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ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n DEFINIÇÃO 1: Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade

n DEFINIÇÃO 2: Ética é o conjunto de normas de comportamento e formas de vida através


do qual o homem tende a realizar o valor do bem.

n OBSERVAÇÕES
n 1.- É ciência: Tem (a) objeto de estudo (a moral, moral positiva, o bem), (b) leis e
método próprio;
n 2.- Etimologia: ethos (grego) = costumes {(mos, mores (latim)--> moral)};
n 3.- Moral: É um dos aspectos do comportamento humano;
*(Outros: jurídico, social, alimentar, etc.)
*É um conjunto de regras de comportamento próprias de uma cultura.
n 4.- A ética vai além da moral: procura os princípios fundamentais do comporta-
mento humano (J. R. Nalini).
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n “A ética está para a moral assim como a musicologia está para a música”.
n “A ética é a ciência da conduta”.

n Lei de ouro da ética: Não faça ao outro o que não queres que o outro faça a ti (atitude passiva).
n Faça ao outro o que queres que o outro faça a ti (Atitude pró-ativa).

n O todo da ética é integrado pela Deontologia e pela Diceologia (Paulo L. Netto Lobo -
“Comentários ao estudo da Advocacia”, Ed. Brasília Jurídica, 1966).

n DEONTOLOGIA: Ramo da ética que trata dos deveres (ex.: códigos de ética).
n DICEOLOGIA: Ramo da ética que cuida dos direitos.

n Exs.: Deontologia jurídica: estudo dos deveres dos profissionais de direito.


n As regras deontológicas do Código de Ética são concentrados em 48 artigos.
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n “Ética e moral são sinônimas” (M. Camargo).

n Outra fonte:

n ÉTICA - MORAL

n Permanente --> Temporal


n Universal --> Cultural
n Regra --> Conduta de regra
n Teoria --> Prática
n Princípios --> Aspectos de conduta específicos
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n Valores éticos sintetizados por Aristóteles em “Ética a Nicômaco”


n (Nicômaco era o nome do pai e do filho dele)

n (Escreveu ainda “Ética a Eudemo”, e “Grande Ética”):

n - Coragem
n - Temperança
n - Liberalidade
n - Magnanimidade
n - Mansidão
n - Franqueza
n - Justiça
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n IMPORTÂNCIA DA ÉTICA

n A ética é importante?

n 1.- Proposta de currículo para Cursos de Computação da “Força Tarefa” ACM + IEE,1991
n ( Computer Ethics, p. 271, 272, 280).

n 2.- JURAMENTO DO FORMANDO EM COMPUTAÇÃO

n “Juro exercer minha profissão com seriedade, dinamismo e


criatividade, mantendo-me fiel aos princípios da honestidade
e ética profissional, fazendo com que as máquinas ajudem os
homens e estes jamais se tornem máquinas. Faço este
juramento consciente e livre, sob minha palavra de honra”.

n 3.- Matéria inserida no “provão” do MEC, em diversos cursos (O Estado de S. Paulo).

n 4.- Nosso currículo, nossa obrigação.


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n IMPORTÂNCIA DA ÉTICA

n Problemas trazidos pela Tecnologia da Informação (?!)

n - Roubo de software
n Hacking
n Virus
n Invasão de privacidade
n Super-dependência de máquinas “inteligentes”
n Stress de trabalho
n Crimes por computador (contra pessoas - contra instituições)
n Confiabilidade e problema da qualidade do “software/hardware”
n Implicações sociais (desemprego, saúde, exclusão social, agressão ao meio ambiente, ...)
n etc.
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n CLASSIFICAÇÕES DA ÉTICA

n A) Quanto ao resultado do comportamento:


1 – Ética absoluta (apriorística);
2 – Ética relativa (factual, experimental).

n B) Quanto ao aspecto histórico (sobretudo ocidental):


1 – Ética empírica (em contraste com a ética racionalista)
2 – Ética dos bens
3 – Ética formal
4 – Ética de valores
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n A.1 – Ética absoluta (apriorística);

n CONCEITOS:

- Seu enfoque para explicar o mundo é a razão (constrói a teoria explicativa e


vai ao mundo para ver sua adequação).

- Cada ser humano tem uma bússola, um semáforo (a consciência, a razão)


inato que indica racionalmente o que é bom e o que é mau, o que tem valor.

