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ATIVIDADE FINANCEIRA
Conceito:
Fins:
Serviços Públicos:
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Mariana Villa Nova Correia – Universidade Federal da Bahia – 2016.1
Poder de polícia:
o CF garante a livre iniciativa, mas esta está limitado por outros valores (expressos
na forma de princípios) também expressos na Constituição.
o O Estado intervém na atividade econômica por meio de seu poder normativo. Ex.:
leis de combate ao abuso do poder econômico, proteção ao consumidor, critério
especiais de tributação para prevenção de desequilíbrios da concorrência.
o O Estado estimula ou desestimula determinada atividade econômica pelo exercício
do seu poder de polícia.
o Planejamento econômico é impositivo apenas para o setor público, sendo apenas
recomendado para o setor privado. O chamado dirigismo econômico global acha-
se, pois, abolido pela ordem constitucional vigente.
o Intervencionismo econômico se baseia na formulação de uma ordem econômica
justa.
DIREITO FINANCEIRO
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Conceito:
o Direito Constitucional
o Direito Administrativo
o Direito Tributário
DESPESAS PÚBLICAS
Conceito:
Necessidades:
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Classificação:
1 O autor critica essa classificação, visto que existem matérias de competência comum e outras de
competência concorrente, alem do fato de na prática reinar, com relativa frequência, superposição
de serviços públicos, implicando a duplicação ou triplicação desses serviços para o mesmo fim,
independentemente da repartição constitucional de competências.
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Execução:
o Nenhuma despesa pode ser realizada sem previsão orçamentária – CF, art. 167, II.
o A abertura de crédito suplementar ou especial depende de autorização legislativa e
da indicação dos recursos correspondentes (superávit, anulação de outra dotação
e operações de crédito) – CF, art. 167, V.
o É vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa – CF, art. 167, VI.
o Sendo a despesa uma das faces da mesma moeda, integrando o orçamento ao lado
da receita, deve manter posição de equilóbrio em relação a esta último. Se isso não
acontece, como no Brasil não está acontecendo nos últimos anos, o déficit público
cresce.
o A realização de despesas, além de observar os princípios constitucionais
pertinentes, deve ser presidida pelo princípio da legalidade. Sua realização sem
observância de normas legais poderá resultar para o agente público no crime de
responsabilidade, na forma da Lei nº 1.079/50 e do Decreto-lei nº 201/67, que
define o crime de responsabilidade do prefeito. Outrossim, ordenar ou permitir a
realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento constitui ato de
improbidade administrativa, segundo o art. 10, IX, da Lei nº 8.429/92, punível na
forma do art. 12, II da mesma Lei.
o Os procedimentos legais estão previstos na Lei nº 4.320/64. Estados e Municípios
podem elaborar as leis de execução orçamentária, desde que respeitem as normas
gerais contidas na citada lei federal, que tem natureza de lei complementar do
ponto de vista material.
o A primeira providência para efetuar uma despesa é seu prévio empenho, que
significa o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado
obrigação de pagamento pendente de implemento de condição (art. 58). Visa
garantir os diferentes credores do Estado, na medida em que representa
reserva de recursos na respectiva dotação inicial ou no saldo existente.
o A segunda etapa é a da liquidação, que consiste na verificação do direito
adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito (art. 63). Da mesma forma que o
empenho, a liquidação nada cria, limitando-se a tornar líquida e certa a
obrigação preexistente.
o A terceira etapa é a ordem de pagamento, que outra coisa não é senão o
despacho da autoridade competente determinando o pagamento da despesa
(art. 64).
o Finalmente, temos a etapa (quarta) do pagamento, que, uma vez efetivado
em decorrência de regular liquidação da despesa e por ordem da autoridade
competente (art. 62), extingue a obrigação de pagar.
