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LOURENÇO
DEZ MITOS
SOBRE O
CRIACIONISMO
Primeira Edição em Português
Atualizado e Altamente Relevante
Limeira 2016
UniversoCriacionista
Lourenço, Adauto J. B.
Dez Mitos Sobre o Criacionismo,
Limeira, SP: Universo Criacionista, 2016
Citações podem ser feitas sem permissão do autor, desde que haja menção
da fonte e do autor.
UniversoCriacionista
Rua Senador Vergueiro, 732, 3° Andar, Sala 33, Centro
Limeira, SP 13480-902
Brasil
www.universocriacionista.com.br
Sumário
Dedicatória
Introdução
Sobre Essa Edição
Dizem Que... “Criacionismo é Religião”
Dizem Que... “Design Inteligente É Criacionismo Disfarçado”
Dizem Que... “Criacionistas Querem Remover o Ensino da Teoria da
Evolução da Grade Curricular”
Dizem Que... “O Criacionismo Já Foi Refutado”
Dizem Que... “Criacionistas São Pseudocientistas”
Dizem Que... “Os Criacionistas Ignoram as Leis da Natureza”
Dizem Que... “Os Criacionistas Ignoram as Evidências a Favor da
Evolução”
Dizem Que... “Os Criacionistas Não Aceitam a Seleção Natural”
Dizem Que... “Os Criacionistas Acreditam no Fixismo”
Dizem Que... “Não Existem Evidências de Criação”
Sobre o Livrete
Sobre o Autor
Notas de Fim e Bibliografia
DEDICATÓRIA
Dedicado a um jovem casal
Osni e Joyce – e à sua filinha Alice –
que desejam e se empenham
por conhecer a verdade…
…e a todos os chamados
“caçadores de mitos”,
tanto os que o fazem por profissão
quanto os que o fazem por idealismo,
os quais desde os tempos mais remotos
até o tempo presente
têm se empenhado
para que a verdade prevaleça.
INTRODUÇÃO
Há cerca de dois mil anos, o médico e historiador Lucas ressaltou uma
característica peculiar e muito nobre de um grupo de cidadãos de uma
pequena cidade chamada Bereia, localizada ao norte do monte Olimpo, na
Grécia: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois
receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as
Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” (registrado na Bíblia, no livro
de Atos, capítulo 17, verso 11).
Esse estilo de vida – examinar para ver se as coisas são de fato assim –
revela uma nobreza de caráter.
Vivemos em tempos onde o questionamento não é mais a regra, mas a
exceção. Aceitar propostas que favoreçam uma cosmovisão específica e nos
mantenham “politicamente corretos”, parece ser a única atitude “aceitável”.
Questionar o status quo tem se tornado algo “inapropriado”.
Onde chegamos como humanidade!
Como já foi dito tão sabiamente por Albert Einstein:
Adauto J. B. Lourenço
Adauto J. B. Lourenço
Greenville, 14 de julho de 2016
DIZEM QUE… “CRIACIONISMO É RELIGIÃO”
Antes de fazer qualquer avalição se Criacionismo é ou não religião,
precisamos entender um pouco da terminologia relacionada com o termo
“Criacionismo”.
A parte da gramática que estuda a origem (ou a história) das palavras e
a explicação do significado delas é a etimologia.
A palavra “criacionismo” possui o sufixo “ismo”. Esse sufixo denota a
ideia de “um princípio” ou “um sistema”. Por exemplo, a palavra ateísmo diz
respeito ao princípio ou sistema de pensamento que propõe a inexistência de
um ser ou seres superiores (deus ou deuses).
O significado da palavra “criacionismo” é: um princípio ou sistema de
pensamento que propõe que a natureza não teria se autocriado. O
criacionismo propõe que processos naturais e leis da natureza não teriam
trazido à existência o universo, a vida, nem a complexidade neles encontrada.
Perceba que a palavra criacionismo não “trata da” e nem “pressupõe a”
existência de um Deus Criador. Colocado de forma simples, “criacionismo”
não é terminologia religiosa.
A palavra criacionismo, dentro da cultura atual, passou a ter um sentido
de teor subjetivo, no caso uma conotação religiosa, que não aparece no seu
sentido literal.
Uma outra informação importante sobre a palavra “criacionismo” é que
ela é um substantivo masculino. Ou seja, para descrever uma qualidade,
caráter, modo de ser ou estado, que o criacionismo possui, faz-se necessário o
acréscimo de um adjetivo.
