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Espada - simboliza a força, coragem, ordem, regra e aquilo que a razão dita e a
coerção para alcançar tais determinações.
Balança - simboliza a equidade, o equilíbrio, a ponderação, a igualdade das decisões
aplicadas pela lei.
Deusa de olhos vendados - usualmente uma imagem da deusa romana Iustitia, que
corresponde à grega Diké, significa o desejo de nivelar o tratamento jurídico de todos
por igual, sem nenhuma distinção. Tem o propósito da imparcialidade e da
objetividade. É a afirmação de que todos são iguais perante à lei. Portanto, uma vez
que seus olhos estão vendados, elucidam o disposto clara e evidentemente. Há que
se dizer que a imagem original não comportava tal venda, no entanto, com a
evolução da humanidade, por obra dos alemães, esta se faz presente até hoje.
Deusa de olhos abertos e sem venda - pode ser interpretada como a necessidade de
não deixar que nenhum pormenor relevante para a aplicação da lei seja
desconsiderado, avaliar o julgamento de todos os ângulos.
No entanto estas hipóteses são de refutar, porque são contrariadas quer pelos dados
históricos, quer pela consideração da natureza social do ser humano. «A sociabilidade é
inata ao Homem, e por isso desde os primórdios vemos este vivendo em comunidade.» Daí
dizer-se que viver é necessariamente conviver, o que os romanos já defendiam ao afirmar
«ubi homo, ibis societas» (onde há Homem, há sociedade).
Contudo, a convivência em sociedade só é possível se existir um elenco mínimo de princípios
ou regras que pautem as condutas humanas, pelo que a existência de normas capazes de
as definir é um dado inerente à própria vida em sociedade: ubi societas, ibi jus. Com igual
segurança podemos afirmar o inverso: ubi jus, ibi societas, uma vez que o Direito é sempre um
fenómeno social.
Ordem Social
Ordem: Ordem significa a colocação de cada um dos vários seres ou atores na posição
adequada com vista à realização de determinada finalidade, implicando, por um lado, uma
pluralidade de seres, por outro, a existência de um fim comum.
Moral
Social
Ordem Religiosa
Natural
Jurídica
Ordem de Trato Social: São relativizáveis; são geradas de uma forma inorgânica, uma
vez que não foram criadas por qualquer órgão legislativo, ou por um processo mais ou
menos formal. A violação das normas de trato social implica apenas uma sanção
inorgânica que consiste essencialmente num sentimento de reprovação por parte da
comunidade, levando muitas vezes à segregação social do infrator.
o Norma de Trato Social: São as regras de boa educação
Ordem Moral: é, na sua essência, uma ordem subjetiva, que visa o aperfeiçoamento
do indivíduo, dirigindo-o para o bem, e só reflexamente influencia a organização
social. É na sua essência, uma ordem intrasubjetiva, embora não se possa ignorar a
inserção social do ser humano. O Direito e a moral são distinguíveis através do critério
da coercibilidade e do critério da exterioridade.
o Norma Moral: são as regras de conduta social que impõem um determinado
comportamento referido a valores éticos (e.g. não matar, não difamar)
Ordem Religiosa: é uma ordem normativa essencialmente intraindividual. É meramente
instrumental, pois leva a sanções de caráter extraterreno. Saliente-se que há normas
que regulam a organização, o funcionamento e as práticas religiosas de comunidades
de crentes das diversas religiões, que não podem confundir-se com as normas
religiosas de origem divina de que temos estado a falar. Aquelas normas são criadas
pela própria organização das diferentes igrejas e preveem sanções para a sua
violação, tais com a excomunhão, sanções essas que se repercutem com maior ou
menor incidência nas respetivas comunidades e consoante as épocas históricas.
o Norma Religiosa: são aquelas que regulam a relação entre o crente e Deus
Ordem Jurídica: É uma ordem normativa intersubjetiva. Exprime-se através de normas,
cujo conjunto sistematizado forma o sistema jurídico (ou ordenamento jurídico) que
rege uma dada comunidade, num determinado momento histórico e ajuda a aplicar
a lei. Mais rigorosamente, deste ordenamento fazem parte também os princípios gerais
ou fundamentais do Direito. É constituído por:
As situações jurídicas
Os órgãos
as instituições;
as fontes de Direito,
o sistema de regras
o Norma Jurídica: são normas de conduta social que podem ser impostas à força.
Só estas podem corresponder a um crime.
As diferentes ordens sociais normativas podem estabelecer entre si relações de:
coincidência, indiferença e conflito.
