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Porque muitos padres naã o usam mais falar contra a imodeé stia das modas, muitas pessoas,
sobretudo as mais novas, ficam pensando que as exigeê ncias da modeé stia saã o invençoã es dos
padres tradicionalistas. Por isso, quero tratar deste assunto baseado na Sagrada Escritura, que eé
a palavra de Deus.
1 – Deus Criou Adaã o e Eva no estado de inoceê ncia, sem a concupisceê ncia, isto eé , sem o
desregramento das paixoã es. Dai,
antes do pecado, Adaã o e Eva
estavam nus e naã o se
envergonhavam. Confira a Bíéblia
Sagrada: Gen. II, 25. E eles
conversam familiarmente com
Deus. Mas a partir do momento em
que pecaram, perderam a
inoceê ncia, começaram a ter
maldade e entaã o, tiveram vergonha
em se verem nus, e coseram folhas
de figueira e fizeram para si
cinturas. EÉ o que se leê na Sagrada
Escritura em Gen. III, 7. Foi o que
eles puderam conseguir naquele
momento apoé s o pecado. Mas embora assim cobertos na cintura, se julgaram ainda nus, tiveram
vergonha e se esconderam de Deus. Confira a Bíéblia Sagrada: Gen. III, 9 e 10. E notai que o
proé prio Deus naã o achou tambeé m suficiente esta veste sumaé ria. Eis o que diz a Bíéblia em Gen. III,
21: “Fez também o Senhor Deus a Adão e à sua mulher umas túnicas de peles e os vestiu“.
2 – Consideremos bem isto, porque eé uma açaã o do proé prio Deus. Quem ousaraé contestaé -la?! Se
veste fosse assim algo secundaé rio, Deus teria deixado a criteé rio de Adaã o e Eva. Considere-se
primeiramente, que Deus os vestiu assim com modeé stia, embora fossem esposos e os ué nicos
que existiam ateé entaã o sobre a terra. Neste particular entende-se a palavra de S. Paulo que
recomenda a modeé stia “porque Deus estaé perto”. Confira Filipenses IV, 5. A pessoa deve se vestir
com modeé stia naã o soé na igreja mas em toda parte. EÉ claro que na igreja exigir-se-aã o modeé stia e
decoro ainda maiores. Saã o Paulo diz: “Do mesmo modo orem também as mulheres em trajes
honestos, vestindo-se com modéstia e sobriedade“. Confira I Timoé teo, II, 9. Considere-se tambeé m
que Deus vestiu nossos primeiros pais com tué nicas. A tué nica, por sua proé pria natureza, eé uma
veste que satisfaz as exigeê ncias da modeé stia, porque oculta inteiramente o corpo naã o soé
enquanto o cobre, mas tambeé m enquanto naã o deixa transparecer a sua forma.
3 – Era tambeé m exigido por Deus a diferenciaçaã o entre o modo de se vestir dos homens e das
mulheres; tanto assim que Deus considera abominaé vel a mulher que se veste de homem e vice-
versa. EÉ o que diz a Bíéblia Sagrada em Deuteronoê mio, XXII, 5. Veê -se, portanto, que as vestes
unissex saã o condenadas por Deus na Sagrada Escritura. E a proé pria ordem natural exige que as
diferenças entre os sexos sejam manifestadas, de maneira digna e honesta, pelo modo diferente
de vestir, adequado a cada sexo.
Entre o povo fiel a Deus, procurando obedecer ao Seu preceito, desde os primeiros tempos,
procurou-se um feitio de tué nica para cada sexo, aleé m das vestes complementares que davam
naturalmente uma diferenciaçaã o maior. Haé , no entanto, testemunhos de que os pagaã os naã o
obedeciam a estas normas. Naã o conheciam o verdadeiro Deus e a sua Lei.
Os sacerdotes da Antiga Lei tambeé m usavam tué nicas cujo modelo era bem diferente e foi
indicado pelo proé prio Deus. Confira EÊ xodo, XXVIII, 31. Nosso Senhor Jesus Cristo tambeé m se
cobria com tué nica. Confira S. Joaã o, XIX, 23. Haé muitas outras passagens do Antigo e do Novo
Testamentos que mostra ser a tué nica usada entre o povo. Por exemplo: Gen. XXXVII, 32; S.
Mateus, V; Ats. IX, 39, etc.
