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Reunião de desobsessão: uma abordagem kardecista

Sergio Mauricio [1]

1 INTRODUÇÃO

Há uma recomendação difundida no movimento espírita brasileiro para que não se permita a
presença de assistidos em reuniões de desobsessão realizadas nas casas espíritas. E o que se observa é
que essa sugestão é, amiúde, fundamentada nalgumas obras psicografadas, principalmente em livros
do espírito André Luiz, através das mediunidades de Francisco Xavier e de Waldo Vieira, e nalgumas
psicografias do médium Divaldo Franco. A própria Federação Espírita Brasileira (FEB), em seus
textos e manuais, também recomenda essa diretriz para tais reuniões.

Alguns exemplos dessa recomendação são também encontrados em livros como os do Projeto Manoel
Philomeno de Miranda, que afirma, numa dessas obras, ser a privacidade – não apenas entendida como o
caráter não público dos encontros mediúnicos, mas de qualquer presença estranha ao corpo de trabalhadores
da casa – uma “condição normativa” e “princípio norteador” (Pugliese e outros, 2001, p.95), pois tais
reuniões “não têm platéia, nem doentes interessados em curar-se, nem curiosos” (p.96). Num outro livro
desse mesmo projeto, insiste-se: “Não há necessidade de franquear as reuniões aos apelantes do socorro
desobsessivo” (Projeto..., 2000, p.140).

Entretanto, à revelia da disseminação dessa orientação prática às reuniões de desobsessão, a leitura


cuidadosa das obras kardecistas aponta para um caminho oposto ao indicado pelo movimento espírita
brasileiro. Entende-se que a presença do obsidiado não lhe traz inconvenientes e nem à reunião em
questão, ao contrário, ela é benéfica ao seu melhoramento e deve ser incentivada pelas casas espíritas
que buscam fundamentar suas práticas nos ensinamentos de Kardec. O que não invalida, e isso deve
estar desde já bem explícito, o trabalho de assistência à distância, também citado nos textos e obras de
Kardec como importante instrumento de auxílio.

Justifica-se esse estudo pela tentativa de esclarecer aqueles que, porventura, fazem suas reuniões com a
presença de assistidos e sentem-se constrangidos diante dessa diretriz, como se descobrissem “erros” nas
suas práticas mediúnicas, apesar do estudo contínuo e aprofundado e do bem que conseguem levar a tantas
pessoas que procuram os recursos da desobsessão oferecidos em suas casas espíritas.

Para embasar a opinião sobre o tema, utiliza-se, sem parcimônia, a obra kardecista, que traz em vários
pontos exemplos e discussões sobre a teoria e a prática das obsessões e desobsessões. Há referências óbvias
em O Livro dos Espíritos, principalmente no capítulo 9 da parte 2, em O Livro dos Médiuns, espalhadas
aqui e acolá, mas principalmente no capítulo 23 da parte 2, em A Gênese, principalmente nos capítulos 14 e
15, além de inúmeros artigos espalhados pelos 12 anos da Revista Espírita, editada por Kardec. Utiliza-se
também, para servir de guia e modelo, das descrições dos Evangelhos que relatam as atividades de cura de
Jesus durante sua experiência na Terra.

2 ARGUMENTOS DE INTERDIÇÃO

Primeiramente, cabe rever alguns dos argumentos mais utilizados para defender a ausência dos assistidos nas
reuniões de desobsessão. Classificam-se em três principais: as opiniões dalguns espíritos sobre o assunto,
principalmente aqueles que se utilizam de médiuns renomados; a posição da FEB, defendida através dum
opúsculo intitulado Orientação ao centro espírita; e, por último, algumas citações de obras kardecistas,
utilizadas descontextualizadamente.

Dos três argumentos, o mais comumente usado pelos defensores da interdição são as opiniões de espíritos
sobre tal procedimento, trazidas através dalgumas obras psicografadas, todas contrárias à presença dos
assistidos nas reuniões de atendimento mediúnico. Uma das obras mais citadas é a Desobsessão, ditada pelo
espírito André Luiz aos médiuns Francisco Xavier e Waldo Vieira, que se propõe a ser uma orientação “à
constituição e sustentação dos grupos espíritas devotados à obra libertadora e curativa da desobsessão”
(Xavier, Vieira, 2004, p.18). Nessa obra, que chega a tratar da organização física do espaço utilizado pela
reunião, indicando até onde devem situar-se cadeiras e bancos ou o que devem comer ou não os seus
partícipes, há a orientação clara do impedimento do acesso à reunião dos que a ela chegam necessitados de
auxílio, estando a esses reservados os procedimentos iniciais como orientação fraterna e passes, impedindo-
se a entrada posterior nas tarefas propriamente mediúnicas (p.95). Somente em casos excepcionais, de
gravidade confirmada, é que o autor considera a possibilidade de acolhimento do assistido no interior da
reunião como “assistência precisa” à sua enfermidade (p.96).

