Sunteți pe pagina 1din 3

R$

COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR DE GOIÁS – HUGO DE CARVALHO RAMOS


ATIVIDADE COMPLEMENTAR
ANO LETIVO 2018 1º BIMESTRE
Série Turma (s) Turno
3º do Ensino Médio A ao N MAT. / NOT.
Professor: ADRIANE SOARES Disciplina: LITERATURA
Aluno (a): Nº da chamada:
Visto do Professor Nota da Atividade
Data: / / 2018

Escola de Civismo e Cidadania

LITERATURA: BARROCO AO SIMBOLISMO


Valor: 3,0

QUESTÃO 01.
Quando Deus redimiu da tirania
Da mão do Faraó endurecido Pois mandado pela Alta Majestade
O Povo Hebreu amado, e esclarecido, Nos remiu de tão triste cativeiro,
Páscoa ficou da redenção o dia. Nos livrou de tão vil calamidade.

Páscoa de flores, dia de alegria Quem pode ser senão um verdadeiro


Àquele povo foi tão afligido Deus, que veio estirpar desta cidade
O dia, em que por Deus foi redimido; o Faraó do povo brasileiro.
Ergo sois vós, Senhor, Deus da Bahia. (DAMASCENO, D. Melhores poemas: Gregório de Matos. São Paulo:
2006)
Com uma elaboração de linguagem e uma visão de mundo que apresentam princípios barrocos, o soneto de Gregório de Matos
apresenta temática expressa por
A) visão cética sobre as relações sociais.
B) preocupação com a identidade brasileira.
C) crítica velada à forma de governo vigente.
D) reflexão sobre dogmas do Cristianismo.
E) questionamento das práticas pagãs na Bahia.

QUESTÃO 02. Soneto VII


Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado? Árvores aqui vi tão florescentes
Tudo outra natureza tem tomado; Que faziam perpétua a primavera:
E em contemplá-lo tímido esmoreço. Nem troncos vejo agora decadentes.

Uma fonte aqui houve; eu não me esqueço Eu me engano: a região esta não era;
De estar a ela um dia reclinado: Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Ali em vale um monte está mudado: Meus males, com que tudo degenera.
Quando pode dos anos o progresso! (COSTA, C.M. Poemas. Disponível em www.dominiopublico.gov.br. Acesso
em 7 jul 2012)
No soneto de Claudio Manuel da Costa, a contemplação da paisagem permite ao eu lírico uma reflexão em que transparece uma
A) angústia provocada pela sensação de solidão.
B) resignação diante das mudanças do meio ambiente.
C) dúvida existencial em face do espaço desconhecido.
D) intenção de recriar o passado por meio da paisagem.
E) empatia entre os sofrimentos do eu e a agonia da terra.

QUESTÃO 03. Soneto


Já da morte o palor me cobre o rosto,
Nos lábios meus o alento desfalece, O adeus, o teu adeus, minha saudade,
Surda agonia o coração fenece, Fazem que insano do viver me prive
E devora meu ser mortal desgosto! E tenha os olhos meus na escuridade.

Do leito embalde no macio encosto Dá-me a esperança com que o ser mantive!
Tento o sono reter!... já esmorece Volve ao amante os olhos por piedade,
O corpo exausto que o repouso esquece... Olhos por quem viveu quem já nao ̃ vive!
Eis o estado em que a mágoa me tem posto! AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000.
O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse
momento específico. O fundamento desse lirismo é

A) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte.


B) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda.

zagoarte design Página 1 de 3


R$

C) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade.


D o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa.
E) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento.

QUESTÃO 04. Do amor à pátria


São doces os caminhos que levam de volta à pátria. Não à pátria amada de verdes mares bravios, a mirar em berço esplêndido o
esplendor do Cruzeiro do Sul; mas a uma outra mais íntima, pacífica e habitual — uma cuja terra se comeu em criança, uma onde se foi
menino ansioso por crescer, uma onde se cresceu em sofrimentos e esperanças plantando canções, amores e filhos ao sabor das estações.
MORAES, V. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987.
O nacionalismo constitui tema recorrente na literatura romântica e na modernista. No trecho, a representação da pátria ganha
contornos peculiares porque
A) o amor àquilo que a pátria oferece é grandioso e eloquente.
B) os elementos valorizados são intimistas e de dimensão subjetiva.
C) o olhar sobre a pátria é ingênuo e comprometido pela inércia.
D) o patriotismo literário tradicional é subvertido e motivo de ironia.
E) a natureza é determinante na percepção do valor da pátria.

