OS FILÓSOFOS LEGISLADORES E A EDUCAÇÃO EM NIETZSCHE
Fabrício Santiago Almeida
Profº. Me. em Filosofia – UFMS/Campus do Pantanal E-mail: fabricio.almeida@ufms.br
Resumo: A presente comunicação enseja relacionar a ideia de Grande Política na concepção
do filósofo alemão Friedrich Nietzsche no contexto do aperfeiçoamento do ensino/aprendizagem e emancipação do aluno dentro da Educação contemporânea. Neste contexto, espera-se pensar “o homem do futuro” a partir do ideal de individualidade, logo que este homem está imbricado ao exercício de invenção de capacidade para si, relacionando este homem ao sujeito/aluno frente ao ensino. É com esse homem que o autor de Além do Bem e do Mal1 vislumbra o futuro da humanidade, ou seja, ele seria o legislador do futuro, aquele que através da atividade criativa individual elabora para si novos valores. Deste modo, o estudo detido acerca do papel pedagógico-cultural a ser desempenhado pelos assim chamados “filósofos legisladores” é fundamental para a compreensão das condições e possibilidades de criação de novos valores dentro da Educação. O que equivale dizer que os valores tradicionais precisam ser destronados a partir de uma guerra de consciência para que surjam os novos homens do porvir. Mediante a figura de tais filósofos, Nietzsche pretende, não apenas destronar as referências valorativas cardeais de nossa cultura, mas também acrescentar à dimensão teórico-especulativa de sua filosofia em uma face eminentemente educacional, como atividade de modelagem e cultivo de um novo tipo cultural de homem. A tais filósofos caberia, portanto, a hercúlea tarefa de instituir novas tábuas de valor, explorando, de resto, novos rumos para a experiência do homem consigo mesmo. Para tanto, seria preciso uma colisão de consciência para que o homem se coloque no palco da existência como um legislador e comandante de seu próprio destino.