Já na obra Conduta espírita – psicografada pelo médium Waldo Vieira –, André Luiz é direto na sua
afirmação: “abster-se da realização de sessões públicas para assistência a desencarnados sofredores”
(Vieira, 1986, p.90). Tal assertiva é muito usada em textos e artigos correntes para fundamentar o
impedimento da presença do obsidiado nas reuniões. Entretanto, aqui se tem um grave problema de
compreensão: o que se argumenta é a participação do atendido no transcorrer da própria reunião,
jamais uma reunião que seja aberta ao público. E pelas citações das obras referidas do autor
espiritual, o que ele claramente coloca é a interdição da publicidade da reunião, e não a interdição
absoluta da presença do atendido em seus procedimentos, apesar das ressalvas que faz para tal
presença.

E é interessante comentar que vários autores, tal como acima se vê, referem-se à interdição da
publicidade da reunião, com o quê aqui se concorda, sem entretanto tratar especificamente da
presença de obsidiados, como se lê em Obsessão/desobsessão, de Suely Schubert, ao sugerir que
trabalhos mediúnicos “jamais devem ser abertos ao público” (1985, p.130); também em Mediunidade,
de Richard Simonetti: “as reuniões mediúnicas devem ser privativas” (2003, p.59); ou ainda em
Mediunidade, de Edgard Armond: “A assistência deve ser afastada dos ambientes de trabalho” (1999,
p.203). É importante insistir em destacar que o que se propõe não é uma reunião aberta ao público,
mas uma reunião de caráter estritamente privado, com a presença de assistidos, jamais espectadores.

São também usados como argumentos contrários à presença do assistido nas reuniões de desobsessão
algumas obras do médium Divaldo Franco. Por exemplo, no livro do espírito João Cleofas, Suave luz nas
sombras, o autor espiritual enumera alguns requisitos para a boa consecução de uma reunião, a saber: a
afinidade entre participantes; a lealdade de propósitos; o comportamento no bem; a sinceridade entre os
membros; o desinteresse pela frivolidade; e a vigilância na atividade (Franco, 1994, p.108-109). Opinar,
como se lê em alguns artigos constantes em periódicos espíritas, que esses requisitos seriam incompatíveis
com a presença do assistido é ilação desprovida de fundamento prático e racional, pois o que trata o autor
espiritual é quanto à qualidade das reuniões mediúnicas, e não sobre a presença ou não de assistidos, que,
como se verá, em nada desqualifica uma reunião.

Outro exemplo é a opinião do espírito Vianna de Carvalho, retirada do livro Atualidade do pensamento
espírita, psicografado também pelo médium Divaldo Franco, que assevera: “Incontestavelmente, para que se
realize o tratamento das obsessões, não se torna condição essencial a presença do paciente. Essa deve ser
evitada, em razão do seu próprio estado de desequilíbrio psíquico e emocional” (Franco, 1988, p.172). Aqui
o que se lê é uma argumentação comum: a de que a presença do enfermo poderia causar ainda mais
problemas a ele devido ao seu estado de fragilidade psíquica e emocional. Isso não é real, pois os benefícios
resultantes de tal prática são excepcionalmente maiores do que aqueles sem a sua presença. Seria como
questionar se o tratamento médico se faz melhor sem a presença do paciente ou com a sua presença,
mesmo que ele se sinta, por vezes, constrangido com alguns aspectos do tratamento.

Já o espírito Bezerra de Menezes, na obra Nas fronteiras da loucura, assinada pelo espírito Manoel
Philomeno de Miranda e ditada ao médium Divaldo Franco, opina “que a presença dos que se candidatam
aos benefícios não é indispensável”, e, de forma ainda mais veemente, insiste: “é o despreparo de quem se
arroga as condições de dirigente de sessões que responde pela incompetência” (Franco, 1982, p.120),
falando daqueles dirigentes que levam seus assistidos às reuniões de desobsessão.
É certo que esses espíritos acima mencionados têm uma credibilidade acima de qualquer questionamento,
mas não invalida o fato de serem espíritos imperfeitos como todos nós, que trazem suas opiniões e idéias
mitigadas pelas experiências individuais, e limitadas ao seu nível de conhecimento e evolução espiritual.
Portanto podem, e devem, ser tratados como pessoas, iguais a todos, com seus preconceitos e imperfeições,
apenas despojados de seu invólucro carnal. Não é porque emitiram suas opiniões que se deve, a partir de
então, segui-las, como se fossem revelações de novas verdades plenas, transcendentais. Justo por considerá-
los como todos os espíritos envolvidos de forma direta com o labor terreno, não se deve vê-los como
mentores, nem os adjetivar de veneráveis, superiores ou outros qualificativos idólatras, como sói acontecer
no místico movimento espírita brasileiro. O respeito por eles é demonstrado através da análise rigorosa de
seus conteúdos, lição inesquecível dos espíritos que participaram das obras kardecistas. Posto isso, cabe
agora comparar suas opiniões com o que se encontra nos textos básicos do espiritismo, e percebe-se, então,
não haver fundamento nessa restrição prática da atividade mediúnica, o que ficará explicitado mais adiante
nesse texto.

