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III Seminário Internacional de Defesa – SEMINDE

08 a 10 de novembro de 2017

Hotel Business Center Beira Rio, Restinga Seca/RS

Área Temática 2:

Contexto Estratégico Brasileiro e Perspectivas de Emprego de Tecnologias de Defesa e


Segurança Pública

O PAPEL ESTRATÉGICO DO EMPREGO DE VANTS EM OPERAÇÕES DE SEGURANÇA


PÚBLICA, DEFESA CIVIL E DEFESA NACIONAL.

THE STRATEGIC ROLE OF UAVS DEPLOYMENT IN OPERATIONS OF PUBLIC


SECURITY, CIVIL DEFENSE AND NATIONAL DEFENSE.

Autor(a): Aaron Campos Marcelino / Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Coautor(a): Ana Carolina de Oliveira Assis / Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)


RESUMO

Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANTs) são cada vez mais empregados em diversos
cenários de conflito ao redor do mundo, e também em operações a cargo da segurança
pública. A versatilidade do seu emprego permite que executem missões normalmente
realizadas por humanos, tais como operações de inteligência, rastreio de inimigos, atividades
de monitoramento e vigilância, dentre outras funções. Algumas destas missões são
arriscadas, e os VANTs acabam sendo uma alternativa para cumpri-las sem que haja risco de
vida. A não exposição ao risco para o ser humano é uma das maiores vantagens desta
tecnologia, o que é essencial para os problemas de segurança pública brasileira, dentre eles,
a grande taxa de baixas de policiais. Neste sentido, a necessidade de domínio de tecnologias
estratégicas está condicionado com as diretrizes postuladas pela Estratégia Nacional de
Defesa (END), onde espera-se que a Base Industrial de Defesa (BID) desenvolva
capacitações tecnológicas voltadas para a produção de materiais de defesa estratégicos.
Concomitante, embora seja esperado que a BID supra as demandas das Forças Armadas, os
VANTs podem ser empregados por ambas FFAA e organizações da segurança pública.
Adicionalmente, ambas compartilham funções comuns, a exemplo do monitoramento de
fronteiras e combate ao narcotráfico. Portanto, o presente artigo busca entender de que
maneira o domínio da BID na produção de VANTs, normalmente voltados a fins militares, é
relevante para aumentar o emprego desta tecnologia em operações de segurança pública,
defesa civil e defesa nacional. Para este fim, faz-se um mapeamento do emprego de VANTs
nestas operações no Brasil. É constatado que há um maior emprego de tecnologias
estrangeiras em detrimento de tecnologias nacionais.

Palavras-chave: Base Industrial de Defesa; Veículos Aéreos Não-Tripulados; Defesa Civil;


Segurança Pública; Forças Armadas.
ABSTRACT

Unmanned Aerial Vehicles (UAVs) are increasingly employed in various conflict settings
around the world, as well as in public safety operations. The versatility of their roles allow them
to perform missions normally performed by humans, such as intelligence operations, enemy
tracking, monitoring and surveillance activities, among other functions. Some of these missions
are risky, and the UAVs end up being an alternative to carry out those missions without risk of
life. Non-exposure to human risk is one of the greatest advantages of this technology, which
is essential for the problems of Brazilian public security, among them, the high rate of police
casualties. In this sense, the need to master strategic technologies is conditioned by the
guidelines of the National Defense Strategy, where it is expected that the Industrial Defense
Base (IDB) will develop technological capabilities aimed at the production of strategic defense
materials. Concomitantly, while the IDB is expected to meet the demands of the Armed Forces,
the UAVs can be employed by both Armed Forces and public safety organizations. In addition,
both share common functions, such as border monitoring and drug trafficking enforcement.
Therefore, the present paper seeks to understand how the IDB's dominance in the production
of UAVs, usually geared to military purposes, is relevant to increase the use of this technology
in public security, civil defense and national defense operations. For this purpose, it is
developed mapping about UAVs employment in regard to these operations in Brazil. It is noted
that there is a greater use of foreign technologies rather than national technologies.

Keywords: Industrial Defense Base; Unmanned Aerial Vehicles; Public Security, Civil Defence,
Armed Forces.
1

O papel estratégico do emprego VANTs em operações de segurança pública, defesa


civil e defesa nacional.

The strategic role of UAVs deployment in operations of public security, civil defense and
national defense.

Aaron Campos Marcelino1


Ana Carolina de Assis2

Introdução

A Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada por decreto em dezembro de 2008,


ainda é um documento importante por estipular as diretrizes a serem adotadas dentro do
processo revitalização da Base Industrial de Defesa3 (BID) brasileira. É desejado o
desenvolvimento de tecnologias independentes e a recuperação da capacidade de
suprimento das demandas das Forças Armadas (FFAA). Entretanto, este processo é oneroso,
e a falta de conhecimentos necessários (know-how) para a produção de determinadas
tecnologias militares dificulta o desenvolvimento de capacidades nacionais.

Uma alternativa encontrada para diminuir gradualmente a dependência de importação


de material de defesa estrangeiro, tal como fomentar o desenvolvimento de tecnologias
majoritariamente nacionais dentro da BID, é a formação de parcerias estratégicas. Em outras
palavras, as relações com países ou empresas estrangeiras deverão estar condicionadas ao
desenvolvimento de “capacitações tecnológicas independentes” (BRASIL, 2012, p. 34) no
Brasil. É também imperativo o desenvolvimento de tecnologias de uso dual, ou seja, que além
de serem utilizadas para fins militares, podem ser adaptadas para uso civil.

Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANTs) ou sistemas de VANTs (SisVANTs podem


ser adaptados para uso civil, o que cumpre o requisito de dualidade. No que diz respeito à
segurança pública os VANTs se apresentam como uma ferramenta de auxílio para as
operações policiais. Segundo estatísticas compiladas no relatório de 2016 do Fórum Brasileiro
de Segurança Pública (FBSP), o ano de 2015 registrou 58492 homicídios, uma taxa de
homicídios de 28,9% por 100 mil habitantes, segundo o IPEA (FÓRUM BRASILEIRO DE

1 Bacharel em Relações Internacionais (UFPB) e mestrando no Programa de Pós-Graduação de


Gestão Pública e Cooperação Internacional (PGPCI/UFPB). Membro do Grupo de Pesquisa em
Estudos Estratégicos e Segurança Internacional (GEESI/UFPB/CNPq). Contato:
aaroncamposmarcelino@gmail.com
2 Bacharel em Relações Internacionais (UFPB) e mestranda no Programa de Pós-Graduação em

Ciência Política (PPGCPI/UFPE). Membro do Grupo de Pesquisa em Estudos Estratégicos e


Segurança Internacional (GEESI/UFPB/CNPq). Contato: anaa.caroliina@hotmail.com
3 Utiliza-se a definição do Ministério da Defesa. Disponível em: <http://www.defesa.gov.br/industria-de-

defesa/base-industrial-de-defesa>
2

SEGURANÇA PÚBLICA, 2016; CERQUEIRA et al., 2017). Concomitante, houve uma redução
de 3,1% na taxa de homicídios do ano de 2014 para 2015, tal como houve uma redução no
número de mortes policiais nos mesmos anos – de 409 para 393 policiais mortos no total.
Entretanto, embora o número de policiais mortos fora de serviço foi de 330 para 290, o número
de policiais mortos em serviço aumentou de 79 para 103, no mesmo período.

Adicionalmente, a Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) sediada em Pernambuco, criou


um projeto de monitoramento de morte de policiais, denominado “Mortômetro”. Segundo a
OPB, morreram no Brasil 493 profissionais de segurança pública em todo país4, e até
setembro de 2017 já são 481 profissionais mortos contabilizados5.

Evidentemente, são vários os fatores de imprevisibilidade que podem incorrer num


maior risco de vida aos profissionais de segurança pública, mas para certas operações o uso
de VANTs contribuiria na logística das operações, e principalmente na preservação da vida
policial. Acredita-se que o emprego de VANTs na segurança pública possa auxiliar nas
operações das agências de segurança pública, principalmente por colocarem os agentes fora
de perigo, ao operarem o equipamento de longe. Ao mesmo tempo, esta necessidade gera
uma demanda que pode ser encaminhada para a BID, disponibilizando aos agentes
envolvidos em uma ou mais etapa de produção de tecnologias brasileiras de VANTs outros
possíveis compradores.

Portanto, o presente artigo busca compreender se o desenvolvimento de tecnologias


nacionais de VANTs estimula o emprego desta tecnologia em operações de segurança
pública, defesa civil e defesa nacional. Para este fim, realizamos um mapeamento do emprego
desta tecnologia em operações deste caráter no Brasil. O presente artigo é de cunho
qualitativo, de abordagem descritiva para com a análise dos dados.

O caráter estratégico dos VANTs e SisVANTs

No que concerne as definições sobre este equipamento, Kreuzer (2016) opta pela
definição de Aeronaves Remotamente ARPs, mas também podem ser entendidas como
VANTs6. Estas “são aeronaves robóticas, com asas fixas ou rotatórias, capazes de voar
controladamente, utilizando propulsão a bordo e de suspensão aerodinâmica, e são
projetadas para retorno e reutilização” (KREUZER, 2016, p. 6).

4 Disponível em: < http://opb.net.br/noticias-detalhe.php?idRow=4196>


5 Disponível em: < http://opb.net.br/mortometro.php>
6 Há diferenças, onde o termo “VANT” é mais abrangente. O presente artigo não adentrará a fundo

dentro desta discussão terminológica. O foco é apresentar algumas definições de VANTs/ARPs, por
parte da literatura.
3

Austin (2010) define o termo “Sistema de VANTs”, o qual segundo o autor, nada mais
é que um sistema. O SisVANT se trata de um sistema que abrange “(...) um número de sub-
sistemas, que incluem a aeronave (geralmente reconhecido como VANT ou veículo aéreo
não-tripulado), suas cargas”, estação de controle, sub-sistemas de comunicação, de suporte,
dentre outros sub-sistemas (AUSTIN, 2010, p.3). Um VANT possui um determinado grau de
“inteligência automática”, e é capaz de se comunicar com seu controlador, retornando os
dados dos seus elementos de carga, tal como imagens termais ou eletro-óticas, juntamente
com suas informações do seu estado (posição, velocidade do ar, direcionamento e altitude).
(AUSTIN, 2010, p.3).