Essas informações são importantes para podermos compreender de
forma simples e clara os três tipos fundamentais de criacionismos: (1)
Criacionismo Científico, (2) Criacionismo Religioso, e (3) Criacionismo
Bíblico.
Uma caracterização simples de cada um seria:
Criacionismo Científico:
– pesquisa (resposta científica)
– trabalha com evidências, lógica e testes científicos
– não está baseado em pressupostos religiosos
– possui implicações religiosas
Criacionismo Religioso:
– temático (explicação mística)
– não está relacionado com a ciência
– baseia-se em pressupostos religiosos (mitos da criação)
– não possui implicações científicas
Criacionismo Bíblico:
– descritivo (narrativa detalhada)
– não é contra evidências, lógica e testes científicos
– baseia-se em pressupostos religiosos
– possui implicações científicas reais
O Criacionismo Científico não tenta provar que Deus teria criado o mundo. Ele
apenas demonstra que o mundo (a natureza) foi criada. O criacionismo não procura
descobrir quem criou a natureza. Ele apenas estuda a natureza, suas leis e seus processos.
Por meio desse estudo é possível dizer se a natureza teria sido criada ou se teria surgido
espontaneamente. O criacionismo afirma que a natureza foi criada devido o
conhecimento das leis da natureza e dos processos naturais.
Assim, o criacionismo propõe que processos naturais (aleatórios ou não) e leis da
natureza não teriam trazido à existência o universo, a vida, nem a complexidade que é
neles encontrada. Note que o criacionismo estuda apenas a atuação dos processos
naturais e das leis da natureza no universo e na vida.
Esses processos e leis não são criados pelos cientistas. Eles são observados e
descobertos pelos cientistas. Eles são estudados por serem observáveis. E são
observáveis porque a natureza funciona por meio deles.
À medida que conhecemos melhor cada um desses processos e cada uma dessas
leis, aumenta a nossa confiança em afirmarmos que a natureza foi criada, pelo simples
fato de sabermos, sem sombra de dúvidas, o que eles são capazes de produzir e o que
eles não são capazes de fazer.
O Criacionismo não diz que haveria necessidade de uma atuação sobrenatural
para que o universo e a vida viessem à existência. O Criacionismo não diz que foi Deus
quem trouxe à existência tanto o universo quanto a vida.
O que o Criacionismo Científico afirma é que processos naturais e leis da
natureza não teriam trazido a natureza à existência. 2
Essa proposta pode ser testada empiricamente, aplicando o conhecimento
científico que temos sobre as leis da natureza e os processos naturais.
Assim sendo, não existem razões para considerar o criacionismo como religião
ou mesmo religioso.
DIZEM QUE… “DESIGN INTELIGENTE É
CRIACIONISMO DISFARÇADO”
Teorias científicas procuram dar uma explicação real do “porquê” a Natureza age
de uma determinada maneira. É possível que existam várias teorias procurando
descrever um mesmo comportamento da Natureza. Isso não significa que elas estejam
relacionadas.
Tomemos como ilustração as teorias naturalistas voltadas para a origem do
Universo (Cosmogonia). Temos a teoria do big-bang, a teoria das cordas, a teoria da
supergravidade, a teoria das p-branas e muitas outras. Todas elas procuram explicar
como o Universo teria vindo à existência espontaneamente.
Embora existam similaridades entre elas, cada uma dessas teorias é única nas suas
pressuposições e propostas básicas. Somente conhecendo o que elas propõem é que
poderemos observar a diferença entre elas.
Da mesma forma é necessário conhecer as propostas feitas pelo Criacionismo
Científico e pelo Design Inteligente.
Mas antes de fazermos isso, precisamos tratar de uma distinção mais generalizada
entre Criacionismo Científico, Criacionismo Religioso, Criacionismo Bíblico, Design
Inteligente e Evolucionismo.
Uma vez mais, alguns esclarecimentos são necessários.
Existem certos pontos nessas propostas que são iguais ou parecidos.
Isso, geralmente, cria um pouco de confusão.
Por expressarem ideias comuns, muitas pessoas passam a crer que as
explicações que elas apresentam são iguais. Mas lembre-se, essas explicações
representam apenas pontos comuns.
Veja a seguir como elas se relacionam.
