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pré-clínica em
oclusão e
dentística
Odontologia pré-clínica
em oclusão e dentística
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Alberto S. Santana
Ana Lucia Jankovic Barduchi
Camila Cardoso Rotella
Cristiane Lisandra Danna
Danielly Nunes Andrade Noé
Emanuel Santana
Grasiele Aparecida Lourenço
Lidiane Cristina Vivaldini Olo
Paulo Heraldo Costa do Valle
Thatiane Cristina dos Santos de Carvalho Ribeiro
Revisão Técnica
Ana Carolina Castro Curado
Márcia Cristina Aparecida Thomaz
Mário Sérgio Giorgi
Editorial
Adilson Braga Fontes
André Augusto de Andrade Ramos
Cristiane Lisandra Danna
Diogo Ribeiro Garcia
Emanuel Santana
Erick Silva Griep
Lidiane Cristina Vivaldini Olo
ISBN 978-85-5220-246-2
2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário
Competência geral
Competência técnica
Objetivos
Vamos às atividades!
Diálogo aberto
Caro aluno, vamos estudar a partir de agora a nomenclatura e a
classificação das cavidades dentárias e dos instrumentos operatórios
manuais e rotatórios em dentística. Assim, vamos relembrar a situação
baseada na realidade, destacada no Convite ao estudo, sobre a Clínica
Odontológica da Universidade que, assim como as clínicas particulares
ou consultórios odontológicos, recebe inúmeros pacientes com
diferentes necessidades, com relatos de dor ou não, que devem ser
examinados e direcionados para diferentes tipos de tratamentos. Nos
dentes posteriores, dependendo da extensão da lesão de cárie, da sua
localização e de outros fatores relacionados ao paciente, será adotado
um protocolo de preparo cavitário, de proteção do remanescente
dentário e, finalmente, de restauração, tendo o amálgama de prata
como uma alternativa de tratamento restaurador. Os estudantes do
terceiro semestre de Odontologia acompanharão a rotina clínica
de exame clínico, identificando as necessidades de tratamento dos
pacientes durante a triagem e encaminhando os pacientes para as
diferentes especialidades.
O acadêmico Claudio, durante a avaliação inicial, verificou que o
paciente J.C.S. apresenta uma lesão de cárie que acomete o sulco
central e se estende para o sulco ocluso-vestibular do segundo molar
inferior do lado direito. Assim, necessita relatar essa informação, de
modo claro, objetivo, e que seja de fácil identificação, ao especialista
em dentística, permitindo o reconhecimento do elemento dental,
o correto diagnóstico da cárie, a remoção da dentina infectada e o
preparo do dente para receber uma restauração. Como ele pode
descrever o elemento dental de forma gráfica? Como se classifica
essa lesão de cárie? De quais instrumentos manuais e rotatórios o
especialista deverá dispor para realizar o atendimento?
• Intracoronárias (Inlay).
• Extracoronárias (Onlay).
Vocabulário
Inlay: Cavidade confinada no interior da estrutura dentária, sem proteção
de cúspide.
1. Paredes
2. Ângulos diedros
3. Ângulos triedros
Reflita
É muito importante rever o conteúdo de Ciências Morfofuncionais,
principalmente as características anatômicas dos dentes.
Classificação de Black
Classe I
Figura 1.5 | Esquemas de áreas dos dentes com cáries de Classe I (A) e cavidade
preparada na oclusal de um molar (B)
Figura 1.6 | Esquemas de áreas dos dentes com cáries e preparos cavitários de Classe II
Classe III
Figura 1.7 | Esquemas de áreas dos dentes com cáries e preparos cavitários de Classe III
Classe IV
Classe V
Figura 1.9 | Esquemas de áreas dos dentes com cáries e preparos cavitários de
Classe V
Pesquise mais
Assista a este vídeo e procure mais conhecimentos sobre a nomenclatura
e classificação das cavidades. Disponível em: <https://youtu.be/
JQTSWRAiiLM>. Acesso em: 6 jun. 2016.
Classe VI
Figura 1.11 | Esquemas de áreas dos dentes com cáries de Classe I de Sockwell
Exemplificando
Como podemos nomear esta cavidade?
R: Cavidade simples.
R: Cavidade oclusal.
R: Classe I.
Fonte: <http://143.107.206.201/restauradora/dentistica/temas/amalgama/amalgama_03/amalgama_03_
arquivos/image004.jpg>. Acesso em: 6 jun. 2016.
Instrumentos operatórios
Assimile
Cavidades terapêuticas são decorrentes de preparos cavitários ou de
adequações cavitárias, para a remoção de lesões de cárie, fraturas,
abrasão, erosão e abfração.
• Instrumentos rotatórios.
• Laser.
• Abrasão a ar.
Instrumentos rotatórios
Atenção
Para diferenciar as brocas das pontas, basta analisar a ponta ativa do
instrumento: se ela possuir lâminas dispostas em diagonal, trata-se de
uma broca; caso ela possua grânulos de abrasivos depositados, trata-se
de uma ponta.
Pesquise mais
Acesse o artigo indicado a seguir e procure mais conhecimentos sobre a
importância da nomenclatura e sobre a classificação das cavidades.
Ao especialista em dentística
Grato,
Atenção
Como você pôde observar, existem diferentes formas de nomear os
elementos dentais e também as cavidades. Revise o conteúdo e procure
assimilar as formas comumente mais utilizadas pelos cirurgiões-dentistas.
Descrição da situação-problema
Lembre-se
Nomenclatura dos dois dígitos (FDI).
Resolução da situação-problema
Considerações biológicas
Assimile
A associação do flúor à hidroxiapatita, formando a fluorapatita, o seu
mecanismo de ação na prevenção da cárie dental e o entendimento
do processo DES-RE (desmineralização-remineralização) são assuntos
muito valiosos para retomarmos a fim de entender o processo de
instalação da cárie.
Cortes transversais dos prismas de esmalte humano. Note que as orientações dos cristais são diferentes nos corpos (B) do
que nas caudas (T) enquanto que a estrutura lembra o formato de buraco de fechadura.
Fonte: adaptada de Meckel; Griebstein e Neal (1965, p. 775).
Complexo dentino-pulpar
Tipos de dentina
- Periferia: 15000/mm2.