Portanto, utilizamos a terminologia de VANTs e SisVANTs, por serem mais


abrangentes e também por serem termos mais recorrentes dentro da literatura analisada.
Também se alinha com a terminologia adotada pela Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN). O quadro 1 sistematiza como os VANTs são classificados pela organização

Concomitante, é importante relembrar que os VANTs não são uma tecnologia recente.
Segundo Kennet (1982), tal tecnologia foi utilizada durante o cerco austríaco na cidade de
Veneza em 1849, assim como foi implementado em conflitos ao longo do século XX: os EUA,
por exemplo, implementam na guerra do Vietnã, e durante a Primeira Guerra do Golfo
(RAMOS, 2014). Israel é outro país que possui histórico, utilizando na Guerra de Yom Kippur
e na batalha de Bekaa Valley (RAMOS, 2014); no século XXI, o emprego deste equipamento
tem aumentado, principalmente ao longo das operações da “Guerra Global ao Terror” durante
a administração do presidente americano Bush Jr. (KREUZER, 2016).

Assim sendo, o interesse sobre esta tecnologia de VANTs tem crescido ao longo do
tempo. Ferreira (2016, p. 422) demonstra que o seu mercado moveu aproximadamente US$
5,7 bilhões em 2013 e pode crescer até US$ 10 bilhões até 2020. Ainda que maior parte deste
mercado concentre suas receitas nos EUA e em Israel (FERREIRA, 2016), é possível para o
Brasil crescer dentro deste mercado com os devidos investimentos neste setor

No entanto, por que é tão visado o domínio desta tecnologia, e o que a torna
estratégica? Para elucidar estes questionamentos é importante fazer uma breve explanação
das chamadas funções DDD7 propostas por Austin (2010). Estas são respectivamente dull
(enfadonhas ou tediosas), dirty (sujas), e dangerous (perigosas).

O primeiro “D” engloba atividades que demandam muitas horas de supervisão, o que
pode se tornar tedioso e cansativo para os operadores. Isso gera desconcentração e
consequentemente diminui o desempenho da operação. VANTs que dispõem de uma boa

7 Tais funções são aplicáveis tanto para usos civis como militares.
4

capacidade de transmissão de imagem e vídeos de boa qualidade, que possuam câmeras


termais ou escaneamento de radar, podem obter melhor desempenho para esta função.

Quadro 2: Classificação de VANTs (UAVs)

Fonte: Joint Air Power Competence Centre (2010).

O segundo “D”, voltado para atividades “sujas”, trata-se da implementação de VANTs


para monitoramento de ambientes de contaminação nuclear ou química, ou de áreas
incendiadas, principalmente incêndios florestais. Ao empregar VANTs não há qualquer tipo
de risco voltado à saúde (ou até de vida) dos profissionais responsáveis por executar este tipo
de operações em campo.

Por fim, o último “D” diz respeito as atividades consideradas “perigosas”, cujo risco de
vida é maior, como por exemplo, missões de reconhecimento em áreas com inimigos
fortemente armados, ou até em operações na esfera civil, como o controle de incêndios
florestais (AUSTIN, 2010). Tanto para as Forças Armadas quanto para organizações de
segurança pública, o emprego de VANTs para o reconhecimento de áreas perigosas, a
exemplo de regiões fronteira ou áreas urbanas que sofrem com o tráfico de drogas, facilita a
5

logística das missões, como também diminui o risco de vida para militares ou agentes da
segurança pública.

Portanto, o aumento da violência, alta taxa de homicídios, e o narcotráfico, são todos


problemas de segurança pública no Brasil, e o emprego de VANTs contribuiria
operacionalmente dentro das atividades supracitadas, especialmente nas atividades
“entediantes” e “perigosas”, como também tem potencial para reduzir as estatísticas de mortes
de agentes policiais, e de reduzir os riscos da profissão dos agentes de segurança pública e
defesa civil em geral. Sintetizando, o maior emprego do uso de VANTs pode promover: (1)
uma maior logística para as operações; (2) menor custo operacional; (3) não exposição ao
risco em certas operações para os agentes. Na próxima seção, faremos um mapeamento do
uso de VANTs no Brasil pelas Forças Armadas e forças de segurança pública e defesa civil.

Emprego de VANTs no Brasil

Muito embora o enfoque deste artigo seja no papel estratégico da operacionalização


de VANTs na segurança pública, esta seção apresenta casos de emprego de VANTs8 tanto
em operações de defesa nacional, segurança pública e defesa civil. O objetivo é compreender
quais são os tipos de VANTs sendo utilizados e para o quê estão sendo utilizados, a fim de
realizarmos interpretações iniciais sobre a análise da amostra. Como não há uma base de
dados única que mapeie estatisticamente o emprego de VANTs nessas atividades, o modelo
de análise de amostra é arbitrária. Para este fim, foram compilados dados oriundos de notícias
de jornais, revistas, artigos em periódicos, bem como sites oficiais das FFAA e de agências
de segurança pública e defesa civil. Os dados estão reunidos na Quadro 2. O escopo temporal
de análise é de 2006 (ano do primeiro registro encontrado nesta pesquisa) até 2017. No que
diz respeito a análise da amostra, é importante ressaltar o seguinte:

1. É preciso considerar a possibilidade de missões não divulgadas nas respectivas


assessorias de comunicação das Forças Singulares e Agências supracitadas, ou nos
veículos de imprensa, seja por apresentarem caráter confidencial ou de simplesmente
não terem ido ao público;
2. Adicionalmente, é possível que não tenham sido captadas todas as notícias, ou
informações dispostas na literatura, que tratem do emprego de VANTs no período de
análise, sendo esta uma limitação natural da metodologia adotada. Em outras
palavras, é possível que alguns dados não tenham sido captados;