O círculo azul claro representa todas as propostas e as evidências do
Criacionismo Científico 3, o círculo azul escuro – as do Design Inteligente, o círculo
vermelho – as do Criacionismo Bíblico, o quadrado amarelo – as da Teoria da Evolução,
e o octógono preto – as do Criacionismo Religioso.
Perceba que o círculo vermelho (Criacionismo Bíblico) sobrepõe uma parte do
círculo azul claro (Criacionismo Científico), que sobrepõe também uma parte do círculo
azul escuro, (Design Inteligente). Essa parte sobreposta representa aquelas propostas
comuns ao Criacionismo Científico, ao Criacionismo Bíblico e ao Design Inteligente.
As partes não sobrepostas representam as demais (as que são diferentes).
Por exemplo, tanto o Criacionismo Científico quanto o Criacionismo Bíblico e o
Design Inteligente afirmam que a complexidade encontrada em todas as formas de vida
conhecidas não teriam sido provenientes de processos puramente naturais. Todos os três
oferecem a mesma explicação.
O fato deles concordarem nesse ponto não significa que eles têm o mesmo
parecer em todos os demais pontos relacionados com as origens.
Veja uma outra possibilidade. Perceba que o círculo azul claro, o azul escuro, o
vermelho e o quadrado amarelo possuem uma pequena parte onde todos estão
sobrepostos. Isso significa que existem algumas poucas propostas que são comuns ao
Criacionismo Científico, ao Design Inteligente, ao Criacionismo Bíblico e à Teoria da
Evolução. Um exemplo seria a afirmação feitas por todos que existem diferentes
espécies de organismos vivos que podem ser classificados em grupos distintos. Embora
todos apresentem uma classificação taxonomicamente, elas não concordam com a
relação que existe ou que possa existir entre esses grupos.
Então qual seria a relação entre o Criacionismo e o Design Inteligente?
Perceba que o círculo azul escuro sobrepõe totalmente o círculo azul claro. Isso
significa que o Criacionismo Científico concorda com as propostas do Design
Inteligente. Mas o Design Inteligente não concorda com todas as propostas do
Criacionismo Científico (o círculo azul escuro é menor e está dentro do círculo azul
claro).
Com esse conhecimento podemos agora avançar e, para isso, precisaremos
conhecer um pouco sobre o Design Inteligente.
Existem muitas noções erradas e informações equivocadas que permeiam a nossa
sociedade com respeito ao Design Inteligente.
Podemos começar citando uma afirmação muito comum que circula
principalmente nos meios de comunicação sobre a Teoria do Design Inteligente. A
afirmação é que o Design Inteligente é pseudociência baseada em religião.
Um dos fundadores da teoria, na forma moderna como ela é conhecida, é o Dr.
Stephen C. Meyer. Em um artigo excelente publicado no The Daily Telegraph
(London), 29 de fevereiro de 2006, ele definiu claramente a essência da Teoria do
Design Inteligente:
“Contrário a informação da mídia, ID [sigla para Intelligent Design] não é uma ideia
baseada na religião, mas uma teoria científica baseada em evidências a respeito da
origem da vida. De acordo com os biólogos darwinistas, como Richard Dawkins, da
Universidade de Oxford, sistemas vivos ‘dão a impressão de terem sido planejados
para um propósito’.”
(1) Dos vinte aminoácidos proteinogênicos necessários para que a vida possa
existir, apenas 13 são sintetizados através da experiência proposta por Miller. Três
dos sete que não são sintetizados (arginina, histidina e lisina) são fundamentais
para a formação de RNA e DNA. Sem eles, RNA e DNA não se formariam.
(2) Miller não utilizou oxigênio (O2) na sua experiência pelo simples fato dele
reagir e não permitir a formação dos aminoácidos. Existem rochas (cuja datação
demonstra que elas existiram antes da vida no planeta Terra) que possuem óxido
de ferro (Fe3O4 – magnetita ou Fe2O3 – hematita) e óxido de urânio (UO2 e
U3O8), mostrando que oxigênio sempre esteve presente na atmosfera terrestre.
Portanto, Miller deveria ter adicionado oxigênio na sua experiência, o que
obviamente tornaria inviável a formação de aminoácidos.