2. Dentina patológica
• Pressão excessiva.
• Condição de assepsia.
Vocabulário
Smear layer: “Toda vez que se abrasiona ou se corta a estrutura dentária,
forma-se, na superfície, uma camada denominada por Boyde et al. (1963)
de ‘smear layer’. A camada de lama dentinária compreende componentes
orgânicos e inorgânicos dos tecidos dentários, microorganismos,
saliva etc. Essa camada está presente em maior ou menor quantidade,
dependendo do tipo de instrumental utilizado.”
Exemplificando
Desgaste geométrico na região cervical, geralmente seguido de grande
sensibilidade em função da exposição das estruturas internas, causado por
fatores como: maloclusão, bruxismo e hábitos parafuncionais. O estresse
gerado na região oclusal leva à distribuição das forças, culminando na
fragmentação dos prismas na área de maior fragilidade (na região cervical
o esmalte é muito fino), no seu deslocamento e no aparecimento de uma
lesão cervical não cariosa (LCNC) denominada abfração.
Figura 1.21 | Lesão cervical não cariosa
Polpa
Pesquise mais
Pesquise mais sobre preparo cavitário: <http://pt.slideshare.net/profcelsoklein/
principios-gerais-do-preparo-cavitrio>. Acesso em: 3 jul. 2016.
Atenção
É muito importante fazer o correto diagnóstico da cárie dental, realizar
adequadamente a remoção da dentina desorganizada irreversivelmente
comprometida. Ao fazê-lo, deve-se tomar todos os cuidados para não
agregar mais agressão ao dente que já recebe estímulo dos procedimentos
do preparo cavitário.
Avançando na prática
Fratura de cúspide mésio-vestibular do dente 46 sem
sensibilidade dolorosa
Descrição da situação-problema
Lembre-se
Tipos de dentina fisiológicas e patológicas.
Resolução da situação-problema
Diálogo aberto
Olá, aluno! Seja bem-vindo a mais uma seção de estudos deste livro
didático!
Pesquise mais
Leia este capítulo de livro:
Cavidades classe I
Reflita
Cavidades classe I são preparadas em regiões de má coalescência
de esmalte – cicatrículas e fissuras, nas faces oclusal de pré-molares e
molares, cíngulos dos dentes anteriores, no tubérculo de Carabelli e nos
2/3 oclusais das faces vestibulares ou linguais de todos os dentes.
Assimile
Características finais do preparo cavitário classe I
Lembre-se
Acabamento das paredes em esmalte
Avançando na prática
Descrição da situação-problema
Resolução da situação-problema
Diálogo aberto
Olá, aluno! Seja bem-vindo a mais uma seção de estudos deste livro
didático!
Assimile
A extensão do preparo cavitário é determinada por:
Assimile
Cavidades preparadas nas superfícies lisas que se iniciam nas faces
proximais de molares e pré-molares.
Reflita
O preparo da caixa oclusal será o mesmo descrito nos itens 1 a 8 do
preparo cavitário classe I simples (O), para cavidades Cl I composta e
classe II (MO, OD ou MOD)
Vamos relembrar:
Na caixa proximal:
• Parede cervical:
Atenção
Quando a caixa proximal é confeccionada, o diedro áxio-pulpar fica em
ângulo reto e cria um efeito de cunha que leva à fratura da restauração.
Para evitar a concentração de esforços, faz-se o arredondamento do
diedro áxio-pulpar (Forma de Resistência). Utilizar os instrumentos
cortantes manuais: recortadores de margem gengival.
Reflita
Os preparos cavitários podem ser finalizados com a utilização de
instrumentos cortantes manuais e quando este cuidado é tomado as
restaurações mostram-se mais duradouras minimizando a recidiva de cárie.
Lembre-se
Acabamento das paredes em esmalte
Exemplificando
Exemplificando
Figura 1.41 | Simulação de uma cárie proximal, sem envolvimento da crista marginal
e slot vertical na mesial de um segundo pré-molar, com acesso por palatina
Pesquise mais
Estude mais sobre o assunto em MASOTTI, A. S.; Conceição E. N.
Restaurações de amálgama. In: Ewerton Nocchi Conceição. Dentística:
Saúde e Estética. 2. ed. Porto Alegre: Artmed., 2007, 584 p. Neste
capítulo os autores abordam as restaurações de amálgama descrevendo
características dos preparos cavitários e preparos mais extensos, protocolo
de restauração e dicas clínicas!
Atenção
Para a resolução desse caso foi importante o auxílio do exame radiográfico,
pois nos dois dentes não era possível verificar a presença de cárie nas
proximais durante o exame clínico.
Lembre-se
Os princípios biológicos dos preparos cavitários sempre devem ser
considerados durante o preparo dos dentes, em qualquer técnica
restauradora.
Avançando na prática
Fratura
Descrição da situação-problema
Resolução da situação-problema
AMORE, R. et al. Preparo cavitário para restaurações diretas: novas perspectivas. In:
PEREIRA, J. C.; ANAUATE-NETTO, C.; GONÇALVES, S. A. (Org.) Dentística: uma abordagem
multidisciplinar. São Paulo: Artes Médicas, 2014. p. 129-148.
BUSATO, Adair Luis S. (Coord.) Dentística: filosofia, conceitos e prática clínica. GBPD: Porto
Alegre: Artes Médicas, 2006.
MECKEL, A. H.; GRIEBSTEIN, W. J.; NEAL, R. J. Structure of mature human dental enamel
as observed by electron microscopy. Archives of Oral Biology, São Paulo, v. 10, n. 5, p.
775-782, set./out. 1965.