- A norma ética é atemporal, absoluta, ubíqua (Existem valores éticos que


podem ser conhecidos - e ensinados - a priori).

- Existe ética universal, objetiva (em contraposição a subjetiva).


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n A.2 – Ética relativa (factual, experimental)

n CONCEITOS:

- Seu enfoque é o estado atual do mundo (observa o que existe e constrói a


teoria explicativa).

- A norma ética é puramente convencional, mutável, subjetiva. Logo existem


várias normas aplicáveis (para uma mesma situação).

- Não existem valores universais, objetivos, mas estes são convencionais,


condicionados ao tempo e ao espaço.

- Não existem valores a priori: eles são criados conforme seja necessário ou
oportuno.
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n B.1 – Ética Empírica

n A ética empírica pode ser enfocada em 4 configurações:

n B.1.1.- Ética Anarquista


n B.1.2.- Ética Utilitarista
n B.1.3.- Ética Ceticista
n B.1.4.- Ética Subjetivista
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n B.1 – Ética Empírica - B.1.1.- Ética Anarquista

PRINCÍPIO BÁSICO: Só tem valor o que não contraria as tendências naturais.

CARACTERÍSTICAS

- Repudia normas e valores: Afirma que o direito (as leis), a moral, a religião, etc. são
convenções sociais arbitrárias, fruto da ignorância, do medo e da maldade.
- --> Toda organização social deve desaparecer.

- Acredita existir a liberdade natural, i. é, inata (o que implicaria na prevalência dos mais
fortes).

- A busca do prazer e a fuga da dor é o objetivo supremo (ver Hedonismo).

OBS. O anarquismo individualista e o comunista ou libertário são as formas atuais do


anarquismo. No comunista tudo é comum, não há propriedade privada enquanto o
anarquismo individualista adota-a.
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.1 – Ética Empírica - B.1.2.- Ética Utilitarista

- PRINCÍPIO BÁSICO: É bom o que é útil (“A felicidade é o único fim da ação humana e sua
consecução o critério para julgar toda conduta”. J. S. Mill)
- COROLÁRIO: Os fins justificam os meios.

CARACTERÍSTICAS

- Xxxxxxx

NOME: John Stuart Mill

OBS.: O utilitarismo pode ser aceito se entendido como o emprego dos meios
(eticamente válidos) para obtenção de fins moralmente valiosos.
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.1 – Ética Empírica - B.1.3.- Ética Ceticista


- PRINCÍPIO BÁSICO: Não se pode dizer com certeza o que é certo ou errado, bom ou mau, pois ninguém
jamais será capaz de desvendar os mistérios da natureza.

CARACTERÍSTICAS

- Na dúvida, o cético não nega, nem afirma: não julga, abstém-se de tomar uma atitude (o que já é uma
atitude).

- Dizem que não crêem em nada (o que é falso, pois se fossem coerentes duvidariam até desta
afirmação).

- Na realidade os céticos históricos não pregavam o ceticismo absoluto: admitiam valores como a
dignidade do trabalho, acolhimento das leis locais, satisfação moderada das necessidades.

NOMES: Sexto Empírico, Protágoras (c. 487 - 420 a.C.), Carneades (214 - 129 a.C.) (ver: “Os 100 livros que
mais influenciaram a humanidade).

OBS.:
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.1 – Ética Empírica - B.1.4.- Ética Subjetivista

- PRINCÍPIO BÁSICO: “O homem é a medida de todas as coisas existentes ou inexistentes”


(Protágoras).

DIVISÃO: - B.1.4.a. - Ética Subjetivista Individual


- B.1.4.b.- Ética Subjetivista Social ou Específica

CARACTERÍSTICAS (B.1.4.a. - Ética Subjetivista Individual)


- Nesta ética cada qual adota a conduta mais conveniente com sua própria escala de valores.

- O certo e o errado devem ser avaliados em função das necessidades do homem.

- Não existe um critério objetivo, seguro de avaliação pois esta varia com o sujeito: Todas as opiniões
seriam verdadeiras ou falsas. Não haveria ciência.

NOMES: Protágoras (487-420 a.C.)

OBS.:
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.1 – Ética Empírica - B.1.4.- Ética Subjetivista

- PRINCÍPIO BÁSICO: “O homem é a medida de todas as coisas existentes ou inexistentes”


(Protágoras).

