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Aurora que promete.

São Pedro Canísio nasceu


em Nimega, na Holanda,
a 8 de maio de 1521 de
Jacome Kaniss ou Canísio
de Egidia Van
Houweningen. Nimega,
era a capital do ducado de
Gheldria, contado então
entre os Estados do
Império Alemão, e
pertencia à arquidiocese
de Colônia.
Seus pais eram nobres
ricos. Jacome Canísio, pai
do Santo, tinha estudado
direito e fora preceptor do
filho do Duque Renato 2º
de Lorena. Em Nimega
foi nove vezes eleito
Burgo-mestre da cidade.
“A meu pai eram
confiados negócios
importantes do Estado”,
escreve o Santo em suas
Confissões. Porém, mais
que a habilidade nos
negócios refulgiram a
luminosidade naquele
gentil-homem cristão, a
fé, a felicidade e o apego
à Religião católica.
Também Egidia, primeira
mulher de Jacome e mãe
do nosso biografado, foi
Senhora muito piedosa e
verdadeira serva de Deus
como diz o Santo.
“Quantas vezes ela,
como afirma Canísio em
suas confissões, me
ofereceu ao Senhor com
muitas lágrimas.”
O pequenino Pedro
mostrou grande
inclinação para a piedade.
“Quando menino,
escreveu ele mais tarde,
gostava muito de ver
imagens devotas, assistir
às funções sagradas,
ajudar à Missa, fazer de
sacerdote no meio dos
meus companheiros,
cantar, pregar, celebrar
Missa”. A sua piedade foi
mais além: “Ainda não
sentia o aguilhão da carne
para o pecado e já muitas
vezes trazia o cilício de
minha própria vontade”,
diz ele nas suas
Confissões.
A primeira tempestade.
Mas a má levedura
fermenta no fundo da
nossa pobre natureza.
Pedro, o primogênito
entre muitos irmãos, era
por todos considerado
como o rico descendente
duma família nobre e
respeitável; nas aulas era
o primeiro por seu talento.
Tudo isto contribuiu para
fomentar nele aquela
arrogância, que mais tarde
deplora nas suas
Confissões. Cometeu tais
travessuras que foi
castigado segundo o estilo
daqueles tempos.
Entretanto, seu pai,
demasiado ocupado com a
administração de seus
bens e com o desempenho
dos cargos públicos que
tinha, não podia atender à
educação do seu filho e
pensou em confiá-lo aos
cuidados de um educador,
em cuja pensão o colocou.
O remédio foi pior que o
mal. Pedro encontrou ali
maus companheiros, que
com seus discursos e
exemplos perversos o
escandalizavam, só o
temor de Deus, bebido
com o leite, foi quem o
amparou para não cair em
excessos que teriam sido
fatais. A misericórdia de
Deus vigiou sobre ele;
mas a candura do jovem
não saiu intacta daquele
insalubre ambiente.
Tinha Pedro 15 anos,
quando o pai se resolveu a
manda-lo a Colônia para
lhe dar uma formação
intelectual e moral mais
esmerada. Esta resolução
do pai foi a salvação do
filho.