QUESTÃO 05. Um dia, meu pai tomou-me pela mão, minha mãe beijou-me a testa, molhando-me de lágrimas os cabelos e eu parti.
Duas vezes fora visitar o Ateneu antes da minha instalação. Ateneu era o grande colégio da época. Afamado por um sistema de nutrido
reclame, mantido por um diretor que de tempos a tempos reformava o estabelecimento, pintando-o jeitosamente de novidade, como
os negociantes que liquidam para recomeçar com artigos de última remessa; o Ateneu desde muito tinha consolidado crédito na
preferência dos pais, sem levar em conta a simpatia da meninada, a cercar de aclamações o bombo vistoso dos anúncios.
O Dr. Aristarco Argolo de Ramos, da conhecida família do Visconde de Ramos, do Norte, enchia o império com o seu renome de
pedagogo. Eram boletins de propaganda pelas províncias, conferências em diversos pontos da cidade, a pedidos, à substância,
atochando a imprensa dos lugarejos, caixões, sobretudo, de livros elementares, fabricados às pressas com o ofegante e esbaforido
concurso de professores prudentemente anônimos, caixões e mais caixões de volumes cartonados em Leipzig, inundando as escolas
públicas de toda a parte com a sua invasão de capas azuis, róseas, amarelas, em que o nome de Aristarco, inteiro e sonoro, oferecia-
se ao pasmo venerador dos esfaimados de alfabeto dos confins da pátria. Os lugares que não procuravam eram um belo dia
surpreendidos pela enchente, gratuita, espontânea, irresistível! E não havia senão aceitar a farinha daquela marca para o pão do
espírito. POMPÉIA, R. O Ateneu. São Paulo: Scipione, 2005.
Ao descrever o Ateneu e as atitudes de seu diretor, o narrador revela um olhar sobre a inserção social do colégio demarcado pela
A) ideologia mercantil da educação, repercutida nas vaidades pessoais.
B) interferência afetiva das famílias, determinantes no processo educacional.
C) produção pioneira de material didático, responsável pela facilitação do ensino.
D) ampliação do acesso à educação, com a negociação dos custos escolares.
E) cumplicidade entre educadores e famílias, unidos pelo interesse comum do avanço social.

QUESTÃO 06. Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando
e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um
chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como
se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outra notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já
não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras
numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera,
carícia de doer, fazendo estalar de gozo. AZEVEDO, A. O Cortiço . São Paulo: Ática, 1983 (fragmento).

No romance O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por
condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do
elemento brasileiro, pois
A) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas.
B) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo.
C) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português.
D) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses.
E) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais.

QUESTÃO 07. Mal secreto


Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce, Quanta gente que ri, talvez, consigo
Tudo o que punge, tudo o que devora Guarda um atroz, recôndito inimigo,
O coração, no rosto se estampasse; Como invisível chaga cancerosa!

Se se pudesse, o espírito que chora, Quanta gente que ri, talvez existe,
Ver através da máscara da face, Cuja ventura única consiste
Quanta gente, talvez, que inveja agora Em parecer aos outros venturosa!
Nos causa, então piedade nos causasse! CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia.
Brasília: Alhambra, 1995.

zagoarte design Página 2 de 3


R$

Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo Correia reflete
sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico, esse julgamento revela que
A) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.
B) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social.
C) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja.
D) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo.
E) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social.

QUESTÃO 08. Vida obscura


Ninguém sentiu o teu espasmo obscuro
ó ser humilde entre os humildes seres, Ninguém te viu o sofrimento inquieto,
embriagado, tonto de prazeres, magoado, oculto e aterrador, secreto,
o mundo para ti foi negro e duro. que o coração te apunhalou no mundo,

Atravessaste no silêncio escuro Mas eu que sempre te segui os passos


a vida presa a trágicos deveres sei que a cruz infernal prendeu-te os braços
e chegaste ao saber de altos saberes e o teu suspiro como foi profundo!
tornando-te mais simples e mais puro. (SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961)

Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Souza transpôs para seu lirismo uma sensibilidade em conflito
com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepção traduz-se em
A) sofrimento tácito diante dos limites impostos pela discriminação.
B) tendência latente ao vício como resposta ao isolamento social.
C) extenuação condicionada a uma rotina de tarefas degradantes.
D) frustração amorosa canalizada para as atividades intelectuais.
E) vocação religiosa manifesta na aproximação com a fé cristã.

QUESTÃO 09. Faça uma análise do poema, destacando tema central e características do contexto simbolista.

Antífona Forças originais, essência, graça


Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De carnes de mulher, delicadezas...
De luares, de neves, de neblinas! Todo esse eflúvio que por ondas passa
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Do Éter nas róseas e áureas correntezas...
Incensos dos turíbulos das aras
Cristais diluídos de clarões alacres,
Formas do Amor, constelarmante puras, Desejos, vibrações, ânsias, alentos
De Virgens e de Santas vaporosas... Fulvas vitórias, triunfamentos acres,
Brilhos errantes, mádidas frescuras Os mais estranhos estremecimentos...
E dolências de lírios e de rosas ...
Flores negras do tédio e flores vagas
Indefiníveis músicas supremas, De amores vãos, tantálicos, doentios...
Harmonias da Cor e do Perfume... Fundas vermelhidões de velhas chagas
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas, Em sangue, abertas, escorrendo em rios...
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
Visões, salmos e cânticos serenos, Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes... Passe, cantando, ante o perfil medonho
Dormências de volúpicos venenos E o tropel cabalístico da Morte...
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...

Infinitos espíritos dispersos,


Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.

Do Sonho as mais azuis diafaneidades


Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.

Que o pólen de ouro dos mais finos astros


Fecunde e inflame a rima clara e ardente...
Que brilhe a correção dos alabastros
Sonoramente, luminosamente.

zagoarte design Página 3 de 3

S-ar putea să vă placă și