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ADAUTO J. B.

LOURENÇO

DEZ MITOS
SOBRE O
CRIACIONISMO
Primeira Edição em Português
Atualizado e Altamente Relevante
Limeira 2016

UniversoCriacionista
Lourenço, Adauto J. B.
Dez Mitos Sobre o Criacionismo,
Limeira, SP: Universo Criacionista, 2016

• Primeira Edição em Português – 2016


© 2016 por Adauto J. B. Lourenço. Todos os direitos reservados.

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da fonte e do autor.

Capa & Diagramação: Universo Criacionista

1. Ciência 2. Evolução 3. Criacionismo 4. Design Inteligente 5. Origens

UniversoCriacionista
Rua Senador Vergueiro, 732, 3° Andar, Sala 33, Centro
Limeira, SP 13480-902
Brasil
www.universocriacionista.com.br
Sumário
Dedicatória
Introdução
Sobre Essa Edição
Dizem Que... “Criacionismo é Religião”
Dizem Que... “Design Inteligente É Criacionismo Disfarçado”
Dizem Que... “Criacionistas Querem Remover o Ensino da Teoria da
Evolução da Grade Curricular”
Dizem Que... “O Criacionismo Já Foi Refutado”
Dizem Que... “Criacionistas São Pseudocientistas”
Dizem Que... “Os Criacionistas Ignoram as Leis da Natureza”
Dizem Que... “Os Criacionistas Ignoram as Evidências a Favor da
Evolução”
Dizem Que... “Os Criacionistas Não Aceitam a Seleção Natural”
Dizem Que... “Os Criacionistas Acreditam no Fixismo”
Dizem Que... “Não Existem Evidências de Criação”
Sobre o Livrete
Sobre o Autor
Notas de Fim e Bibliografia
DEDICATÓRIA
Dedicado a um jovem casal
Osni e Joyce – e à sua filinha Alice –
que desejam e se empenham
por conhecer a verdade…

…e a todos os chamados
“caçadores de mitos”,
tanto os que o fazem por profissão
quanto os que o fazem por idealismo,
os quais desde os tempos mais remotos
até o tempo presente
têm se empenhado
para que a verdade prevaleça.
INTRODUÇÃO
Há cerca de dois mil anos, o médico e historiador Lucas ressaltou uma
característica peculiar e muito nobre de um grupo de cidadãos de uma
pequena cidade chamada Bereia, localizada ao norte do monte Olimpo, na
Grécia: “Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois
receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as
Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo.” (registrado na Bíblia, no livro
de Atos, capítulo 17, verso 11).
Esse estilo de vida – examinar para ver se as coisas são de fato assim –
revela uma nobreza de caráter.
Vivemos em tempos onde o questionamento não é mais a regra, mas a
exceção. Aceitar propostas que favoreçam uma cosmovisão específica e nos
mantenham “politicamente corretos”, parece ser a única atitude “aceitável”.
Questionar o status quo tem se tornado algo “inapropriado”.
Onde chegamos como humanidade!
Como já foi dito tão sabiamente por Albert Einstein:

“Triste época essa!


É mais fácil desintegrar um átomo
que um preconceito.”

Adauto J. B. Lourenço

Limeira, 31 de janeiro de 2010


SOBRE ESSA EDIÇÃO
Cinco anos se passaram desde os primeiros rascunhos.
Muitas descobertas científicas foram feitas.
Sondas espaciais que estavam sendo finalizadas para lançamento hoje
estão em órbita enriquecendo a ciência com novas informações sobre o nosso
e outros planetas do sistema solar.
No entando, os mitos sobre o Criacionismo Científico ainda
pemanecem. O obscurantismo da idade média ainda permeia, com muita
intensidade, a mente e o raciocínio de várias pessoas. A despeito das
evidências, elas preferem continuar crendo nos seus mitos e postulados
evolutivos.
Que pena!
Espero que esse trabalho torne ainda mais clara a necessidade de
sermos bem instruídos quanto aos temas relacionados com o Criacionismo
Científico.
A forma concisa do conteúdo e as imagens adicionadas visam tornar
ainda mais claros os conceitos tratados, tornando a leitura mais agradável.
Muito poderia ainda ser dito sobre esse tema. Mas creio que a
informação apresentada ajudará a avançarmos um pouco mais.
No seu livro PO: Beyond Yes and No (PO: Além do Sim e Não), o Dr.
Edward de Bono apontou algo muito relevante sobre o poder que os mitos
possuem, por quê eles perduram…

“Um mito é uma maneira fixa de olhar para o mundo


a qual não pode ser destruída,
pois vistas através do mito, todas as evidências o apóiam.”

Adauto J. B. Lourenço
Greenville, 14 de julho de 2016
DIZEM QUE… “CRIACIONISMO É RELIGIÃO”
Antes de fazer qualquer avalição se Criacionismo é ou não religião,
precisamos entender um pouco da terminologia relacionada com o termo
“Criacionismo”.
A parte da gramática que estuda a origem (ou a história) das palavras e
a explicação do significado delas é a etimologia.
A palavra “criacionismo” possui o sufixo “ismo”. Esse sufixo denota a
ideia de “um princípio” ou “um sistema”. Por exemplo, a palavra ateísmo diz
respeito ao princípio ou sistema de pensamento que propõe a inexistência de
um ser ou seres superiores (deus ou deuses).
O significado da palavra “criacionismo” é: um princípio ou sistema de
pensamento que propõe que a natureza não teria se autocriado. O
criacionismo propõe que processos naturais e leis da natureza não teriam
trazido à existência o universo, a vida, nem a complexidade neles encontrada.
Perceba que a palavra criacionismo não “trata da” e nem “pressupõe a”
existência de um Deus Criador. Colocado de forma simples, “criacionismo”
não é terminologia religiosa.
A palavra criacionismo, dentro da cultura atual, passou a ter um sentido
de teor subjetivo, no caso uma conotação religiosa, que não aparece no seu
sentido literal.
Uma outra informação importante sobre a palavra “criacionismo” é que
ela é um substantivo masculino. Ou seja, para descrever uma qualidade,
caráter, modo de ser ou estado, que o criacionismo possui, faz-se necessário o
acréscimo de um adjetivo.
Essas informações são importantes para podermos compreender de
forma simples e clara os três tipos fundamentais de criacionismos: (1)
Criacionismo Científico, (2) Criacionismo Religioso, e (3) Criacionismo
Bíblico.
Uma caracterização simples de cada um seria:
Criacionismo Científico:
– pesquisa (resposta científica)
– trabalha com evidências, lógica e testes científicos
– não está baseado em pressupostos religiosos
– possui implicações religiosas
Criacionismo Religioso:
– temático (explicação mística)
– não está relacionado com a ciência
– baseia-se em pressupostos religiosos (mitos da criação)
– não possui implicações científicas
Criacionismo Bíblico:
– descritivo (narrativa detalhada)
– não é contra evidências, lógica e testes científicos
– baseia-se em pressupostos religiosos
– possui implicações científicas reais

Com esse conhecimento em mãos, podemos agora tratar da questão do


“Criacionismo ser religião”.
Propostas científicas geralmente possuem implicações que muitas vezes vão além
das áreas relacionadas com a própria ciência. Por exemplo, a chamada evolução social,
baseada nas ideias da evolução das espécies expostas por Darwin, tornou-se quase um
dogma da sociologia moderna. A teoria da relatividade de Einstein, que trata de objetos
que se deslocam a velocidades muito próximas da velocidade da luz (300.000 km/s),
ramificou-se no relativismo que permeou o Século XX em áreas como a Filosofia e a
Sociologia. Afirmações como “tudo é relativo” e “absolutos não existem” tornaram-se
frases principais de muitos movimentos. É importante salientar que no caso do
relativismo, Einstein nunca disse que absolutos não existem. O que Ele disse é que certas
coisas são relativas em função de um absoluto (no caso da sua teoria da relatividade o
absoluto é a velocidade da luz).
Sabemos que as propostas científicas possuem implicações não científicas.
A dificuldade é que muitas pessoas não sabem fazer a distinção correta entre uma
proposta científica e a sua ou as suas implicações não científicas.
Pessoas que têm essa dificuldade são as que afirmam que a teoria da criação
proposta pelo Criacionismo Científico é apenas religião.
É verdade que a proposta feita pelo Criacionismo Científico possui implicações
religiosas mas ele “não depende de”, “nem trabalha com” as pressuposições religiosas.
É importante notar aqui que não é função da ciência julgar uma teoria por suas
implicações religiosas ou filosóficas. A função da ciência é avaliar se uma teoria
encontra-se devidamente embasada em evidências, leis, lógica e testes científicos.
Veja o caso da teoria quântica (física moderna). Ela possui tremendas implicações
religiosas e filosóficas.
O princípio básico da teoria quântica é o mesmo que o do hinduísmo antigo.
A teoria quântica baseia-se nos estados quânticos (intervalos quânticos).
No hinduísmo, a sociedade é dividida em castas (intervalos sociais).
Um artigo escrito pelo físico Kashyap Vasavada, professor emérito da Indiana
University – Purdue University Indianápolis, entitulado “A Física Moderna e a Filosofia
Hindu” descreve essa imensa implicação religiosa da teoria quântica com o hinduísmo.

“Existem similaridades impressionantes entre as implicações da física moderna


com a antiga filosofia Hindu expressas nos Vedas e Upanishads.” 1

Muito embora a teoria quântica tenha fortes implicações filosóficas e religiosas,


ela não deixa de ser aceita e pesquisada como teoria científica.

Não são as implicações filosóficas ou religiosas de uma teoria que


determinam se ela é científica ou não, mas sim o seu embasamento científico.

Podemos tratar agora das hipóteses e das teorias.


Uma hipótese científica é uma explicação oferecida sem que haja uma base
experimental para testá-la. Uma hipótese é tecnicamente uma sugestão. Por exemplo: a
suposta evolução dos invertebrados em vertebrados é uma hipótese. Ela não pode ser
testada. Ela depende 100% da interpretação (geralmente questionável) do registro fóssil.
Teorias científicas, por outro lado, são explicações testáveis. Por exemplo: a teoria
da relatividade geral. Podemos acelerar pequenas partículas (como os prótons no Large
Hadron Collider) com velocidades próximas à da luz e ver o que acontece.
Uma teoria que foi testada exaustivamente e cujos resultados foram sempre os
mesmos, alcança a posição de lei científica. Por exemplo, a teoria da gravidade proposta
por Isaac Newton, é considerada uma lei, a Lei da Gravidade.
É importante compreender que uma proposta só pode ser científica se ela for
testável, pois ciência trabalha com propostas testáveis.
Assim sendo, para que o criacionismo seja científico as suas propostas devem ser,
portanto, testáveis.
Dizer que Deus criou o mundo não é algo testável. Embora isso não signifique
que o mundo não tenha sido criado por Deus. Isso apenas não é testável.
No entanto, o criacionismo não propõe que o mundo foi criado por Deus, mas
sim que o mundo foi criado. Existe uma grande diferença entre essas duas propostas.
Deixe-me usar como exemplo um relógio.
Ao estudarmos a complexidade de um relógio, certamente chegaremos a
conclusão de que ele não teria vindo à existência por meio de uma sucessão de eventos
naturais e aleatórios, resultantes de processos naturais e leis da natureza. Pois através do
estudo da complexidade dos mecanismos e da própria estrutura do relógio, dos possíveis
processos que teriam produzido cada parte do relógio e como todas essas partes teriam
sido colocadas todas juntas, concluiremos que o relógio não surgiu “espontaneamente”.
Ele foi criado. Essa conclusão pode ser testada exaustivamente.
Você percebe que não foi necessário saber “quem fez” o relógio para saber se o
relógio “foi criado”? Você não precisa conhecer o relojoeiro (quem ele é, suas
capacidades, etc.) para chegar a conclusão que o relógio foi criado!
Mas alguém poderia dizer o seguinte: “Se o relógio foi criado, então deve existir
um relojoeiro!”
A existência do relojoeiro é uma implicação direta do fato de o relógio existir.
Mas lembre-se, você não precisa saber nada sobre o relojoeiro para provar que o
relógio foi criado.
Por outro lado, uma pessoa não poderia afirmar que o relógio teria surgido
espontaneamente, pelo simples fato de não conhecer o relojoeiro!
Percebe?! À existência ou não de um relojoeiro não é o que determina se o
relógio teria sido criado ou se ele teria surgido espontaneamente!

São as leis da natureza e os processos naturais os fatores que determinam se


algo teria surgido espontaneamente ou se teria sido criado.