A caminho da
Santidade. Colônia, a
santa Colônia, foi para
Pedro a pátria do espírito.
A 18 de janeiro de 1536
matriculou-se entre os
dois mil estudantes
daquela célebre
Universidade, que tanta
luz tinha irradiado sobre o
mundo.
Pedro Canísio devia
completar primeiro a sua
cultura geral em algum
dos Ginásios adjuntos à
Universidade. Coube-lhe
em sorte o Ginásio
Montano, instituto onde
por lei de sua fundação se
devia ensinar a doutrina
de Santo Tomás de
Aquino, a cujos alunos
chamavam simplesmente
Tomistas.
Mas ao lado da ciência
dos Doutos, começou
Pedro Canísio a aprender
a Roma do Norte, como
chamavam a Colônia,
hábitos não
irrepreensíveis, e o
primeiro período da sua
estada em Colônia tinha
começado a seguir o
andaço e exemplo dos
estroinas e folgazãos, que
mais gostam de divertir-se
que de estudar. A
Providência porém
vigiava sobre este jovem e
cuja salvação dependia a
salvação de tantas almas,
e deparou-lhe um
sacerdote exemplar, cuja
benéfica influência sobre
o espírito e futuro de
Canísio foi decisiva. Foi
este Nicolau van Esch, de
Oisterwyk, no Brabante.
Foi o caso:
O jovem Pedro entrou
num pensionato de
estudantes, que o Cônego
Antré Heerl, antigo
professor da Universidade
de Colônia tinha aberto
nesta cidade; sobre os
estudantes ali recolhidos
exercia o cargo de
prefeito da disciplina van
Esch, “sacerdote de
extraordinária piedade”,
diz Canísio.
“Ele Foi o meu
educador, continua o
Santo, ou antes ele foi o
meu pai”. Este digno
sacerdote era um asceta;
tinha uma cela na cartuxa
de Colônia, onde se
retirava a orar. Compôs e
publicou um excelente
tratado sobre a perfeita
conformidade e habitual
união com Deus. Era
ternamente devoto do
Sagrado Coração de
Jesus. O ânimo de Pedro
comovia-se todas as vezes
que pensando nos anos da
sua juventude, recordava
a lembrança deste homem
venerável.
“Ó, minha alma, diz
ele em suas Confissões,
louva ao Senhor e recorda
com diligência todo o
bem que te tem feito. Foi
Ele que me deu este
mestre de piedade, este
admonitor quotidiano, a
quem nada importavam
minhas riquezas, e só me
buscava a mim e a
salvação da minha alma.
Sob a sua direção comecei
a desagradar-me de mim
mesmo para mais agradar
a Deus.
Dele aprendi a refrear
o ímpeto da minha
natureza e conter o
incêndio das minhas
paixões juvenis. Logo que
comecei a trata-lo com
mais intimidade, fui-me
afastando de outras
relações e quebrando
outros laços que me
prendiam. Abria-lhe os
segredos da minha
consciência não só em
confissão (e confessava-
me bastantes vezes) mas
também fora da confissão.
Antes de deitar-me
descobria-lhe
candidamente os defeitos
e faltas daquele dia. Dava-
lhe conta de tudo e ele
devia ser o meu juiz.
Quando me infligia algum
castigo, eu o aceitava
prontamente. Este
excelente homem tinha de
mim um cuidado assíduo
e contínuo: ele pedia,
chorava, abençoava,
admoestava, solicitava,
escrevia”. Van Esch
procurava imprimir
máximas e princípios
sólidos no ânimo de
Pedro. Servir a Deus é
reinar, dizia-lhe. Uma só
coisa leva à salvação,
servir a Deus; tudo o mais
é engano. Se
compreendemos bem a
Jesus Cristo, tudo vai
bem, ainda que não
cheguemos a
compreender mais. Pedro
devia cada dia ler um
trecho de Evangelho,
recordar uma máxima
dele, que desse matéria
para suas reflexões
durante o dia. Muitas
vezes e com grande
proveito lia também vidas
de santos, e outros livros
edificantes. Numa
palavra, a vida que levava
era profundamente
piedosa e espiritual.
Aprendam daqui os
pais que têm de enviar
seus filhos para o
turbilhão das cidades
universitárias; e
aprendam também os
jovens que o meio
principal está na escolha
de um bom guia de
espírito.
Contribuiu ainda para
corrigir o caráter de Pedro
o trato com outros
homens integérrimos.
Também ele frequentou a
Cartuxa de Colônia, que
florescia então na
observância regular, na
ciência e na piedade.
Distinguia-se então entre
aqueles religiosos por sua
doutrina e santidade, João
Justo de Landsberg, que
conheceu e praticou a
devoção do Sagrado
Coração de Jesus mais de
um século antes que Santa
Margarida Maria
Alacoque recebesse do
mesmo Divino Redentor
o encargo de promovê-la
e difundi-la na Igreja. Por
meio de Landsberg,
conheceu São Pedro
Canísio a devoção do
Sagrado Coração de
Jesus.