Normas Jurídicas:
Estrutura Características
Previsão: toda a norma prevê um Imperatividade: a ordem jurídica
acontecimento ou estado de coisas, impõe um comando. (pode estar
isto é, contém uma representação de subentendido); facere ou non facere
situações jurídicas futuras; Generalidade. Significa que se aplica
Estatuição: consiste no a toda a gente.
estabelecimento das consequências Abstração: significa que se aplica a
jurídicas, caso a situação prevista um número indeterminado de
venha a verificar-se; situações.
Sanção: traduz-se numa Coercibilidade: significa que a norma
consequência desfavorável que recai é obrigatória.
sobre quem violou a norma e
representa a possibilidade de reagir à
violação da norma, pela força ,se
preciso for, impondo coativamente a
reparação da violação.
Cultura (em sentido antropológico): é tudo aquilo que no meio é devido ao Homem, isto é,
tudo aquilo que na Terra é criado pelo Homem. (Sociológico c Antropológico)
Direito: Conjunto de normas jurídicas, isto é, conjunto de regras de conduta social emanadas
pelo estado e garantidas pelo seu poder. Organiza a vida em sociedade e as situações
jurídicas que resultam da aplicação das normas jurídicas (advindo dos Sistemas de Regras e
Fontes de Direito). Em suma, o Direito é uma ordem imperativa, social e coerciva. A
imperatividade decorre da normatividade. A sociabilidade resulta da demarcação objetiva
do Direito, como ordem que se justifica pela intervenção na vida dos Homens e dos grupos. A
coercibilidade advém da necessidade de garantir ao Direito a completa efetivação do seu
escopo regulador.
O Direito, enquanto obra do espírito humano, é, com efeito, um fenómeno cultural e, como
tal, sensível a valores. O Direito é relativizável. Pertencendo o Direito à esfera cultural da
realidade e sendo um fenómeno complexo, ele compreende também, como se referiu, uma
dimensão valorativa ou axiológica, pois ordena as condutas humanas segundo valores
(próprios do Direito). Trata-se, portanto, da incorporação de valores sociais nas normas
jurídicas. Pode ser interpretado em diferentes sentidos:
Direito Objetivo – Law – norma ou conjunto de normas
Direito Subjetivo – Right – poder ou faculdade, conferidos pela lei a uma pessoa, titular
de um direito objetivo, de agir ou não de acordo com o conteúdo daquele. É o direito
visto na perspetiva do sujeito.
A norma constitucional é, em si, direito objetivo. O Direito subjetivo pressupõe, pois, a
existência do correspondente Direito objetivo, já que é o segundo que cria, modifica e
extingue o primeiro. O «direito de suceder», «o direito do credor» ou o «direito do
proprietário» são regulados por regras do Direito objetivo.
A mudança e evolução sociais dão origem a novos ramos do Direito, entre eles o
Direito do Consumo
o Direito da Informação,
o Direito do Ambiente: O Direito do ambiente é o primeiro ramo do Direito que nasce,
não para regular as relações do ser humano entre si, mas para tentar disciplinar as
relações do ser humano com a natureza. Os direitos do ser Humano sobre a natureza,
os deveres do ser humano para com a natureza e, eventualmente, os direitos da
natureza perante o ser humano. A atual problemática do ambiente, pela sua
novidade jurídica, veio colocar novos desafios à ciência do Direito, tendo o Direito
Penal sido também chamado à resolução de conflitos ambientais. Os problemas do
ambiente constituem, de facto, uma nova área de interesse da política criminal. E se
assim é, a resposta aos desafios colocados pela problemática ambiental (também ao
nível penal, mas não só) tem de contar com o empenho principal do Ministério
Público, ao qual a lei confere (horizontalmente, quer ao nível penal, quer civil) uma
postura de verdadeiro «protetor do ambiente». A novidade do Direito do Ambiente (e
do direito penal do ambiente) abre campo a reflexões e a problemas, cujas soluções
não podem, para já, considerar-se acabadas ou definitivas.
O Direito da Informação (Leis da Rádio e da Televisão)
A Ler:
Omissão de Auxílio – crime
Tribo/Clã
Dúvidas
Glossário:
Precípuo: 1. principal; 2.essencial
Etnocentrismo:
o tendência para tomar os valores do grupo étnico a que se pertence como os
únicos critérios válidos na interpretação dos comportamentos de outros grupos
ou povos.
o convicção de que o grupo étnico a que se pertence é superior a todos os
outros. (Chauvinismo).
Tomás Pinto, 12ºD, nº24