DIVISÃO: - B.1.4.a. - Ética Subjetivista Individual


- B.1.4.b.- Ética Subjetivista Social ou Específica

CARACTERÍSTICAS (B.1.4.b. - Ética Subjetivista Social ou Específica)


- Nesta ética o certo, bom, justo, verdadeiro etc. são obtidos por apreciação coletiva, por indicação
da sociedade.

- Não existe um critério objetivo, seguro de avaliação pois esta varia conforme o grupo focalizado.
- Todas as opiniões seriam verdadeiras ou falsas. Não haveria ciência.

NOMES: Durkheim, Bouglé (Sociólogos Franceses)

OBS.: 1.- Como a sociedade define o que é bom, tem-se a possibilidade de que ela chancele um erro pois a
verdade não é definida estatisticamente (as sociedades nazista, faxista, canibais convivem com seus
erros éticos).
2.- O subjetivismo ético (individual ou específico) originam o relativismo absoluto.
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.1 – Ética “Empírica” - B.1.4.- Ética Cínica (“Ética do Barril”)

- PRINCÍPIO BÁSICO: “A verdadeira felicidade está na libertação das coisas efêmeras”

- Independe do prazeres do luxo, do poder, da boa saúde, etc.

Corolário: Pode ser alcançada por todos (e uma vez alcançada não pode ser perdida?).

NOMES: Antístenes (fundador)


Diógenes: Vivia em um barril, só tinha uma túnica, um cajado e um embornal de pão. Respondeu a
Alexandre, o grande, que lhe pediu se tinha algum desejo: “Sim, desejo que te afastes do meu sol”.
(Sócrates: “Inspirador” - “Vejam quantas coisas o ateniense precisa para viver” (no mercado))
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.2 – Ética dos bens


PRINCÍPIO BÁSICO: Existe um “bem supremo” a nortear os comportamento. Ele é o fim de todos os meios.

Bens possíveis:

a) A Felicidade (grego: eudemonia; (eu = bom) + demonia (= espírito) ). Originou a corrente dos
eudemonistas, como Aristóteles.

b) A Virtude ou a prática do bem: A finalidade última do homem está em ser bom, virtuoso e não em ser feliz.
Originou os idealistas.

c) O Prazer (sensual, intelectual, artístico, etc.). Originou a corrente dos hedonistas (ver cínicos).

d) A Sabedoria.

OBS.: Há correntes mistas como Eudemonismo idealista (virtude é o meio, felicidade o fim); Eudemonismo
hedonista (o prazer é o meio)

DIVISÃO DA ÉTICA DOS BENS: - B.2.1.- Ética Socrática


- B.2.2.- Ética Platônica
- B.2.3.- Ética Aristotélica
- B.2.4.- Ética Epicurista
- B.2.5.- Ética Estóica
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n B.2 – Ética dos bens - B.2.1.- Ética Socrática

PRINCÍPIO BÁSICO: As 2 máximas de Sócrates (c. 469 – 399 a.C.)


“Só sei que nada sei” e “Conhece-te a ti mesmo”.
Para ele o supremo bem, a virtude máxima é a sabedoria.

CARACTERÍSTICAS:
- Assim como Platão e Aristóteles, considerava o homem um ser
social, político.
- Para Sócrates, conhecendo o bem, por conseqüência o homem
pratica-lo-á e será feliz. Quem faz o mal é porque não
conhece o bem, pois conhecendo-o, não agiria contra “o que
tem no coração”, para não ser infeliz (O mundo de Sofia, p. 84).
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n B.2 – Ética dos bens


n - B.2.2.- Ética Platônica (“Filosofia do bosque”)

PRINCÍPIO BÁSICO: Para Platão (427 – 347 a.C), todos os fenômenos naturais são meros reflexos de formas
eternas, imutáveis, as idéias, sugerindo o “mundo das idéias”.