O segundo argumento utilizado para justificar a opinião contrária à presença dos obsidiados nas sessões de
atendimento mediúnico é uma recomendação da Federação Espírita Brasileira (FEB), aprovada pelo
Conselho Federativo Nacional, firmada através de obra já citada, que se propõe a normalizar o
funcionamento das casas espíritas, conforme o texto original. Nessa obra, a FEB argumenta a participação
“de muitos estudiosos e dedicados obreiros” (FEB, 1985, p.11) para transformar suas opiniões em
“princípios e normas básicas” (FEB, 1985, p.11), interpretando as orientações dadas pelo espírito André
Luiz, na obra Desobsessão, na qual afirma a necessidade desse tipo de reunião: “Com base nessa afirmativa
do espírito André Luiz, no intróito da obra Desobsessão, [...] e nas instruções dadas por ele neste livro para a
realização das reuniões privativas (sem público) destinadas à desobsessão, elas deverão ser assim
processadas” (FEB, 1985, p.34)[2], e aí se seguem as normas estabelecidas, definindo etapas e informando
até mesmo os minutos a serem gastos em cada uma delas.

Acredita-se dever ser avaliada por todos os espíritas a criação de “princípios e normas básicas” a partir da
opinião dum único espírito, e ainda mais, se cabe ao espírito essa tarefa ou aos encarnados. E mais grave, se
se é possível falar em normalização dentro do meio espírita, mesmo que se queira argumentar a unificação.
Outra avaliação que se faz quanto a essa argumentação é o esquecimento que a FEB, e todas as federações e
uniões estaduais e municipais, são um conjunto de homens e mulheres envolvidos com idéias e propostas
bem definidas, e que, portanto, nunca serão a representação plena de todo o movimento espírita, espalhado
numa plêiade incontável de casas espíritas pelo Brasil. Por conta dessa reunião de pessoas em torno da FEB,
é que se pode compreender algumas opiniões por ela emitidas, como as do Reformador, seu órgão de
divulgação doutrinária, em julho de 1953, que afirma que “todo aquele que crê nas manifestações dos
espíritos é espírita; ora, o umbandista nelas crê, logo o umbandista é espírita”, e vai além dizendo que “os
que aceitam o fenômeno espírita como manifestação de ‘Satanás’, ou como ocasionado somente por forças
desconhecidas, esses não são espíritas; mas aqueles que o têm como produzidos por espíritos, esses devem
ser considerados como adeptos do espiritismo, isto é, espiritistas, admitam ou não a reencarnação e
pratiquem ou não rituais que nós não adotamos” (FEB, 1953). É fato, e não se poderia esquecer, que a FEB
se retratou no próprio Reformador de setembro de 1977, através de um editorial afirmando que a “Doutrina
espírita é o conjunto de princípios básicos, codificados por Allan Kardec, que constituem o espiritismo.
Estes princípios estão contidos nas obras fundamentais, que são: O Livro dos Espíritos, O Livro dos
Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese” (FEB, 1977). Essas
citações são apenas para que não se esqueça os limites de atuação da FEB enquanto um dos órgãos de
aglutinação do movimento espírita, mas nunca a representante do espiritismo, pois sempre estará sujeita às
opiniões de pessoas da sua direção, e que podem ir de encontro aos princípios fundamentais do espiritismo,
como a defesa longa e quase ingênua das obras de Roustaing, que se fazem constar inclusive em seus
estatutos.

O terceiro, e último, dos principais argumentos trazidos pelos textos e artigos que buscam defender a idéia
da interdição é mais profundo e requer uma análise mais acurada. Trata-se de citações de obras kardecistas
com o propósito de fundamentar a recomendação da ausência do assistido nas reuniões mediúnicas. Se essa
foi uma recomendação explícita de Kardec em suas obras, não há porque não acolher tal recomendação. Os
fragmentos citados são geralmente os seguintes: 1) em O Livro dos Médiuns, no capítulo 29 da parte 2, itens
331 e 332, capítulo que trata das reuniões e sociedades espíritas (Kardec, 1996, p.427-428). Nesses
fragmentos, Kardec versa sobre as condições ideais para que se tenha uma boa reunião espírita, falando da
necessária homogeneidade de pensamentos e da dificuldade de encontrá-la em reuniões muito numerosas; e
2) na Revista Espírita, de fevereiro de 1866, que descreve os procedimentos do Sr. Dombre em alguns
processos de desobsessão acontecidos em Marmande, com alguns comentários de Kardec, em que afirma os
benefícios das curas operadas à distância (Kardec, 1993c, p.38-43).