O Criacionismo Científico não tenta provar que Deus teria criado o mundo. Ele
apenas demonstra que o mundo (a natureza) foi criada. O criacionismo não procura
descobrir quem criou a natureza. Ele apenas estuda a natureza, suas leis e seus processos.
Por meio desse estudo é possível dizer se a natureza teria sido criada ou se teria surgido
espontaneamente. O criacionismo afirma que a natureza foi criada devido o
conhecimento das leis da natureza e dos processos naturais.
Assim, o criacionismo propõe que processos naturais (aleatórios ou não) e leis da
natureza não teriam trazido à existência o universo, a vida, nem a complexidade que é
neles encontrada. Note que o criacionismo estuda apenas a atuação dos processos
naturais e das leis da natureza no universo e na vida.
Esses processos e leis não são criados pelos cientistas. Eles são observados e
descobertos pelos cientistas. Eles são estudados por serem observáveis. E são
observáveis porque a natureza funciona por meio deles.
À medida que conhecemos melhor cada um desses processos e cada uma dessas
leis, aumenta a nossa confiança em afirmarmos que a natureza foi criada, pelo simples
fato de sabermos, sem sombra de dúvidas, o que eles são capazes de produzir e o que
eles não são capazes de fazer.
O Criacionismo não diz que haveria necessidade de uma atuação sobrenatural
para que o universo e a vida viessem à existência. O Criacionismo não diz que foi Deus
quem trouxe à existência tanto o universo quanto a vida.
O que o Criacionismo Científico afirma é que processos naturais e leis da
natureza não teriam trazido a natureza à existência. 2
Essa proposta pode ser testada empiricamente, aplicando o conhecimento
científico que temos sobre as leis da natureza e os processos naturais.
Assim sendo, não existem razões para considerar o criacionismo como religião
ou mesmo religioso.
DIZEM QUE… “DESIGN INTELIGENTE É
CRIACIONISMO DISFARÇADO”
Teorias científicas procuram dar uma explicação real do “porquê” a Natureza age
de uma determinada maneira. É possível que existam várias teorias procurando
descrever um mesmo comportamento da Natureza. Isso não significa que elas estejam
relacionadas.
Tomemos como ilustração as teorias naturalistas voltadas para a origem do
Universo (Cosmogonia). Temos a teoria do big-bang, a teoria das cordas, a teoria da
supergravidade, a teoria das p-branas e muitas outras. Todas elas procuram explicar
como o Universo teria vindo à existência espontaneamente.
Embora existam similaridades entre elas, cada uma dessas teorias é única nas suas
pressuposições e propostas básicas. Somente conhecendo o que elas propõem é que
poderemos observar a diferença entre elas.
Da mesma forma é necessário conhecer as propostas feitas pelo Criacionismo
Científico e pelo Design Inteligente.
Mas antes de fazermos isso, precisamos tratar de uma distinção mais generalizada
entre Criacionismo Científico, Criacionismo Religioso, Criacionismo Bíblico, Design
Inteligente e Evolucionismo.
Uma vez mais, alguns esclarecimentos são necessários.
Existem certos pontos nessas propostas que são iguais ou parecidos.
Isso, geralmente, cria um pouco de confusão.
Por expressarem ideias comuns, muitas pessoas passam a crer que as
explicações que elas apresentam são iguais. Mas lembre-se, essas explicações
representam apenas pontos comuns.
Veja a seguir como elas se relacionam.
O círculo azul claro representa todas as propostas e as evidências do
Criacionismo Científico 3, o círculo azul escuro – as do Design Inteligente, o círculo
vermelho – as do Criacionismo Bíblico, o quadrado amarelo – as da Teoria da Evolução,
e o octógono preto – as do Criacionismo Religioso.
Perceba que o círculo vermelho (Criacionismo Bíblico) sobrepõe uma parte do
círculo azul claro (Criacionismo Científico), que sobrepõe também uma parte do círculo
azul escuro, (Design Inteligente). Essa parte sobreposta representa aquelas propostas
comuns ao Criacionismo Científico, ao Criacionismo Bíblico e ao Design Inteligente.
As partes não sobrepostas representam as demais (as que são diferentes).
Por exemplo, tanto o Criacionismo Científico quanto o Criacionismo Bíblico e o
Design Inteligente afirmam que a complexidade encontrada em todas as formas de vida
conhecidas não teriam sido provenientes de processos puramente naturais. Todos os três
oferecem a mesma explicação.
O fato deles concordarem nesse ponto não significa que eles têm o mesmo
parecer em todos os demais pontos relacionados com as origens.
Veja uma outra possibilidade. Perceba que o círculo azul claro, o azul escuro, o
vermelho e o quadrado amarelo possuem uma pequena parte onde todos estão
sobrepostos. Isso significa que existem algumas poucas propostas que são comuns ao
Criacionismo Científico, ao Design Inteligente, ao Criacionismo Bíblico e à Teoria da
Evolução. Um exemplo seria a afirmação feitas por todos que existem diferentes
espécies de organismos vivos que podem ser classificados em grupos distintos. Embora
todos apresentem uma classificação taxonomicamente, elas não concordam com a
relação que existe ou que possa existir entre esses grupos.
Então qual seria a relação entre o Criacionismo e o Design Inteligente?
Perceba que o círculo azul escuro sobrepõe totalmente o círculo azul claro. Isso
significa que o Criacionismo Científico concorda com as propostas do Design
Inteligente. Mas o Design Inteligente não concorda com todas as propostas do
Criacionismo Científico (o círculo azul escuro é menor e está dentro do círculo azul
claro).
Com esse conhecimento podemos agora avançar e, para isso, precisaremos
conhecer um pouco sobre o Design Inteligente.
Existem muitas noções erradas e informações equivocadas que permeiam a nossa
sociedade com respeito ao Design Inteligente.
Podemos começar citando uma afirmação muito comum que circula
principalmente nos meios de comunicação sobre a Teoria do Design Inteligente. A
afirmação é que o Design Inteligente é pseudociência baseada em religião.
Um dos fundadores da teoria, na forma moderna como ela é conhecida, é o Dr.
Stephen C. Meyer. Em um artigo excelente publicado no The Daily Telegraph
(London), 29 de fevereiro de 2006, ele definiu claramente a essência da Teoria do
Design Inteligente:

“Contrário a informação da mídia, ID [sigla para Intelligent Design] não é uma ideia
baseada na religião, mas uma teoria científica baseada em evidências a respeito da
origem da vida. De acordo com os biólogos darwinistas, como Richard Dawkins, da
Universidade de Oxford, sistemas vivos ‘dão a impressão de terem sido planejados
para um propósito’.”

O Dr. Michael Denton, biólogo molecular, no seu livro Evolution, A Theory in


Crisis [Evolução, uma Teoria em Crise], publicado em 1986 disse:

“Pelo contrário, a inferência de planejamento é uma indução puramente a posteriori


baseada numa aplicação inexoravelmente consistente da lógica e da analogia. A
conclusão pode ter implicação religiosa, mas ela não depende de pressuposições
religiosas.” 4

A Teoria do Design Inteligente, portanto, é uma teoria essencialmente voltada


para as questões relacionadas com a vida no planeta Terra, principalmente a
complexidade nela encontrada.
A origem e à existência da complexidade é tratada sob dois aspectos relevantes:
complexidade especificada e complexidade irredutível.
A complexidade especificada é sempre informação padronizada. Ela pode ser
identificada através de sistemas individuais especificados por seus requisitos funcionais
independentes, exibindo um alto grau de complexidade.
Um exemplo de complexidade especificada é a informação codificada e
padronizada no DNA (ácido desoxirribonucleico), conhecida como código genético. Ela
é uma forma de complexidade especificada pelo seguinte:
1. A informação contida no código genético é independente dos elementos
químicos que formam o DNA.
2. A informação transmitida pela sequência das bases não é o resultado das
próprias bases.
3. Os elementos químicos não são a causa da origem da informação
transmitida à célula pelo DNA.
Apenas para ilustrar esse aspecto. A mídia que guarda o sistema operacional
Windows (como um DVD ou disco rígido), não é o sistema operacional. A mídia apenas
guarda esse sistema. A mídia também não teria criado o sistema, pois o sistema e a mídia
são duas coisas distintas. A complexidade da informação existente no sistema
operacional Windows não é resultado da mídia onde o mesmo está armazenado.
Complexidade irredutível significa a atuação simultânea do menor número de
componentes independentes, precisamente sequenciados e ajustados para que o todo
possa funcionar. Ela pode ser identificada através de um sistema formado por diversas
partes inter-relacionadas, onde a remoção de uma só parte torna a função básica do
sistema inoperante e irrecuperável.
Um exemplo de complexidade irredutível é o motor proteico bacteriano
encontrado na salmonela. Ele é uma forma de complexidade irredutível:
1. Cada um dos componentes do motor proteico é totalmente independente
dos demais.
2. O motor como um todo depende de cada um desses componentes
independentes, precisamente sequenciados (na falta de um deles o motor
não funciona).
3. O motor possui o menor número possível de componentes.
Vamos usar algo mais corriqueiro para ilustrar esse aspecto da complexidade.
Pense numa simples ratoeira. Ela possui um número limitado de componentes
para que possa funcionar. Cada um deles é totalmente independente. Por exemplo, a
mola (que aciona o martelo) e a base são duas partes independentes. No entanto, se uma
delas não estiver presente, a ratoeira não funcionará. Todas as partes necessitam estar
presentes.
Note no exemplo da ratoeira que não basta ser qualquer mola ou qualquer base.
Tanto a mola quanto a base são especificadas (possuem características específicas como
tamanho, material, forma, etc.)
Por meio da confirmação da existência da complexidade especificada e da
complexidade irredutível é possível afirmar que o design encontrado na natureza só
poderia ter sido intencional, demonstrando assim sinais de inteligência. Isso seria
equivalente a proposta do Criacionismo Científico que processos naturais e leis da
natureza não teriam trazido à existência essa complexidade expressa no design.
Portanto, para a teoria do Design Inteligente, identificar esses dois tipos de
complexidades nos organismos vivos é fundamental.
Perceba que tanto os cientistas que se posicionam a favor do Criacionismo
Científico quanto os que se posicionam a favor do Design Inteligente estudam a
complexidade observada e oferecem explicações sobre a origem dessa complexidade.
Ainda é necessário saber com qual dos criacionismos o Design Inteligente está
sendo comparado.
A maioria das pessoas que afirma que o Design Inteligente é Criacionismo
disfarçado, o compara ao Criacionismo Religioso ou o Bíblico. Geralmente ele não é
comparado com o Criacionismo Científico.
Como já vimos, a teoria do Design Inteligente busca especificamente por sinais
de inteligência na natureza. Ela se propõe a detectar empiricamente se o design
observado na natureza é genuíno ou um produto das leis naturais,
necessidades e do acaso. 5
O Criacionismo Científico dispõe-se a demonstrar empiricamente que os
processos naturais e as leis da natureza não teriam sido a causa da origem da
complexidade encontrada na natureza, embora eles sejam a causa da continuidade da
existência dessa complexidade na natureza.
Embora essas duas teorias estudem a complexidade existente na natureza, tanto
as suas metodologias de pesquisa quanto as suas propostas não são as mesmas.
Essas diferenças fazem com que cada teoria tenha as suas próprias peculiaridades.
Assim, por não conhecer o que essas teorias estudam e o que elas propõem,
muitos têm dito que criacionistas estão usando a teoria do Design Inteligente como
disfarce para o criacionismo.
Não é verdade. Basta conhecer um pouco mais sobre elas.
DIZEM QUE… “CRIACIONISTAS QUEREM
REMOVER O ENSINO DA TEORIA DA EVOLUÇÃO
DA GRADE CURRICULAR”

Toda proposta científica deve ser ensinada e estudada. Dessa forma o


conhecimento científico será corretamente propagado e devidamente
avaliado.
Como já vimos, toda proposta científica procura explicar algo
relacionado com a natureza.
A ciência possui uma metodologia específica de pesquisa quanto ao estudo da
natureza, conhecida por método científico.
O método científico é um conjunto de técnicas utilizadas na pesquisa de um
fenômeno que ocorre na natureza com o propósito de adquirir novo conhecimento, ou
corrigir um conhecimento prévio errado, ou ainda integrar novo conhecimento ao
conhecimento já existente.
Os passos básicos do método científico são: (1) observação (fenômenos), (2)
formulação da explicação (hipótese), (3) apresentação de predições testáveis
(testabilidade), (4) obtenção de dados para testar as predições (evidências), (5) rejeição,
refutação, alteração, expansão ou confirmação da hipótese pela verificação das predições
testadas (experimentos), (6) desenvolvimento de teorias (generalizações).
A observação direta de um fenômeno da natureza é sempre mais desejável para o
estabelecimento do método como científico. Inferência pode ser usada desde que a
conexão proposta seja clara, óbvia e baseada no raciocínio lógico e científico.
Para que uma hipótese seja considerada científica, o método científico requer que
ela possa ser testável. Se ela for testável, essa hipótese receberá de forma provisória o
nome de hipótese funcional, sendo aceita para pesquisas futuras.
Perceba que uma hipótese funcional não é uma teoria.
Uma teoria científica é uma explicação muito bem embasada sobre algum
aspecto da natureza a qual foi (1) formulada pelo uso correto do método científico, (2)
repetidamente testada e (3) amplamente confirmada por meio de observações e
experimentos científicos.
O método científico é fundamental para a descoberta das leis da natureza. 6
Na ciência, essas leis são afirmações que descrevem certos comportamentos da
natureza e são capazes de fazer predições com um alto grau de precisão de uma
variedade de fenômenos observados na natureza.
Portanto, no ensino da ciência, todo cuidado deve ser tomado para que hipóteses
sejam ensinadas como hipóteses (e não como teorias) e teorias sejam ensinadas como
teorias (e não como leis). Caso contrário haverá uma confusão generalizada na mente
dos alunos, levando-os a pensar que certas propostas seriam fatos comprovados, quando
elas ainda fazem parte das pesquisas em andamento.
Com esse conhecimento básico, podemos fazer uma avaliação das propostas da
evolução. As principais são:

1. matéria inorgânica teria dado origem à vida (geração espontânea)


2. a geração espontânea teria ocorrido uma única vez
3. vírus, bactéria, plantas e animais estariam todos inter-relacionados
4. a protozoa (unicelular) teria dado origem à metazoa (multicelular)
5. todos os tipos de invertebrados (filo) estariam inter-relacionados
6. os invertebrados teriam dado origem aos vertebrados
7. dentro dos vertebrados: peixes teriam dado origem aos anfíbios; anfíbios
teriam dado origem aos répteis; répteis teriam dado origem às aves e aos
mamíferos.

Embora todas elas sejam explicações, nenhuma delas é testável


experimentalmente. Por essa razão, os criacionistas têm insistido para que o
evolucionismo seja ensinado não como teoria, mas sim como hipótese.
Apenas como exemplo, tomemos as duas primeiras propostas:

1. matéria inorgânica teria dado origem à vida (geração espontânea)


2. a geração espontânea teria ocorrido uma única vez

Stanley Miller e seu orientador Harold Urey apresentaram um experiência


envolvendo o chamado modelo pré-biótico. Baseado na formulação de Alexander
Ivanovich Oparin (A Origem da Vida, 1924), Miller criou um aparato que “imitaria” um
suposto oceano e atmosfera terrestres primitivos . Em 1953, ele publicou o resultado do
seu famoso experimento fundamentado na sopa-primordial proposta por Oparin.
Miller utilizou amônia (NH3), metano (CH4), hidrogênio molecular (H2) e vapor
d’água (H2O). Essa mistura gasosa foi exposta a uma descarga elétrica que desencadeou
uma reação química. Após semanas de reações químicas, Stanley Miller detectou a
formação de alguns aminoácidos e várias toxinas. (Aminoácidos são considerados pela
maioria dos cientistas como os blocos básicos da vida. )
Infelizmente muitos não sabem que a experiência de Stanley Miller não comprova
como vida teria surgido na Terra. Três fatos importantes que poucos conhecem sobre
essa experiência:

(1) Dos vinte aminoácidos proteinogênicos necessários para que a vida possa
existir, apenas 13 são sintetizados através da experiência proposta por Miller. Três
dos sete que não são sintetizados (arginina, histidina e lisina) são fundamentais
para a formação de RNA e DNA. Sem eles, RNA e DNA não se formariam.
(2) Miller não utilizou oxigênio (O2) na sua experiência pelo simples fato dele
reagir e não permitir a formação dos aminoácidos. Existem rochas (cuja datação
demonstra que elas existiram antes da vida no planeta Terra) que possuem óxido
de ferro (Fe3O4 – magnetita ou Fe2O3 – hematita) e óxido de urânio (UO2 e
U3O8), mostrando que oxigênio sempre esteve presente na atmosfera terrestre.
Portanto, Miller deveria ter adicionado oxigênio na sua experiência, o que
obviamente tornaria inviável a formação de aminoácidos.
(3) Embora aminoácidos sejam fundamentais para a formação de proteínas, estas
não se formam espontaneamente. Pelo contrário, o que se observa normalmente
nos laboratórios são “proteínas se desfazendo em aminoácidos” e não “proteínas
formando aminoácidos”. É assim que a natureza funciona.