CARACTERÍSTICAS:
- Discípulo de Sócrates, de quem registrou e desenvolveu as idéias, ensinava no “ bosque Academus”
procurando embasar a teoria da conduta em bases racionais, para serem sólidas, imutáveis.
- Era “dualista”: os homens são formados por 2 naturezas: material (corpo, perecível) e espiritual (alma,
imortal).
- A lógica e a razão são os instrumentos para atingir a sabedoria.
- O problema moral não é individual, mas coletivo, social e cabe ao estado providenciar educação aos cidadãos
para conheçam e pratiquem as virtudes, o que torna-los-á felizes.
- Em “A República” propõe o Estado modelo, utópico, com governantes filósofos, dividido em 3 castas:

- CORPO à CBEÇA PEITO BAIXO VENTRE


- ALMA à Razão Vontade Desejo
- VIRTUDE à Sabedoria Coragem Temperança
- ESTADO à Governantes Segurança Trabalhadores
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n B.2 - Ética dos bens


n - B.2.3.- Ética Aristotélica (“Filosofia peripatética: do passeio”)

PRINCÍPIO BÁSICO: Aristóteles (384 – 322 a.C.), aluno do Academus, diz que a
felicidade só pode ser conseguida com a integração de suas 3 formas: prazer,
virtude, sabedoria (ou: prazeres/satisfação + cidadania responsável +
filosofia/ciência).

CARACTERÍSTICAS:
- A felicidade é um processo de busca constante da virtude, que é o
desenvolvimento das faculdades naturais, e deve sempre obedecer a “lei do
meio termo”, do equilíbrio (“Virtus in medium est”).
- Contrariando Platão, propõe o estudo do mundo usando não só a razão (mundo
mítico das idéias: visão racionalista) mas também os sentidos para observá-lo
como ele é (visão empírica), criando a metodologia científica.
- Sua famosa frase: “O homem é um animal político por natureza”, expõe seu
pensamento quanto ao fato do agir social humano.

OBS.: A mulher é passiva, inferior, mera receptora da ‘semente de humanidade’,


fornecida pelo homem (idéia que vigorou até a idade média, no ocidente).
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.2 - Ética dos bens


n - B.2.4.- Ética Epicurista (“Filosofia do jardim”)

PRINCÍPIO BÁSICO: Os seguidores de Epicuro (341 – 270 a.C.) tinham como bem
supremo a felicidade, a ser atingido por meio dos prazeres (eudemonismo
hedonista) e os do espírito são mais elevados que os do corpo. Seu objetivo
maior era afastar a dor e os sofrimentos.

CARACTERÍSTICAS:
- Consideravam a prudência a virtude dos sábios.
- A ética epicurista é individualista, com certo utilitarismo egoísta.
- Admitiam 3 classes de prazer:
- Naturais e necessários (Ex.: satisfação moderada dos apetites);
- Naturais mas não necessários (Ex.: gula, ócio);
- Nem naturais nem necessários (Ex.: glória).

Nomes:
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.2 - Ética dos bens


n - B.2.5.- Ética Estóica (“Filosofia do pórtico ” (Grego Stoa))

PRINCÍPIO BÁSICO: Zenon (de Chipre, c. 300 a.C.) fundou esta filosofia que ensina a ética da
virtude como fim: o estóico não aspira ser feliz, mas ser bom.

CARACTERÍSTICAS:
- Propunham o direito (normas éticas) universalmente válido, atemporal: o direito natural.
- Professavam o monismo: os seres têm apenas uma natureza (todas as pessoas são parte de
uma mesma razão universal, o “logos”)
- Ensinavam que se deve desligar-se das afeições, do mundo exterior e viver conforme a
natureza concebida pela razão.
- Eram fatalistas: Nada acontece por acaso e o destino de todos está traçado.
- Tanto as coisas felizes como as desgraças são coisas naturais e devem ser aceitas com
naturalidade (com estoicismo).

- NOMES: O imperador romano Marco Aurélio (121 - 180), Sêneca (4 a.C - 65 d.C.), Cícero (106
- 43 a.C).
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.3 - Ética formal (Ética do dever ou ética da atitude)

PRINCÍPIO BÁSICO: Immanuel Kant propôs diretriz formal a que chamou “imperativo
categórico” (vale sempre e é uma ordem): “Age sempre segundo aquelas máximas
através das quais possas, ao mesmo tempo, querer que elas se transformem em lei
geral” (O mundo de Sofia, p. 356, 357).