8 Lembrando que não são considerados VANTs de uso civil voltado para recreação, pesquisas,
agricultura, entre outros. São analisados somente sua implementação para defesa nacional, segurança
pública e defesa civil.
6

3. O quadro não procura descobrir a frequência de uso do equipamento, ou seja, se é


diário, semanal, mensal, ou anual. Consequentemente a Quadro 2 não representará
todas as vezes que VANTs foram operacionalizados no Brasil. Ou seja, todas as
missões que vislumbravam o uso do equipamento;
4. Foram desconsideradas notícias que informaram que o VANT “deve ser utilizado” ou
que o equipamento estava em fase de testes9. Adotamos este critério porque há a
possibilidade de um VANT ter sido adquirido, doado ou testado e não ter sido
efetivamente empregado. Entretanto, foram consideradas apenas as notícias que
constataram que o equipamento, mesmo que em fase de testes ou experimental, o foi
operacionalizado e auxiliou na realização da missão. Em outras palavras, foram
consideradas as notícias onde teve-se a certeza de emprego do VANT.

Por fim, a tabela 2 sintetiza todas as observações de VANTs operacionalizados,


especificando a instituição que desenvolveu o equipamento e algumas informações técnicas
necessárias para categorização, tendo como base as descrições apresentadas no quadro 1.
Feito isso, verifica-se se os VANTs desenvolvidos nacionalmente pela BID vem sendo
operacionalizados.

Analisando o Quadro 2 vemos vários exemplos de operacionalização de VANTs com


base nas funções DDD propostas por Austin (2010). Devido a ampla consideração
constitucional de segurança pública, são abarcadas operações de policiamento, de combates
a incêndios e de resgate (por parte dos bombeiros militares).

Há casos de operações interagências10 potencializados pelo emprego de VANTs. No


caso de atividades de policiamento, constatamos emprego do equipamento nas Operações
Ágata 5 e 7, e durante a Copa do Mundo de 2014, cuja articulação se deu pelas FFAA, PF e
PRF (em algumas operações). De maneira geral, o equipamento é empregado em missões
de mapeamento de áreas, vigilância fronteiriça e de espaços urbanos durante grandes
eventos, rastreio de rotas utilizadas por traficantes de drogas e de demais mercadorias ilícitas.

9 No desenvolvimento da pesquisa, procurou-se identificar alguma confirmação da utilização do VANT,


ao menos em outra notícia ou outra fonte de informação. Aquelas que não se confirmaram foram
definitivamente descartadas.
10O Ministério da Defesa e Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas definem operações

interagências como a “interação das Forças Armadas com outras agências com a finalidade de conciliar
interesses e coordenar esforços para a consecução de objetivos ou propósitos convergentes que
atendam ao bem comum, evitando a duplicidade de ações, a dispersão de recursos e a divergência de
soluções com eficiência, eficácia, efetividade e menores custos.” (BRASIL, 2017, p. 16)
7

Quadro 2: Emprego de VANTs nas Forças Armadas, Agências de Segurança Pública e Defesa Civil.

Ano VANT / Instituição / Descrição da Operação


VANT: Carcará I / Empregado pelo Corpo de Fuzileiros Navais – Marinha do Brasil11.
2006
Utilizado na obtenção de imagens aéreas numa área específica do complexo naval na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
VANT: Lanu III / Empregado pelas agências envolvidas (agência não especificada)12.
Jan. 2011 Operação Serrana: produção de imagens a fim de auxiliar no resgate de vítimas de deslizamentos na região, que mataram
oficialmente mais de 900 pessoas.
VANT: RQ 450 / Empregado pelo Esquadrão Hórus – FAB13.
Ago. 2011 Operação Ágata 1: localização de pista de pousa clandestina por parte do VANT, posteriormente bombeada por caças da
Força Aérea Brasileira (FAB).
VANT: RQ 450 / Empregado pelo Esquadrão Hórus – FAB14.
Operação Ágata 2: Obtenção de informações em áreas fronteiriças de RS, SC, PR e MS. Em parceria com órgãos federais
Set. 2011
e estaduais, a FAB apreendeu 2 toneladas de maconha, 650 kg de explosivos, oito armas e 510 kg de agrotóxicos em 3.550
km das áreas de fronteira. O emprego do VANT foi de grande importância nesta operação.
VANT: Heron / Empregado pela Polícia Federal15.
Obtenção de informações e inteligência. As operações registraram três possíveis rotas utilizadas por traficantes e
Out. 2011
contrabandistas. O equipamento também captou movimento e embarcações com cigarros contrabandeados navegando pelo
lago de Itaipu, e duas lanchas suspeitas de levarem drogas e contrabando.