O Sagrado Coração. Um
dia Pedro, ainda menino,
estava prostrado diante do
altar mor da igreja de
Santo Estevão de Nimega;
seus olhos fitavam
ardentemente o
Tabernáculo. A oração do
menino tornava-se cada
vez mais fervorosa e
intensa: de repente um
raio de luz parte do
Santíssimo Coração e se
dirige para aquela alma
privilegiada. Aquela luz
descobre ao jovenzinho os
enganos e ciladas do
mundo, mostra-lhe as
emboscadas urdidas à
inocência e pudor.
Ardentes lágrimas brotam
dos olhos de Pedro e grita:
“Senhor, mostrai-me
vossos caminhos; ensinai-
me a andar por eles. Vós
sois o meu Deus, o meu
Redentor”. Estas celestes
ilustrações repetem-se em
Colônia durante o tempo
em que Canísio estudava
as ciências,
provavelmente nas horas
tranquilas e silenciosas
em que ele orava na Igreja
de São Gerião. Algumas
vezes sentia-se oprimido
pela angústia, pelo susto;
e de seu coração aflito
brotava a súplica:
“Mostrai-me, Senhor, o
caminho por onde hei de
andar, por onde poderei
caminhar tranquilo e
chegar seguro até vós”
(Confissões). Mais tarde o
Santíssimo Coração de
Jesus se lhe manifestará
mais claramente em
Roma, na Basílica
Vaticana, como diremos
em seu lugar.

5. Universitário e anjo.
A 15 de março de 1538
tomou Pedro Canísio o
grau de licenciado em
artes; podia pois entrar
para os estudos
superiores. De fato
estudou em Colônia o
Direito Civil e, em
Lovaina, o Direito
Canônico, por vontade de
seu pai que tinha feito
grandes projetos acerca
do filho. Jacome queria
que o filho seguisse a sua
mesma carreira, na qual
não lhe haviam de faltar
honras e dignidades. Até
já lhe tinha arranjado uma
jovem rica com quem
casasse... Pedro porém
alimentava em seu
coração generoso outros
pensamentos bem
diferentes.
Para abreviar as
demoras e cortar por
assim dizer a ponto, que
lhe podia permitir voltar
atrás em seus propósitos,
fez a 20 de fevereiro de
1540 voto de perpétua
castidade: “fi-lo, escreve
ele, livre e gostosamente e
numa me arrependi de o
ter feito. Não contava com
minhas forças; sabia que
ninguém pode ser casto
sem a graça de Deus; mas
dizia-me a mim mesmo a
força para guardar o
celibato me há de vir
d’Aquele que ouve a
oração dos que n’Ele
confiam” (Confissões)
Estas palavras escreveu
Canísio quando já estava
à beira do túmulo. O voto
de castidade que ele fez
aos 19 anos era sinal
evidente de que Pedro
Canísio escolhera a
carreira eclesiástica. De
fato, depois de tomar o
grau de doutor em
filosofia aos 19 de maio
de 1540, começou a
estudar a teologia.
Com isto, os desígnios
do altaneiro Burgo-mestre
de Nimega mudaram de
direção, mas não de
natureza: propôs ao filho
uma rica prebenda
canonical em Colônia.
Pedro não aceitou. Alma
nobre, aspirava a coisas
mais altas.
Jesuíta. “Quando eu era
menino, escreve o nosso
Santo nas suas
Confissões, vivia em
Arnheim uma viúva de
santa vida, a quem Nosso
Senhor favorecia com
especiais revelações.
Encontrando-me uma vez
em Arnheim a visitar
alguns amigos, ouvi
dizer-lhe a meu respeito
que Deus havia de
suscitar em breve uma
nova Ordem de
Sacerdotes para a
renovação espiritual da
Igreja, e que eu havia de
fazer parte dessa Ordem.
Então, ninguém pensava
em nós, Jesuítas. Nem na
Itália, nem na França,
nem na Alemanha se
ouvia falar deles”. Onde
encontrar esta nova
Ordem? Quando? Como?
O santo jovem orou e
Deus ouviu-o. B. Pedro
Fabro, primeiro
companheiro de Santo
Inácio, encontrava-se na
Alemanha juntamente
com Álvaro Afonso e
João Aragônio que tinham
entrado havia pouco na
Companhia de Jesus e
faziam sob sua direção as
primeiras provas da sua
nova vida.
Em 1543 Álvaro
alojava-se em Colônia no
Ginásio Montano
provavelmente para
aperfeiçoar-se em seus
estudos. Esta
circunstância foi para
Pedro, como sabemos
dele mesmo, o impulso
para o passo decisivo.
Álvaro contava-lhe
muitas coisas da nova
Ordem e do homem que a
tinha introduzido na
Alemanha.
Pedro reconheceu
nesta Ordem a família
religiosa a que Deus o
chamava. Foi-se a
Moguncia, onde estava
Fabro na casa paroquial
de São Cristóvão. Os dois
Pedros encontravam-se
pela primeira vez. Pedro
Fabro recebeu a Pedro
Canísio com aquela suave
benigndade, que era
própria do seu caráter, e
com que conquistava
todos os corações;
aconselhou-o a fazer os
Exercícios Espirituais,
durante os quais Deus
falaria de certo à sua
alma. Canísio aceitou a
proposta e, por um mês
inteiro, sob a direção de
Fabro, mestre
incomparável da vida
espiritual, aplicou-se
àquele trabalho íntimo,
silencioso e profundo que
deixou traços indeléveis
em sua consciência. Estes
exercícios imprimiram
uma ação decisiva sobre o
futuro de Canísio; saiu
deles convencido de que
Nosso Senhor o chamava
a segui-lo sob a bandeira
havia pouco desfraldada
por Santo Inácio de
Loyola. Pedro reconheceu
sempre este dia do mês de
maio como o seu segundo
dia natalício e considerou
sempre a Fabro como o
seu segundo pai. De fato,
o B. Fabro o admitiu
então na Companhia de
Jesus.