Dr. Klaus Dose, diretor do Instituto de Bioquímica, da Universidade de Johannes


Gutemberg, na Alemanha, fez as seguintes afirmações quanto à suposta origem da vida
proposta pelo modelo pré-biótico da Teoria da Evolução:

“A formação espontânea de nucleotídeos simples ou mesmo poli-nucleotídeos que


deveriam ser capazes de serem replicados numa terra pré-biótica, devem agora ser
considerados como uma situação improvável à luz dos muitos experimentos sem
nenhum sucesso… pela primeira vez tem sido determinado de maneira inequívoca
por um grande número de cientistas que todas as teses evolucionistas que afirmam
que os sistemas vivos desenvolveram-se de poli-nucleotídeos que se originaram
espontaneamente, não possuem nenhum embasamento empírico.” 7

“Mais de 30 anos de experimentos sobre a origem da vida nos campos da evolução


química e molecular têm levado a uma percepção melhor da imensidão do
problema da origem da vida na Terra, ao invés de levar a uma solução. Até o
presente, todas as discussões sobre as principais teorias e experiências neste campo
ou terminam num impasse ou numa confissão de ignorância.” 8

Não há uma única evidência empírica (experimental) que demonstre que vida
tenha surgido espontaneamente (geração espontânea). Pelo contrário, a evidência
empírica demonstra que geração espontânea não ocorre e que também não teria ocorrido
no passado.
O famoso químico e microbiólogo francês Louis Pasteur chamou a geração
espontânea de doutrina e afirmou o seguinte:

“A doutrina da geração espontânea jamais se recuperará desse golpe mortal dado


por esse simples experimento… Não existe circunstância conhecida que poderia
afirmar que seres microscópicos vieram ao mundo sem germes, sem progenitores,
similares a eles mesmos.” 9

Evolução é uma hipótese e, portanto, deve ser ensinada como hipótese.


Isso não significa que ela não deva ser ensinada.
Perceba a diferença: ela não deve ser ensinada como teoria, mas como hipótese.
Assim, apresentar a explicação evolucionista como teoria não é uma proposta
válida cientificamente. Ensiná-la como a única alternativa científica seria inaceitável. E
ensiná-la como fato seria um erro, com consequências nocivas para o aprendizado.
Podemos ver como a proposta evolucionista foge do modelo científico nas
palavras de Theodosius Dobzhansky:
“Um dos grandes pensadores dessa era, Pierre Teilhard de Chardin, escreveu o
seguinte: ‘É evolução uma teoria, um sistema, ou uma hipótese? É muito mais. É
um postulado geral para o qual todas as teorias, todas as hipóteses, todos os
sistemas daqui em diante devem curvar-se, o qual eles devem satisfazer a fim de
que possam ser concebíveis e verdadeiros. Evolução é a luz que ilumina todos os
fatos, uma trajetória que todas as linhas de pensamento devem seguir. Isto é o que
evolução é.’” 10

Seria verdadeiro o postulado que todas as propostas devem satisfazer a evolução


para que possam ser concebíveis e verdadeiras? A resposta é não!
Qual é a função da ciência? Ou melhor, o que não seria a sua função?
Dr. Jónatas Machado, da Universidade de Coimbra, responde a essa pergunta de
forma clara e simples:

“Não é função da ciência tentar provar como o universo e a vida teriam


vindo à existência espontaneamente, mas sim como o universo e a vida vieram à
existência. Espontaneamente pode ser uma das respostas, mas não é a única.” 11

Portanto, ensinar que só o naturalismo evolucionista oferece uma resposta


científica, é uma afirmação cientificamente falsa, pois assume que não existem outras
possíveis explicações científicas sobre as origens.
É verdade que muitas pessoas que dizem ser criacionistas são na verdade anti-
evolucionistas e expressam o desejo de remover o ensino da evolução da grade
curricular. Mas não é esse o caso aqui. Criacionistas e anti-evolucionistas são dois
grupos diferentes.
Esse mesmo erro ocorre com o tratamento que o Criacionismo Científico recebe,
pois muitas pessoas são anti-criacionistas.
Infelizmente, a grande maioria dos evolucionistas acredita que o criacionismo,
como é chamado, nada mais é que um posicionamento religioso e que, portanto, não
deveria fazer parte da grade curricular. O Criacionismo Científico, como já foi dito,
baseia as suas propostas de criação nas leis e nos processos naturais, sendo, portanto,
uma alternativa científica sobre as origens.
Dizer que o evolucionismo já foi provado e que o criacionismo é religião são
duas afirmações falsas. (Ver capítulos 1, 7, 8, 9 e 10.)
Portanto, o ensino das duas propostas deveria acontecer lado a lado nas escolas,
dando aos alunos uma oportunidade única de apreciar como a ciência trabalha,
compreendendo que tanto o evolucionismo quanto o criacionismo são propostas que
devem ser pesquisadas e testadas.
O que é verdade e precisar ficar claro é: os que defendem o Criacionismo
Científico não querem remover o evolucionismo da grade curricular, mas sim que ele
seja ensinado como uma hipótese científica, e que o criacionismo seja simultaneamente
apresentado como uma hipótese científica e não religiosa.
DIZEM QUE… “O CRIACIONISMO JÁ FOI
REFUTADO”
Refutar significa mostrar por meio de argumentos e evidências que algo
não é verdadeiro ou que está errado.
Primeiramente precisamos definir qual criacionismo é que teria sido
supostamente refutado. Você se lembra que existem três tipos.
O Criacionismo Religioso, por não ter implicações científicas não pode
ser testado e, portanto, seria impossível aceitá-lo ou refutá-lo com base na
ciência.
O Criacionismo Bíblico, por outro lado, tem implicações científicas
reais. Suas afirmações científicas são testáveis e portanto pode ser afirmado
ou refutado com base nas descobertas científicas. 12
O Criacionismo Científico usa as leis da natureza e os processos
naturais como base das suas afirmações. Consequentemente, ele pode ser
aceito ou refutado com base na ciência. 13
Sendo assim, apenas o Criacionismo Bíblico e o Criacionismo
Científico podem ser refutados pela ciência.
Como a função da ciência é aceitar ou refutar propostas científicas,
com base nas evidências e não nas suas implicações religiosas, somente o
Criacionismo Científico pode ser refutado.
O Criacionismo Científico não se ocupa com um Criador, mas com o
estudo criação. Já o Criacionismo Bíblico trata com os dois.
Apenas por questão de discussão, gostaria de propor o seguinte: A
Bíblia afirma que o universo foi criado por Deus e que essa criação é recente
(ela não teria ocorrido há bilhões de anos).
Tal proposta poderia ser refutada por meio de argumentos ou
evidências? A resposta é: Não! Vejamos por quê.
Dr. George F. R. Ellis, professor emérito da área de sistemas
complexos do Departamento de Matemática e Matemática Aplicada da
Universidade de Cape Town, África do Sul, considerado um dos líderes
mundiais em cosmologia, disse:

“…um Deus benevolente poderia, com facilidade organizar a criação do


universo… de tal maneira que radiação suficiente pudesse viajar em nossa
direção, das extremidades do universo, para nos dar a ilusão de um
universo imenso, muito antigo e em expansão. Seria impossível para
qualquer outro cientista na Terra refutar esta visão do universo de forma
experimental ou mesmo observacional. Tudo o que ele poderia fazer é
discordar da premissa cosmológica do autor.” 14

Por essa simples razão a proposta apresentada pelo Criacionismo


Bíblico é irrefutável.
Lembre-se que o Criacionismo Científico não propõe que o mundo
teria sido criado por Deus, mas sim que processos naturais e leis da natureza
não teriam trazido à existência a complexidade que encontramos na vida e no
universo.
Ele afirma que o universo e a vida foram criados complexos,
completos, perfeitamente funcionais e recentemente. Isso é testável!
O evolucionismo naturalista afirma que o universo e a vida teriam se
autocriado num estado primordial altamente desorganizado.
Tomemos essa questão, aplicando-a à origem do universo
(Cosmogonia) como base para uma comparação.
O Criacionismo Científico afirma que o universo foi trazido à
existência completo, complexo e perfeitamente funcional. Esta afirmação está
baseada nas leis da natureza e nos processos naturais.
Um conjunto de leis estudadas que dão validade à proposta criacionista é o
conjunto de Leis da Termodinâmica. Elas descrevem, com grande precisão, como a
energia flui no Universo. Por meio delas, é possível compreender como certos processos
ocorrem e sob quais circunstâncias eles ocorrem. É possível até mesmo fazer predições
se algo poderá acontecer ou não. Baseados nesse conhecimento podemos fazer
afirmações se algo teria acontecido ou não no passado.
Essas leis nos dizem que a energia existente no universo sendo constante (e ela é
constante), a entropia do universo sempre tenderá para um máximo. (Entropia pode ser
entendida como o nível de desorganização de um sistema.) Elas ainda estabelecem que a
tendência natural de todos os sistemas deixados por conta própria, com o passar do
tempo, é de se autodesorganizarem.
Perceba que as leis da Termodinâmica não foram criadas pelos cientistas; elas
foram, sim, descobertas pelos cientistas. Elas nos dizem que se alguma coisa possui um
certo grau de complexidade no presente, é porque no passado essa complexidade já foi
maior. Essas leis não falam da origem da complexidade, mas sobre o que acontece com
qualquer tipo de complexidade a medida que o tempo passa.
Apenas como exemplo, pense num tênis. Você compra um novo, começa usá-lo
para as suas caminhadas, corridas, algum tipo de esporte, etc. À medida que você usa,
ele vai ficando “velho”, isto é, a sola descola, o cadarço quebra, a costura se desfaz, o
tecido rasga, etc. Isso é o que a entropia faz.
Veja o gráfico a seguir. A linha “t” é do tempo. A linha “S” é da entropia. A linha
“vermelha” mostra que a entropia aumenta à medida que o tempo passa.

É importante lembrar que a entropia atua em todos sistemas, inclusive nos


organismos vivos, na codificação genética de cada um deles, além de atuar também nos
corpos celestes, sejam eles planetas, luas, estrelas, ou mesmo agrupamentos como as
galáxias.
Conhecendo-se leis como essas e os parâmetros a elas relacionados, torna-se
possível afirmar como a natureza teria sido logo no seu início, se altamente complexa ou
altamente desorganizada.
Voltando ao exemplo do tênis. Seria possível que um tênis novinho tivesse vindo
à existência, espontaneamente, por meio de algum processo natural? A resposta é não.
Por quê? Porque processos naturais e leis da natureza não trazem à existência coisas
complexas como um tênis. Haveria necessidade de uma evolução.
E um velho? Também não. Por quê? Pela mesma razão de um novo. Um tênis
velho é um exemplo claro do que acontece com um tênis novo ao longo do tempo.
Com o passar do tempo, por conta própria, sistemas possuem uma diminuição de
complexidade e não um aumento. Em outras palavras, eles não evoluem.
Perceba que as Leis da Termodinâmica são contra o conceito
naturalistas que os “milhões” ou mesmo os “bilhões” de anos teriam sido a
causa da evolução. Essas leis afirmam categoricamente que o tempo é contra
a evolução e não a seu favor.
Evolução necessita de tempo… de muito tempo. Mas não é o tempo
que faz com que coisas mudem! Os processos naturais e as leis da natureza,
agindo ao longo do tempo, é que fazem com que as coisas mudem!
Ao estudarmos o universo hoje, vemos a complexidade que ele exibe.
Estrelas estão em pleno funcionamento. Galáxias possuem estruturas bem
definidas e funcionais. Planetas possuem sistemas atmosféricos e tectônicos
dinâmicos.
Baseado nas leis da natureza (por exemplo as da Termodinâmica), você
diria que no passado o universo teria sido mais complexo ou menos
complexo do que ele é hoje?
O que você acha que um cientista que conhece bem as leis da
Termodinâmica, honestamente diria? Que no passado o universo já foi mais
complexo e organizado do que ele é hoje. 15 Veja a comparação.

Tomemos as leis científicas e o conhecimento científico atual para


compararmos as duas propostas.
A primeira lei da Termodinâmica diz que a energia que existe no
universo é constante, portanto, a sua entropia (capacidade de desorganização)
tende sempre para um máximo. A segunda lei diz que a tendência natural de
todos os sistemas é ir do organizado para o desorganizado.
Podemos resumir as propostas da primeira e da segunda lei da
Termodinâmica, expressas por Rudolph Clausius e Herman von Helmholtz
nas seguintes palavras:
Sendo que o universo está continuamente indo na direção de um estado
de maior desorganização, ele deve ter sido energizado em algum tempo
no passado finito por meio de um processo que violou a segunda lei da
termodinâmica.