CARACTERÍSTICAS:
- Aceita a premissa básica da ética empírica: E possível distinguir o certo do errado através da
experiência, do resultado do procedimento, da observação sensorial do que de fato
ocorre no mundo, mas
- Juntamente com a premissa da ética racional: A razão deve ser consultada na
investigação do fim último da existência humana.
- Definiu “máxima” como: princípio subjetivo, autônomo, interno (ligada à idéia do dever à
ética do dever). Lei moral: princípio objetivo, universal (diz como conduzir-se).
- Autonomia e Heteronomia: Kant diz que a atitude ética é proveniente da vontade do agente
(autonomia) e não de outrem (heteronomia). Uma ação é correta se feita com “boa
vontade”, pureza de intenção, independente de sua conseqüência (ética da atitude).
- Classificação das ações:
- - A à Contrárias ao dever
- - B à Conformes ao dever: - B.1.à Feitas por dever
- - B.2.à Não feitas por dever (mas por outro motivo)

(Ex.: Conservar a vida (é um dever) por dever mesmo quando não há mais apego a ela).
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.4 - Ética dos valores

PRINCÍPIO BÁSICO: Uma ação é boa (e conseqüentemente é um


dever) se estiver fundamentada em um valor (Kant, de modo
inverso, se baseia na idéia do dever: uma ação é boa, tem
valor, deve ser feita, se obedece o “princípio categórico”).

CARACTERÍSTICAS:

- Os valores existem e devem ser descobertos, ensinados e


aprendidos.
- Axiologia: Ciência que estuda os valores, sobretudo os morais.
- Os valores obedecem a uma escala hierárquica e podem ser
classificados em: a) vitais; b) espirituais; c) religiosos, etc.
Exs. de valores: Justiça, Caridade, Temperança, família, pátria, liberdade,
fraternidade, igualdade, ...
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.4 - Ética dos valores


n Moral cristã (= “ocidental”)
n Santo Agostinho (354 – 430)
n São Tomás de Aquino – Tomismo (1225 – 1274)

n Moral cristã (= “ocidental”)

PRINCÍPIO BÁSICO: Cristo reafirmou a doutrina bíblica do Antigo Testamento (decálogo), mas
ressaltou enfaticamente 2 mandamentos: (1) “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o
coração, com toda a tua alma e com toda a tua força” e (2) “ao próximo como a si
mesmo” (Deuteronômio, VI, 5 e Levítico, XIX, 18).

CARACTERÍSTICAS:

- Cristo põe de forma pró-ativa a lei de ouro da ética “Não faça ao outro o que não queres que
o outro te faça”, dizendo: “Tudo que quereis que os outros vos façam, fazei primeiro a
eles” (Mateus, VII, 12).

(“Bastaria a sua observância para a desnecessidade de qualquer outro comando ético ou


legal” – J. R. Nalini).
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.4 - Ética dos valores - Moral cristã (= “ocidental”)

n “Lei de ouro da ética” ( Não faça ao outro o que não queres que o outro faça a ti)
vista por outras religiões

- Hinduísmo: “O dever é, em suma, isto: não faças aos outros aquilo que se a ti for feito, te
causará dor”. Mahâbhârata, 5, 1517.

- Budismo: “Não atormentes o próximo com o que te aflige”. Udanavarga, 5, 18.

- Confucionismo: “Não faças aos outros aquilo que não desejas que te façam”. Analecto, 15, 23.

- Zoroastrismo: “Só terás boa índole quando não fizeres aos outros o que não for bom para ti
próprio”. Dadistani-dinik, 94,5.

- Taoísmo: “Considera o lucro do teu vizinho como se fora o teu próprio e o prejuízo do teu
vizinho como se fora teu próprio prejuízo”. T’ ai Shang Kan Ying P’ ien.

- Judaísmo: “Se algo te fere, não o use contra o próximo. Isto é todo o Torah; o mais simples
comentário”. Talmude.

- Islamismo: “Ninguém será um crente enquanto não desejar para o seu próximo aquilo que
desejaria para si mesmo”. Tradições.
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.4 - Ética dos valores


n Moral cristã (= “ocidental”)

n Santo Agostinho (354 – 430)

PRINCÍPIO BÁSICO: “Ama e faça o que quiseres”.

CARACTERÍSTICAS:

- Os atos humanos serão bons ou maus conforme o for o objeto do seu amor.

- O mal é a ausência de Deus e o bem Sua presença.

- Seguiu, quando jovem, a doutrina maniqueísta (Mani, seu idealizador, pregava um mundo
dividido de modo estanque em bem e mal, luz e trevas, etc.).