Diálogo aberto
Olá, alunos! Vamos relembrar a situação hipotética que
apresentamos no Convite ao estudo, na qual Luiz e Bruna atenderam o
paciente Lucas, de 15 anos, que compareceu à clínica de odontologia
da faculdade para tratamento dentário. Durante os exames, os alunos
diagnosticaram: cálculo, gengivite e lesão de cárie nas faces mesial e
oclusal do elemento 15 e área radiopaca, sugestiva de cárie, restrita à
face distal no elemento 14. Em ambos os elementos dentários (14 e 15),
as lesões de cárie apresentavam-se aquém da metade da espessura
de dentina, entre a junção amelodentinária e a câmara pulpar. Luiz
removeu todo o cálculo, anestesiou, realizou o isolamento absoluto
do campo operatório e fez um slot horizontal para amálgama, na
distal do elemento 14. Bruna também ajudou e fez a outra restauração
classe II na mesial do elemento 15, com amálgama, usando como
modelo o elemento 25, Bruna esculpiu sulcos e crista marginal bem
pronunciadas, criando um efetivo ponto de contato interproximal
com o dente ao lado, já restaurado por seu parceiro Luiz. Dois dias
depois, Lucas retornou dizendo estar sentindo dor contínua naqueles
dentes, e seus dentes inferiores também estavam sensíveis, sendo
necessário analgésico para aliviar a dor. O que aconteceu para que
Lucas sinta dor? Podemos pensar em várias perguntas, como: será
que os dentes inferiores também teriam cárie? Ou alguma alteração
na polpa? Seria uma reação adversa ao amálgama? Falta de adaptação
ou retenção do amálgama às paredes do preparo? Para que você
consiga ajudar Luiz e Bruna a resolverem o caso de Lucas, fique
atento, precisa aprender sobre os princípios básicos da oclusão, das
relações maxilomandibulares, as posições e movimentos, a análise
oclusal funcional, bem como a aplicabilidade clínica da oclusão em
dentística restauradora.
Figura 2.1 | Linha média da face (tracejada) e linha média do arco dentário superior
e inferior, no detalhe
Pesquise mais
Acesse o link e veja mais sobre alguns dos movimentos mandibulares.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bPniWWXOuR4>.
Acesso em: 15 jun. 2017.
Figura 2.6 | Detalhe de marcações com papel carbono em MIH (preto) e guia no
lado de trabalho (vermelho)
Exemplificando
Caro aluno, assista ao vídeo para que você entenda na prática como
ocorrem esses movimentos. Você pode assistir ao vídeo todo, mas a
parte mais importante é do início até 1:25. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=utyIp01Q6Nc>. Acesso em: 15 jun. 2017.
Avançando na prática
Paciente difícil: a restauração para ele está sempre alta! – Parte 1
Descrição da situação-problema
Vamos avaliar outro caso? Paciente de 29 anos apresenta lesão de
cárie envolvendo as faces oclusal e distal do 45, comprometendo crista
marginal. O elemento 46, segundo o paciente, foi extraído quando
ainda tinha uns 17 anos. Ao finalizar a restauração classe II ocluso-
distal do 45 e conferir o equilíbrio dos contatos oclusais em MIH, o
profissional precisou desgastar muito do amálgama recém-brunido,
removendo toda sua escultura. Parecia que a coroa do elemento 16
“estava maior”, com a cúspide mesioplatina tocando intensamente
Resolução da situação-problema
A avaliação dos contatos oclusais e da posição dos dentes no
arco, antes de iniciar o procedimento restaurador, poderia ter evitado
essa situação. A ausência de qualquer elemento dental do arco faz
com que a relação dos contatos, de alguma forma, se altere. Assim, a
ausência do 46 e a própria lesão na distal do 45 podem ter favorecido
a movimentação do elemento 16, que, dessa forma, acabou invadindo
o espaço criado pela própria lesão cariosa, “não sobrando espaço para
o material restaurador”. As cúspides palatinas de molares e pré-molares
superiores são cúspides de trabalho, onde é esperado contato efetivo
em MIH, entretanto eles devem ser equilibrados, isto é, devem dividir
a força entre os dentes, o que não aconteceu após a realização da
restauração. Em situações como a apresentada, após criteriosa avaliação
clínica e radiográfica do elemento 16, pode ser aceitável a realização de
ajuste oclusal por meio do desgaste seletivo (onde ocorre o contato)
do elemento como forma de corrigir ou contornar o posicionamento
inadequado. É importante polir também o esmalte que foi desgastado,
após o ajuste (ameloplastia). Nesses casos, a espessura de tecido a ser
desgastada é sempre uma limitação, podendo, em casos acentuados,
ser indicados movimentação ortodôntica, tratamento endodôntico e
posterior desgaste, ou mesmo a exodontia, de acordo com cada caso.
Diálogo aberto
Caro aluno! Chegamos a uma seção que, talvez, seja uma das mais
representativa do velho jargão “Odontologia, ciência e arte”. Agora,
iremos adquirir mais habilidade manual, praticando um pouco mais
de escultura, mas de uma maneira diferente daquela que fizemos
anteriormente em Odontologia Morfofuncional, pois, neste momento
após o conhecimento dos princípios básicos de oclusão em dentística
na primeira seção, iremos poder aplicar todo esse conhecimento ao
esculpir, aprimorando nossa competência profissional. Os elementos
da “odontologia-arte” precisam invariavelmente ser atrelados aos
elementos vinculados à “odontologia-ciência”, para sustentar o
prestígio da profissão. As competências gerais e específicas dessa
importante disciplina são: conhecer a técnica do enceramento
progressivo e aplicar os princípios básicos da oclusão dental e das
relações maxilomandibulares à dentística restauradora, por meio
de atividades em laboratório pré-clínico. Claro, se você se dedicar,
conhecimento somado à habilidade fará de você um “doutor e artista”
de sucesso. Vamos lá?
Na situação apresentada nesta Seção 2.2, Daniela está tendo
muita dificuldade em realizar restaurações diretas no seu manequim,
no laboratório de pré-clínica. Está certa de que não gosta de fazer
esculturas, que não tem nenhum “dom” artístico, que detesta lidar com
aquele manequim “cheio de dentes” e que, quando formada, iria se
especializar em cirurgia bucomaxilofacial. No laboratório, o Professor
Hércules, que ministra a disciplina, notou que Daniela era muito
inteligente, tinha boas notas na teoria, mas tinha mesmo dificuldade
nas tarefas que exigiam habilidade manual, e foi lhe oferecer ajuda:
levou uns modelos de estudo (feitos em gesso), alguns poucos
instrumentais, uma lamparina e disse: “vamos fazer essa escultura
usando "mais a cabeça"? Daniela ouviu as palavras do professor
como se ele a estivesse desafiando, mas ainda sem entender direito,
e o professor continuou: “você é uma aluna inteligente e sabe que o
Exemplificando
Caro aluno, assista ao vídeo para distinguir esses detalhes anatômicos
na prática, sem ter que decorar. Disponível em: <https://www.youtube.
com/watch?v=lrIU7LUEKfM>. Acesso em: 20 jun. 2017.