Essas leis estabelecem que o universo teria que ter uma organização
muito maior no seu início do que a encontrada atualmente. Em outras
palavras, o universo teria de ter começado com uma complexidade maior que
a atual e, ainda, perfeitamente funcional, pois com o passar do tempo a sua
capacidade de funcionamento certamente diminuiria.
Quando os criacionistas afirmam que no início o universo foi trazido à
existência completo, complexo e perfeitamente funcional, eles se baseiam nas
leis da natureza e nos processos naturais para que tal afirmação possa ser
feita.
Portanto, na Cosmogonia (estudo da origem do universo), a teoria
criacionista é perfeitamente compatível com as leis da natureza e com os
processos naturais conhecidos.
Não existe base científica para refutar a Cosmogonia criacionista!
Vejamos agora o caso da vida.
O naturalismo propõe que supostos amontoados de aminoácidos
(ácidos monocarbônicos) teriam se agrupado, formando estruturas mais
organizadas (proteínas), que formaram estruturas ainda mais organizadas
(DNA e RNA), que formaram estruturas ainda mais organizadas (células),
que formaram estruturas ainda mais organizadas (procariotes – organismos
unicelulares como cianobactérias), que formaram estruturas ainda mais
organizadas (protozoários), que formaram estruturas ainda mais organizadas
(metazoários).
Os criacionistas afirmam que vida teria sido criada completa, complexa
e perfeitamente funcional (extremamente organizada), com capacidades
limitadas de variação, adaptação, especiação e especialização. Eles afirmam
também que, com o passar do tempo, a informação genética codificada tende
a uma diminuição da sua complexidade e não a um aumento.
O mesmo é verdadeiro com respeito à vida, pois todas as formas de
vida são sistemas funcionais que também trabalham com trocas de energia e,
portanto, sujeitos às leis da termodinâmica.
Comecemos com o estudo da origem da informação genética codifica a
qual é encontrada em todos os organismos.
A teoria da informação é um campo da matemática aplicada que estuda
os limites fundamentais e a fidelidade nos processos de armazenamento e
comunicação de informação. Áreas como a matemática, estatística, física,
ciência da computação, neurobiologia e engenharia elétrica utilizam-se dos
princípios dessa teoria.
Aplicações dessa teoria podem ser encontradas na compressão, sem
perda de dados, de arquivos (arquivos ZIP), compressão onde informação
desnecessária é descartada (arquivos MP3) e codificação de canais de
comunicação (linhas DSL).
A teoria da informação é muito clara e específica ao afirmar que
processos puramente naturais não produzem informação codificada e que
informação codificada ao longo do tempo tende a corromper-se, perdendo o
conteúdo original, tornando-se inutilizável.
Ela afirma que toda informação codificada tem sua origem numa fonte
inteligente.
Um exemplo simples dessa realidade são os arquivos guardados nos
discos rígidos dos computadores que se tornam corrompidos, tornando
necessário o processo de reformatação ocasionalmente.
Afirmar que informação com maior complexidade teria surgido ao
longo do tempo espontaneamente seria o equivalente a afirmar que o sistema
operacional Windows 10 instalado num computador teria sido o resultado de
um número gigantesco de travamentos do Windows 95, que por sua vez
resultaria de um outro número gigantesco de travamentos do sistema
operacional DOS.
Em outras palavras, o sistema operacional atual seria decorrente da
evolução de um sistema mais simples que fora instalado nesse mesmo
computador, num passado distante – o qual, ao longo dos anos, teria passado
por inúmeras alterações devido a travamentos e reinicializações (ctr-alt-del)!
Todos sabemos que o DOS ou o Windows 95 jamais teriam produzido
um Windows 10 por meio de processos espontâneos e aleatórios, puramente
naturais. Isso simplesmente não ocorre!
Assim, também, dizer que a informação contida no DNA de um
organismo unicelular – que teria supostamente existido há bilhões de anos –
teria se transformado, ao longo do tempo, por meio de processos puramente
naturais e aleatórios, na informação contida no DNA de um ser humano é
totalmente contrário ao conhecimento estabelecido pela teoria da informação.
Tal proposta só pode ser aceita por meio da fé e não baseada no
conhecimento científico.
A ciência afirma claramente que todos os sistemas, espontaneamente,
sempre irão do organizado para o desorganizado (leis da Termodinâmica) e
que informação, além de não ser resultante de processos naturais e aleatórios,
a longo prazo se corrompe, tornando-se inútil (teoria da Informação).
Portanto, é fundamental para que qualquer teoria – antes de fazer uma
afirmação sobre a origem da vida – apresente uma proposta clara sobre a
origem da informação existente nas formas de vida.
O evolucionismo não possui um argumento compatível com o
conhecimento científico obtido por meio da teoria da informação.
Já o criacionismo é perfeitamente compatível com a evidência e com o
conhecimento científico, pois afirma que vida, tendo sido criada, possui
informação codificada que não teria sido gerada por meio de processos
naturais.
Infelizmente a evolução tem causado muita confusão por não fazer
distinção entre o código e o meio onde ele está armazenado. Muitos
evolucionistas confundem a informação genética codificada com o meio onde
ela está armazenada, o DNA.
Seria como confundir o sistema operacional Windows com o DVD
onde este está armazenado.

Por essa razão muitos evolucionistas ignoram a origem da informação


genética e preocupam-se apenas com a origem do DNA. Eles assumem que
se for possível provar como o DNA teria surgido espontaneamente, ficaria
também provado que a informação genética teria surgido espontaneamente.
O criacionismo faz distinção entre a informação genética e o meio onde
essa informação está guardada. A origem de um pode não estar associada à
origem do outro.
Tomemos novamente como exemplo o sistema operacional Windows.
O código desse sistema operacional pode ser armazenado num DVD, ou num
disco rígido, ou ainda num pen drive.
Note que a origem do DVD, ou disco rígido, ou ainda do pen drive não
estabelece ou mesmo esclarece a origem do sistema operacional Windows.
A empresa que fabricou o DVD, ou o disco rígido, ou ainda o pen drive
provavelmente não foi a Microsoft, que é a empresa que produz o código do
sistema operacional Windows.
Uma boa teoria sobre a origem da vida fará esse tipo de distinção: entre
a origem da informação genética e a origem do DNA.
O Criacionismo Científico faz essa distinção.
Sua proposta sobre a Biogênese (origem da vida) é perfeitamente
compatível com o conhecimento científico.
Não existe base científica para refutar a Biogênese criacionista!
Já tratamos no capítulo anterior da questão relacionada com a geração
espontânea proposta pelo evolucionismo quanto à origem da vida supondo
uma origem espontânea do próprio DNA.
Podemos encerrar dizendo que a segunda lei da Termodinâmica é
fundamental para uma compreensão correta das origens.
O renomado astrônomo, físico e matemático inglês, Sir Arthur S.
Eddington, colocou a importância da segunda lei da Termodinâmica da
seguinte forma:

“Há apenas uma lei da Natureza – a segunda lei da Termodinâmica – que


reconhece uma distinção entre o passado e o futuro de maneira mais
profunda do que a diferença entre soma e subtração. Ela está acima de
todas as outras. … Ela abre uma nova área do conhecimento, ou seja, o
estudo da organização; e está ligada à organização relacionada com a
direção do fluxo do tempo e uma distinção entre fazer e desfazer aparece
pela primeira vez.” 16

Sem dúvida, a segunda lei da Termodinâmica não refuta a proposta


criacionista. Pelo contrário, ela dá à proposta criacionista todo o suporte
necessário.
Por outro lado, ela refuta a tentativa fútil do evolucionismo ao afirmar
que tanto o universo quanto a vida teriam evoluído lentamente ao longo do
tempo, partindo de um estado caótico até a tremenda organização que a
ciência estuda hoje.
Sem dúvida, o que tem sido refutado é o conjunto das propostas
evolucionistas e não as criacionistas.
DIZEM QUE… “CRIACIONISTAS SÃO
PSEUDOCIENTISTAS”
Cientistas são indivíduos treinados nas muitas áreas da ciência que estão
envolvidos com algum tipo de atividade sistemática de pesquisa, os quais utilizam o
método científico visando adquirir conhecimento.
No passado o termo cientista era usado mais especificamente para os
matemáticos, físicos, astrônomos, químicos e biólogos, que na época eram conhecidos
como naturalistas por estudarem somente a natureza. Atualmente o uso do termo
cientista é mais amplo, sendo utilizado para pesquisadores de áreas não relacionadas
com a natureza, como as ciências sociais e a psicologia.
O termo pseudociência pode ser descrito como uma afirmação que aparenta ser
científica, mas que não se baseia numa metodologia científica apropriada, faltando ainda
o suporte das evidências.
Qualquer determinação entre ciência e pseudociência sempre possuirá
implicações filosóficas e científicas. Fazer uma distinção clara entre “fatos e teorias
científicas” e “crenças de uma pseudociência” sempre exigirá a capacidade de distinguir
tendências pessoais por parte daqueles que fazem a avaliação.
Tomemos como exemplo o trabalho desenvolvido por Gregor Mendel (1822-
1884), um cientista austríaco e frade agostiniano, que por anos pesquisou a
hereditariedade de certos traços característicos em ervilhas. Ele é hoje considerado o pai
da genética.
O trabalho de Mendel foi considerado pseudociência por não se conformar aos
moldes do pensamento da sua época. Seu trabalho foi publicado em 1865, seis anos
após Darwin ter publicado o seu livro A Origem das Espécies, ou seja, pouco tempo
após a introdução da teoria darwiniana. O trabalho de Mendel foi “redescoberto”
somente em 1900 e, mesmo assim, foi tido como controverso por se opor ao
predominante pensamento darwinista.
A pesquisa de Mendel obedeceu rigorosamente a metodologia científica, e,
portanto, o seu resultado jamais poderia ter sido considerado pseudociência por parte
daqueles que formavam a elite do pensamento científico durante os seus dias.
Os que se opuseram ao trabalho de Mendel é que eram os verdadeiros
pseudocientistas por quererem defender uma posição científica (que continua sem
fundamentos ainda hoje) e não uma verdade científica.
Por que tanta oposição?
Ernest William MacBride, biólogo irlandês, identificou a razão ao comentar o
seguinte sobre o trabalho de Gregor Mendel:

“Eu tenho observado todo o trabalho que estava acontecendo ali e quanto mais eu o
vejo mais convicto eu fico que o mendelismo (genética de Mendel) não tem nada a
ver com evolução.” 17

A razão verdadeira da não aceitação imediata do trabalho de Mendel não foi a


metodologia científica aplicada por ele, mas sim o fato das suas descobertas serem
contrárias à teoria da evolução.
Assim, o que um dia foi considerado pseudociência (por ser altamente
controverso) hoje é a essência da genética clássica.
Podemos agora voltar para à questão dos criacionistas serem considerados
(erroneamente) como pseudocientistas.
Como já vimos nos capítulos anteriores, o Criacionismo Científico não é religião.
Ele não está baseado em pressupostos religiosos. Pelo contrário, ele baseia as suas
afirmações na utilização correta da metodologia científica ao estudar as leis e os
processos naturais envolvidos na origem e na continuidade da existência da natureza.
Infelizmente, muitos atualmente acreditam que cientistas que têm uma postura
não evolucionista devem ser “pseudocientistas”.
Seria muito relevante estudarmos a biografia de alguns dos mais importantes
cientistas do passado sobre as suas afirmações quanto às origens. Obviamente isso não
seria possível aqui, pois faltaria espaço e tempo para fazê-lo. Portanto, quero destacar
apenas alguns nomes da ciência cujo posicionamento era claramente favorável ao
criacionismo e que, nem por isso, deixaram de ser grandes cientistas.

Francis Bacon (1561-1626) foi um filósofo, estadista e cientista inglês que


desenvolveu o método científico pelo qual pode-se diferenciar entre uma proposta
científica e uma proposta pseudo-científica (crença). Seu método continua sendo a base
do modelo utilizado pela ciência moderna na pesquisa. Ele dizia que “preferia acreditar
em todas as lendas do que aceitar que a natureza não tivesse sido o produto de uma
mente [inteligente].”
Johannes Kepler (1571-1630) foi um matemático e astrônomo alemão e uma
figura principal na revolução científica do Século XVII. Ele é considerado o pai da
astronomia, por ter descoberto as três leis do movimento planetário, conhecidas como
Leis de Kepler. Ele disse: “… o Criador que trouxe à existência todas as coisas.”
Isaac Newton (1643-1727) foi um matemático, físico, astrônomo e filósofo
inglês, considerado o cientista de maior influência na história. Ele é o pai da mecânica
clássica. Newton afirmou: “Deus criou todas as coisas por número, peso e medida.”
Leonhard Euler (1707-1783) foi um matemático e físico suíço. Durante a sua
vida, um terço de todas as publicações científicas foram de sua autoria. Ele é conhecido
como o pai das funções. Ele disse: “… sendo que a estrutura do universo é a mais
perfeita e a obra de um sábio Criador, nada acontece no universo sem que uma regra de
um máximo ou de um mínimo apareça.”
James Prescott Joule (1818-1889) foi um físico inglês. Seus estudos levaram a
teoria da conservação da energia e, subsequentemente, ao desenvolvimento da primeira
lei da termodinâmica. Ele é considerado o pai da termodinâmica. Ele disse que “… o
próximo passo, após o conhecimento e a obediência à vontade de Deus, deve ser
conhecer algo sobre os seus atributos de sabedoria, poder e bondade manifestos nas
obras das Suas mãos.”
Louis Pasteur (1822-1895) foi um químico e microbiólogo francês. Ele criou a
primeira vacina e o processo conhecido por pasteurização. Pasteur demonstrou em 1859
que geração espontânea não ocorre. Ele disse: “A doutrina da geração espontânea nunca
mais conseguirá se recuperar desse golpe mortal dado por este simples experimento.”
Ele também disse: “Quanto mais eu estudo a natureza, mais eu fico impressionado com
a obra do Criador.”
William Thomson – Lord Kelvin (1824-1907) foi um físico, engenheiro e
matemático escocês. Desenvolveu a escala Kelvin de temperatura e juntamente com
Joule desenvolveu o trabalho para a formulação das leis da termodinâmica. Ele isse: “…
provas extremamente contundentes de inteligência e design benevolente encontram-se
ao nosso redor… a ideia ateísta é tão sem sentido que eu não consigo expressá-la em
palavras.”
James Clerk Maxwell (1831-1879) foi um físico e matemático escocês. Ele é o
autor da teoria eletromagnética (as quatro equações de Maxwell) e o trabalho estatístico
da teoria cinética dos gases (distribuição de Maxwell-Boltzmann). Ele é considerado o
pai da eletricidade e magnetismo. Ele disse: “Não existe uma teoria evolucionista que
possa ser desenvolvida com a finalidade de demonstrar a similaridade das moléculas,
pois evolução necessariamente implica em mudança.”
George Washington Carver (1864-1947) foi botânico, inventor e educador
americano. Ele revolucionou a agricultura inventando mais de 300 produtos diferentes.
Ele disse: “Eu gosto de pensar na natureza como sendo uma estação de rádio ilimitada,
através da qual Deus fala conosco a cada hora, se estivermos apenas sintonizados.”
Werner Magnus Maximilian von Braun (1912-1977) foi um físico de foguetes,
engenheiro astronáutico e arquiteto espacial, alemão-americano. Foi ele quem
desenvolveu os principais sistemas de foguetes utilizados pela NASA. Ele disse: “Ao
contemplarmos os vastos mistérios do universo, temos a confirmação da nossa fé na
certeza do Criador. Acho difícil compreender um cientista que não reconhece a presença
de uma racionalidade superior por trás da existência do universo, tanto quanto seria
difícil compreender um teólogo que negasse os fatos da ciência.”
Arthur Ernest Wilder-Smith (1915-1995) foi um químico orgânico e
farmacólogo. Recebeu três doutorados durante a sua vida. Um dos principais oponentes
da teoria da evolução do Século XX, apontando as suas falhas científicas e falta de
evidências. Ele disse: “Ele (Deus) nos fez não somente cientistas melhores mas também
homens melhores.”
Dean H. Kenyon, professor emérito de biologia da San Francisco State
University, juntamente com Dr. Gary Steinman, escreveu, em 1969, um dos principais
livros textos modernos tratando da origem da vida do ponto de vista evolucionista,
Biochemical Predestination, o qual ele mesmo refutou, mais tarde, com a publicação de
seu outro livro: Of Pandas and People, em 1989. Nesse livro Dr. Kenyon demonstra a
necessidade de um designer inteligente para que vida pudesse vir à existência. Dean H.
Kenyon deixou a teoria da evolução.
Uma lista completa de cientistas de renome que se posicionaram como
criacionistas chegaria a quase duas centenas. E, como já disse, o espaço aqui é limitado.
Mas gostaria, apenas, como referência, de citar alguns nomes, como material
biográfico para pesquisa dos interessados.