3 A EXPERIÊNCIA KARDECISTA

Inicialmente, devem-se contextualizar as palavras de Kardec nesses trechos citados de O Livro dos
Médiuns. A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, como se lê no seu regulamento, “tem por objeto o
estudo de todos os fenômenos relativos às manifestações espíritas e suas aplicações às ciências morais,
físicas, históricas e psicológicas” (Kardec, 1996, p.445), e Kardec ainda reafirma em artigo da Revista
Espírita: “Com este objetivo, recolhemos os fatos, examinamo-los, escrutamo-los naquilo que têm de mais
íntimo, nós o comentamos, discutimo-los friamente, sem entusiasmo, e foi assim que chegamos a descobrir
o admirável encadeamento em todas as partes dessa vasta ciência que toca os mais graves interesses da
humanidade. Tal foi, até o presente, senhores, o objeto de nossos trabalhos, objeto perfeitamente
caracterizado pelo simples título de Sociedade de Estudos Espíritas que adotamos” (Kardec, 2001, p.132).
Portanto, quando fala no necessário controle de pessoas estranhas às reuniões, Kardec tem toda a razão, pois
seria inconveniente a presença de estranhos que viessem às reuniões mediúnicas de estudo com o firme
propósito de ver fraude e charlatanismo, ou que simplesmente buscassem seu convencimento das realidades
espirituais, pois no mesmo artigo diz ainda: “as nossas sessões não são sessões de demonstração, sua
publicidade não alcançaria, pois, o objetivo, e teria graves inconvenientes; com um público sem seleção,
trazendo mais curiosidade do que desejo verdadeiro de se instruir, e ainda mais desejoso de criticar e
escarnecer, seria impossível ter o recolhimento indispensável para toda manifestação séria” (p.131).
Colocada essa questão com clareza, compreendem-se bem suas afirmações contidas no capítulo 29 de O
Livro dos Médiuns, utilizadas, acredita-se, inadequadamente como refutação kardecista à presença de
assistidos às reuniões de desobsessão. Kardec não realizou reuniões de desobsessão, a não ser de forma
esporádica, e sob alguma solicitação, como se vêem exemplos espalhados por toda a Revista Espírita.

Se não eram os argumentos kardecistas contidos em O Livro dos Médiuns referentes a reuniões de
desobsessão, fica, dessarte, resolvida a primeira questão acerca das citações de Kardec, resta tratar da
citação da Revista Espírita que descreve os procedimentos do grupo a qual pertencia o Sr. Dombre em
processos de desobsessão em Marmande. A passagem citada, contida na Revista Espírita de fevereiro de
1866, não é a única que relata os fatos ocorridos em Marmande, há ainda outras cinco citações,
respectivamente em fevereiro, março e junho de 1864, janeiro de 1865 e em junho de 1867. Todas essas
descrições do Sr. Dombre sobre os fatos ocorridos em Marmande e circunvizinhança trazem os
procedimentos de seu grupo no acompanhamento e cura de processos obsessivos. Um dos casos mais
interessantes é, sem dúvida, o da jovem Thérèse B., que tinha crises regulares, todas as tardes, havia mais de
oito meses, narrado nos textos de 1864. Ao entrar em contato com o guia espiritual do médium, Sr. L., que
acompanhara o Sr. Dombre, foram instados a evocar todas as noites o espírito obsessor e a moralizá-lo,
chamando-o pelo nome de Jules. Do dia 11 de janeiro, dia da primeira reunião, ao dia 18, os procedimentos
foram feitos regularmente na casa da jovem vitimada pela grave obsessão, com as presenças de
parentes e da própria menina. É no dia 16 de janeiro que Jules, o espírito obsessor, vira-se para a jovem
e diz: “Terna criança (se dirige à sua vítima presente à sessão), tu que escolhi por minha presa, como o
abutre a doce pomba, ora por mim, e que o nome de condenado se apague de tua memória. Recebi o batismo
de amor das mãos do anjo do Senhor, e hoje visto a roupa da inocência. Pobre criança, desejo que tuas
preces dirigidas por mim ao Senhor me livrem logo do remorso que vai-me seguir como uma expiação
justamente merecida” (Kardec, 1993a, p.176). Ao final do relato do Sr. Dombre, Kardec tece alguns
comentários: “Devemos um justo tributo de elogio aos nossos irmãos de Marmande, pelo tato, a prudência e
o devotamento esclarecido dos quais deram prova nessa circunstância. Por este brilhante sucesso, Deus
recompensou sua fé, sua perseverança e seu desinteresse moral, porque nisso não procuraram nenhuma
satisfação de amor-próprio; provavelmente, não teria ali ocorrido o mesmo se o orgulho tivesse deslustrado a
sua boa ação” (p.178). Os textos falam por si, não seriam necessários comentários adicionais, mas por conta
da evidência, ressalta-se o procedimento do Sr. Dombre nesse caso, que mantém a presença da menina (de
apenas treze anos!) durante a evocação do espírito que a atormenta; e, mais importante, os comentários
gravemente elogiosos de Kardec aos procedimentos corretos do grupo de Marmande, refutando qualquer
hipótese de fundamentar a ausência do assistido nas reuniões de desobsessão através de textos kardecistas.