Nova Tempestade. A
Companhia de Jesus
escrevia então a primeira
página da sua história;
não tinha até então casas
de Noviciado; e os seus
noviços faziam como
melhor podiam as
primeiras provas do seu
espírito religioso e
apostólico. Canísio foi
mandado por Fabro a
Colônia, onde se alojou de
novo com Álvaro na casa
de Heerl.
Pouco depois chega a
Canísio a notícia da grave
doença de seu pai. O
jovem Jesuíta corre ao
leito do enfermo; com a
inesperada visita de seu
primogênito, o venerando
homem experimentou tal
comoção, que dela
morreu. Pedro ficou
profundamente
consternado, e só a graça
de Deus e uma afetuosa
carta de Fabro, seu pai em
Jesus Cristo, pôde mitigar
sua acerba dor.
Da herança que lhe
tocou pela morte do pai,
Canísio distribuiu grande
parte aos pobres, e só
reservou para si uma certa
soma de dinheiro
necessária ao seu sustento
e ao de seus
companheiros.
Com o dinheiro que
reservou Canísio para si e
para os seus, alugaram os
poucos filhos de Santo
Inácio, reunídos em
Colônia, uma casa junto
às muralhas da cidade.
Não faltavam devotos que
por amor de Jesus Cristo
lhes ofereceram camas,
roupas brancas e quanto
era necessário à vida.
Fabro nomeou seu
superior imediato ao P.
Leonardo Kessel, ficando
ele com a direção
espiritual daqueles jovens
no caminho da virtude.
Levanta-se porém a
perseguição, distintivo
dos discípulos de Jesus
Cristo: o Arcebispo, o
Conselho e muitos
cidadãos coligaram-se
contra a nascente
comunidade; vexações,
expulsões, ordem de
prisão.
Deu Canísio nesta
ocasião prova singular de
seu amor à vocação.
Recorre em seu favor e de
seus irmãos, ao Reitor da
Universidade; responde-
lhe este que a nova
Companhia se desfará em
breve e aconselha-o a
deixar a nau antes de fazer
o naufrágio. Juntam-se-
lhe os amigos, que
lamentam a sorte de um
jovem tão culto e
eloquente, e oferecem-lhe
uma das melhores
cadeiras da Universidade
e um pingue benefício
para que se separe de seus
companheiros. Canísio
firme em sua vocação,
enviou pro escrito ao
Reitor um documento em
defesa comum de todos.
Pouco a pouco voltou
a calma; um Padre
Dominicano de
autoridade impediu a
prisão dos Padres; em
pouco tempo foram
eleitos dois Burgo-
mestres favoráveis à
Companhia. As
disposições da cidade
tornavam-se melhores, e a
dissolvida comunidade
reuniu-se de novo em uma
só casa1.
A comunidade de
Colônia devia contudo
sofrer por algum tempo
ainda a penúria das coisas
mais necessárias à vida.
Esta penúria durou mais
de 10 anos. Os jesuítas
porém permaneceram
firmes com grande
constância no seu posto
de trabalho e de combate.
Colônia tornou-se a
capital e o foco de sua
1
Carta ao Conde Oswaldo von S. Heeremberg.
atividade na Alemanha.
Quase todas as novas
fundações que a
Companhia estabeleceu
na Alemanha do Norte
partiram de Colônia. O
Colégio de Colônia
fornecia operários à
Alemanha superior, à
Bélgica e ainda a outras
regiões mais afastadas.
O P. Kessel, que foi o
primeiro reitor daquele
colégio e ficou muitos
anos neste cargo, foi
chamado com razão o pai
de muitos povos.