(3) Embora aminoácidos sejam fundamentais para a formação de proteínas, estas
não se formam espontaneamente. Pelo contrário, o que se observa normalmente
nos laboratórios são “proteínas se desfazendo em aminoácidos” e não “proteínas
formando aminoácidos”. É assim que a natureza funciona.
Não há uma única evidência empírica (experimental) que demonstre que vida
tenha surgido espontaneamente (geração espontânea). Pelo contrário, a evidência
empírica demonstra que geração espontânea não ocorre e que também não teria ocorrido
no passado.
O famoso químico e microbiólogo francês Louis Pasteur chamou a geração
espontânea de doutrina e afirmou o seguinte:
Essas leis estabelecem que o universo teria que ter uma organização
muito maior no seu início do que a encontrada atualmente. Em outras
palavras, o universo teria de ter começado com uma complexidade maior que
a atual e, ainda, perfeitamente funcional, pois com o passar do tempo a sua
capacidade de funcionamento certamente diminuiria.
Quando os criacionistas afirmam que no início o universo foi trazido à
existência completo, complexo e perfeitamente funcional, eles se baseiam nas
leis da natureza e nos processos naturais para que tal afirmação possa ser
feita.
Portanto, na Cosmogonia (estudo da origem do universo), a teoria
criacionista é perfeitamente compatível com as leis da natureza e com os
processos naturais conhecidos.
Não existe base científica para refutar a Cosmogonia criacionista!
Vejamos agora o caso da vida.
O naturalismo propõe que supostos amontoados de aminoácidos
(ácidos monocarbônicos) teriam se agrupado, formando estruturas mais
organizadas (proteínas), que formaram estruturas ainda mais organizadas
(DNA e RNA), que formaram estruturas ainda mais organizadas (células),
que formaram estruturas ainda mais organizadas (procariotes – organismos
unicelulares como cianobactérias), que formaram estruturas ainda mais
organizadas (protozoários), que formaram estruturas ainda mais organizadas
(metazoários).
Os criacionistas afirmam que vida teria sido criada completa, complexa
e perfeitamente funcional (extremamente organizada), com capacidades
limitadas de variação, adaptação, especiação e especialização. Eles afirmam
também que, com o passar do tempo, a informação genética codificada tende
a uma diminuição da sua complexidade e não a um aumento.
O mesmo é verdadeiro com respeito à vida, pois todas as formas de
vida são sistemas funcionais que também trabalham com trocas de energia e,
portanto, sujeitos às leis da termodinâmica.
Comecemos com o estudo da origem da informação genética codifica a
qual é encontrada em todos os organismos.
A teoria da informação é um campo da matemática aplicada que estuda
os limites fundamentais e a fidelidade nos processos de armazenamento e
comunicação de informação. Áreas como a matemática, estatística, física,
ciência da computação, neurobiologia e engenharia elétrica utilizam-se dos
princípios dessa teoria.
Aplicações dessa teoria podem ser encontradas na compressão, sem
perda de dados, de arquivos (arquivos ZIP), compressão onde informação
desnecessária é descartada (arquivos MP3) e codificação de canais de
comunicação (linhas DSL).
A teoria da informação é muito clara e específica ao afirmar que
processos puramente naturais não produzem informação codificada e que
informação codificada ao longo do tempo tende a corromper-se, perdendo o
conteúdo original, tornando-se inutilizável.
Ela afirma que toda informação codificada tem sua origem numa fonte
inteligente.
Um exemplo simples dessa realidade são os arquivos guardados nos
discos rígidos dos computadores que se tornam corrompidos, tornando
necessário o processo de reformatação ocasionalmente.
Afirmar que informação com maior complexidade teria surgido ao
longo do tempo espontaneamente seria o equivalente a afirmar que o sistema
operacional Windows 10 instalado num computador teria sido o resultado de
um número gigantesco de travamentos do Windows 95, que por sua vez
resultaria de um outro número gigantesco de travamentos do sistema
operacional DOS.
Em outras palavras, o sistema operacional atual seria decorrente da
evolução de um sistema mais simples que fora instalado nesse mesmo
computador, num passado distante – o qual, ao longo dos anos, teria passado
por inúmeras alterações devido a travamentos e reinicializações (ctr-alt-del)!
Todos sabemos que o DOS ou o Windows 95 jamais teriam produzido
um Windows 10 por meio de processos espontâneos e aleatórios, puramente
naturais. Isso simplesmente não ocorre!
