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Graduando do curso de Licenciatura em Ciências Sociais, 2014.1 (UFPI)
aquilo que possibilita a construção do conhecimento antropológico/etnográfico. Me deterei
mais à leitura do que à posição.
A psicanálise, de forma particular, olha para esse sujeito sob uma outra perspectiva,
porém. não antagônica em relação à antropologia. Ela faz o movimento da singularidade das
significações feitas pelo sujeito, na substituição de um objeto por outro, na dinâmica do desejo.
Sua leitura é necessariamente no rumo do extranormativo – entendimento de que os “objetos
da cultura’ são significados de forma múltipla e singular. O analista em relação ao analisando
deve deixá-lo falar, e a própria fala indicaria as estruturas do inconsciente. Este sujeito da
psicanálise se move por diferentes níveis de significância.
Sobre a questão da posição, ela não se amputa do que propus sobre leitura. A
posição que cada uma ocupa tem a ver com o processo histórico no qual se inserem e as lacunas
epistemológicas a que se propõem problematizar. Focault aponta as duas numa relação de
vetores perpendiculares. Isso implicaria, a partir das tradições, problematizações de qualidades
simétricas, no sentido de “dissolução do homem” ou “contra-ciência”. Porém, ao mesmo tempo,
níveis diferentes de localização. A psicanálise tem a casa simbólica e a clínica como habitat. A
antropologia tem o território, do “cultivo”, das representações como olhar privilegiado.