanto produtor pode resultar da constituição de empresas pelo próprio Estado
(empresas públicas e empresas intervencionistas), com capitais públicos, ou pode resultar
de processos de natureza jurídico-política.;

Da criação de novas empresas públicas, da intervenção do Estado em algumas empresas


já constituídas e das nacionalizações, resultou um sector público extremamente vasto e
com importante peso na economia de Moçambique

O SEE é constituído por:

• Empresas públicas;

• Empresas participadas;

• Empresas municipais.

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JUS NAVIGANDI, Disponivel em:http://jus.com.br/artigos/27032/direito-de-propriedade-funcao-
socialelimitacoes-constitucionais/2#ixzz3FkYDyrXy> Acesso em 06 de Maio de 2018.

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2. Conclusão
Sem a pretensão de esgotar o tema, o presente trabalho objetivou estudar a Organização
económica e função social de propriedade e as limitações constitucionais ao exercício
do direito à propriedade privada, bem como formas de intervenção estatal presentes no
ordenamento jurídico inferior com base na Constituição.
Observando a concepção constitucional conferida à propriedade privada, em seu
aspecto funcional, voltado ao gozo e exercício dos interesses sociais, pode-se afirmar
que o titular do domínio sofre significativa restrição à sua liberdade no tocante à
efetivação de seus poderes inerentes à qualidade de proprietário. Desse modo, é possível
afirmar que a função social vem a ser um instrumento de garantia da própria
propriedade, uma vez que representa a defesa contra qualquer tentativa de socialização,
sem prévia e justa indenização. E para que a função social seja atendida, permitindo a
produção de seus efeitos, a Constituição traz limitações ao exercício do direito de
propriedade, ora previstas expressamente em seu texto, ora previstas na legislação
inferior, porém com fundamento genérico na Constituição.

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3. Referências Bibliográficas
Legislação
Constituição da República de Moçambique de 2004
Lei 9/79 – Lei das Cooperativas
Doutrina
DERANI, Cristiane. A propriedade e o conteúdo da “função social”. Revista de Direito
Ambiental, São Paulo, v. 27, jul.-set. 2002.
FIGUEIREDO, Guilherme José Purvin. A propriedade no Direito Ambiental.3ª ed. São
Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008.
JUS NAVIGANDI, Disponivel em:http://jus.com.br/artigos/27032/direito-de-
propriedade-funcao-socialelimitacoes-constitucionais/2#ixzz3FkYDyrXy> Acesso em
06 de Maio de 2018.
JUS NAVIGANDI, Disponivel em: http://jus.com.br/artigos/24354/a-funcao-social-da-
propriedadeeo-conceito-de-principio-jurídico/2 > Acesso em 06 de Maio de 2018.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 34. Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2011.
MONCADA ,Luís Cabral, Direito Económico, 4ª ed., Coimbra Editora, Coimbra, 2003
VAZ, Manuel Afonso, Direito Económico – A ordem económica portuguesa, 4ª ed.,
Coimbra Editora, Coimbra, 1998

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