Pesquise mais
Este livro (disponível na biblioteca virtual Kroton) aborda aspectos
importantes sobre o tema de forma didática e eficiente. Leia o Capítulo 10:
Assimile
1. As pontas de cúspides são os pontos mais altos.
2. As pontas de cúspides funcionais são projetadas para a fossa do
antagonista.
3. As pontas de cúspide funcionais não tocam o fundo da fossa
(tripoidismo).
4. As cúspides linguais são menores do que as vestibulares.
5. Todas as estruturas posteriores devem desocluir nos movimentos
mandibulares.
- Ponta de cúspide.
- Aresta.
- Sulco.
- Fossa.
- Crista marginal.
Avançando na prática
Paciente difícil: a restauração para ele está sempre alta! (Parte 2)
Descrição da situação-problema
Durante o exame clínico de seu paciente, ao avaliar o tecido
gengival ao redor dos dentes com coroas totais “mal esculpidas”,
foi possível identificar que todos apresentavam inflamação gengival
e perda óssea. Nos dentes naturais, ou com coroas totais “bem
esculpidas”, esses problemas não eram observados. Com base nos
conhecimentos de anatomia dental, oclusão e escultura dental, a
quais fatores você poderia atribuir essa diferença observada
Isso mesmo! Você se lembra da situação apresentada na
primeira seção desta unidade? Vamos recordar: paciente de 29
anos apresenta lesão de cárie envolvendo as faces oclusal e distal
do 45, comprometendo crista marginal. O elemento 46, segundo o
paciente, foi extraído quando ainda tinha uns 17 anos. Ao finalizar a
restauração classe II ocluso-distal do 45 e conferir o equilíbrio dos
contatos oclusais em MIH, o profissional precisou desgastar muito do
amálgama recém-brunido, removendo toda sua escultura. Parecia que
a coroa do elemento 16 “estava maior”, com a cúspide mesioplatina
tocando intensamente a restauração do 45. Será que a escultura feita
no amálgama estava errada? Seria a presença de contato prematuro
no lado de balanceio? O que fazer? Qual é a possível explicação para
essa situação clínica?
Resolução da situação-problema
A avaliação dos contatos oclusais e da posição dos dentes no arco,
antes de iniciar o procedimento restaurador, poderia ter evitado essa
situação. Mas, nesse momento, depois de já ter feito o enceramento
diagnóstico, podemos pensar em usá-lo neste caso. A ausência dental
poderia ser resolvida realizando-se um enceramento desse elemento
46. Por sua vez, isso ajudaria no planejamento de uma prótese (seja
Exemplificando
Caro aluno, leia esta matéria sobre o papel do cirurgião-dentista de
difundir corretamente as informações. Disponível em: <http://www.cro-
pe.org.br/noticia.php?idNot=935>. Acesso em: 22 jul. 2017.
Pesquise mais
Veja também outros exemplos nos vídeos a seguir:
Avançando na prática
Paciente difícil: a restauração para ele está sempre alta! (Parte 3)
Descrição da situação-problema
Duas semanas após a realização de uma restauração de amálgama,
classe I oclusal, seu paciente retornou à clínica se queixando de dor
ao mastigar. Após exame clínico, você identificou que o material
restaurador se fraturou. O preparo cavitário era restrito à superfície
oclusal, tinha profundidade média de mais de 1 mm, e as paredes
circundantes eram paralelas ou ligeiramente convergentes para
oclusal (isto é, retentivas). Com base nos conhecimentos de anatomia
dental, oclusão e escultura dental, a quais fatores você poderia atribuir
à(s) causa(s) de insucesso da restauração?
Você se lembra da situação apresentada na primeira seção
desta unidade? Isso mesmo! Vamos recordar: paciente de 29 anos
apresenta lesão de cárie envolvendo as faces oclusal e distal do
45, comprometendo crista marginal. O elemento 46, segundo o
paciente, foi extraído quando ainda tinha uns 17 anos. Ao finalizar a
restauração classe II ocluso-distal do 45 e conferir o equilíbrio dos
contatos oclusais em MIH, o profissional precisou desgastar muito
do amálgama recém-brunido, removendo toda sua escultura.
Após ajuste oclusal, à custa de desgaste do dente antagonista, a
restauração foi refeita. Entretanto, lembre-se de que o elemento
45 não apresentava contato interproximal distal, uma vez que o
elemento 46 estava ausente. E agora? Como fazer para adaptar
matriz e cunha sem o dente adjacente (“do lado”)?
Resolução da situação-problema
Situações como essa são comuns de se enfrentar no dia a dia
em clínica. A primeira tentativa deverá ser adaptar a matriz metálica
sobre o dente a ser restaurado, fixando-a com auxílio de um porta-
Pesquise mais
Este texto aprofunda um pouco mais sobre o tema. Leia:
Avançando na prática
Após finalizada a adequação do meio bucal de todos os alunos
da escola, Dr. Marcos percebeu que todos os irmãos de Laura
apresentavam lesões cariosas extensas e profundas, exceto o mais
novo, com 5 anos, com dentição decídua, que ficava durante a
semana na casa de uma de suas tias, solteira, que poderia dar mais
atenção ao pequeno garoto e tê-lo como companhia em casa. Sua
mãe não queria deixá-lo sozinho com os irmãos mais velhos enquanto
trabalhava fora de casa. Com base nos conhecimentos sobre cárie
dental, identifique os possíveis fatores que você atribuiria à(s) causa(s)
de os irmãos de Laura também apresentarem muitas lesões de cárie,
com exceção do irmão mais novo.