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RECEITAS PÚBLICAS
Conceito:
o Como despesa pública pressupõe receita, pode-se dizer que receita pública é o
ingresso de dinheiro aos cofres públicos do Estado para atendimento de suas
finalidades.
o O conceito de receita pública não se confunde com o de entrada. Todo ingresso de
dinheiro aos cofres públicos é uma entrada, mas nem todo ingresso corresponder a
uma receita pública – existem as “entradas de caixa”, provisórias que vem ser
oportunamente devolvidas.
o Ingressos de dinheiro aos cofres do Estado para atendimento de suas finalidades
mediante aplicação desses recursos pelo regime da despesa pública, isto é,
aplicação dos recursos financeiros ingressados de conformidade com as diversas
dotações fixadas na Lei Orçamentária Anual.
Classificação:
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Receitas originárias:
o São aquelas que resultam da atuação do Estado, sob o regime de direito privado, na
exploração da atividade econômica. São as resultantes do domínio privado do
Estado. De fato, possui o Estado, ao lado de bens públicos, os chamados bens
dominicais (terras, prédios, empresas, etc) que são passíveis de alienação, bem
como de administração pelo regime de direito privado, tal qual faria um particular.
o Advém da exploração de seu patrimônio mobiliário, imobiliário e das receitas
industriais e comerciais.
o Fontes: receitas patrimoniais (geradas pela exploração do patrimônio do Estado,
seja esse mobiliário ou imobiliário) e receitas industriais, comerciais e de serviços
(geradas pelo Estado no exercício da atividade empresarial, com o desempenho de
atividade econômica com finalidade nitidamente lucrativa).
Receitas derivadas:
o A Lei de Responsabilidade Fiscal, que veio à luz para, dentre outras coisas,
promover o equilíbrio das contas públicas, traçou normas rígidas no que tange às
receitas e despesas públicas. No que se refere às receitas, a LRF estatuiu os
requisitos da responsabilidade na gestão fiscal.
ORÇAMENTO
Conceito:
2 Nesse ponto, resumi apenas a parte que o professor Paulo Pimenta comentou em sala.
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Natureza jurídica:
Processo legislativo:
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Aspectos políticos:
Aspectos econômicos:
Princípios orçamentários:
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enquanto esta representa a tática. A LDO estabelece um elo entre o PPA e a LOA
que confere ao PPA um caráter dinâmico-operativo disponibilizando os recursos
financeiros para a execução do plano estratégico definido pela LDO.
O autor destaca ainda que o orçamento anual regulado na Constituição é
meramente autorizativo, e não impositivo. Apesar do princípio da legalidade, a
execução de despesa previamente autorizada pelo Legislativo não significa
obrigatoriedade de o Executivo exaurir a verba orçamentária prevista nas
diferentes dotações. Por isso existem costumeiras diferenças enormes entre o
orçado e o efetivamente executado. Orçamento impositivo (DÚVIDA, PÁG. 141
PDF).
o CF – art. 165, § 9º
o § 2º, art. 35 – ADCT
Instituição de fundos
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o Fiscalização contábil: exame da contabilidade que outra coisa não é senão uma
técnica de controle numérico, mediante o registro sistemático das verbas
arrecadadas e despendidas.
o Fiscalização financeira: verificação de entrada e saída de dinheiro.
o Fiscalização orçamentária: alude à correta execução do orçamento.
o Fiscalização operacional: observância de procedimentos legais para a arrecadação
de recursos financeiros, ou para a liberação de verbas.
o Fiscalização patrimonial: é a própria execução orçamentária. As alterações
patrimoniais devem ser objetos de fiscalização permanente para sua preservação e
atendimento das finalidades públicas.
o Controle interno fiscalização exercida pelo sistema de controle interno de cada
Poder. Art. 74 da CF.
o Controle privado (ou controle social ou controle popular), art. 74 § 2º.
