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Paul G. Hiebert
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As diferenças culturais podem levar a situações engraçadas. Eugene Nida (Op. cit.
pp 5,6) conta sobre os primeiros missionários das Ilhas Marshall que recebiam sua
correspondência uma vez por ano quando um barco incluía em sua rota o sul do
Pacífico. Certa vez, o barco estava um dia adiantado e os missionários estavam
fora, numa ilha vizinha. O capitão do navio deixou a correspondência com os
marshaleses, que finalmente tinham em mãos aquilo de que os missionários tanto
falavam e com tamanha expectativa. Pouco familiarizados com os modos
diferentes dos estrangeiros, tentaram descobrir o que tornava a correspondência
tão atraente. Concluíram que ela deveria ser boa para comer. Cozinharam então
as cartas, e não gostaram nem um pouco do sabor. Quando os missionários
retornaram, verificaram que sua correspondência de um ano havia-se tornado
mingau.
As diferenças culturais também criam dificuldades. Por exemplo, duas
missionárias trabalhando no México central tinham muita cautela quanto ao
relacionamento com os homens, mas não viam mal nenhum em beber suco de
lima no café da manhã, por razões de saúde. No entanto, os índios estavam
certos de que as jovens tinham amantes, uma vez que os habitantes locais
usavam suco de lima, chamado de “matador de bebês”, como abortivo (NIDA, Op.
cit. p 8).
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Extraído do livro O Evangelho e a diversidade das culturas – um guia de antropologia
missionária. pp. 92,93.
HIEBERT, Paul G. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, São Paulo, 2010.