Já no texto de janeiro de 1865, num novo relato de cura de obsessão feita pelo círculo espírita de Marmande,
vê-se outra jovem, também de treze anos, Valentine Laurent, ter crises convulsivas que se renovavam
várias vezes por dia. Após o uso de recursos vários, médicos e párocos, o grupo resolveu evocar seus guias
espirituais e receberam a recomendação de evocar o espírito obsessor, nomeando-o Germaine. Convidando
o pai da jovem, realizaram uma primeira sessão em 16 de setembro de 1864, com a finalidade de iniciar o
trabalho de moralização de Germaine e de mostrar ao pai da vítima a verdadeira razão do problema de sua
filha. A partir do dia 17 de setembro, o Sr. Dombre freqüentou a casa da família diariamente para
testemunhar as crises e conhecer melhor o problema. No dia 21 de setembro, convidou pai e filha, a
menina Valentine, para estarem presentes à reunião (Kardec, 1993b, p.10), e, lá, o grupo recebeu de seus
guias uma mensagem a ser passada ao espírito: “Germaine, sois nossa irmã; esta jovem é também nossa irmã
e a vossa. Se outrora alguma ação funesta vos ligou, e fez pesar sobre vós duas a justiça divina, não podeis
dobrar o Juiz supremo. [...] Nesta família onde provocais a maldição, não será falado de vós senão o bem;
haverá ali reconhecimento; essa criança pedirá também por vós, e se o ódio vos desuniu, o amor um dia vos
reunirá” (p.10-11). Continua mais adiante o Sr. Dombre: “O dia 23 passou sem crise, como o da véspera. À
noite a jovem vai com seu pai à sessão, para ouvir Germaine por quem ela já levava muito interesse”
(p.16). E ainda no mesmo texto, após o processo de moralização de Germaine já ter resultados, lê-se o
diálogo entre a menina e o espírito: “‘Dizei-me todos, tu sobretudo, pobre jovem, que me perdoais. Tenho
necessidade de ouvir esta palavra sair de teu coração. Dai-me, se vos apraz, essa consolação’. A jovem
Valentine lhe disse: ‘Sim, Germaine, eu vos perdôo; muito mais, vos amo!’” (p.17). Aqui, mais uma vez, os
textos citados são límpidos, não restando qualquer argumentação contrária quanto ao fato da
presença da jovem nas reuniões, e mais, participando inclusive dos diálogos com o espírito obsessor.

Só os fatos relatados nos casos de Marmande já seriam bastante suficientes para rechaçar qualquer
argumentação contrária à presença dos assistidos nas reuniões de desobsessão. Todavia, não se limitará a
eles, para não haver qualquer possibilidade de dúvidas sobre esse ponto. Visita-se agora um caso relatado
pelo Sr. Delanne, no número de maio de 1865, no qual conta: “Numa outra sessão, fez-se a evocação do
espírito que obsidiava, há dez anos, um operário chamado Joseph, agora em vias de cura. Jamais
fiquei tão penosamente emocionado quanto em presença das dores do paciente no momento da
evocação; calmo de início, foi tomado de repente de sobressaltos, de espasmos e de tremores nervosos;
assim tomado por seu inimigo invisível e se agitou em convulsões terríveis; o peito se enche, sufoca,
depois, retomando sua respiração, se contorce como uma serpente, rola na terra, se levanta de um
pulo, se bate na cabeça. Não pronunciava senão palavras entrecortadas, sobretudo a palavra: Não!
Não! O médium, que é uma senhora, estava em prece; ela tomou a pena, e eis que o invisível deixando
sua presa por um instante, se apoderou de sua mão, e o teria assassinado se o deixasse fazê-lo”
(Kardec, 1993b, p.143). Aqui Delanne relata curas através de seu grupo espírita, com a presença do
assistido.