Galileo Galilei (1564–1642) física e astronomia


John Wilkins (1614–1672) fundador do sistema métrico
Walter Charleton (1619–1707) presidente do Royal College of Physicians
Blaise Pascal (1623-1662) física e matemática
William Petty (1623 –1687) estatística e economia
Robert Boyle (1627–1691) química e dinâmica dos gases
John Ray(1627–1705) história natural
Isaac Barrow (1630–1677) matemática
Thomas Burnet (1635–1715) geologia
Increase Mather (1639–1723) astronomia
Nehemiah Grew (1641–1712) medicina e botânica
Gottfried Wilhelm Leibnitz (1646–1716) matemática
John Flamsteed (1646–1719) fundador do observatório de Greenwich
William Derham (1657–1735) ecologia
Cotton Mather (1662–1727) medicina
John Harris (1666–1719) matemática
John Woodward (1665–1728) paleontologia
William Whiston (1667–1752) física e geologia
John Hutchinson (1674–1737) paleontologia
Jonathan Edwards (1703–1758) ciência atmosférica
Carolus Linneaus (1707–1778) taxonomia
Jean Deluc (1727–1817) geologia
Richard Kirwan (1733–1812) mineralogia
William Herschel (1738–1822) descobridor de Urano
James Parkinson (1755–1824) medicina
John Kidd, M.D. (1775–1851) química sintética
William Kirby (1759–1850) entomologia
Jedidiah Morse (1761–1826) geografia
Benjamin Barton (1766–1815) botânica e zoologia
John Dalton (1766–1844) teoria atômica moderna
Charles Bell (1774–1842) anatomia
John Kidd (1775–1851) química
Humphrey Davy (1778–1829) termocinética
Benjamin Silliman (1779–1864) mineralogia
Peter Mark Roget (1779–1869) medicina
David Brewster (1781–1868) mineralogia óptica
William Buckland (1784–1856) geologia
William Prout (1785–1850) química
Michael Faraday (1791–1867) eletromagnetismo
Samuel F.B. Morse (1791–1872) telégrafo
John Herschel (1792–1871) astronomia
Joseph Henry (1797–1878) membro fundador do National Institute for the Promotion of
Science
Richard Owen (1804–1892) paleontologia
Mathew Maury (1806–1873) oceonografia
Louis Agassiz (1807–1873) glaciologia
Henry Rogers (1808–1866) geologia
James Glaisher (1809–1903) ciência atmosférica
Philip H. Gosse (1810–1888) ornitologia e zoologia
Henry Rawlinson (1810–1895) arqueologia
James Y. Simpson (1811–1870) anestesiologia
James Dana (1813–1895) geologia
Joseph Henry Gilbert (1817–1901) agricultura
Thomas Anderson (1819–1874) química
Charles Piazzi Smyth (1819–1900) astronomia
George Stokes (1819–1903) mecânica dos fluidos
John William Dawson (1820–1899) geologia
Rudolph Virchow (1821–1902) patologia
Henri Fabre (1823–1915) entomologia
William Huggins (1824–1910) espectroscopia astronômica
George F. B. Riemann (1826–1866) geometria diferencial
Joseph Lister (1827–1912) cirurgia antiséptica
Balfour Stewart (1828–1887) eletricidade ionosférica
Peter Guthrie Tait (1831–1901) análise vetorial
John B. Pettigrew (1834–1908) anatomia e fisiologia
John Strutt, Lord Rayleigh (1842–1919) análise por modelos (gases inertes)
William Abney (1843–1920) astronomia
Alexander MacAlister (1844–1919) anatomia
A.H. Sayce (1845–1933) arqueologia
John Ambrose Fleming (1849–1945) eletrônica (válvula elétrica e termiônica)
L. Merson Davies (1890–1960) geologia e paleontologia
Douglas Dewar (1875–1957) ornitologia
Howard A. Kelly (1858–1943) ginecologia
Paul Lemoine (1878–1940) geologia
Frank L. Marsh (1899-1992) biologia
Ernest John Mann (1925-2005) agricultura
Edward H. Maunder (1851–1928) astronomia
William Mitchell Ramsay (1851–1939) arqueologia
William Ramsay (1852–1916) química dos isótopos
Charles Stine (1882–1954) química orgânica
Arthur Holly Compton (1892–1962) Prêmio Nobel – Efeito Compton
Sir Cecil P. G. Wakeley (1892–1979) medicina
Wernher M. M. Freiherr von Braun (1912–1977) inventor dos foguetes espaciais
Henry Madison Morris (1918–2006) geologia
Duane Tolbert Gish (1921–2013) bioquímica
Verna Wright (1928-1998) reumatologia

Muitos cientistas modernos são céticos quanto às afirmações das propostas


evolucionistas relacionadas com a capacidade da mutação aleatória e da
seleção natural como uma explicação da complexidade da vida. Eles
expressam a necessidade de um exame cuidadoso das evidências da teoria
darwinista. Basta ver a lista dos que assinaram esse manifesto. 18
DIZEM QUE… “OS CRIACIONISTAS IGNORAM AS
LEIS DA NATUREZA”
A expressão “Leis da Natureza” tem o mesmo significado que “Leis da
Ciência”, ou “Leis Científicas”, ou ainda “Leis Físicas”. Já vimos no capítulo
3 as definições de “Leis da Natureza”, “Teoria Científica” e “Hipótese
Científica”.
Toda proposta científica deve estar relacionada com algum
conhecimento prévio da natureza. Algumas propostas estão relacionadas
diretamente com as leis da natureza conhecidas. A não ser que haja
evidências suficientes para aceitar à existência de uma possível lei que ainda
não é conhecida, as leis conhecidas deveriam ser usadas como base da
proposta.
Nesses casos é necessário compreender a diferença entre uma evidência
e a interpretação a ela atribuída. Por exemplo, um fóssil é uma evidência. A
interpretação que esse fóssil teria sido antepassado de uma forma de vida
atual não é evidência, pois a interpretação pode estar totalmente equivocada.
Sugerir à existência de supostas leis baseando-se em interpretações
também não faz parte da metodologia científica. O certo é sugerir à existência
de possíveis leis baseando-se em observações e não em interpretações.
As leis da natureza são regras conhecidas pela ciência que descrevem
adequadamente o comportamento da natureza – por exemplo a lei da
gravidade.
Uma pessoa em qualquer lugar da superfície da Terra, ao soltar um
objeto observa que ele “cai”. Esse “cair” nada mais é do que a observação da
lei da gravidade. A massa da Terra atrai o objeto e o objeto atrai a massa da
Terra. Como a massa da Terra é excessivamente maior que a massa do
objeto, este se desloca (acelera) em direção à Terra muito mais rapidamente
do que a Terra se desloca em direção ao objeto. A força da gravidade é uma
força de atração de massas.
Leis como essa são conhecidas, estudadas e testadas pela ciência
regularmente. Entendemos que as leis também possuem as suas limitações.
Por exemplo, a lei da gravitação universal (mais conhecida como lei da
gravidade) descoberta e formulada por Isaac Newton, na sua presente forma,
não descreve corretamente o que ocorre no nível atômico. Mas descreve
corretamente a interação que ocorre entre matéria no nível não atômico.
É necessário compreender que as leis da natureza são a causa dos
processos observados na natureza. E esses processos estão ocorrendo o tempo
todo ao nosso redor devido a essas leis.
Esses processos são funcionais, ou seja, necessários para que o
universo e a vida continuem a existir.
Quando tratamos da origem da vida e do universo, existem muitas leis
conhecidas e extremamente relevantes para o estudo.
A Lei da Biogênese, por sua relevância e testabilidade, é uma lei
extremamente relevante no que diz respeito ao estudo da origem da vida. Ela
afirma que vida gera vida. Em outras palavras, vida é sempre proveniente de
vida.
Essa lei afirma que vida não poderia surgir espontaneamente em áreas
que não tenham sido contaminadas por outras formas de vida já existentes.
A Lei da Biogênese é válida para qualquer lugar e para qualquer
período da história do planeta Terra. Não existe até o presente momento
nenhum experimento ou dado observacional que refute essa afirmação.
Portanto, quando um criacionista diz que a vida foi criada, ele está
fazendo uma afirmação baseada na Lei da Biogênese. Ele não faz tal
afirmação baseada numa doutrina religiosa.
Por outro lado, quando um evolucionista diz que a vida teria surgido
espontaneamente, num passado distante (geração espontânea), ele está
fazendo uma afirmação que não possui embasamento científico. Não existe
uma tal “lei da abiogênese” (não vida gerando vida).
Contrário ao criacionismo, o evolucionismo usa a sua crença e não a
ciência para descrever como vida teria surgido.
Nas palavras do próprio Louis Pasteur:

“Jamais a doutrina da geração espontânea irá se recuperar do golpe


mortal desse simples experimento. … não existem circunstâncias
conhecidas pelas quais poderia ser afirmado que seres microscópicos
vieram ao mundo sem germes, sem progenitores, iguais a eles mesmos.”
19

Criacionistas não ignoram o fato que geração espontânea nunca foi


demonstrada em laboratório e que toda a evidência, tanto experimental
quanto observacional, é contra a geração espontânea de qualquer forma de
vida, seja ela considerada simples ou complexa, seja ela atual ou do passado.
Os Criacionistas não aceitam a geração espontânea pelo simples fato
que até o presente momento ela é uma doutrina e não uma proposta
estabelecida pela ciência. Geração espontânea não é uma lei científica.
Já foi mencionado no capítulo quatro que as leis da termodinâmica e o
conhecimento estabelecido pela teoria da informação estabelecem claramente
que o aumento de complexidade funcional – de forma espontânea – não
acontece.
Quero ilustrar esse conceito básico de outra maneira. Imagine um
novelo de linha em suas mãos. À medida que você puxa o fio, e permite que
ele vá caindo no chão, a linha não ficará mais organizada do que já estava no
novelo. Ao contrário, ela ficará toda enroscada em si mesma. A
“complexidade” gerada nada mais é que uma grande bagunça, que certamente
acabará irritando você caso não consiga enrolá-la novamente, de forma
utilizável.
Puxar a linha de um novelo achando que espontaneamente ela se
tornará numa blusa de tricô ou crochê é simplesmente absurdo.
Sabemos que complexidade funcional não aparece através de processos
aleatórios e espontâneos. Para que haja complexidade funcional, há
necessidade de uma intervenção inteligente de alguma forma.
Devido a essa evidência científica, os criacionistas não aceitam que
“vida simples” teria dado origem a “vida complexa”, como propõe a teoria da
evolução.
Observe que os criacionistas não aceitam tais propostas, não porque
desconhecem ou mesmo ignoram as leis científicas. Pelo contrário! É
justamente por conhecê-las que não aceitam tais ideias contrárias às leis
estabelecidas. Isso é boa e verdadeira ciência!
Por outro lado, veja a situação da proposta evolucionista em relação ao
avanço científico.
Dr. Michael Denton, biólogo molecular, disse o seguinte:

“Nenhum dos dois axiomas fundamentais da teoria macroevolucionista


de Darwin [i.e., (1) a continuidade evolucionista da natureza ligando
todas as formas de vida num contínuo que volta a uma origem
primordial, e (2) o planejamento ajustável da vida como resultado de
processos cegos, aleatórios] foram validados por uma única descoberta
empírica ou avanço científico desde 1859.” 20
O problema é ainda mais acentuado na Cosmogonia (estudo da origem
do universo).
Como já vimos, os criacionistas afirmam que o universo foi trazido à
existência completo, complexo e perfeitamente funcional.
Essa afirmação científica também não está baseada em propostas
religiosas mas nas claras, precisas e bem estabelecidas leis da termodinâmica.
A proposta do naturalismo evolucionista através do “big bang”, por sua
vez, não possui embasamento científico (embora o chame de científico).
Stephen Hawking, conhecido cosmólogo e físico teórico inglês, no seu
livro “O Universo Numa Casca de Nóz” faz uma afirmação muito
interessante.

Perceba a expressão em vermelho, no canto esquerdo inferior do


gráfico: “Período das leis da física estranhas e desconhecidas”. 21 Essa
expressão é muito interessante.
Qual o significado real dessa expressão?
Veja os adjetivos usados para descrever as leis que supostamente
teriam trazido o universo à existência através de um big bang: “estranhas” e
“desconhecidas”.
Por que elas são estranhas?
Por que elas são desconhecidas?
Se ainda não percebeu, deixe-me ajudá-lo.
Você já deve ter ouvido sobre o relato bíblico da saída do povo de
Israel do Egito e a travessia do Mar Vermelho. Pois bem, segundo o relato
bíblico, o mar teria sido aberto, o fundo teria sido exposto e o povo teria
passado por esse “vale” com as paredes de água de um lado e do outro.
Como explicar cientificamente a abertura de um corpo de água, como o
Mar Vermelho, para que tal caminho fosse formado no seu leito?
A resposta seria usar as mesmas palavras usadas por Stephen Hawking
para descrever o início do universo por meio de um big bang: “leis da física
estranhas e desconhecidas”.
Existe uma palavra que descreve corretamente a expressão “leis da
física estranhas e desconhecidas”. A palavra é “milagre”.
O que a ciência sabe é que pelas leis normais e conhecidas o universo
não teria vindo à existência por meio de um big bang.
Não é interessante que aquilo que tem sido uma crítica enfática contra o
posicionamento criacionista, a saber, “que os criacionistas não aceitam as leis
da natureza”, é exatamente o que os naturalistas têm feito com as suas
“teorias”? Não são os criacionistas que não aceitam as leis descobertas e que
descrevem a natureza.
Note que os acusadores dos criacionistas têm se tornado culpados
daquilo que eles mesmos condenam: não aceitar as leis da natureza!
Basta aceitar as leis conhecidas (como as leis da termodinâmica) para
saber que o universo não teria vindo à existência por meio de um big bang.
Ele teria de ter sido criado!
Uma afirmação muito esclarecedora, feita pelo antropólogo americano
Loren Corey Eiseley, revela o verdadeiro problema existente por trás da
crítica forjada pelos evolucionistas:

“Depois de repreender o teólogo por sua confiança no mito e no milagre,


a ciência [evolucionista] se encontrou na pouco invejável condição de ter
de criar uma mitologia própria: a saber, a suposição de que aquilo que,
depois de longo esforço, não pode ser provado como tendo lugar hoje,
havia, na verdade, tido lugar num passado primordial.” 22
DIZEM QUE… “OS CRIACIONISTAS IGNORAM AS
EVIDÊNCIAS A FAVOR DA EVOLUÇÃO”
Segundo o Dr. Ludwik Fleck, Diretor do Instituto de Microbiologia da
Escola de Medicina da Universidade Maria Sklodowska-Curie:

“Um fato deve ser algo definitivo, permanente e independente de


qualquer interpretação subjetiva por parte de um cientista, sendo ainda
supostamente distinguível de teorias transientes.” 23