Resolução da situação-problema
Situações como esta são comuns de se enfrentar no dia a dia
na clínica. Sabendo-se de antemão que a restauração final será
confeccionada em amálgama, e não com material polimérico
(resina composta), podemos incluir o uso de cimentos a base de
óxido de zinco e eugenol para fazer essa restauração provisória. É
um material de baixo custo, que pode ser vendido pronto para uso
(sem a necessidade de nenhum tipo de manipulação antes de ser
inserido na cavidade) e é capaz de acalmar ou fazer cessar a dor,
proporcionando vedamento contra infiltração biológica e térmica
e com efeito antibacteriano. Ainda que não possua propriedades
mecânicas e estéticas satisfatórias, no caso apresentado não há
grandes envolvimentos estéticos, uma vez que a cavidade é na distal
do elemento 45, face que normalmente não aparece no sorriso.
As propriedades mecânicas desse material talvez pudesse ser um
inconveniente. Entretanto, como essa restauração na situação
Competência geral
Competência técnica
Objetivos
Vamos às atividades!
Seção 3.1
Proteção do complexo dentino-pulpar:
biomateriais, técnica de manipulação e isolamento
do campo operatório
Diálogo aberto
Caro aluno, vamos estudar, a partir de agora, a proteção do
complexo-dentino pulpar: biomateriais, técnicas de manipulação e
isolamento do campo operatório. Assim, vamos relembrar a situação
baseada na realidade destacada no Convite ao estudo sobre a Clínica
Odontológica da Universidade? Assim como as clínicas particulares ou
consultórios odontológicos, essa clínica recebe inúmeros pacientes
com diferentes necessidades, que apresentam lesões de cárie, com
relatos de dor ou não. Dependendo da extensão da lesão de cárie, de
sua localização, da idade do paciente e do estado de vitalidade pulpar,
o nosso desafio é a escolha da proteção do remanescente dentário
mais indicada para conservar a vitalidade pulpar, reverter os possíveis
estágios iniciais de agressões à polpa e, finalmente, restaurar o dente,
tendo o amálgama de prata como uma alternativa de tratamento
restaurador.
Reflita
Quando falamos em condição pulpar, devemos rever o conteúdo
abordado sobre as estruturas que compõem o dente, com especial
atenção à estrutura da dentina, suas características, os tipos de dentina e
sua inter-relação com o tecido pulpar.
• Condição pulpar.
1. Anamnese:
2. Exame clínico:
Pesquise mais
Acesse este link e procure mais conhecimentos sobre diagnóstico das
patologias da polpa dentária. Disponível em: <http://143.107.206.201/
restauradora/polpa.htm>. Acesso em: 24 mar. 2017.
Assimile
Deflexão: deformação de uma estrutura em função de uma carga
aplicada.
Atenção
Mede-se o preparo cavitário, não pelo tamanho da cavidade gerada, mas
sim pelo que restou de dentina, separando a polpa do meio externo.
Profundidade cavitária
Atenção
Devemos manter a maior quantidade de dentina durante o preparo
cavitário, por isso removemos a cárie em ponto, tentando preservar a
parede de fundo o máximo possível.
Idade do paciente
• Biocompatibilidade.
• Adesão.
• Insolubilidade.
Pesquise mais
Essa breve apresentação não tem como objetivo abordar todos os
conhecimentos sobre esses materiais, é necessário que se complemente
o conteúdo com o livro Phillips materiais dentários.
a) Oportunidade de restauração.
b) Técnica restauradora.
Exemplificando
Observe as cavidades a seguir, nos dentes 25 e 26. No dente 25, foi
realizado um preparo cavitário no qual a parede de fundo se localiza
abaixo do JAD cerca de 0,5 a 1,0 mm; e no dente 26, ultrapassa metade da
espessura da dentina, mantendo ainda 0,5 mm de dentina remanescente,
que está levemente escurecida e resistente às curetas.
Lembre-se
Classificação das cavidades pela profundidade da parede de fundo do
preparo cavitário, sugerida por Mondelli, em 1998.
Avançando na prática
Tenho um dente que brilha e dói quando mastigo
Descrição da situação-problema
Resolução da situação-problema
Assimile
Baixo custo, autosselamento, longevidade, facilidade de manipulação,
desempenho clínico satisfatório, além do comportamento inerte frente
aos tecidos bucais, fizeram do amálgama o material mais utilizado no
mundo para restaurações diretas durante muitos anos.
Propriedades
Composição
Vocabulário
Amalgamação: processo de mistura do mercúrio líquido com um ou mais
metais ou ligas para formar um amálgama.
Vocabulário
Trituração: processo de mistura das partículas da liga com o mercúrio em
um equipamento chamado amalgamador.
A B C
A – Partículas de liga convencional de limalha (X100); B – Partículas esféricas para amálgama odontológico (X500); C –
Pós de liga típica de fase dispersa com alto teor de cobre mostrando as partículas de prata-estanho em forma de limalha
e as partículas de prata-cobre esféricas (X500).
(γ + Eutético) γ1 + η
+ → +
Hg (γ + Eutético)
Observe que não se forma a fase γ2 pois ela foi substituída pela fase
η. A eficácia das partículas ricas em cobre em prevenir a formação de
fase γ depende da sua porcentagem na mistura.
( γ / ξ) + Hg → γ1 + η + γ
Reflita
A expansão tardia do amálgama é responsável por, aproximadamente, 17%
das falhas nas restaurações de amálgama e pode ser evitada realizando
uma trituração adequada, evitando a contaminação com água ou saliva
de amálgamas que contêm zinco.
Trituração
Condensação
Porosidade
Escoamento / Creep
Lembre-se
Para realizar uma boa restauração de amálgama, é importante a realização
de um preparo cavitário adequado, seguindo os princípios para sua
confecção, a partir da escolha da liga mais indicada de acordo com o
protocolo restaurador, que você irá conhecer e aplicar em outras seções.
Exemplificando
Um paciente se apresenta no consultório com lesão de cárie no dente
46 Classe II MOD (complexa, segundo o número de faces) e na mesial
Pesquise mais
Acesse o link indicado a seguir e encontre mais informações sobre
o amálgama de prata. Disponível em: <http://libdigi.unicamp.br/
document/?code=vtls000220573>. Acesso em: 24 mar. 2017.
Atenção
A composição do amálgama de prata, suas propriedades e tipos diferentes
de ligas são informações muito importantes para solucionar diversos
casos clínicos de dentes que necessitam de restauração!