Ainda outro caso, relatado no número de junho de 1865, de uma cura realizada pelo grupo de espíritas de
Barcelona, na Espanha, informa que a Sra. Rose N., atingida muitos anos “por ataques espasmódicos que se
repetiam muito freqüentemente e com violência” (Kardec, 1993b, p.173), recorreu a vários recursos médicos
e religiosos, sem qualquer resultado. Em julho de 1864 o grupo teve notícias do fato e se propôs a auxiliar a
pobre senhora, afirmando o relato: “Aceitamos com zelo essa ocasião de fazer uma boa obra; reunimos
vários adeptos sinceros, e fizemos vir a doente. Alguns minutos bastaram para reconhecer a causa da
doença de Rose; era, com efeito, uma obsessão das mais terríveis. Tivemos muita dificuldade em fazer o
obsessor vir ao nosso chamado. Ele foi muito violento, nos respondeu algumas palavras sem nexo, e logo se
lançou com uma fúria sobre sua vítima, à qual deu uma crise violenta que foi, no entanto, logo acalmada
pelo magnetizador” (p.174). O relato afirma que depois de algumas reuniões mediúnicas de
moralização do espírito, sempre com a presença da vítima, essa estava completamente curada. Após o
caso exposto, Kardec faz algumas considerações e afirma: “Os fatos de curas como este, como os de
Marmande e outros não menos meritórios, sem dúvida, são um encorajamento; são também excelentes lições
práticas que mostram a quais resultados se podem chegar pela fé, pela perseverança, e uma sábia e
inteligente direção” (p.177). Aqui cabem alguns comentários adicionais, além de Kardec elogiar
peremptoriamente o trabalho realizado pelo grupo de Barcelona. Enquanto o espírito Bezerra de Menezes,
segundo citações já comentadas, chama os dirigentes de reuniões de desobsessão, que contam com a
presença dos assistidos, de incompetentes e despreparados, Kardec os chama de sábios e inteligentes.

Se ainda restar um mínimo de dúvida sobre esse ponto, cita-se ainda o caso relatado na Revista espírita de
junho de 1867, no artigo Nova sociedade espírita de Bordeaux, no qual o seu presidente, Sr. Peyranne,
descreve as atividades desse grupo espírita no seu relatório anual, e dentre essas atividades fala da
desobsessão: “Há de resto, em Bordeaux, muitos casos de obsessão, e uma sessão por semana
especialmente consagrada à evocação e à moralização dos obsessores está longe de ser suficiente, uma
vez que o médium curador, acompanhado de um médium escrevente, de um evocador e,
freqüentemente, de certos de nossos irmãos, vai ao domicílio dos doentes, a fim de treinar os
obsessores e ali virem mais facilmente, lado a lado” (Kardec, 1993d, p.178). Após esse e outros relatos,
Kardec comenta: “Não podemos senão aplaudir o programa da Sociedade de Bordeaux e felicitá-la
por seu devotamento e a inteligente direção de seus trabalhos. [...] A maneira pela qual ela procede
para o tratamento das obsessões é ao mesmo tempo notável e instrutiva, e melhor prova de que essa
maneira é boa, é de que ela triunfa” (p.181). Aqui se vê Kardec, mais uma vez, elogiando a direção da
casa pela forma como conduz seus trabalhos, e sobre a reunião de desobsessão, especificamente, é
contundente, adjetivando-a de “notável e instrutiva”.

Como já dito no início desse estudo, e demonstrado pelas citações da Revista Espírita, Kardec dá
preferência à presença dos assistidos nas reuniões de acompanhamento mediúnico de desobsessão, não
obstante não invalidar a possibilidade do atendimento à distância. Inclusive, na região de Marmande, no
artigo de fevereiro de 1866, que foi utilizado para afirmar a contrariedade de Kardec em relação à presença
de assistidos em reuniões de desobsessão, há um relato de uma cura de obsessão operada à distância. Nele, o
assistido, um camponês vitimado “de uma loucura de tal modo furiosa, que perseguia as pessoas a golpes de
forcado para matá-las, e que na falta de pessoas, atacava os animais do galinheiro” (Kardec, 1993c, p.40),
residia numa aldeia distante algumas léguas da região de Marmande. A família do camponês foi orientada a
interná-lo em uma casa para alienados, mas antes de executar tal orientação, “um de seus parentes tendo
ouvido falar das curas obtidas em Marmande, em casos semelhantes, veio procurar o Sr. Dombre e lhe disse:
‘Senhor, me disseram que curais os loucos, é por isso que venho vos procurar’” (p.40). A partir desse
momento, não sem antes consultar seus guias espirituais, o grupo de Marmande passou a evocar o espírito
obsessor do camponês, e solicitou que o parente os procurasse em Marmande a cada dois dias para dar
notícias sobre o assistido. Após oito dias de reuniões, conseguiram moralizar o espírito que perseguia o
camponês, que passou a apresentar melhorias sensíveis em seu comportamento social. Kardec se vê
admirado com o resultado e comenta: “Poder-se-ia colocar à conta da imaginação as curas operadas à
distância, sobre pessoas que jamais se viram, sem emprego de nenhum agente material qualquer” (p.41).
Percebe-se, portanto, que Kardec, longe de recriminar a presença do assistido, antes se entusiasma com os
resultados obtidos, apesar da sua ausência.