Evidências científicas são usadas para dar suporte ou para refutar


hipóteses e teorias científicas. As evidências são geralmente classificadas
como empíricas ou interpretativas, sendo que ambas devem ser validadas pela
metodologia científica.
As normas para aceitação das evidências científicas variam de acordo
com o campo de pesquisa, mas a força de uma evidência científica baseia-se
principalmente (1) nos resultados da análise estatística e (2) nos experimentos
e observações planejados para minimizar o efeito de variáveis além daquelas
que estão sendo estudadas (controle científico).
A hipótese evolutiva oferece um grande desafio devido à inexistência
de evidências, tanto para a análise estatística quanto nos experimentos e nas
observações.
Como já foi visto no capítulo três, não existe uma única experiência científica que
possa ser produzida em laboratório através da qual possa ser demonstrado que: (1)
matéria inorgânica teria dado origem à vida (geração espontânea); (2) a geração
espontânea teria ocorrido uma única vez; (3) vírus, bactéria, plantas e animais estariam
todos inter-relacionados; (4) a protozoa teria dado origem a metazoa; (5) todos os tipos
de invertebrados (filo) estariam inter-relacionados; (6) os invertebrados teriam dado
origem aos vertebrados; (7) dentro dos vertebrados: os peixes teriam dado origem aos
anfíbios, os anfíbios teriam dado origem aos répteis, os répteis teriam dado origem às
aves e aos mamíferos.
Não existe uma única evidência para essas propostas. Não existe na pesquisa de
campo, não existe nos experimentos em laboratório.
A única área em que a evolução poderia encontrar algum respaldo para as suas
propostas é no campo da paleontologia, por ela ser altamente interpretativa.
Sendo que existem mais de um milhão e quinhentas mil espécies de organismos
no planeta, não deveriam faltar evidências no registro fóssil.
Mas é justamente no registro fóssil que a evolução tem encontrado o seu maior
desafio e oposição.
Darwin, embora crendo que a descoberta de novos fósseis provaria a sua teoria, já
havia percebido o tamanho do problema do registro fóssil e que ele era contra a
evolução. No seu livro “A Origem das Espécies” escreveu:

“… o número de variedades intermediárias, as quais existiram previamente,


[deveria] verdadeiramente ser enorme. Por que, então, as formações geológicas e
cada um dos estratos não estão repletos destes tais elos intermediários? A geologia,
sem dúvida, não revela tal cadeia orgânica finamente graduada; e isto, portanto, é a
objeção mais óbvia e séria que pode ser levantada contra a teoria [da evolução].” 24

Cento e vinte anos após a publicação do livro de Darwin, o problema com a falta
de evidências no registro fóssil continuava:

“…nós estamos agora cerca de 120 anos após Darwin, e o conhecimento do


registro fóssil tem sido amplamente expandido. Nós temos agora cerca de um
quarto de milhão de espécies de fósseis, mas a situação não tem mudado muito. O
registro da evolução ainda permanece surpreendentemente abalado e,
ironicamente, nós temos até mesmo menos exemplos de transição evolucionária
que possuíamos durante o tempo de Darwin… Portanto, o problema de Darwin
não tem sido aliviado durante estes últimos 120 anos, e nós ainda temos um
registro que mostra mudança mas que dificilmente poderia ser considerado como a
conseqüência mais racional da seleção natural.” 25

Apenas como exemplo do problema encontrado pela evolução na falta de


evidências no registro fóssil, consideremos as evidências da evolução das cobras:

“Infelizmente, a história fóssil das cobras é muito fragmentária, de modo que é


necessário inferir uma grande parte da sua evolução partindo da anatomia
comparativa das formas modernas.” 26

“A origem das cobras ainda é um problema sem solução.” 27

“Os zoólogos debatem a origem evolutiva das serpentes.” 28


“O debate está longe de ser resolvido.” 29

Um artigo publicado em janeiro de 2015 30, sobre uma descoberta


paleontológica de quatro fósseis de cobras – os mais antigos encontrados até o momento
– produziu alguns comentários extremamente interessantes a respeito da contínua
pesquisa evolucionista sobre a origem naturalista e a evolução das cobras:

“As cobras nesses grupos são praticamente cobras, não há dúvida sobre a afinidade
dessas formas de vida… As amostras [fósseis] parecem ser mais parecidas com
cobras modernas que pertencem a grupos bastante obscuros [pouco conhecidos], e
que acreditam ser membros um tanto primitivos da família das cobras, tais como
um grupo chamado anilioides…” 31

Um outro artigo publicado em 2006 sobre os pinguins 32 também trouxe uma


informação fascinante sobre a árvore filogenética desses animais, proposta pelos
evolucionistas. Até onde pode ser traçado, os pinguins teriam vindo de um pinguim.
Fascinante! O artigo continua procurando mostrar a relação evolutiva entre os pássaros
terrestres e os pássaros marinhos.

Em março de 2014, cientistas relataram sobre cromossomos fossilizados de


plantas – DNA fossilizado de samambaia dentro de células requintadamente
preservadas. Depois de supostos 180 milhões de anos, naturalistas esperavam que a
evolução de alguma forma afetasse o número, o comprimento, ou arranjo desses
cromossomos das plantas, mas a equipe não encontrou nenhuma diferença entre os
cromossomos fósseis e cromossomos das samambaias atuais (vivas). Em outras
palavras, eles não encontraram nenhum indício de evolução – uma intrigante se não
espetacular descoberta. 33
Em setembro de 2014, uma outra publicação científica colocou em destaque a
controversa sistemática explicação evolucionista sobre órgãos vestigiais. Dessa vez foi o
caso das baleias, que supostamente no passado teriam sido mamíferos terrestres que
teriam migrado de volta para o oceano. 34
“Nova pesquisa torna a antiga e aceita pressuposição evolucionista de cabeça para
baixo – descobrindo que longe de serem apenas vestigiais, os ossos da pélvis da
baleia têm uma função fundamental na reprodução.” 35

Interessante o quão pouco foi divulgado sobre essa descoberta!


Podemos resumir a questão do registro fóssil da seguinte forma:
No registro fóssil não são encontrados fósseis parcialmente evoluídos, mas tão
somente organismos completamente funcionais. Não existe no registro fóssil uma
única sequência paleontológica finamente graduada que revele uma única
sequência evolutiva.

A suposta evolução humana proposta pelos evolucionistas – macacos, primatas,


australopithecos e humanos (segundo a classificação cladística) – é uma área onde a
interpretação ganha o lugar da evidência. Deixe-me dar um exemplo.
Muitos evolucionistas continuam citando o Australopithecus afarensis
(conhecido por Lucy) como evidência,. No entanto, o tamanho da caixa craniana (387
cc) 36, as características do ombro (soquetes virados para cima) 37, sua estatura (1
metro) 38 e a sua capacidade locomotora arbórea (característica de animais que sobem
em árvores) 39 são de um chimpanzé!
Lembre-se que a força de uma evidência está não na interpretação, mas
(1) nos resultados da análise estatística e (2) nos experimentos e observações
planejados para minimizar o efeito de variáveis além daquelas que estão
sendo estudadas (controle científico).
As chamadas “evidências” evolutivas não apresentam nenhum desses
dois fatores fundamentais.
Como poderiam ser consideradas “evidências que confirmam
claramente a teoria da evolução”, se nem evidências elas são?
Colocando de forma simples, as evidências não existem, portanto, não
há nada sendo ignorado. Caso você não concorde com essa afirmação, sugiro
que leia os capítulos seguintes, oito e nove.
Duas citações muito esclarecedoras sobre a questão das evidências
evolucionistas lançam muita luz sobre o assunto.
A primeira é do Dr. Andrew Knoll, um pesquisador evolucionista
muito respeitado, sobre os primórdios da vida no planeta Terra.
Numa entrevista, do programa NOVA, da TV americana, ele
respondeu, dentre muitas outras, duas perguntas fundamentais e
extremamente relevantes sobre a origem da vida:

NOVA: “Qual a origem da vida? Como substâncias inorgânicas (sem


vida) produziram vida? O que teria produzido os mecanismos que
permitiram a reprodução das primeiras formas de vida?”
Dr. Knoll: “A resposta é que nós não sabemos realmente como a vida se
originou neste planeta… Nós não sabemos como a vida começou neste
planeta. Nós não sabemos exatamente quando ela começou, nós não
sabemos sob quais circunstâncias.”
NOVA: “Será que um dia resolveremos o problema?”
Dr. Knoll: “Eu não sei. Eu imagino que os meus netos estarão ainda
sentados dizendo que isto [a origem da vida] é um grande mistério.” 40

O Dr. L. R. Wysong colocou essa questão da seguinte forma:

“A evolução não é a formulação do verdadeiro método científico. Eles


[cientistas naturalistas que reconhecem que a evolução não pode ser
provada empiricamente] compreendem que evolução significa a
formação inicial de organismos desconhecidos a partir de produtos
químicos desconhecidos numa atmosfera ou oceano de composição
desconhecida, sob condições desconhecidas, cujos organismos subiram
então uma escada evolucionista desconhecida, mediante um processo
desconhecido, deixando uma evidência desconhecida.” 41

Portanto…
DIZEM QUE… “OS CRIACIONISTAS NÃO
ACEITAM A SELEÇÃO NATURAL”
O título original do livro escrito por Charles Darwin é A Origem das
Espécies por Meio da Seleção Natural ou A Preservação das Raças
Favorecidas na Luta pela Vida.
Darwin, no capítulo três, página 49 da 1a edição, introduziu a ideia de
seleção natural dentro do contexto de sobrevivência das formas de vida:

“Mas a Seleção Natural, como veremos mais à frente, é uma força


incessantemente pronta para ação, e é tão imensuravelmente superior aos
frágeis esforços humanos, quanto as obras da Natureza são para aquelas
da Arte.”

O capítulo cinco do seu livro é dedicado inteiramente à seleção natural.


Na página 63, falando daqueles que se opõem ao uso do termo “seleção
natural”, ele diz:

“Alguns têm ainda imaginado que a seleção natural induz a


variabilidade, sendo que ela implica somente na preservação de tais
variações à medida que aparecem e são beneficiais sob suas condições
de vida.”

Sabemos que a seleção natural é considerada o principal mecanismo da evolução


Darwiniana. Sem ela seria impossível explicar como a evolução teria ocorrido.
Darwin observou corretamente que a seleção natural é um processo que
preserva variações mas não as produz. Em outras palavras, ela não é a causa
das variações.
Portanto, é importante conhecermos um pouco mais sobre esse
processo natural e as possíveis causas das variações nos organismos.
Darwin disse que a seleção natural não induz a variabilidade. Ela
apenas preserva as “…variações à medida que aparecem e são beneficiais sob
suas condições de vida.”
Darwin comparou a seleção natural com a seleção artificial, onde o
cruzamento seletivo é feito com o objetivo de selecionar características
desejáveis em animais, plantas e outros seres vivos.
Seleção natural seria o diferencial de sobrevivência e reprodução de
indivíduos devido às diferenças no fenótipo (características observáveis de
um organismo) 42, atuando na preservação das características hereditárias
repassadas às novas gerações ao longo do tempo. 43
Precisamos então compreender o que faz com que variações ocorram
nos organismos.
Existem dois métodos comuns encontrados na natureza: (1)
variabilidade genética e (2) mutações.
Variabilidade genética é a capacidade de um organismo ou um grupo
de organismos (população) de expressar características específicas de forma
variada.
Por exemplo, os gatinhos nascidos de uma mesma ninhada não são
exatamente iguais. Eles apresentam pelos com cores e padrões diferentes,
olhos com cores diferentes, tamanhos diferentes, etc.
Esse método não tem o potencial necessário para produzir novos
órgãos, formas ou funções nos descendentes (o que produziria a evolução de
uma espécie). Esse método produz somente pequenas variações (micro-
variações e não micro-evoluções).
Essa capacidade genética de produzir variações nos organismos
encontram-se satisfatoriamente codificada no DNA. No entanto, ela é uma
capacidade limitada como veremos.

Um outro exemplo desse método são os “tentilhões de Darwin”.


Uma inspeção rápida mostra quais diferenças são encontradas nos
tentilhões. Lembre-se que todos são pássaros. Todos são tentilhões.
A variabilidade genética e não as mutações teria produzido os vários
tamanhos e formatos de bicos observados.
Essa formação de variados tipos de bicos é decorrente da informação
codificada no DNA. Esse processo de variação é conhecido como
recombinação genética. Ele apenas reorganiza os genes já existentes nos
cromossomos; não cria novos genes!
Esse processo pode ser facilmente ilustrado da seguinte forma: imagine
que o material genético, que produz bicos de um certo tipo de ave, possa ser
expressos através das letras A, B e C.
A combinação das “letras genéticas” produziria os vários tipos de bicos
com as suas características específicas.
No caso das três letras, essas combinações seriam as seguintes:
ABC ACB BAC BCA CAB CBA

Perceba que isso é combinação de material genético produzindo


variabilidade morfológica!

Veja a imagem a seguir.

O que você está vendo não é evolução, mas sim variação.

É nesse tipo de variação que a seleção natural atua.


Imagine um casal de pássaros com vários filhotes. Alguns deles teriam
nascido com bicos da forma ACB. Esse bico fino e um pouco longo seria
ideal para pegar insetos em pequenos buracos das árvores. No entanto, o bico
não seria forte o suficiente para quebrar cascas duras de algum tipo de fruto
(como os bicos CBA).
Assim, num local onde houvesse abundância de insetos em pequenos
buracos das árvores, os filhotes com bicos finos e meio curtos teriam uma
vantagem seletiva (seleção natural). Eles sobreviveriam sem nenhum
problema. Esse não seria o caso dos filhotes com um bico mais grosso e
resistente. Eles teriam dificuldade de obter o seu alimento.

Lembre-se que não foi o meio que produziu o bico fino e pouco
longo.
Esse tipo de bico foi expressão do material genético já existente.

A seleção natural atua de forma eficaz nessas variações.


Voltemos agora para o segundo método, que também atua como um
mecanismo de variação.
Na biologia, mutações são uma alterações permanentes que ocorrem na
sequência de nucleotídeos do genoma de um organismo. Elas são resultantes
de algum tipo de erro ou alguma danificação do DNA.
Existem dois grupos fundamentais (mutações gênicas e
cromossômicas) e dois resultados básicos (desrupção funcional e não
alteração funcional).

Na imagem anterior estão relacionadas as mutações principais que


ocorrem dentro dos dois grupos fundamentais. Você pode observar nas
imagens do lado direito a diferença entre as abóboras normais e uma abóbora
mutante. É fácil ver o que uma mutação faz.
Para ficar ainda mais claro, vamos relacionar os dois tipos principais de
resultados que elas produzem nos organismos vivos, através dos estudos
realizados com moscas (aquelas que incomodam a gente o tempo todo).
Algumas mudanças produzidas pelas mutações não alteram o aspecto
funcional. Elas variam apenas as cores dos olhos ou mesmo a cor do corpo da
mosca. Essas são as mutações que não produzem alterações funcionais.
Embora possa haver uma vantagem seletiva decorrente desse tipo de
variação, essas mutações não favorecem a evolução. A mosca continua sendo
mosca em todos os seus aspectos e em todas as suas funções. Mesmo que
houvesse um milhão dessas mutações, as moscas e os seus descendentes
continuariam sendo moscas sem nenhum traço de evolução. Os resultados
dessas mutações você os vê do lado direito da imagem a seguir.