Avançando na prática
Lesão de cárie com ausência de esmalte no cavo-superficial
Resolução da situação-problema
Atenção
Para realizar uma boa restauração em amálgama de prata, é importante
que você tenha realizado um preparo cavitário adequado.
Matriz
Assimile
Sempre que o preparo cavitário envolver a perda de uma face e, portanto,
do contorno da cavidade, você terá que utilizar uma matriz para possibilitar
a condensação do amálgama e auxiliar na reconstrução do contorno
anatômico.
A – matrizes convencionais em tira; matriz tipo bumerangue; B – matriz com extensão para as faces proximais sendo
preparada pelo brunidor; C – arredondamento da face proximal.
Fonte: elaborada pelo autor.
Porta-matriz
Pesquise mais
Foram desenvolvidos vários tipos de matrizes individuais para utilizar em
cavidades compostas e complexas. Pesquise sobre alguns tipos: Matriz de
Hollemback; Matriz soldada; Matriz rebitada; Matriz em “T” e automatriz.
Disponível em: <http://143.107.206.201/restauradora/dentistica/temas/
amalgama/amalgama_09/amalgama_09.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2017.
Encunhamento
Atenção
Observe que as cunhas são importantes para manter a tira de matriz bem
adaptada à parede cervical do preparo cavitário. Caso você não tenha esse
cuidado, certamente, a restauração apresentará excesso cervical.
Seleção da liga
Lembre-se
Utilize seu conhecimento a respeito das ligas para selecionar o material
mais adequado para cada situação clínica.
Trituração
Vocabulário
Creep ou escoamento: deformação produzida por tensões no interior do
amálgama que pode causar a expansão tardia e fraturas da margem da
restauração.
Inserção e condensação
Brunidura pré-escultura
Escultura
Atenção
A velocidade de cristalização do amálgama é informada pelo fabricante:
Rápida: 3 a 6 minutos.
Regular: 6 a 10 minutos.
Lenta: 10 a 15 minutos.
Reflita
Para reduzir os riscos de contaminação do profissional e do paciente com o
mercúrio, é importante seguir algumas recomendações: utilizar equipamento
de proteção individual (máscara, óculos de proteção, luvas, gorro e vestir
avental), utilizar isolamento absoluto do campo operatório durante a
restauração e a remoção de restaurações, descartar todos os resíduos de
amálgama em um recipiente inquebrável que tenha fecho hermético, sob
um filme de água ou solução fixadora de radiologia. As cápsulas abertas
devem ser descartadas da mesma forma, pois contêm resíduos de mercúrio.
Estes resíduos devem ser encaminhados posteriormente para empresas
que fazem a recuperação desse material. O ambiente de trabalho deve ser
cuidadosamente projetado para evitar a retenção de resíduos e ventilado para
evitar a formação de vapor de mercúrio.
Polimento: visa dar textura final a uma restauração para que esta
apresente uma superfície o mais lisa possível e semelhante à superfície
do esmalte natural, portanto, sem presença de riscos e excessos de
material.
Cuidados
Quando polir?
Acabamento
Atenção
Essa cárie resultará em uma cavidade terapêutica complexa por envolver
as faces mesial, oclusal e distal do primeiro molar inferior do lado direito.
Avançando na prática
Slot vertical distal
Resolução da situação-problema
Atenção
É muito interessante relembrar que podem existir algumas alternativas
para a realização de protocolos conservadores da vitalidade pulpar para
uma mesma situação clínica. Muitos fatores vão colaborar para a escolha
entre esses protocolos.
Atenção
Você lembra como é feito o diagnóstico diferencial entre cárie aguda e
cárie crônica? Quais são as características da dentina patológica nesses
tipos de cárie? Procure relembrar esses conceitos!
Métodos
Materiais
Técnica de execução
• Secagem da mucosa.
• Colocação do sugador.
Técnica de remoção
Materiais
Técnica de execução
• Anestesiar.
Atenção
Em dentística, devemos incluir no isolamento absoluto, no mínimo, o dente
que receberá o procedimento, um dente anterior e um dente posterior.
Remoção
• Retirar o sugador.
Relembrando:
Tipos de dentina
2. Dentina patológica
Exemplificando
Se após o acesso e definida a forma de contorno do preparo cavitário,
o cirurgião-dentista encontra na parede pulpar dentina resistente,
mineralizada, com ausência de fluido e resistente à remoção com cureta,
mesmo que de coloração escurecida, não deverá removê-la, mas sim
preservá-la, pois é uma barreira natural de proteção do tecido pulpar.
Limpeza da cavidade
Atenção
Existem outras apresentações comerciais dos cimentos de ionômero de
vidro, como os cimentos de ionômeros de vidro modificados por resina e
os reforçados por amálgama de prata.
Seleção da liga
Trituração
Inserção e condensação
Brunidura
Escultura
Atenção
Para iniciar a escultura, o material deve oferecer resistência à ação do
esculpidor. A velocidade de cristalização do amálgama é informada pelo
fabricante: Rápida: 3 a 6 minutos; Regular: 6 a 10 minutos; Lenta: 10 a
15 minutos.
Atenção
Vamos apresentar, adiante, outras situações para que outros protocolos
possam ser aplicados. Caso, ao remover a dentina cariada, haja o risco de
exposição do tecido pulpar, optamos por realizar a terapia pulpar indireta,
por meio do tratamento expectante que possibilita, em uma segunda
sessão, com resultados de condição de vitalidade pulpar preservada, a
remoção da dentina infectada e nova avaliação da proteção pulpar. A
presença de dentina esclerosada, mais mineralizada, menos permeável,
pode alterar a conduta para a mesma cavidade bastante profunda na
medida em que o hidróxido de cálcio não seria capaz de induzir os tecidos
pulpares à formação de dentina reacional.
Avançando na prática
Atenção
Após a remoção da cárie, as diferenças entre o dente 27 e o 36 são: a
cavidade agora é profunda e o dente perdeu a continuidade de uma das
paredes circundantes (lingual), o que implica a necessidade de utilização
de uma matriz.
Resolução da situação-problema
Assimile
Toda vez que o preparo cavitário apresentar perda de continuidade das
paredes circundantes será necessária a utilização de uma matriz.