Assim, também, dizer que a informação contida no DNA de um
organismo unicelular – que teria supostamente existido há bilhões de anos –
teria se transformado, ao longo do tempo, por meio de processos puramente
naturais e aleatórios, na informação contida no DNA de um ser humano é
totalmente contrário ao conhecimento estabelecido pela teoria da informação.
Tal proposta só pode ser aceita por meio da fé e não baseada no
conhecimento científico.
A ciência afirma claramente que todos os sistemas, espontaneamente,
sempre irão do organizado para o desorganizado (leis da Termodinâmica) e
que informação, além de não ser resultante de processos naturais e aleatórios,
a longo prazo se corrompe, tornando-se inútil (teoria da Informação).
Portanto, é fundamental para que qualquer teoria – antes de fazer uma
afirmação sobre a origem da vida – apresente uma proposta clara sobre a
origem da informação existente nas formas de vida.
O evolucionismo não possui um argumento compatível com o
conhecimento científico obtido por meio da teoria da informação.
Já o criacionismo é perfeitamente compatível com a evidência e com o
conhecimento científico, pois afirma que vida, tendo sido criada, possui
informação codificada que não teria sido gerada por meio de processos
naturais.
Infelizmente a evolução tem causado muita confusão por não fazer
distinção entre o código e o meio onde ele está armazenado. Muitos
evolucionistas confundem a informação genética codificada com o meio onde
ela está armazenada, o DNA.
Seria como confundir o sistema operacional Windows com o DVD
onde este está armazenado.
“Eu tenho observado todo o trabalho que estava acontecendo ali e quanto mais eu o
vejo mais convicto eu fico que o mendelismo (genética de Mendel) não tem nada a
ver com evolução.” 17
Cento e vinte anos após a publicação do livro de Darwin, o problema com a falta
de evidências no registro fóssil continuava:
“As cobras nesses grupos são praticamente cobras, não há dúvida sobre a afinidade
dessas formas de vida… As amostras [fósseis] parecem ser mais parecidas com
cobras modernas que pertencem a grupos bastante obscuros [pouco conhecidos], e
que acreditam ser membros um tanto primitivos da família das cobras, tais como
um grupo chamado anilioides…” 31
Portanto…
DIZEM QUE… “OS CRIACIONISTAS NÃO
ACEITAM A SELEÇÃO NATURAL”
O título original do livro escrito por Charles Darwin é A Origem das
Espécies por Meio da Seleção Natural ou A Preservação das Raças
Favorecidas na Luta pela Vida.
Darwin, no capítulo três, página 49 da 1a edição, introduziu a ideia de
seleção natural dentro do contexto de sobrevivência das formas de vida:
Lembre-se que não foi o meio que produziu o bico fino e pouco
longo.
Esse tipo de bico foi expressão do material genético já existente.
“Uma lei natural ou uma lei da Natureza (Latim, lex naturalis) é uma lei
cujo conteúdo deriva naturalmente da natureza humana ou da natureza
física e, portanto, tem validade universal.” 53
Perceba que nada foi dito sobre a origem das leis descobertas na
natureza. 54
Na literatura evolucionista, as leis da natureza geralmente têm sido
descritas como as leis cujo conteúdo é estabelecido pela natureza e, portanto,
válido em qualquer lugar.
Vimos que a origem das leis da natureza não pode ter sido a natureza.
Ela não poderia ter criado tais leis, necessárias e fundamentais para a sua
existência e funcionamento.
Lembre-se que as leis da natureza mostram como a natureza funciona.
Elas são a expressão das regularidades encontradas na natureza. Foi
mencionado anteriormente que os cientistas descobrem essas leis. Eles não
criam essas leis.
Além do mais, as leis da natureza exibem algumas propriedades muito
interessantes.
Paul Davies, físico inglês com passagem acadêmica por várias
instituições, escreveu o livro A Mente de Deus, a Base Científica para um
Mundo Racional (The Mind of God, The Scientific Basis for a Rational
World). Algumas das suas observações, quanto às propriedades das leis da
natureza, são muito esclarecedoras e no mínimo intrigantes.