11 Disponível em: <http://www.defesaaereanaval.com.br/santos-lab-apresentou-vant-carcara-em-navio-frances/>.


12 Disponível em: <http://www.faperj.br/?id=2327.2.9>.
13 Disponível em: <http://www.ael.com.br/noticias.php?cd_publicacao=54>
14 Disponível em: <http://www.aereo.jor.br/2011/09/26/com-aviao-nao-tripulado-fab-apreende-2-t-de-drogas-na-fronteira/>.
15 Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2011/10/987600-apos-6-meses-aviao-espiao-da-pf-sai-a-caca-de-criminosos-veja.shtml>.
8

Ano VANT / Instituição / Descrição da Operação


VANT: RQ 450 / Empregado pelo Esquadrão Hórus - FAB16.
Jun. 2012
Rio + 20: monitoramento do espaço aéreo urbano.
VANT: Não especificado / Empregado pelas Forças Armadas (Força Singular não especificada)17.
Ago. 2012
Operação Ágata 5: emprego não especificado, mas é mencionado que o equipamento foi utilizado na operação.
VANT: Não especificado / Empregado pelas Forças Armadas (Força Singular não especificada)18.
Out. 2012
Operação Ágata 6: emprego em operações de fronteira.
VANT: Lanu III /Empregado pelo Departamento Geral de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro (DGDEC/RJ)19
Out 2012 Captação de imagens precisas de áreas em risco iminente de escorregamento de terra, na Serra da Glória, em Valença,
na Região do Vale do Paraíba.
VANT: RQ-450 e Heron / Empregados respectivamente pelo Esquadrão Hórus - FAB e PF20.
Mai. 2013 Operação Ágata 7: executada em conjunto pela FAB e a PF, com intuito de realizar monitoramento de fronteira, rotas
de tráfico de drogas.
VANT: Não especificado / Empregado pela Polícia Civil21.
Jul. 2013 Operação Território da Paz: Levantamento da área, para cumprimento de mandados judiciais. Captura de imagens e
mapeamento de locais de difícil acesso no bairro Restinga, em Porto Alegre/RS.

16 Ver Teixeira Júnior, Freitas e Marcelino (2017).


17 Disponível em: <http://www.defesa.gov.br/index.php/noticias/4078-08082012-defesa-operacao-agata-5-apreende-117-mil-kg-de-explosivos-e-300-kg-de-
maconha>. A notícia não especifica o modelo, mas o emprego de VANTs, nem qual Força Singular foi responsável por emprega-lo. Porém, o uso de VANTs
nas operações Ágata costumou se dar pelo Esquadrão Hórus da FAB, pois é o único esquadrão que detém os modelos Hermes 450 e 900 nas FFAA.
18 Disponível em: <http://www.defesa.gov.br/index.php/noticias/4078-08082012-defesa-operacao-agata-5-apreende-117-mil-kg-de-explosivos-e-300-kg-de-
maconha>. A notícia não especifica o modelo, mas o emprego de VANTs, nem qual Força Singular foi responsável por emprega-lo. Porém, o uso de VANTs
nas operações Ágata costumou se dar pelo Esquadrão Hórus da FAB, pois é o único esquadrão que detém os modelos Hermes 450 e 900 nas FFAA.
19 Disponível em: < http://www.faperj.br/?id=2327.2.9>.
20 Disponível em: <http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2013/06/apos-19-dias-operacao-agata-7-e-encerrada-nas-fronteiras-de-todo-pais.html>.
21 Disponível em: <http://www.pc.rs.gov.br/conteudo/19449/policia-civil-e-brigada-militar-realizam-operacao-conjunta-em-territorio-de-paz-na-capital>.
9

Ano VANT / Instituição / Descrição da Operação


Jun. 2014 VANT: RQ-450 e RQ-900, e Heron / Empregados respectivamente pelo Esquadrão Hórus - FAB e PF22.
Jul. 2014 Copa do Mundo: monitoramento e mapeamento de estádios e do cenário urbano.
VANT: Não especificado / Empregado pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro23.
Operação Verão 2016: Ainda que em fase de testes, o VANT apresenta um caráter inovador ao estar equipado com
Dez. 2015
uma boia salva-vidas: após a localização de algum banhista com risco de afogamento, o VANT solta a boia para evitar
que a pessoa se afogue enquanto espera pelo resgate do salva-vidas.
VANT: Não especificado / Empregado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro
Mar. 2016 Ainda que em fase experimental, o VANT foi utilizado na localização de um traficante conhecido como “Garrafão”,
acusado de matar um agente da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
VANT: Não especificado / Empregado pelo Corpo de Bombeiros de Barra das Garças/MT24.
Jul. 2016 Localização e identificação de incêndios florestais, de maneira que permite avaliar a sua proporção e elaborar estratégias
para apagar o incêndio.
VANT: Não especificado / Empregado pela Polícia Rodoviária Federal25.
Ago. 2016
Localização e identificação de um balão não tripulado, na Serra do Mar, em Morretes/PR.
VANT: FT-100 / Empregado pela Companhia de Precursores Paraquedista do Exército Brasileiro26.
Ago. 2016 Jogos Olímpicos: missões de vigilância, reconhecimento de área, monitoramento de pontos específicos para detecção
de possíveis alvos e levantamento de informações.