Seleção da liga
Vamos, sempre que possível, optar pelas ligas de alto teor de cobre,
embaladas em cápsulas. Nesse caso, vamos supor que a escolha tenha
sido pela fase dispersa, com partículas em forma de limalha e partículas
esféricas.
Trituração da liga
Brunidura
Escultura
Atenção
É muito importante tomar cuidado na manipulação do amálgama de
prata, sempre fazendo uso de EPI (equipamento de proteção individual),
realizar a restauração com isolamento absoluto do campo operatório.
Após a inserção e preenchimento da cavidade, os materiais que sobraram
da trituração devem ser descartados em frasco de vidro ou de plástico
duro com tampa hermética e sob selo de água, solução de fixação de
radiografias ou glicerina. Os resíduos da escultura devem ser coletados
do campo e descartados da mesma forma e as cápsulas devem ser
descartadas em lixo de resíduos contaminados. O frasco de resíduos de
amálgama deve ser encaminhado de tempos em tempos para empresas
que fazem a recuperação desses resíduos.
Análise oclusal
Convite ao estudo
Seja bem-vindo!
Bons estudos!
Exemplificando
Outros dispositivos, tais como rolo de algodão, dispositivo leaf gage de
Long etc., podem ser utilizados com o mesmo fim, porém, o JIG oferece
maior segurança.
Assimile
Os músculos contraídos são estirados pela pressão e respondem com
maior contração muscular (reação reflexa de estiramento). Deve-se,
portanto, trabalhar com movimentos lentos de abertura e fechamento,
pois qualquer pressão ou movimento rápido pode estimular os músculos
posicionadores a se contraírem, dificultando o posicionamento dos
côndilos em RC.
Reflita
Caro aluno, reflita sobre a situação-problema apresentada nas seções de
oclusão anteriores: "pacientes com discrepâncias oclusais posteriores
influenciando na fratura de restaurações anteriores". Como meio de
diagnóstico podemos fazer um JIG: deixe o paciente utilizando por
cerca de cinco minutos. Remova o JIG e observe se há ou não presença
de contato prematuro, que impeça o correto e estável fechamento da
mandíbula em ROC, ou contato deflectivo, que deslize a mandíbula de
seu fechamento estável em ROC. Se observar esses contatos ou qualquer
outra interferência oclusal, faça uma palpação muscular e verifique se há
músculos em disfunção.
Pesquise mais
Releia as situações-problemas apresentadas nas seções anteriores
e observe as coincidências: na Seção 2.1 nosso aluno observou que a
restauração do molar inferior do paciente ficou com contato prematuro,
o que ocasionou desvio na mandíbula e dor no feixe anterior do temporal!
Na Seção 2.2, o paciente apresentava ausências dos 16 e 47, extrusão do
46 e a restauração do 21 fraturada - essa desarmonia oclusal também
desenvolveu dores no temporal. Nesta seção, você pode notar que
a dificuldade de manipular o paciente para RC pode representar uma
patologia oclusal e a palpação muscular ajuda no diagnóstico diferencial.
2. Palpação muscular
Assimile
A espessura da cera deve ser calculada e compensada no pino guia
incisal para que os dentes não fiquem "desocluídos”, quando observarmos
a montagem em ASA, alterando a DVO do paciente. A técnica para
compensar o pino guia será descrita no roteiro prático na Seção 4.2 desta
unidade de ensino.
Reflita
Com os modelos de estudo corretamente montados e com as guias
condilares e laterais ajustadas, podemos fazer um estudo mais preciso
sobre a oclusão do paciente, entender as disfunções e planejar o
tratamento mais adequado.
Atenção
Foi possível observar melhor nos modelos montados em ASA a morfologia
oclusal, os tipos de contatos oclusais e as interferências oclusais.
Observamos as queixas de dores musculares referidas pelos pacientes
e notamos que os modelos daquele paciente com contato prematuro
no molar apresentavam contato no molar do lado oposto, quando fazia
movimento de lateralidade. Como o aluno deve proceder diante dessa
interferência em lateralidade?
Avançando na prática
Caso clínico de dentística e oclusão
Descrição da situação-problema
Resolução da situação-problema
Bons estudos!
Pesquise mais
MIH ou OC: é uma posição de acomodamento da mandíbula, na qual
ocorre o maior número de contatos dentários.
Assimile
O exame oclusal isolado não serve como diagnóstico de uma desordem!
Assimile
O exame oclusal isolado não serve como diagnóstico de uma desordem!
Figura 4.22 | Pontos de referência para montagem do arco facial: meato acústico
externo, násio, distância intercondilar P, M ou G
Figura 4.28 | Montagem do modelo superior em ASA: fixando o modelo na base com gesso
Figura 4.29 | Registro interoclusal em RC, com tiras de Long e com JIG de
Lucia posicionados
Figura 4.31 | Ajuste do pino guia compensando espessura da cera e ajuste do pino
guia e mesa incisal
Reflita
De que maneira você pode avaliar a precisão da montagem?
Exemplificando
Caro aluno, após leitura do assunto abordado nesta unidade, para ampliar
e reforçar o aprendizado sobre o passo a passo da montagem e ajuste do
articulador semi ajustável, assista ao vídeo disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=7M-zlySQdks>. Acesso em: 17 mar. 2017. Além
disso, assista à Webaula da Seção 4.2, e leia também o Manual de instruções
técnicas, disponível em: <http://www.bioart.com.br/manuais/7_port/
manual.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2017, e o artigo Montagem de modelos
de próteses removíveis em articulador semiajustável, disponível em:
<http://www.revodontolunesp.com.br/files/v41n3/v41n3a11.pdf>. Acesso
em: 17 mar. 2017.
Avançando na prática
Paciente com interferência oclusal no movimento protrusivo
Descrição da situação-problema
Lembre-se
Quais seriam as consequências se um paciente exercesse pressões de
apertamento sobre um contato prematuro em cêntrica?
Resolução da situação-problema
Reflita
Você seria capaz de assegurar ao paciente que recimentar os fragmentos
de porcelana nos dentes anteriores garantiria longevidade? Por que será
que essas facetas têm soltado frequentemente? Terão os dentes ausentes,
36 e 46, e as interferências em protrusiva e no lado de balanceio alguma
relação com o fato das facetas soltarem?