- Após conversão ao cristianismo adotou o ideário platônico, “cristianizando-o”. Atribuiu a


Deus as “idéias eternas”: antes de ter criado o mundo Ele já as tinha em Sua cabeça.
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n B.4 - Ética dos valores


n Moral cristã (= “ocidental”)

n São Tomás de Aquino – Tomismo (1225 – 1274)

PRINCÍPIO BÁSICO: O tomismo é considerado uma adaptação do aristotelismo e do cristianismo.


(Tomás “cristianizou” Aristóteles - Ver Agostinho)

CARACTERÍSTICAS:

- É a doutrina que mais influenciou a Igreja Cristã.

- Ensinou que, assim como existem 2 caminhos para a revelação de Deus, i. é, as verdades
reveladas na Bíblia (“Teologia revelada”) e as descobertas na natureza (“Teologia
natural”), o mesmo vale para o campo moral: Existe o caminho mostrado pela
consciência, “natural”, e dos mandamentos bíblicos.
(Aristóteles também propunha a visão do mundo com “2 lentes” a racional e a
empírica).

- Aceitou o equívoco de Aristóteles da inferioridade da natureza (não da alma) da mulher, o que


se alastrou pela civilização ocidental.
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n Conclusão (J. R. Nalini)

n - Ética pode ser ensinada e aprendida.

n - Os estudos dos cursos de direito são adequados


quanto à extensão e profundidade, mas
negligentes quanto aos aspectos da ética.

n - O primeiro compromisso do profissional deve ser


o de bem conhecer a ética e praticando-a (uma de suas
normas propõe o aperfeiçoamento profissional contínuo) crescerá nas
disciplinas que caracterizam sua profissão.
ÉTICA – CONCEITOS E CLASSIFICAÇÕES

n Temas para último trabalho (Entrega em ___.___.03)

n 1.- A república (Platão)


n 2.- Ética a Nicômaco (Aristóteles, Ed. Martin Claret)
n 3.- Ética demonstrada à maneira dos geômetras (Baruch Spinoza, Ed. Martin Claret)
n 4.- Crítica da razão pura (Immanuel Kant)
n 5.- Fundamentos de ética geral e profissional (Marculino Camargo, Ed. Vozes)
n 6.- O mundo de Sofia (Jostein Gaarder, Ed. Cia. das Letras)
(Pontos 7 a 11 do livro: Ética geral e profissional - José Renato Nalini, Ed. Revista dos tribunais, www.rt.com.br)
n 7.- Bioética
n 8.- Ética e sociedade
n 9.- Deveres éticos na família
n 10.- A ética do estudante (de direito)
n 11.- A ética e a vida

Obs.: Em forma de monografia, em equipe (3 ou 4), avaliado com entrevista no dia da entrega.
Primeiras 3 Leis da Robótica
(Isaac Asimov)
n Lei 1
n Um robô jamais deve causar dano a um ser humano
nem, através de omissão, permitir que isto aconteça
n Lei 2
n Um robô deve sempre obedecer o ser humano, a
menos que isto entre em conflito com a primeira lei
n Lei 3
n Um robô deve proteger-se de danos, a menos que isto
entre em conflito com a primeira e segunda lei

P.S.: Robô: Robôs são artefatos para fins de Automação de tarefas/Ampliação da


capacidade humana (Um software pode ser comparado a um robô?).
Asimov: problema com leis
n Primeira defende um indivíduo
n Humanidade: vale mais que indivíduo (?!)
n Indivíduo prestes a dizimar
n Robô sabe mas obedece primeira lei
n Asimov criou a Lei ZERO
n Um robô não deve causar danos à
humanidade nem, através de omissão,
permitir que isso aconteça
Leis da Robótica (atuais)
n Lei ZERO
n Um robô não causará danos à Humanidade nem, através
de omissão, permiti-lo
n Primeira Lei
n Um robô não causará dano a um ser humano nem,
através de omissão, permiti-lo, a menos que isso viole a
Lei ZERO
n Segunda Lei
n Um robô deve obedecer seres humanos, a menos que
isso viole as Leis ZERO e 1
n Terceira Lei
n Um robô deve proteger sua existência, a menos que isso
viole as Leis ZERO, 1 e 2

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