Orçamento como instrumento de cidadania e a cidadania se faz presente também
pelo orçamento.
o Art. 75 da CF.
o Art. 31, § 4º vedação da criação de novos Tribunais, Conselhos ou órgãos de
Contas Municipais.
o As disposições dos arts. 70 a 74 são aplicáveis, no que couber, aos Tribunais
Estaduais, Distritais e Municipais, bem como aos Tribunais e Conselhos de Contas
dos Municípios.
o Tribunais de Contas do Estados 7 membros (Conselheiros).
o Os Tribunais de Conta, em geral, cumprem a missão de auxiliar do Poder
Legislativo no controle externo, quer emitindo parecer prévio sobre as contas
anuais dos Chefes dos Poderes Executivos, quer julgando as contas dos
administradores em geral, quer encetando inspeções e auditorias sustando a
execução de atos ilegais, quer aplicando sanções aos responsáveis pela ilegalidade
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das despesas ou irregularidades de contas, quer, enfim, dando início aos processos
de responsabilização a serem aplicados pelas instâncias próprias. São órgãos
técnicos de natureza não jurisdicional.
CRÉDITO PÚBLICO
Conceito:
Classificação:
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Crédito forçado:
o Três principais técnicas: (a) retenção dos depósitos de dinheiro que as pessoas
fizeram nas instituições bancárias ou financeiras; (b) empréstimo assentado em
um fato gerador de tributo, dando ao particular a opção entre pagar o tributo ou
emprestar um múltiplo do valor deste; (c) uso do poder de imprimir curso forçado
a bilhetes bancários ou cédulas do Tesouro.
Crédito voluntário:
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o Cabe à União a fiscalização das operações de crédito em geral (art. 21, VIII), a qual
detém competência privativa para legislar sobre a política de crédito (art. 22, VII).
o Princípio da legalidade. Art. 48, II (cabe ao Congresso Nacional dispor, entre outras
coisas, sobre operações de crédito, díivda pública e emissões de curso forçado) - §
8º do art. 165. O princípio da legalidade do crédito público implica a observância
das leis de aplicação no âmbito nacional (normas gerais de Direito Financeiro,
diretrizes orçamentárias, política de créditos, concessão de garantia pelas
entidades públicas etc.). Cada lei de efeito concreto, emanada da entidade política
interessada, há de conformar-se com as disposições de leis nacionais e,
eventualmente, com as Resoluções do Senado Federal.
o Senado tem papel de controlador da dívida pública (art. 52).
o Art. 151, II é vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública
dos Estados, do DF e dos Municípios em níveis superiores aos que fixar para suas
obrigações. Com isso fica assegurado o tratamento isonômico aos títulos da dívida
pública federais, estaduais e municipais.
o Art. 163, II, III e IV legislador complementar dispor sobre a dívida pública
externa e interna, balizando, desde logo, o campo de sua disciplinação que vai
desde a matéria concernente à prestação de garantias pelas entidades públicas até
a fiscalização financeira da administração pública direta e indireta.
o § 1º do art. 164 Banco Central
o § 6º do art. 165 e art. 167 ler e tal
o Art. 34, V, a
o Art. 35
PRECATÓRIO
o Requisitos do art. 100 da CF.
o Débitos são requisitados pelo Presidente do Tribunal que proferiu a decisão
exequenda, por meio de precatório que é inserido pela entidade política devedora,
na ordem cronológica de apresentação.
o O precatório entregue até o dia 1º de julho deve ter o respectivo valor consignado
no orçamento do exercício seguinte, para pagamento atualizado até o final desse
exercício, dentro da rigorosa ordem cronológica de sua apresentação (§ 5º).
o Cabe ao Presidente do Tribunal determinar o pagamento, segundo as
possibilidades do depósito, e autorizar, a requerimento do credor preterido no seu
direito de precedência, o sequestro da quantia necessária à satisfação do débito (§
6º).
o Esgotados os recursos orçamentários, não está o Executivo obrigado a solicitar
abertura de crédito adicional suplementar para atendimento dos precatórios.
Nessas hipóteses, cabe à Administração Pública demonstrar perante o órgão
judiciário competente a impossibilidade de cumprir a decisão judicial.
Teoria da impossibilidade material.
o Ordem cronológica de apresentação dos precatórios, contudo, quando se tratar de
créditos de natureza alimentar, dá-se prioridade, sob pena de ferir o princípio da
moralidade da Administração Pública.
o Art. 33 do ADCT desencadeou o “calote constitucional”
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