Pesquise mais
O desenvolvimento da patologia articular vai depender também de fatores
individuais, como a tolerância às discrepâncias apresentadas, e fatores
psíquicos do paciente (CONCEIÇÃO et al., 2007; OKESON, 2013).
3 4
Fonte: Fernandes Neto et al. (2006, p. 51).
Figura 4.50 | A. Molar inferior com lesão de cárie e o antagonista com extrusão; B.
Demarcação da extrusão a ser eliminada; C. Extrusão eliminada e molar inferior
corretamente restaurado
Figura 4.51 | A. Molar inferior com lesão de cárie e antagonista com extrusão;
B. Molar inferior restaurado sem a prévia eliminação da extrusão do superior; C.
Interferência oclusal no movimento de balanceio gerado pela restauração sem a
eliminação da extrusão do antagonista, causando distúrbio oclusal interferente
Assimile
Caro aluno, a situação-problema apresentada na Seção 2.1 mostra
exatamente essa situação! Volte à seção e relembre o que aconteceu
com o paciente que ficou com uma restauração em amálgama alta.
Figura 4.52 | Extrusão de um terceiro molar inferior sem antagonista, gerando uma
interferência oclusal no movimento de protrusão que leva instabilidade às ATMs e
ausência de guia anterior, causando distúrbio oclusal
Atenção
Esses sinais e sintomas de distúrbios oclusais devem ser avaliados
clinicamente e complementados pelo exame radiográfico. Normalmente
os sinais nas radiografias periapicais envolvem a lâmina dura e o espaço
da membrana periodontal; às vezes apresentam hipercementose,
aumento da densidade óssea alveolar, calcificação pulpar e fratura
coronário/radicular. Ainda como exames complementares, podemos
solicitar: radiografia panorâmica, transcraniana, planigrafia, tomografia
computadorizada, artrografia e ressonância magnética, conforme a
necessidade do caso clínico.
Exemplificando
Caro aluno, muitos indivíduos são capazes de se adaptarem às
discrepâncias oclusais dentro de limites toleráveis sem a emersão de sinais
e sintomas mastigatórios. A oclusão pode ser de importância secundária
e exacerbar sintomas após o avanço da DTM originada por outros fatores.
Leitura sugerida:
Avançando na prática
Caso clínico envolvendo dentística e oclusão
Descrição da situação-problema
Lembre-se
Para resolver esse problema, você deve rever os conteúdos apresentados
na seção Análise oclusal: dentística restauradora x oclusão funcional.
Sugestão de leitura:
Resolução da situação-problema
Reflita
Todos os procedimentos de proteção dentino-pulpar que visam a
preservar a integridade ou recuperar a saúde da polpa são considerados
tratamentos conservadores da vitalidade pulpar.
Assimile
Para a correta aplicação dessa técnica, é importante reconhecer a dentina
afetada (cariada profunda) e a dentina cariada superficial, infectada, que
é insensível.
Vocabulário
Homeostasia: habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio
quase constante, independentemente das alterações que ocorram no
ambiente externo.
Exemplificando
Se, durante o preparo cavitário desse dente, a polpa fosse exposta
acidentalmente, seria indicada a proteção pulpar direta ou capeamento
pulpar direto, aplicando-se um material terapêutico ativo (hidróxido de
cálcio, MTA) em contato direto com a polpa. O mesmo se aplica para
dentes fraturados. Todos os pré-requisitos descritos para a terapia pulpar
indireta ou o tratamento expectante, relatados acima, se aplicam para as
exposições pulpares. Nesse caso é importante verificar a condição em
que a polpa foi exposta. Se exposta no momento em que se removia
dentina sadia, aplica-se o capeamento pulpar. Se exposta durante a
remoção de dentina cariada, devemos concluir a remoção da dentina
cariada e depois realizar o capeamento. O hidróxido de cálcio é o material
mais utilizado para esse fim. Ele deve ser depositado diretamente sobre
o tecido pulpar exposto (comumente aplicado na apresentação em pó),
recoberto pelo cimento de hidróxido de cálcio e seguido de material
restaurador provisório. Aguardar por 90 dias para executar o exame
clínico, radiográfico e avaliar a condição pulpar. Se a polpa responder
Pesquise mais
Cimentos de ionômero de vidro modificados por resina. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103
Pesquise mais
Leia este capítulo de livro para ajudar na compreensão do tema:
Avançando na prática
Cavidade classe II OD
Descrição da situação-problema
Resolução da situação-problema
1. Finalização da restauração.
Polimento da restauração:
Quando polir?
CARDOSO, A. C. Oclusão: para você e para mim. 1. ed. São Paulo: Livraria Santos Editora
Ltda., 2003. 233p.
CONCEIÇÃO, E. N. et al. Dentística: saúde e estética. 2. ed. Porto Alegre: Editora Artmed,
2007. 584p.
DAWSON, Peter E. Oclusão funcional – da ATM ao desenho do sorriso. 1. ed. São Paulo:
Ed. Santos, 2008.
LUCIA, V.O. A technique for recording centric relation. J Prosthet Dent 14:492, 1964.
______. ATM e dores craniofaciais: fisiopatologia básica. São Paulo: Livraria Santos Editora
Ltda., 2003. 438p.
MARCHINI, L.; SANTOS, J. F. F. Oclusão dentária: princípios e prática clínica. 1. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2012.
MEZZOMO, E. et al. Reabilitação oral contemporânea. 1. ed. São Paulo: Livraria Santos
Editora Ltda., 2006. 873p.
MOHL, M. D. et. al. Fundamentos de oclusão. Traduzido por Milton Edson Miranda. São
Paulo: Quintessence, 1989. p. 449.
RAMFJORD, S. P.; ASH, M. M. Oclusão. Tradução de Dioracy Fonterrada Vieira. 3. ed. Rio de
Janeiro: Interamericana, 1984.
SANTOS JR, J. Oclusão, princípios e conceitos. 5. ed. Porto Alegre: Santos, 1998.
WANG, L. et al. Tratamentos conservadores da polpa dentária. In: PEREIRA, J. C.; ANAUATE-
NETTO, C.; GONÇALVES, S. A. (Org.) Dentística: uma abordagem multidisciplinar. São
Paulo: Artes Médicas, 2014.