Os seus livros de estudo.


Os cuidados e
preocupações domésticas
não impediram a Canísio
de atender aos seus
estudos científicos.
Em dezembro de 1544
disputou por mais de duas
horas sobre a Penitência.
Estavam presentes o
Arcebispo de Lund, o
Bispo titular, toda a
faculdade jurídica e
filosófica e muitos
teólogos. O êxito foi
esplêndido para o nosso
Pedro. Pouco depois a
faculdade de teologia
solicitou do Superior da
Companhia que quisesse
conservar em Colônia um
jovem de tanto valor até
alcançar o grau de Doutor
naquela Universidade. De
fato, tinha corrido a voz
de que Canísio iria
inscrever-se noutra
universidade. O Padre
Fabro resolveu
condescender com os
desejos dos Professores
de Colônia e São Pedro
Canísio ficou.
Em Colônia começou
o santo a ler e estudar
profundamente a Sagrada
Escritura. É dele esta
máxima: “o melhor uso
que os homens podem
fazer de seus olhos é
derramar lágrimas de
amor de Deus e ler a
Sagrada Escritura”.
Conseguiu de fato fazer-
se senhor de toda a
literatura sagrada.
Pregando, escrevendo,
conversando ocorriam-
lhe espontaneamente as
imagens, figuras,
expressões e narrações
contidas na Bíblia.
Ao estudo da Sagrada
Escritura ajuntou Canísio
em Colônia o estudo dos
Santos Padres.
Nem por isso
transcurava o estudo da
escolástica, que sempre
teve em muito apreço.
Canísio coloca Santo
Tomás acima de todos os
Doutores; nas suas obras
cita-o a cada passo; não
pode nomeá-lo sem o
exaltar como o Príncipe
dos Teólogos e a luz mais
fulgida da escolástica.
Algumas viagens
interromperam neste
tempo os trabalhos
científicos de Canísio.
Entre outros foi em junho
de 1546 a Nimega “para
aliviar-se, como ele diz
numa carta, do peso do
seu patrimônio”.
Travava-se, ao que
parece, da notável
herança que Pedro e sua
irmã Wendelina tinham
herdado de sua mãe.
Pedro pediu à irmã que
tomasse para si o melhor
dela. Do que ficou deu
largas esmolas a alguns
mosteiros pobres de
Gheldria. De acordo com
a madrasta, estabeleceu
também uma fundação em
sua pátria.
No Altar. Canísio era já
neste tempo diácono.
Ordenado de sacerdote
pelo Bispo titular João
Nopel, celebrou a sua
primeira Missa na festa de
Pentecostes (13 de junho
de 1546) na igreja dos
Agostinianos de Grande
Nazaré, dedicada a Nossa
Senhora.
Entretanto, Santo
Inácio vigiava com
paterno amor sobre seus
filhos de Colônia.
Consolava com suas
cartas a pequena
comunidade de que não
podia alguma vez deixar
de se sentir isolado.
Conta-lhes os progressos
e os sucessos da
Companhia, fá-los
generosamente
participantes das graças
espirituais concedidas
pelo Sumo Pontífice
Paulo III. O pe.
Bobadilha, estando de
passagem em Colônia,
escreve ao pe. Fabro:
“Canísio é um bom moço
e cresce todos os dias em
sabedoria e graça diante
de Deus e diante dos
homens”. E outra vez de
Liege: “Canísio é uma
pedra preciosa, tudo nele
é excelente: oxalá se
conserve”. O pe. Jaio
tinha a mesma
preocupação. Juntamente
com as felicitações pela
sua ordenação sacerdotal,
dá-lhe os seguintes
conselhos e avisos:
“Acautelai-vos! Não vos
deixeis oprimir com o
peso das ocupações
exteriores. Não estudeis
demais. Ponde diante dos
olhos a Santo Tomás de
Aquino. Tomás queria
que seu melhor mestre
fosse Jesus Crucificado!
Com ele se aconselhava
quando havia de subir à
cadeira ou ao púlpito”.
O soldado de Cristo
recebeu a investidura
divina: sigamo-lo nas
suas numerosas e
gloriosas batalhas, na sua
gigantesca ação pela
bandeira de Cristo Rei.

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