O segundo tipo, são as mutações que produzem desrupção funcional,


que aparecem do lado esquerdo da imagem anterior. Esse tipo poderia servir
de evidência para a evolução. Elas seriam as mutações que fariam com que as
moscas “evoluissem” em algo diferente.
No entanto, as moscas com esse tipo de mutação apresentam uma
fragilidade maior quando comparadas com as normais. Nenhuma dessas
mutações é benéfica para o organismo. Além disto, elas não apresentam
nenhuma vantagem seletiva.
Somente as moscas normais e as que possuem mutações que não
afetam a funcionalidade possuem uma vantagem seletiva. 44
É importante notar que até o presente momento, nenhuma mutação
estudada pela ciência ofereceu uma vantagem seletiva, que poderia ser
considerada uma mutação benéfica em termos evolutivos.
Esse fato científico contradiz alguns evolucionistas que afirmam existir
mutações favoráveis à evolução.
Um exemplo clássico citado é o da anemia falciforme (cromossomo
11) relacionada com a formação da hemoglobina humana.
A hemoglobina 45 normal adulta (HbA) tem a seguinte sequência de
nucleotídeos e aminoácidos:

Nucleotídeo: CTG ACT CCT GAG GAG AAG TCT


Aminoácido: Leu Thr Pro Glu Glu Lys Ser

A hemoglobina mutante adulta (HbS) tem a seguinte sequência:

Nucleotídeo: CTG ACT CCT GTG GAG AAG TCT


Aminoácido: Leu Thr Pro Val Glu Lys Ser

A diferença entre as duas sequências é uma letra genética. 46 Essa


diferença é a mutação que produz a anemia falciforme.
Dizem que ela é uma mutação benéfica porque as pessoas portadoras
são “imunes” à febre amarela.
No entanto, esse tipo de “vantagem” se desfaz totalmente diante das
muitas complicações crônicas – incluindo o alto potencial de mortalidade –
decorrentes dessa anemia.
É totalmente inviável, do ponto de vista clínico, dizer que uma pessoa
portadora de anemia (sendo ela falciforme or não) tem uma vantagem seletiva
diante das que não têm nenhum tipo de anemia (com hemoglobina normal).
Embora a anemia falciforme seja usada, pelos evolucionistas, como
exemplo de mutação “benéfica”, cientificamente falando ela não é benéfica e
está longe de oferecer uma vantagem seletiva para aqueles que a possuem no
seu material genético.
Para finalizar, existe ainda algo sobre as mutações que necessita ser
tratado aqui, por estar diretamente relacionado com a seleção natural: os
mecanismos de correção de erros encontrados no DNA.
Quando erros são detectados no DNA, alguns mecanismos importantes
de reparo são acionados. 47 Alguns deles produzem mutações.
Um desses mecanismos que produz mutações é conhecido pelo nome
de microhomologia. Ele é um mecanismo de alinhamento e rejunção das
extremidades rompidas do DNA o qual produz deleção, translocação,
inversão e outros rearranjos do material genético. Ele é um dos principais
mecanismos causadores de câncer. 48
Perceba o dilema: Quando os mecanismos de reparo fazem o seu
trabalho, o que acontece?
1. Se o erro encontrado no DNA dafinicado é reparado corretamente – a
informação genética é restaurada a sua forma original – evolução não irá
ocorrer. Isso é óbvio!
2. Se o erro encontrado no DNA danificado não é reparado
corretamente – a informação genética não é restaurada a sua forma original –
evolução também não irá ocorrer, pois uma mutação foi introduzida. Não
houve um aumento favorável à vantagem seletiva, mas sim uma diminuição.
O grande problema com a proposta evolutiva é mostrar empiricamente
que a soma de vários erros genéticos (mutações) teria sido a causa do
aparecimento de um novo órgão funcional, ou mesmo de uma nova função ou
ainda uma nova forma nos descendentes.
Até o presente momento não existe uma única evidência!
Resta ainda uma consideração final sobre a variabilidade e a seleção
natural. Ela pode ser colocada da seguinte forma:
O número de variações produzidas pela variabilidade genética seria
limitado ou ilimitado?
O conhecimento científico atual mostra que a informação genética
codificada no DNA produz uma quantidade limitada de variações, que são
expressas nos organismos através de variações adaptativas e variações não
adaptativas.
Variações adaptativas são aquelas que permitem aos descendentes de
um organismo sobreviver em condições diferentes.
Por exemplo, um urso polar (Ursus maritimus) numa região coberta por
gelo, tem uma probabilidade maior de sobrevivência do que um urso pardo
(Ursus arctos) ou negro (Ursus americanus). Seu pelo branco serve como
camuflagem no ambiente branco e gelado. Essa variação adaptativa serve
como vantagem seletiva.
Lembre-se que não foi o ambiente gelado que produziu os pelos
brancos do urso polar, nem a seleção natural. Foi a informação genética
codificada no DNA dos seus antepassados.
As patas e os pelos dos ursos polares são exemplos claros de variações
adaptativas e não de evolução. As suas patas e unhas são menos sofisticada
que as do urso negro (Ursus americanus). Elas não são menos eficientes.
Elas são menos sofisticadas! No entanto, no habitat natural do urso polar a
perda de sofisticação não acarreta em perda de eficiência. Ao contrário, essa
variação oferece uma vantagem seletiva. Tivessem as patas do urso polar
perdido a eficiência, elas teriam perdido a sua vantagem seletiva.
Note que o urso polar não deixou de ser urso e ele continuará sendo
urso.
Neste contexto, qual seria a resposta a essa simples pergunta: Caso o
gelo da região polar venha a desaparecer completamente, o que aconteceria
com o urso polar? O material genético, que ele ainda possui, permitiria que se
adaptasse ao ambiente não gelado? Ele entraria em extinção? A resposta está
na informação genética codifica no seu DNA.
Portanto, sabendo que a seleção natural não produz nova informação
genética – a qual poderia produzir novos órgãos, ou novas formas e/ou novas
funções – como explicar uma suposta evolução das espécies baseada nesse
processo natural como o principal mecanismo evolutivo?
Tomemos a suposta evolução das aves a partir dos répteis.
Tente imaginar uma boa pata de um réptil se transformando numa boa
asa de uma ave através de uma quantidade imensa de pequenas variações,
independente do tempo que pudesse demorar.
Durante esse processo – de uma boa pata se tornar em uma boa asa –
obviamente haveria um momento em que a pata perderia a sua função e a asa
ainda não seria útil – ela não daria ao organismo condições de voar. Como a
seleção natural atuaria?
Deixe-me colocar de outra forma. A partir do momento que uma pata
útil começasse a mudar, ela não seria mais tão funcional. Pense dessa forma:
uma pata que tenha 80% de funcionalidade, se houver alguma mudança –
digamos agora ela passaria a ser 85% funcional – ela se tornaria uma pata
melhor, não uma asa funcional.
Para que uma pata funcional se torne numa asa funcional, primeiro essa
pata teria de diminuir a sua funcionalidade como pata, pois ela estaria
deixando de ser pata para se tornar uma asa.
Uma pata funcional seria o órgão melhor adaptado e, portanto, a opção
óbvia da seleção natural. Uma pata que venha a perder a sua funcionalidade
não se tornaria a opção óbvia da seleção natural, até mesmo se ela estivesse
se transformando numa asa!

Portanto, a seleção natural é um sistema natural que inviabiliza (é


contra) a proposta básica da teoria da evolução.

Talvez você nunca tenha percebido isso!


Por meio da seleção natural nenhum organismo jamais poderá evoluir.
Perceba que não está sendo dito que um organismo jamais poderá variar ou
adaptar-se!
Qualquer órgão, forma ou função, que passe por um suposto processo
evolutivo, terá de primeiramente perder eficiência para então ganhar
eficiência.
A evidência científica afirma que:

Uma vantagem seletiva só ocorre num estado de desenvolvimento


completo; fases intermediárias “incompletas” não têm biologicamente
nenhum valor, sendo eliminadas pela atuação da seleção estabilizadora.

Fica claro que somente um milagre poderia salvar a proposta


evolucionista. O mecanismo, que supostamente faria com que ele
acontecesse, seria o das mutações. Mas como já vimos, até onde a ciência
tem pesquisado, não existem evidências científicas demonstrando que uma
somatória de erros genéticos tivesse a capacidade de produzir em um
organismo ou nos seus descentes – independente do tempo decorrido – uma
nova forma, órgão ou função.
DIZEM QUE… “OS CRIACIONISTAS ACREDITAM
NO FIXISMO”

A doutrina do fixismo dizia que as formas de vida foram criadas por


Deus tal como elas são hoje. Nunca teriam mudado. Ainda existem pessoas
que crêem que isso seja um argumento criacionista. Os que assim pensam
estão completamente enganados!
O Criacionismo Científico afirma que todas as formas de vida possuem uma
capacidade de variação e adaptação. Perceba que essa capacidade genética é uma
evidência muito bem estabelecida. O Criacionismo Científico afirma, ainda, que os
organismos têm uma capacidade limitada de produzir variações adaptativas e variações
não adaptativas (conhecidas como micro-variação). A proposta evolucionista diz que
essa capacidade seria ilimitada. Ou seja, uma somatória de micro-evoluções produziria
uma macro-evolução (por exemplo, peixes poderiam ao longo do tempo evoluir em
anfíbios através de pequenas variações).
Embora as duas teorias concordem com a capacidade de adaptação e variação
dos organismos, elas discordam quanto à capacidade ser limitada ou ilimitada.
Organismos variam e adaptam-se. Isso é um fato científico. Contudo,
esse fato não requer necessariamente a evolução, como muitos acreditam.
Muita confusão sobre variação, adaptação e evolução tem sido produzida por
não se tratar o assunto corretamente.
Vamos esclarecer alguns conceitos.
Um deles é o desaparecimento, nos descendentes, de algum órgão ou
função como evidência de evolução.
Tomemos como exemplo os dentes do siso. Segundo os evolucionistas,
esses dentes seriam os terceiros molares vestigiais que os nossos
antepassados teriam tido e usado para moer vegetais. Com uma suposta
mudança de hábitos alimentares, eles não seriam mais necessários, ocorrendo
uma adaptação (queixos mais estreitos, com menos dentes).
Esse “desaparecimento” dos dentes do siso tem sido citado como uma
evidência da evolução. Essa ausência – que é real – é apenas uma evidência
de adaptação. Em muitas regiões, os dentes do siso continuam presentes na
população. Não desapareceram!
O desaparecimento de um órgão ou função não pode ser considerado
evidência de evolução! O aparecimento de nova informação genética que
produzisse um novo órgão, forma ou função, sim!
Para que um organismo vivo possa variar ou adaptar-se, a informação
genética – que irá produzir tal variação ou adaptação – já deve estar presente
no DNA. Caso ela não exista, a variação ou adaptação não irá ocorrer.
Observamos numa mesma família, irmãos e irmãs com características diferentes.
Essas variações não apareceram por necessidade mas por recombinação de material
genético já existente. Podemos encontrar alguns indivíduos com pele mais escura que
outros. Isso não é resultado da exposição à luz solar, mas o resultado das possibilidades
de recombinação do material genético do pai e da mãe.
Você certamente não encontrará um indivíduo de uma família com pele azul. A
informação genética contida no DNA dos seres humanos não inclui a possibilidade de
pele azul, da mesma forma que não existe no material genético humano
informação para produzir asas, guelras, escamas, etc.
Essa informação, que poderá produzir tanto uma variação quanto uma
adaptação, estava presente no progenitor (antepassado). Ela não surgiu do
nada, de repente! Isso é um fato científico!
Mas, se a informação estava presente no progenitor, por qual motivo
então ela já estava lá, sendo que ainda não havia surgido uma necessidade de
variação ou adaptação?
Existem genes – responsáveis pelo aparecimento de órgãos, formas e
funções nos organismos vivos – que podem ser ativados ou não. A
informação genética já se encontra codificada. Basta apenas ser ativada. Mas
por quê eles teriam sido antecipadamente codificados no DNA?
Isso não pode ser evolução, porque não explica à existência de
informação genética codificada que poderia ser utilizada num tempo futuro.
Colocando de outra forma: A seleção natural “saberia” que essa informação
genética seria necessária no futuro “para mantê-la no DNA”? Obviamente
não, pois a seleção natural é apenas um processo e não algum tipo de
divindade que consegue prever o futuro!
Foi mostrado que a informação genética existente pode produzir micro-
variações (erroneamente conhecida como micro-evolução) – diferentes cores
de penas, comprimento da cauda, tamanho de bico, etc. Esse conhecimento
tem sido amplamente utilizado e pesquisado pelos criadores de gado, aves,
peixes e plantas.
O que tal conhecimento revela é que tanto a capacidade de variação
quanto a de adaptação dos organismos vivos é limitada.
Por exemplo, peixes podem passar por variações e adaptações. Mas
peixes sempre serão e produzirão peixes.
Para que evolução ocorra, as capacidades de variação e de adaptação
necessitariam ser ilimitadas. Mas isso não acontece!
Embora as mutações (como foi tratado no capítulo anterior) sejam
frequentemente citadas pelos evolucionistas como mecanismos que possam
produzir mudanças no DNA (produzindo o aparecimento de novos órgãos,
formas e funções), nenhuma evidência existe que comprove essa proposição.
Pelo contrário, os estudos, até o presente, mostram que as mutações são
altamente prejudiciais aos organismos.
Essas evidências, produzidas pela observação e pela pesquisa científica,
vêm fortalecer ainda mais as afirmações criacionistas que todas as variações
de formas de vida atuais são resultantes de tipos básicos criados com
capacidade de adaptação e variação limitadas.

A proposta criacionista da biodiversidade não é o fixismo!

Precisamos tratar, ainda, da taxonomia e da biodiversidade.