22 Ver Texeira Júnior, Freitas e Marcelino (2017)


23 Disponível em: <https://oglobo.globo.com/rio/verao-2016/bombeiros-adotam-drone-equipado-com-boia-salva-vidas-18362970>.
24 Disponível em: <http://www.mt.gov.br/-/4595681-bombeiros-de-barra-do-garcas-usam-drone-para-auxiliar-combate-ao-fogo>.
25 Disponível em: <https://www.prf.gov.br/portal/estados/parana/noticias/com-auxilio-de-drone-prf-identifica-balao-caido-na-serra-do-mar>.
26 Disponível em: <http://www.epex.eb.mil.br/index.php/ultimas-noticias/332-ft-sistemas-vants-apoiam-as-forcas-armadas-na-seguranca-dos-jogos-olimpicos>.
10

Ano VANT / Instituição / Descrição da Operação


VANT: Não especificado / Empregado pelo 15º Batalhão da Polícia Militar de Duque de Caxias27.
Ainda que em fase de testes, foi implementado para obter imagens sobre o posicionamento e movimentação de
Jan. 2017
bandidos, onde se escondem e o tipo de armas que as quadrilhas têm posse, em favelas do município Duque de Caixas,
RJ. Também foi utilizado na repressão de bailes funk não autorizados e promovidos por traficantes.
VANT: Phantom 3 ou 4 / Empregado pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro28.
Fev. 2017 Utilizado na prevenção e afogamentos em praias do Rio de Janeiro. É utilizado de maneira similar ao seu emprego na
Operação Verão 2016.
VANT: Inspire 1 e Phantom 4 /Empregado pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul
Jun. 2017
Mapeamento da extensão de um incêndio que atingiu uma loja de borrachas no centro de Campo Grande/MS.
VANT: Não especificado / Empregado pela Polícia Militar Ambiental de São Paulo29.
Utilizado de maneira complementar às atividades de policiamento ambiental do Helicóptero Águia 32, utilizado pelo
Jun. 2017
Comando de Policiamento Ambiental da Polícia Militar de São Paulo. O VANT tem permitido maximizar o emprego do
helicóptero.
VANT: Não especificado / Empregado pela Cipe30/Mata Atlântica (CAEMA)31.
Jul. 2017 Levantamento de informações sobre as áreas de conflito sob operações de reintegração de posse, identificação de alvos
Ago. 2017 e comportamentos agressivos de grupos de pessoas, no sul da Bahia. Importante para preservar a integridade física
dos envolvidos.

27 Disponível em: <http://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2017-01-30/batalhao-de-duque-de-caxias-e-o-primeiro-do-estado-a-usar-drones-em-operacoes.html>


28 Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-02/drone-para-prevencao-de-afogamentos-e-atracao-nas-praias-do-rio>.
29 Disponível em: <https://www.pilotopolicial.com.br/policia-militar-ambiental-utiliza-helicoptero-e-drones-na-preservacao-do-meio-ambiente-em-sao-paulo/>.
30 Companhia Independente de Policiamento Especializado
31 Disponível em: < https://www.pilotopolicial.com.br/conflitos-agrarios-pm-utiliza-drones-em-reintegracoes-de-posse-no-extremo-sul-baiano/>.
11

Ano VANT / Instituição / Descrição da Operação


VANT: Não especificado / Empregado pela Cipe/Caatinga32
Ago. 2017
Identificação de uma plantação de maconha entre os distritos de Ilha Redonda, Pedra Branca e Ibó, na Bahia.
VANT: Não especificado / Empregado pela COE33 da Polícia Civil da Bahia34.
Operação COA (Conhecer, Operar e Aproximar): mapeamento de ruas, casas, comércios em bairros e localidades com
Ago. 2017
presença do tráfico de drogas em Salvador, BA. Também utilizado para o rastreio de traficantes, possíveis rotas de fuga,
possibilitando o melhor posicionamento das viaturas durante as operações.
VANT: Phantom 4 / Empregado pela Guarda Civil de Potirendaba35.
Ago. 2017 Monitoramento do município de Potirendaba, interior de São Paulo. O VANT já auxiliou em 10 ocorrências desde sua
implementação, incluindo a localização de uma motocicleta furtada escondida dentro de uma residência.
VANT: Não especificado / Empregado pela Guarda Municipal (GM) de Santa Bárbara d’Oeste/SP36.
Patrulhamento preventivo, mapeamento de áreas para detectar queimadas, desmatamentos, descartes irregulares e
Ago. 2017
abandono de veículos roubados. Auxiliou na apreensão de aproximadamente 5kg de maconha e encaminhamento de
duas pessoas à Polícia Civil, suspeitas de tráfico de drogas.

32 Disponível em: <http://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/1884278-com-auxilio-de-drone-policia-encontra-plantacao-com-200-mil-pes-de-maconha>.


33 Coordenadoria de Operações Especiais.
34 Disponível em: <http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1883404-policia-usa-drones-contra-o-trafico-de-drogas>.
35 Disponível em: <https://www.pilotopolicial.com.br/guarda-civil-de-potirendaba-utiliza-drone-no-patrulhamento-e-vigilancia-da-cidade/>.
36 Disponível em: <http://correio.rac.com.br/_conteudo/2017/08/campinas_e_rmc/489096-guarda-usa-drone-para-patrulhar-santa-barbara.html>.
12

Ano VANT / Instituição / Descrição da Operação


VANT: Phantom 4 / Empregado pelo Corpo de Bombeiros Militar37.
Utilizado no acompanhamento de operações dos corpos de bombeiros de Santa Catarina. Fundamental utilizado na
set. 2017 localização e mapeamento de incêndios florestais38. Também foi utilizado no Bairro Getúlio Vargas no município
Curitibanos, onde um incêndio atingiu uma pequena madeireira. O emprego do VANT permitiu uma visão privilegiada
que facilitou o combate às chamas.
VANT: Inspire 2 / Empregado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro39.
Evento Rock in Rio: realização de estudos técnicos – monitoramento dos principais acessos, mapeamento e
set. 2017
geoprocessamento em 3D de toda área do evento, a fim de prover informações para melhor posicionamento de
policiamento.
VANT: Phantom 4 / Empregado pela Polícia Civil do Amazonas40.
Out. 2017 Monitoramento permanente do comércio e das denominadas regiões vermelhas, com altos índices de criminalidade em
Manaus.
Observações de operacionalização por parte das Forças Armadas 9
Observações de operacionalização por parte da Segurança Pública 16
Observações em operações de Defesa Civil 4
Número de modelos não especificados 12
Total de observações encontradas 29

Elaboração própria.