Gostaria de citar as que Paul Davis menciona no seu livro e mais
algumas para a consideração do leitor:
“Um mito é uma maneira fixa de olhar para o mundo a qual não pode
ser destruída, pois vistas através do mito, todas as evidências o
apóiam.” 61
[←2]
Para mais informações sobre o criacionismo científico leia o livro “Como Tudo
Começou, Uma Introdução ao Criacionismo (Editora Fiel) e os livretes “A Igreja e o
Criacionismo” (Editora Fiel) e “Criacionismo Científico” (eBook, Universo
Criacionista).
[←3]
Ver o eBook: “O Criacionismo Científico”, Universo Criacionista, 2016.
[←4]
Denton, Michael. Evolution, a Theory in Crisis, Bethesda, MD: Adler & Adler, 1986.
p. 341.
[←5]
Alguns livros essenciais para se conhecer mais sobre o Design Inteligente: (1)
Signature in the Cell: DNA Evidence for Intelligent Design (Stephen C. Meyer, 2010
pela HarperOne); (2) Darwin’s Doubt: The Explosive Origin of Animal Life and the
Case for Intelligent Design (Stephen C. Meyer, 2014 pela HarperOne); (3) Darwin’s
Black Box (Michael J. Behe, 2006 pela Free Press – em português: A Caixa Preta de
Darwin, pela Editora Zahar); (4) The Edge of Evolution: The Search for the Limits of
Darwinism (Michael J. Behe, pela Free Press); (5) The Design Inference: Eliminating
Change through Small Probabilities (William A. Dembsky, 2006 pela Cambridge
University Press); (6) The Design Revolution: Answering the Thoughest Questions
About Intelligent Design (William A. Dembsky, 2004 pela IVP Books); (7) Icons of
Evolution: Science or Myth? Why Much of What We Teach About Evolution is Wrong
(Jonathan Wells, 2002 pela Regnery Publishing); (8) The Myth of Junk DNA
(Jonathan Wells, 2011 pela Discovery Institute Press); (9) The Privileged Planet:
How Our Place in the Cosmos is Designed for Discovery (Guillermo Gonzales e Jay
W. Richards, 2004 pela Regnery Publishing); (10) Nature’s Destiny: How the Laws
of Biology Reveal Purpose in the Universe (Michael Denton, 2002 pela Free Press);
(11) Evolution: Still a Theory in Crisis (Michael Denton, 2016 pela Discovery
Institute Press)
[←6]
Diferentemente do conceito aceito pela comunidade científica, no Brasil Leis da
Natureza é o título de uma lei brasileira conhecida nos meios jurídicos como a Lei de
Crimes Ambientais (Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), sancionada pelo então
presidente Fernando Henrique Cardoso.
[←7]
Dose, Klaus. Die Ursprünge des Lebens (Tagungsberich úber den ISSOL - Kongreß
in Mainz, 1983; Nach. Chem. Techn. Lab. 31 (1983), Nr. 12, p. 968-969
[←8]
Dose, Klaus. (1988). “The Origin of Life: More Questions than Answers”,
Interdisciplinary Science Reviews, Vol. 13, n° 4. p. 348
[←9]
Parte da palestra data por Louis Pasteur em 1864, citada em Vallery-Radot, R.
1901/1902. The life of Pasteur. 2 vols. Traduzido por R.L. Devonshire. London:
Archibald Constable, vol. 1, p. 142
[←10]
Dobzhansky, Theodosius G. “Nothing in Biology Makes Sense Except in the Light of
Evolution”, American Biology Teacher vol. 35 (march 1973) e reimpresso em
Evolution versus Creationism, J. Peter Zetterberg ed., ORYX Press, Phoenix AZ
1983.
[←11]
Machado, Jónatas E. M. “Criacionismo Bíblico: A Origem e a Evolução da Vida”
Estudos, Revista do Centro Acadêmico de Democracia Cristã Nova Série, (Coimbra,
junho 2004), p. 136.
[←12]
Lourenco, Adauto J. B. Gênesis 1&2: A mão de Deus na Criação, Editora Fiel, 2011.
[←13]
Lourenco, Adauto J. B. Como Tudo Começou: Uma introdução ao Criacionismo,
Editora Fiel, 2007.
[←14]
Ellis, G.F.R. “Cosmology and Verifiability”, Quarterly Journal of the Royal
Astronomical Society, 1975, 16. p. 246.)
[←15]
Lourenço, Adauto J. B. “O Suporte das Evidências”, O Criacionismo Científico,
eBook, Universo Criacionista, 2016.