Mas em vários casos cuja presença do atendido é inviável, talvez pela distância ou pela impossibilidade de
locomoção (problema bem superado pelo grupo de Bordeaux), o acompanhamento à distância e as preces
são o melhor meio de assisti-lo. Um exemplo que se vê na Revista Espírita de janeiro de 1863, quando
discute os fenômenos de Morzine, ilustra essa possibilidade. É uma cura através de preces relatada por um
membro da Sociedade Espírita de Paris, de uma jovem que casou de forma contrariada, o que “levou-a a
uma alteração em suas faculdades mentais” (Kardec, 2000, p.5). Um espírito superior orientou-o assim: “A
idéia fixa dessa senhora, por sua própria causa, atrai, ao seu redor, uma multidão de espíritos maus que a
envolvem com seu fluido, mantendo-a em suas idéias, e impedindo que cheguem a ela as boas influências.
Os espíritos dessa natureza pululam sempre nos meios semelhantes ao que ela se encontra, e são,
freqüentemente, um obstáculo à cura dos enfermos. No entanto, podeis curá-la, mas é preciso para isso uma
força moral capaz de vencer a resistência, e essa força não é dada a um só. Que cinco ou seis espíritas
sinceros se reúnam todos os dias, durante alguns instantes, e peçam com fervor a Deus e aos bons espíritos
para assisti-la; que vossa ardente prece seja, ao mesmo tempo, uma magnetização mental; não tendes, para
isto, necessidade de estar junto dela, ao contrário; pelo pensamento podeis levar sobre ela uma corrente
fluídica salutar [...]” (p.6).

Em fevereiro de 1863, ainda tratando dos problemas de Morzine, Kardec relata um delírio sofrido por um
senhor de seu conhecimento que reside em outra cidade da província. Atendido por médicos, foi
diagnosticada loucura e recomendado que fosse internado numa casa de saúde. Dispondo-se a ajudar, Kardec
consulta um espírito sobre o problema, e esse afirma: “Esse senhor não é louco, mas da maneira a que isso
se prende, poderia tornar-se; bem mais, poderia matá-lo. O remédio para o seu mal está no próprio
espiritismo, e é tomado em contra-senso” (Kardec, 2000, p.35). Kardec então pergunta: “Poder-se-ia agir
sobre ele daqui?” (p.35), e o espírito responde: “Sim, sem dúvida; podeis fazer-lhe o bem, mas vossa ação é
paralisada pela má vontade daqueles que o cercam” (p.35). A pergunta de Kardec, se para ele fosse normal a
ausência do assistido em suas reuniões, soaria incompreensível. Claro que se perguntou, é porque não estava
convicto da eficácia do atendimento à distância.

Citam-se agora alguns trechos do Evangelho, conforme o capítulo 15 de A Gênese, nos quais Jesus
opera curas em homens possessos. Em Mc 1, 21-27, lê-se que “achava-se na sinagoga um homem
possesso de um espírito impuro, que exclamou: – Que há entre ti e nós, Jesus de Nazaré? Vieste para
nos perder? Sei quem és: és o santo de Deus. – Jesus, porém, falando-lhe ameaçadoramente, disse:
Cala-te e sai desse homem. – Então, o espírito impuro, agitando o homem em violentas convulsões,
saiu dele. Ficaram todos tão surpreendidos que uns aos outros perguntavam: Que é isto? Que nova
doutrina é esta? Ele dá ordem com império, até aos espíritos impuros, e estes lhe obedecem” (Kardec,
1984, p.327-328). O homem doente estava na sinagoga, no meio de todos, e lá Jesus expulsa o espírito
impuro. Em Mt 9, 32-34, apresentam a Jesus “um homem mudo, possesso do demônio” (p.328), que ele cura
no meio do povo. Em Mc 9, 13-28, Jesus pede, em torno de uma grande multidão, ao pai de um rapaz,
possesso de um espírito mudo, que lho traga para curá-lo. Em Mt 12, 22-28, apresentam-lhe um possesso
surdo e mudo que ele cura no meio do povo. Há ainda outras passagens de curas de obsessões realizadas
por Jesus, e vê-se, em quase todas, o procedimento de levar os doentes à presença de Jesus, e a cura
acontecer à vista de todos. Kardec, comentando essas passagens, diz que a “prova da participação de
uma inteligência oculta, em tal caso, ressalta de um fato material: são as múltiplas curas radicais
obtidas, nalguns centros espíritas, pela só evocação e doutrinação dos espíritos obsessores, sem
magnetização, nem medicamentos e, muitas vezes, na ausência do paciente e a grande distância deste”
(p.329-330), ressaltando, mais uma vez, o fato de que a cura das obsessões na ausência dos assistidos
ser também uma possibilidade real.