37 Disponível em: < https://www.pilotopolicial.com.br/corpo-de-bombeiros-utiliza-drone-para-auxiliar-equipes-no-combate-a-incendio-em-curitibanos/>.


38 Disponível em: < https://www.pilotopolicial.com.br/corpo-de-bombeiros-de-santa-catarina-utiliza-drone-em-simulado-de-combate-a-incendio-florestal/>.
39 Disponível em: <https://www.pilotopolicial.com.br/pm-do-rj-cria-nucleo-de-aeronaves-remotamente-pilotadas-sob-a-coordenacao-do-gam-e-utiliza-drone-no-

rock-in-rio/>.
40 Disponível em: <https://www.pilotopolicial.com.br/policia-civil-vai-usar-drones-para-monitoramento-e-investigacao-de-crimes-em-manaus/>
13

Tabela 1: Especificações dos VANTs observados

Modelo / Instituição (País) Observações Peso Altitude máx. Alcance máx. Categoria

Carcará I41 / Santos Lab (Brasil) 1 2,3 kg Aprox. 1640 pés 7 a 30 km MINI

Lanu III / IME/FAPERJ (Brasil) 2 Sem dados oficiais Sem dados oficiais Sem dados oficiais Sem dados oficiais

RQ-45042 / Elbit Systems (Israel) 5 550 kg 18.000 pés Sem dados oficiais TACTICAL

RQ-90043 / Elbit Systems (Israel) 2 1.180 kg 30.000 pés Sem dados oficiais MALE

Heron / IAI (Israel)44 2 1.270 kg 35.000 pés Mais de 1000 km. MALE

FT-10045/ FT-Sistemas (Brasil) 1 7 kg Sem dados oficiais 20 km MINI


2 km até 5 km
Phantom 346 / DJI (China) 1 1.2 kg 19685 pés MICRO
(com complementos)
2 km até 7 km
Phantom 447 / DJI (China) 5 1.3 kg 19685 pés MICRO
(com complementos)
Aprox. 8.200 – 14760 pés 2 km até 5 km
Inspire 148 / DJI (China) 1 Aprox. 3kg MINI
(com complementos) (com complementos)
Aprox. 8.200 – 16400 pés 2 km até 7 km
Inspire 249 / DJI (China) 1 Aprox. 3,4 kg MINI
(com complementos) (com complementos)

Elaboração com base no Quadro 1 e 2.


Elaboração própria.

41 Especificações técnicas disponíveis em: <http://www.santoslab.com/portfolio/carcara-1/#1462547055583-1b02a6ec-da9b>.


42 Especificações técnicas disponíveis em: <http://elbitsystems.com/products/uas/hermes-450/>.
43 Especificações técnicas disponíveis em: <http://elbitsystems.com/products/uas/hermes-900/>.
44 Especificações técnicas disponíveis em: <http://www.iai.co.il/2013/18900-16382-en/BusinessAreas_UnmannedAirSystems_HeronFamily.aspx>.
45 Especificações técnicas disponíveis em: <http://ftsistemas.com.br/ft-100/>.
46 Especificações técnicas disponíveis em: <http://www.dji.com/phantom-3-pro/info#specs>.
47 Especificações técnicas disponíveis em: <http://www.dji.com/phantom-4-pro/info#specs>
48 Especificações técnicas disponíveis em: <http://www.dji.com/inspire-1/info#specs>.
49 Especificações técnicas disponíveis em: <http://www.dji.com/inspire-2/info#specs>.
14

Deve-se destacar o uso de VANTs RQ-450 e RQ-900 por parte do Esquadrão Hórus
da FAB; do VANT Heron por parte da PF; e do VANT FT-100, pelo Exército Brasileiro. O seu
emprego potencializou o desempenho das missões, diminuindo os seus custos quando
comparados ao emprego de uma aeronave tripulada, e colocando os militares e agentes fora
de perigo.

Também destacam-se casos de cooperação entre agências de segurança pública,


como a Operação Território da Paz, de articulação entre a Polícia Civil e a Brigada Militar; em
operações de localização de plantações de drogas, a exemplo da articulação entre
Cipe/Caatinga, Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), 20º Batalhão de Polícia Militar
(BPM) e 45ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Constata-se que o emprego
de VANTs permite uma melhor capacidade de visualização de áreas consideradas perigosas
ou de difícil acesso. Isso permite às forças policiais a realizarem melhor planejamento de
posicionamento de efetivo, facilitando suas operações de apreensão e de prisão de
criminosos, e de patrulhamento preventivo.