[←16]
Eddington, Arthur S. In The Nature of the Physical World, University Press
(Cambridge, 1948), 34.
[←17]
MacBride, Ernest W. Letter, “Embryology and Evolution”, Nature (1931), 127, 56.
[←18]
Uma lista com as assinaturas de quase mil cientistas, que têm expresso esse
posicionamento e assinaram um manifesto entitulado “A Scientific Dissent From
Darwnism” (“Uma Divergência Científica Do Darwismo”), pode ser encontrada no
site: http://www.dissentfromdarwin.org.
[←19]
Vallery-Radot, R. 1901/1902, The Life of Pasteur. 2 Volumes. Traduzido por R.L.
Devonshire. Londres: Archibal Constable, vol 1. p. 142
[←20]
Denton, Michael. Evolution: A Theory in Crisis, Bethesda, MD: Adler & Adler,
1986. p. 345
[←21]
Hawking, Stephen. O Universo Numa Casca de Nóz, Editora Mandarim, 2001. p. 78
[←22]
Eiseley, Loren. The Immense Journey, New York: Time, Inc., 1962. p. 144
[←23]
Fleck, Ludwik. Genesis and Development of a Scientific Fact, The University of
Chicago Press, Ltd., London, 1979. p. xxvii
[←24]
Darwin, Charles R., On the Origin of Species by Means of Natural Selection,
publicado por John Muray, Londres, 1859, primeira edição. p. 280. (Ver todo o
Capítulo IX.)
[←25]
Raup, David M. “Conflicts Between Darwin and Paleontology”, Field Museum of
Natural History Bulletin, Vol. 50, Nº 1, janeiro de 1979. p. 25.
[←26]
Colbert, E. et al. (2001). Colbert’s Evolution of the Vertebrates, 5th Ed. New York:
Wiley-Liss. p. 154.
[←27]
Stahl, B. (1985). Vertebrate History. New York: Dover Publications, Inc. p. 318.
[←28]
Miller, S. and J. Harley. 2013. Zoology. McGraw-Hill. p. 357
[←29]
Benton, M. (2015). Vertebrate Paleontology. Malden, MA: Wiley Blackwell. p. 252.
[←30]
Caldwell, Michael W., et all. “The oldest known snakes from the Middle Jurassic-
Lower Cretaceous provide insights on snake evolution.” Nature Communications,
2015; 6: 5996
[←31]
Blaszczak-Boxe, A. (2015). Oldest Known Snake Fossils Identified. Live Science.
Posted January 27, 2015. Acessado em 2 fevereiro de 2015.
http://www.livescience.com/49582-oldest-snake-fossils-identified.html. Acessado em
30 de junho de 2016.
[←32]
Kerryn E. Slack et al. (2006). “Early Penguin Fossils, Plus Mitochondrial Genomes,
Calibrate Avian Evolution”, Mol. Biol. Evol. 23(6):1144–1155
[←33]
Bomfleur, B., S. McLaughlin, and V. Vajda. (2014). Fossilized Nuclei and
Chromosomes Reveal 180 Million Years of Genomic Stasis in Royal Ferns. Science.
343 (6177): 1376-1377
[←34]
Ver o artigo relacionando o Pakicetus com as baleias, publicado na National Geographic Brasil,
Novembro 2004, p. 66-67
[←35]
Perkins, R. Whale Sex: It’s All in the Hips. USC News Release. Postado no Press
Room da University of Southern California (USC) em 8 de setembro 2014, acessado
em 30 de junho de 2016. https://pressroom.usc.edu/whale-sex-its-all-in-the-hips/
[←36]
Begun, D.R. A Companion to Paleoanthropology, Blackwell Publishing Ltd.,
Primeira Edição 2013, p. 142
[←37]
Choi, C. “Early Human ‘Lucy’ Swung from the Trees”. LiveScience. Postado no site
http://www.livescience.com/24297-early-human-lucy-swung-from-trees.html
acessado em 30 de junho de 2016.