A desobsessão é tarefa essencial de qualquer casa espírita que queira seguir as orientações dos espíritos que
participaram da obra kardecista, como se vê em O Livro dos Médiuns, no qual os espíritos propõem como
atividade regular, após pergunta de Kardec, reuniões que visassem o auxílio aos espíritos errantes: “P. Não
se pode também combater a influência dos maus espíritos, moralizando-os? R. Sim, mas é o que não se faz e
é o que não se deve descurar de fazer, porquanto, muitas vezes, isso constitui uma tarefa que vos é dada e
que deveis desempenhar caridosa e religiosamente. Por meio de sábios conselhos, é possível induzi-los ao
arrependimento e apressar-lhes o progresso” (Kardec, 1996, p.322); ou ainda em O Livro dos Espíritos,
pergunta 476: “P. Mas, não pode acontecer que a fascinação exercida pelo mau espírito seja de tal ordem
que o subjugado não a perceba? Sendo assim, poderá uma terceira pessoa fazer que cesse a sujeição da
outra? E, nesse caso, qual deve ser a condição dessa terceira pessoa? R. Sendo ela um homem de bem, a
sua vontade poderá ter eficácia, desde que apele para o concurso dos bons espíritos, porque, quanto mais
digna for a pessoa, tanto maior poder terá sobre os espíritos imperfeitos, para afastá-los, e sobre os bons,
para os atrair. Todavia, nada poderá, se o que estiver subjugado não lhe prestar o seu concurso. Há pessoas a
quem agrada uma dependência que lhes lisonjeia os gostos e os desejos. Qualquer, porém, que seja o caso,
aquele que não tiver puro o coração nenhuma influência exercerá. Os bons espíritos não lhe atendem ao
chamado e os maus não o temem” (Kardec, 1995, p.251). E o método de evocação de espíritos também é
colocado em O Livro dos Médiuns: “Convém igualmente que só com muita prudência se façam evocações,
na ausência das pessoas que as pediram, sendo mesmo preferível que não sejam feitas nessas condições,
visto que somente aquelas pessoas se acham aptas a analisar as respostas, a julgar da identidade, a provocar
esclarecimentos, se for oportuno, e a formular questões incidentes, que as circunstâncias indiquem. Além
disso, a presença delas é um laço que atrai o espírito, quase sempre pouco disposto a se comunicar
com estranhos, que lhes não inspiram nenhuma simpatia” (Kardec, 1996, p.351).

4 CONCLUSÃO

Diante de evidências tão explícitas, de exemplos tão contundentes, seria, no mínimo, incoerência
afirmar a adesão de Kardec à sugestão dos espíritos e da FEB para que não se façam reuniões de
desobsessão com a presença dos atendidos. Ao contrário, como já afirmado, sugere-se às casas
espíritas que verdadeiramente querem seguir as orientações kardecistas que façam, por caridade e
eficácia, seus atendidos adentrarem suas reuniões de desobsessão, deixando o atendimento sem sua
presença limitado às necessidades pontuais, como a distância ou uma doença impeditiva. Isso não
significa afirmar que as reuniões tornar-se-ão públicas, visto que o caráter privativo e íntimo dos
encontros mediúnicos continua muito bem preservado.

BIBLIOGRAFIA

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XAVIER, Francisco C.; VIEIRA, Waldo. Desobsessão. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004.

[1] Sergio Mauricio é participante da Casa de Oração Sementes de Luz (Cosluz), centro espírita localizado em Salvador, BA.
Contatos: smcsp@hotmail.com.

[2] Em 2007 a FEB lançou uma nova edição desse manual, com novo texto aprovado pelo Conselho Federativo Nacional, seu
órgão deliberativo, em reunião de novembro de 2006. Na nova edição, as referências à obra de André Luiz como base para a
reunião de desobsessão desapareceram, sem, entretanto, deixar de referir-se à necessidade da ausência de assistidos na reunião:
“Deve-se evitar a presença de pessoas necessitadas de auxílio espiritual durante a fase de manifestação dos espíritos” (FEB, 2007,
p.63).

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Publicado neste Portal A ERA DO ESPÍRITO com a autorização do autor.

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