4 – Algueé m diraé que estas vestes tiveram que ser trocadas por
outras diante das novas exigeê ncias da sociedade. Ateé concedemos
que assim possa ser, mas desde que se respeitem os dois princíépios
determinados por Deus na Sagrada Escritura atraveé s do exemplo
dado em relaçaã o a Adaã o e Eva e do preceito do Deuteronoê mio, XXII,
5 ou seja: 1º- que a roupa cubra realmente o corpo e naã o envolva
nenhuma indeceê ncia que venha trazer escaê ndalo para o proé ximo;
2º- que naã o haja travestimento, isto eé , que a mulher naã o se vista de
homens e vice-versa.
5 – Aleé m da primeira razaã o da deceê ncia para as vestes (= a presença
de Deus em toda parte, a concupisceê ncia proé pria e a vergonha
natural depois do pecado original), haé tambeé m uma outra razaã o que
diz respeito ao proé ximo. Como depois do pecado original passou a
existir no homem a concupisceê ncia da carne, dos olhos pelos quais
entram no coraçaã o os maus desejos, a lascíévia, os adulteé rios etc. as
vestes cobrindo direito o corpo se tornam necessaé rias tambeé m em relaçaã o ao proé ximo ou seja
para se evitar o escaê ndalo, isto eé , tropeço que leva as pessoas a cair no pecado. E neste
particular, indecente e condenaé vel eé naã o soé a veste que naã o cubra bem o corpo mas tambeé m
quando deixa transparecer a forma do corpo ou em razaã o de seu proé prio feitio ou por ser
ajustado. Roupa muito ajustada soé pode ter uma razaã o de ser: a maldade. Jesus Cristo deixou os
princíépios, os avisos, as regras da mal moral pelos quais os homens de todos os seé culos devem
guiar o seu modo de proceder. Segundo diz a Sagrada Escritura na Epíéstola aos Hebreus, XXII, 8
e 9: “Jesus Cristo é sempre o mesmo, ontem e hoje, e por todos os séculos“. E, por outro lado, os
homens, quando aà concupisceê ncia, saã o tambeé m sempre os mesmos. Daíé naã o pode ningueé m dizer
que os tempos mudaram e por isso as adverteê ncias de Jesus naã o teê m mais valor hoje.
Consideremos, entaã o, algumas destas adverteê ncias de Jesus. Jesus falou contra os escaê ndalos,
isto eé , as seduçoã es que levam os outros ao pecado: Disse Jesus: “Ai do mundo por causa dos
escândalos; porque é inevitável que sucedam escândalos; mas ai daquele por quem vem o
escândalo!“. Confira S. Mateus, XVIII, 7-9. Jesus advertiu igualmente: “Quem olhar para uma
mulher desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração“. Confira S. Mateus, V, 28. Agora,
quem eé que naã o reconhece que uma pessoa vestida menos decentemente eé causa destes maus
desejos e adulteé rios contra os quais fala Jesus acima? Quem naã o for fraco neste ponto atire a
primeira pedra.
6 – Algueé m poderaé dizer que naã o veê e naã o sente
maldade alguma em usar tal veste. Pode ateé ser
verdade agora porque jaé se acostumou no mal e
adquiriu o mau haé bito. Mas considere:
1º- que toda pessoa eé culpada quando naã o procura
eliminar o mau haé bito,
2º- que eé preciso olhar tambeé m o proé ximo. Donde,
se a veste naã o eé inteiramente decente eu tenho
obrigaçaã o de evitaé -la para naã o escandalizar talvez o
proé ximo e incorrer assim na censura de Jesus: “Ai
daquele por quem vem o escândalo“.
E veja bem que a Sagrada Escritura manda evitar
ateé uma coisa que de si naã o seria condenaé vel, mas
que fosse motivo de escaê ndalo para o irmaã o fraco
por quem morreu Jesus. Confira I Coríéntios, VIII, 13.
7 – E haé tambeé m o escaê ndalo das crianças que se sentem tentadas a imitar as mais velhas e
assim vaã o perdendo o recato, o pudor e a pureza jaé desde pequenas. Jesus advertiu: “É melhor
uma pessoa amarrar uma pedra de moinho ao pescoço e se lançar no fundo do mar do que
escandalizar uma criança“. Confira S. Mateus, XVIII, 6. Jaé imaginaram as contas que vaã o dar a
Deus as maã es que daã o este mau exemplo aà s suas Filhas!!! Os pais procurem, pois, seguir o
conselho que a Bíéblia Sagrada lhes daé em relaçaã o aos Filhos: “Tens Filhos? Ensina-os bem, e
acostuma-os às sujeição desde a sua infância. Tens Filhas? Conserva a pureza de seus corpos“.