Acerca o emprego de tecnologias de VANTs desenvolvidas nacionalmente por parte


da BID, das 29 observações, apenas em quatro constatou-se o emprego de tecnologia
nacional. O Carcará I, produzido pela Santos Lab, foi utilizado pela Marinha em 2006 para
executar missões de mapeamento. O VANT Lanu III, desenvolvido pelo Instituto Militar de
Engenharia em parceria com Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro
(FAPERJ), potencializou operações de defesa civil nos anos de 2011 e 2012. Por fim, o FT-
100, da empresa FT Sistemas, foi empregado pelo Exército Brasileiro durante as Olimpíadas,
realizando missões de vigilância, reconhecimento e monitoramento de pontos específicos e
possíveis suspeitos. Nas demais observações, a maior quantidade de emprego se deu por
VANTs de origem estrangeira: das 29 observações, 16 são tecnologias de origem estrangeira.
A AEL Sistemas possui uma relevante participação de capital israelense, cujos VANTs da
família Hermes são de origem israelense. Há maior destaque para a empresa DJI, com os
modelos Phantom 3, Phantom 4, Inspire 1 e Inspire 2, majoritariamente sendo empregados
pelas agências de segurança pública.

Considerações Finais

Com intuito de compreender as implicações para a BID acerca os dados demonstrados


nesta pesquisa, é importante adicionarmos a tabela 2 na análise final. Elaboramos esta tabela
com base na instituição e empresas apresentadas na tabela 1, e também com base no
relatório “Estudo sobre a indústria brasileira e europeia de veículos aéreos não tripulados”
realizado pelos Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, Ministério da Indústria, Comércio
15

Exterior e Serviços e Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (BRASIL, 2016).


Este relatório compila empresas brasileiras produtoras de VANTs e SisVANTs, porém
consideramos apenas as empresas que produzem este tipo de equipamento com potenciais
usos voltados para defesa nacional, segurança pública e defesa civil. Foram desconsiderados
usos voltados para pesquisas, transporte e agricultura.

Tabela 2: Instituições brasileiras produtoras de VANTs e SisVANTs com usos


potenciais para defesa nacional, segurança pública e defesa civil.

Instituição Modelos produzidos


AEL Sistemas Skylark, Hermes 90, Hermes RQ-450 e Hermes RQ-900
AGX Tecnologia Ltda. Alvos Aéreos, Família Tiriba, Família Arara e Família VS-X
Avibrás Falcão (não comercializável)
Avionics Services Caçador
BRVANT BRV-01, BRV-02, BRV-03D, Cardeal-55
FT Sistemas FT-100, FT-200FH
Gyrofly Innovations Gyro 500
IME Lanu III
SantosLab50 Carcará 1, Carcará 2, Orbis e Libélula

Fonte: Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
e Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (BRASIL, 2016).
Elaboração própria.

Analisando a tabela 2 com nossa amostra (Quadro 2 e Tabela 1), constatamos que
das nove instituições brasileiras elencadas, constaram a FT Sistemas, IME e o Santos Lab,
com 4 observações de emprego de VANTs de tecnologia nacional. Muito embora os VANTs
RQ-450 e 900 constem no portfólio da AEL Sistemas, esta é desconsiderada, tanto por se
tratar de uma subsidiária da israelense Elbit Systems, quanto pelo fato dos VANTs terem sido
adquiridos diretamente da Elbit previamente (TEIXEIRA JÚNIOR; FREITAS; MARCELINO,
2017).

Portanto, os dados apresentados neste artigo indicam que há um baixo emprego de


VANTs produzidos nacionalmente por parte da BID, em detrimento da compra e
operacionalização de VANTs de procedência estrangeira. Em outras palavras, muito embora
o emprego de VANTs no Brasil tenha auxiliado na diminuição dos custos operacionais,
preservado a vida dos agentes, e potencializado o desempenho em operações de defesa

50
Disponível em: <http://www.santoslab.com/produtos/>.
16

nacional, segurança pública e defesa civil, a há um baixo uso de tecnologia desenvolvida pela
BID, cujo uso de tecnologia estrangeira é desproporcional.

Por fim, colocamos algumas reflexões para pesquisas futuras. Embora a amostra
apresentada neste artigo tenha limitações por conta ausência de dados, os resultados obtidos
geram alguns questionamentos, tais como: (1) Há, de fato, uma maior preponderância de uso
de VANTs estrangeiros? Conforme supracitado, é preciso considerar a ausência de dados
não captados, ou de difícil acesso. Este artigo propõe um esforço inicial de mapeamento de
VANTs no Brasil, tanto sobre as empresas e instituições que desenvolvem esta tecnologia,
quanto sobre seu emprego em operações de defesa nacional, segurança pública e defesa
civil, no que tange; (2) Supondo que há uma maior preponderância de emprego de tecnologia
estrangeira, quais são os fatores que levam as Forças Armadas e agências de segurança
pública a optarem mais por VANTs estrangeiros? É importante considerar a possibilidade de
que a aquisição pelas FFAA e PF dos seus VANTs de maior porte (RQ-450, RQ-900 e Heron)
ocorreram num contexto de necessidades para realização de operações mais complexas.
Concomitante há esforços de empresas brasileiras no desenvolvimento destas tecnologias
em parceria com empresas israelenses, como foi o caso do desenvolvimento do VANT Falcão
(atualmente com desenvolvimento estagnado) e do VANT Caçador. Em ambos os casos,
previu-se a transferência de tecnologia israelense para estas empresas (TEIXEIRA JÚNIOR;
FREITAS; MARCELINO, 2017).

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