[←38]
Jungers, W.L. (1988). “Lucy’s length: Stature reconstruction in Australopithecus
afarensis (A.L.288-1) with implications for other small-bodied hominids”. American
Journal of Physical Anthropology 76 (2): 227–231
[←39]
Stern, J.T. e Susman, R.L., “The locomotor anatomy of Australopithecus afarensis”,
American Journal of Physical Anthropology, Vol. 60, março 1983. p. 307
[←40]
Programa NOVA de 3 de maio de 2004, entrevistando o Dr. Andrew Knoll,
evolucionista conhecido mundialmente, paleontólogo e professor de biologia da
Universidade de Harvard, autor do livro Life on a Young Planet: The First Three
Billion Years of Life (Vida em um Planeta Jovem: Os Primeiros Três Bilhões de Anos
da Vida). Dr. Knoll é considerado um dos cientistas que mais tem estudado o assunto
da origem da vida de forma exaustiva. Acessado em 30 de junho de 2016.
http://www.pbs.org/wgbh/nova/evolution/how-did-life-begin.html
[←41]
Wysong, L.R., The Creation/Evolution Controversy, East Lansing, MI: Inquiry Press,
1976. p. 44
[←42]
Zimmer, Carl; Emlen, Douglas J. Evolution: Making Sense of Life (1a ed.).
Greenwood Village, CO: Roberts and Company Publishers, 2013.
[←43]
Hall, B.K.; Hallgrimsson B. Strickberger’s Evolution (4a ed.). Sadbury, MA: Jones &
Bartlett Publishers, 2008. p. 4-6.
[←44]
Sendo que as moscas possuem apenas quatro cromossomos, é possível detectar em
qual deles as mutações ocorrem.
[←45]
A hemoglobina tem como função o transporte de oxigênio no sangue, dos pulmões
para o resto do corpo.
[←46]
As quatro letras genéticas básicas são: A - adenina, C - citosina, G - guanina e T -
timina.
[←47]
Existem publicações científicas voltadas apenas para esse aspecto do DNA. Veja o
site: http://www.journals.elsevier.com/dna-repair
[←48]
Sharma S, et al. “Homology and enzymatic requirements of microhomology-
dependent alternative end joining”. Cell Death Dis 6: e1697, 2015.
[←49]
As propostas de classificação baseiam-se principalmente em aspectos interpretativos
de similaridades morfológicas e genéticas.
[←50]
A Cladística, também conhecida como Sistemática Filogenética, é um sistema de
classificação biológica onde acredita-se que os membros de um determinado grupo
teriam compartilhado uma história evolutiva comum, devendo, portanto, serem
enquadrados em um mesmo grupo (Clado).
[←51]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_das_lacunas
[←52]
As evidências científicas de criação têm sido apresentadas de forma mais ampla nos
livros Como Tudo Começou: Uma Introdução ao Criacionismo (Editora FIEL, 2007)
e no ebook Evidências de Criação (Universo Criacionista, 2016).
[←53]
Sills, David L. ed. “Natural Law”, International Encyclopedia of the Social Sciences
(New York: 1968)
[←54]
Atualmente existe uma distinção entre “leis naturais” e “leis da natureza”. Leis
naturais são usadas pela jurisprudência, ao passo que as leis da natureza (ou leis da
física, como também são conhecidas) são usadas pela ciência. Os dois conceitos são
provenientes da palavra grega physis, traduzida para o latim como natura, e para o
português natureza.
[←55]
Davies, Paul. The Mind of God: The Scientific Basis for a Rational World (1st Simon
& Schuster pbk. ed.). New York: Simon & Schuster, 2005. p. 82.
[←56]
Davies, Paul. The Mind of God: The Scientific Basis for a Rational World (1st Simon
& Schuster pbk. ed.). New York: Simon & Schuster, 2005. p. 83.
[←57]
Davies, Paul. The Mind of God: The Scientific Basis for a Rational World (1st Simon
& Schuster pbk. ed.). New York: Simon & Schuster, 2005. p. 82.
[←58]
Dawkin, Richard. The Blind Watchmaker, Longman, First Edition, 1986. p. 9, 34, 44,
163, 18, 202 e 93. (Tradução do original feita pelo autor.)
[←59]
Arouet, François-Marie (Voltaire). Dictionnaire Philosophique Portatif (1764).
Tradução em inglês do A Philosophical Dictionary, traduzido por W. Dugdale (W.
Dugdale, 1843). p. 473.
[←60]
Voltaire and His Letters, carta ao príncipe da Prússia, Frederick William, 28 de
Novembro de 1770 (traduzido para o inglês por S.G. Tallentyre).
[←61]
De Bono, Edward. PO: Beyond Yes and No, International Center for Creative
Thinking, 1990.