Confira Eclesiaé stico VII, 25 e 26. Quantas maã es, no entanto, desculpam seus Filhos dizendo que
saã o jovens e devem aproveitar a mocidade. Estas ouçam o que diz a Sagrada Escritura:
“Regozija-te, pois, ó jovem na tua mocidade, e viva em alegria o teu coração na flor de teus anos,
segue as inclinações de teu coração e o que agrada aos teus olhos, mas sabe que Deus te chamará
a dar contas de todas estas coisas“. Confira Eclesiastes, XI, 9 e 10. Meditem, outrossim, nos
elogios que a Bíéblia faz aà castidade e pureza: “Oh! quão formosa é a geração pura com o seu
brilho!“. Confira Sab. IV, 1. “Graça sobre graça é a mulher santa e cheia de pudor. Todo preço é
nada em comparação de uma alma que pratica a castidade“. Confira Eclesiaé stico, XXVI, 19 e 20.
8 – CONCLUSAÃ O: A Sagrada Escritura e a Tradiçaã o saã o as duas bases soé lidas sobre as quais se
funda a Igreja de Nosso Jesus Cristo. Se algueé m naã o as aceita, entaã o, vai se basear em que? No
seu modo de pensar? Nas maé ximas do mundo? Mas quem age assim naã o eé de Jesus Cristo.
Nossa Senhora de Fátima, convertei os pecadores!
[Desenho extraíédo
de http://www.afh.bio.br/sustenta/sust
enta1.asp]
Não se pode dizer o mesmo da calça.
Raramente se encontra uma calça
suficientemente folgada para ser
decente em um corpo feminino. Hoje,
com a generalizaçaã o do uso da calça
jeans pelas mulheres, verifica-se o que
foi observado por Sara: enquanto os
homens usam “roupas largas”, as
mulheres, em sua grande maioria,
vestem calças taã o apertadas, que poã em em realce as coxas e as
naé degas. O costume de vestir-se imodestamente causou a perda do
senso do pudor.
Em 12 de junho de 1960, o Cardeal de Geê nova, Giuseppe Siri,
escreveu uma “Notificaçaã o relativa aà s mulheres que vestem roupas
de homem”[3], referindo-se ao recente uso de calças compridas por moças e senhoras de sua
Diocese. Dizia o Cardeal que esse tipo de roupa, geralmente colada ao corpo, dava-lhe a mesma
preocupaçaã o que as roupas que expoã em o corpo. Mas a imodeé stia das calças naã o era o ué nico
problema para o Cardeal. Mais grave que isso, o uso de roupas masculinas causava uma
alteraçaã o da psicologia da mulher, levando-a a querer “ser igual ao homem” e a competir com
ele, por consideraé -lo mais forte, mais livre e mais independente. Assim, ela via sua feminilidade
como inferioridade, e naã o como diversidade. Aleé m disso, ao usar roupas iguais aà s do seu
marido, a mulher eliminava um dos sinais externos da diversidade dos sexos. E isso tenderia a
corromper as relaçoã es entre os sexos.
Parece que o Cardeal jaé estava pressentindo como o uso de calças pelas mulheres favoreceria a
difusaã o da ideologia de geê nero e seus postulados, em particular o da anulaçaã o das diferenças
sexuais.
Hoje assistimos a um movimento semelhante, no sentido inverso: homens advogando o direito
de usar saias, a fim de libertar-se da “ditadura da calça”. Em 2008, o jornal
franceê sLiberationnoticiava a existeê ncia da Associaçaã o Homens de Saia (Hommes en Jupe). Seu
fundador, Dominique Moreau, defendia a “emancipaçaã o masculina”, reivindicando o “direito de
dispor plenamente do proé prio corpo, nos moldes da liberaçaã o feminina” [4].
[Dominique Moureau]
Tudo isso nos faz lembrar o que dizia o saudoso Bispo de
Anaé polis Dom Manoel Pestana Filho:“O feminismo trouxe,
primeiro, a masculinização da mulher; depois, a feminização
do homem; por fim, a bestialização de ambos”.
Anaé polis, 6 de novembro de 2015.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
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[1]https://www.facebook.com/sarawinter13/posts/418933
078317145:0
[2] WOJTYLA, Karol. Amor e responsabilidade: estudo eé tico.
Saã o Paulo: Loyola, 1982, p. 159-160.
[3] Cf. HAMMOND, Colleen. Dressing with Dignity. TAN,
Charlotte, 2005. Appendix 3.
[4] http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,homens-
franceses-defendem-o-direito-de-usar-saia,172777