Os criacionistas afirmam que as primeiras formas de vida foram
trazidas à existência de forma completa, complexa e com capacidades
limitadas de variação, adaptação, especiação e especialização.
Essas formas originais de vida são conhecidas como tipos básicos
geneticamente polivalentes ou FCAs (First Common Ancestors, no inglês).
Eles formam a base da taxonomia criacionista.
A metodologia evolucionista de classificação cria muitos pontos de
confusão. Por exemplo, tomemos como base a família dos canídeos
(Canidae). Nessa família taxonômica encontramos os cães, os lobos, os
coiotes, as raposas, os chacais e outros animais, mas não encontramos as
hienas.
Embora morfológica e comportamentalmente as hienas sejam similares
aos canídeos, os evolucionistas classificam-nas como uma família
taxonômica independente, Hyaenidae, que faz parte da sub-ordem
Feliformia, onde encontramos os felinos. Portanto, segundo a classificação
evolucionista, as hienas, embora parecidas com os “cães”, pertencem ao
grupo dos “gatos”!
A taxonomia criacionista baseia-se principalmente na afinidade
genética e não nos padrões de classificação interpretativos sugeridos pelos
evolucionistas. 49 A proposta de classificação usada, embora muito mais
antiga, tem uma certa semelhança com a Cladística. 50
Voltando à família dos canídeos.
No argumento criacionista, cães, lobos, coiotes, raposas, chacais e
hienas teriam vindo de um mesmo ancestral comum criado (FCA – First
Common Ancestor ou PAC – Primeiro Ancestral Comum), formando um
único grupo de ancestralidade.
(GENÓTIPOS E FENÓTIPOS)

Assim, a proposta criacionista diz que os animais da família Canidae


teriam vindo de um único ancestral comum. Note que isso não é evolução.
Estamos tratando de variações adaptativas e variações não adaptativas, com
um potencial limitado.
Cães e gatos não teriam vindo de um mesmo ancestral comum!
A diferença principal entre a proposta do Criacionismo Científico e a
proposta evolucionista é bem simples.
Os evolucionistas defendem que todas as formas de vida teriam vindo
de um único tipo básico. Veja o gráfico a seguir.
A proposta evolucionista defende uma única árvore da vida (TOL, sigla
no inglês para Tree Of Life). Ou seja, toda a biodiversidade – todas as formas
de vida do presente e do passado – teria vindo à existência de uma única
forma de vida primordial, que teria surgido espontaneamente de matéria
inanimada (geração espontânea).
A proposta criacionista apresenta não uma, mas várias árvores
filogenéticas da vida.
Vários tipos básicos geneticamente polivalentes, com capacidade
limitada de variações adaptativas e variações não adaptativas, teriam sido
trazidos à existência completos, complexos e perfeitamente funcionais.
Em vez de uma única árvore filogenética (evolucionismo), haveriam
várias árvores filogenéticas (criacionismo).

O aparecimento da biodiversidade encontrada tanto no ecossistema


atual do nosso planeta quanto no registro fóssil pode ser explicado da
seguinte forma:
No início, tipos básicos completos, complexos e perfeitamente
funcionais foram trazidos à existência:

–maior potencial genético: maior capacidade de produzir variações e


adaptações (complexidade maior)
–menor variabilidade biológica: menor número de espécies
(biodiversidade menor)

Com o passar do tempo uma inversão normal da complexidade e da


variedade ocorreria através da especiação e especialização, produzidos pelas
variações adaptativas, variações não adaptativas e seleção natural.

–menor potencial genético: menor capacidade de produzir vairações


e adaptações (complexidade menor)
–maior variabilidade biológica: maior número de espécies
(biodiversidade maior)

É fácil ver que não existe nada de fixismo na proposta do Criacionismo


Científico.
O mito não é que os criacionistas não acreditam em variação e
adaptação, mas sim que os evolucionistas continuam usando variação e
adaptação como se fossem evidências de evolução. Mas não são!
DIZEM QUE… “NÃO EXISTEM EVIDÊNCIAS DE
CRIAÇÃO”
Muitas pessoas que não conhecem os diferentes tipos de criacionismos
e as propostas do Criacionismo Científico acham que ele prega um tipo de
crença religiosa. (Já discutimos um pouco disso no primeiro capítulo.)
Um pensamento muito comum usado por essas pessoas poderia ser
resumido assim: “É verdade que ainda existem muitas coisas que a ciência
ainda não descobriu. Muitas delas estão relacionadas com a origem daquilo
que é encontrado na natureza e até mesmo a origem da própria natureza. Mas
só porque a ciência ainda não descobriu, os criacionistas querem colocar um
‘deus’ para preencher as lacunas deixadas pela falta de conhecimento
científico.”
Esse “deus das lacunas” é um argumento filosófico muito usado contra
os criacionistas. Ele é apresentado da sequinte forma:

Deus das lacunas é uma falácia lógica e uma versão teológica do


argumento da ignorância. Caracteriza-se por responder questões ainda
sem solução com explicações, muitas vezes, sobrenaturais, que não
podem ser averiguadas. Sendo sobrenaturais as respostas para as
questões em aberto, provar-se-ia à existência de fatos que não podem ser
entendidos pelo homem. Nessa falácia, ignora-se a realidade e apela-se
para uma explicação irracional. 51

O uso desse argumento contra o Criacionismo Científico é totalmente


descabido. O Criacionismo Científico não tenta provar que Deus existe ou
que Ele tenha criado a natureza, e nem sequer usa argumentos teológicos ou
religiosos como base para as suas propostas.
O Criacionismo Científico não usa como argumentos de criação aquilo
que a ciência não descobriu. Pelo contrário, ele usa exatamente aquilo que a
ciência já descobriu como seus argumentos. Neste capítulo serão
apresentadas apenas as evidências básicas. 52
Tendo dito isto, podemos agora tratar das evidências de criação.
Toda a natureza é regida por leis específicas. E elas são encontradas de
forma abundante na literatura científica. A segunda lei da Termodinâmica,
como já vimos, é um exemplo.
O conhecimento científico nos mostra que toda a natureza – o universo
e os organismos vivos – são formados por matéria (átomos e partículas
subatômicas) e energia. A ciência tem demonstrado, consistentemente, que
matéria e energia obedecem às leis da natureza. A ciência também demonstra,
claramente, que matéria e energia não teriam criado as leis da natureza. Qual,
então, seria a origem das leis da natureza? Obviamente elas não foram criadas
pela natureza!
Podemos expressar essa verdade científica da sequinte forma:

A natureza é composta por matéria e energia. (científico)


Matéria e energia obedecem às leis da natureza. (científico)
Matéria e energia não criam as leis da natureza. (científico)
Conclusão: As leis da natureza não foram criadas pela
natureza! (científico)

As leis que fazem com que o universo e a vida existam e continuem a


existir, dando a eles forma e função, embora sendo fundamentais para que a
natureza exista, não foram estabelecidas pela natureza.
Sendo que as leis da natureza não foram criadas pela natureza, a origem
dessas leis não pode ser natural, mas sim sobrenatural.
Não estamos tratando de religião. Não existe um único traço de
religiosidade nesse raciocínio. O raciocínio é totalmente baseado na lógica e
no conhecimento científico. Sem a natureza não existiriam leis da natureza. E
sem as leis da natureza não haveria natureza!
Simples?!
Com certeza!
Como os evolucionistas explicam a origem das leis da natureza?
Geralmente os evolucionistas não tratam objetivamente da origem das
leis da natureza.
A maioria das suas explicações podem ser resumidas nas definições
encontradas nas enciclopédias. Por exemplo:

“Uma lei natural ou uma lei da Natureza (Latim, lex naturalis) é uma lei
cujo conteúdo deriva naturalmente da natureza humana ou da natureza
física e, portanto, tem validade universal.” 53
Perceba que nada foi dito sobre a origem das leis descobertas na
natureza. 54
Na literatura evolucionista, as leis da natureza geralmente têm sido
descritas como as leis cujo conteúdo é estabelecido pela natureza e, portanto,
válido em qualquer lugar.
Vimos que a origem das leis da natureza não pode ter sido a natureza.
Ela não poderia ter criado tais leis, necessárias e fundamentais para a sua
existência e funcionamento.
Lembre-se que as leis da natureza mostram como a natureza funciona.
Elas são a expressão das regularidades encontradas na natureza. Foi
mencionado anteriormente que os cientistas descobrem essas leis. Eles não
criam essas leis.
Além do mais, as leis da natureza exibem algumas propriedades muito
interessantes.
Paul Davies, físico inglês com passagem acadêmica por várias
instituições, escreveu o livro A Mente de Deus, a Base Científica para um
Mundo Racional (The Mind of God, The Scientific Basis for a Rational
World). Algumas das suas observações, quanto às propriedades das leis da
natureza, são muito esclarecedoras e no mínimo intrigantes.
Gostaria de citar as que Paul Davis menciona no seu livro e mais
algumas para a consideração do leitor:

1. Os cientistas acreditam que as leis da natureza devem ser universais


tanto no tempo quanto no espaço. Isso significa que elas são válidas o
tempo todo e em todos os lugares. 55
• Portanto, os cientistas aceitam que as leis da natureza transcendem o
tempo e o espaço (são eternas e onipresentes).
2. Os cientistas acreditam que (de acordo com as observações) tudo no
universo (a natureza) obedece as leis da natureza, todo o tempo e em
todos os lugares, sem oferecer nenhuma resistência às mesmas.
• Portanto, os cientistas aceitam que as leis da natureza são onipotentes.
56
3. Os cientistas acreditam que nada no universo pode afetar as leis da
natureza (de acordo com as observações). Elas são absolutas. 57
• Portanto, os cientistas aceitam absolutos.
4. Os cientistas não veem as leis que regem a natureza. Eles apenas
observam os efeitos dessas leis no universo físico.
• Portanto, os cientistas aceitam à existência daquilo que é invisível e
imaterial como real.
5. Os cientistas acreditam que as leis da natureza devem permanecer
sempre as mesmas, sem alteração com o tempo, pois se elas sofrerem
alguma alteração elas obviamente não poderiam ser leis.
• Portanto, os cientistas aceitam a imutabilidade como sendo algo
perfeitamente real.
6. Os cientistas estudam as regularidades encontradas na natureza para
descobrir as leis que produzem essas regularidades.
• Portanto, os cientistas aceitam que a regularidade e não a
aleatoriedade estabelece a regra de funcionamento da natureza.

Você consegue perceber que todas as propriedades das leis da natureza


são sobrenaturais? Seria irracional aceitar o sobrenatural?
Portanto, qual seria uma razão lógica e puramente racional para não
aceitar o criacionismo, mesmo que a conclusão nos leve a considerar que no
passado houvesse ocorrido um evento sobrenatural?

A origem da natureza não pode ser atribuída às leis da natureza.


Portanto, sua origem não pode ter sido natural. Ela foi criada.

Mas, alguns poderiam, ainda, argumentar que os processos naturais são


a causa da existência da natureza, pois por meio deles, a natureza apresenta as
suas muitas formas e funções.
O problema não teria mudado nem diminuído.
Processos naturais são guiados e limitados pelas leis da natureza.
Assim, sem as leis da natureza processos naturais não existiriam.

A origem da natureza também não pode ser atribuída aos


processos naturais. Portanto, a sua origem não poder ter sido natural.
Ela foi criada.

Todos os organismos vivos são a expressão da informação genética


codificada e guardada nos seus DNAs.
Processos naturais não produzem informação codificada. O meio
ambiente não produz informação codificada.

A origem da vida não pode ser atribuída aos processos naturais.


Portanto, a sua origem não poder ter sido natural. Ela foi criada.

Contrário à evidência científica, os evolucionistas naturalistas tentam


provar que a natureza é apenas o resultado de aleatoriedade totalmente
desprovida de propósito.
No entanto, veja o que acontece quando eles tentam descrever a
natureza em termos práticos e em suas próprias palavras.

“A biologia é o estudo das coisas complicadas que dão a impressão de


terem sido planejadas para um propósito.”
“Aliás, a montagem e a articulação desses três ossos corresponde
exatamente ao que um engenheiro de som poderia ter concebido para
uma função de impedância, mas essa é outra história.”

“Não quero que o leitor subestime as prodigiosas obras da natureza e


as dificuldades que temos para explicá-las. Ainda que desconhecida
na época de Paley, a ecolocalização teria servido tão bem a seus
propósitos quanto qualquer um de seus exemplos.”

“Quando por fim ele se tornou auto-replicador, isso ocorreu porque


evoluiu nos ‘genes’ de cristais minerais um dispositivo para aumentar
a eficiência da fabricação do RNA (ou molécula semelhante).”

“O comportamento do corpo como um todo emergirá então


como conseqüência da interação de suas partes.”

“A razão dos engenheiros e dos organismos vivos utilizarem mais os


sistemas de feedback negativo que os de feedback positivo é,
obviamente, que uma regulagem controlada em um nível próximo do
ótimo é útil.”

“Nos pulmões, o resultado de todas essas ramificações é que a área da


superfície interna de cada pulmão é no mínimo maior do que sessenta
metros quadrados.”

Você percebeu as expressões: “planejadas para um propósito”, “função


de impedância”, “prodigiosas obras”, “propósitos”, “eficiência da
fabricação”, “interação de suas partes”, “regulagem controlada em um nível
próximo do ótimo”, “o resultado”?
Todas essas expressões fazem parte da terminologia de planejamento.
Nenhuma delas está relacionada com aleatoriedade!
Por que a natureza não pode ser descrita sem que a terminologia de
planejamento seja usada? Qual seria a conclusão racional e óbvia?
Como explicar, do ponto de vista evolucionista, a origem da natureza,
sendo que ela é altamente organizada e incrivelmente funcional? Leis da
natureza? Processos naturais? Já vimos que não!
Caso você ainda esteja curioso, todas as expressões foram usadas por
Richard Dawkin no seu livro O Relojoeiro Cego para descrever a natureza. 58
Sendo que a natureza não pode existir sem as leis que a regem e sem os
processos naturais que dão a ela forma e função, e a vida não pode existir
sem a informação codificada que a produz, e todos, as leis, os processos e o
código, não possuem uma origem natural, quais outras evidências seriam
necessárias para estabelecer o criacionismo como a melhor explicação da
origem da natureza?
François-Marie Arouet (conhecido por Voltaire) afirmou de forma
simples e contundente que:

“O que é fé? É crer naquilo que é evidente? Não. É perfeitamente


evidente em minha mente que exista um Ser necessário, supremo e
inteligente. Isso não é uma questão de fé, mas de razão.” 59

“Toda a natureza proclama que existe uma inteligência suprema, um


poder imenso, uma ordem admirável, e tudo nos ensina sobre a nossa
dependência dela.” 60

Somente aqueles que vivem de mitos não conseguem ver a realidade. E


isso tem uma explicação lógica.
Dr. Edward de Bono disse:

“Um mito é uma maneira fixa de olhar para o mundo a qual não pode
ser destruída, pois vistas através do mito, todas as evidências o
apóiam.” 61

Esta frase aplica-se muito bem ao mito da evolução e não às verdades


do criacionismo. Basta examinar as evidências racionalmente.
Conclusão…
SOBRE O LIVRETE
Dizem que…
O Criacionismo é religião
O Design Inteligente é Criacionismo
disfarçado
Os criacionistas querem remover o ensino da
Teoria da Evolução da grade curricular
O Criacionismo já foi refutado
Os criacionistas são pseudocientistas
Os criacionistas ignoram as leis da natureza
Os criacionistas não aceitam a seleção natural
Os criacionistas acreditam no fixismo
Não existem evidências de criação
Verdade ou mito?
SOBRE O AUTOR

Adauto J. B. Lourenço é formado em física pela Bob Jones


University (EUA) e possui mestrado em física pela
Clemson University (EUA). Centenas de milhares de
pessoas já participaram dos seminários Criação & Evolução
apresentados em instituições de ensino, congressos,
simpósios e entidades religiosas tanto no Brasil quanto no
exterior. Ele é o autor dos livros Como Tudo Começou:
Uma Introdução ao Criacionismo, Gênesis 1&2: A Mão de
Deus na Criação, e A Igreja e o Criacionismo.
NOTAS DE FIM E BIBLIOGRAFIA
[←1]
http://physics.iupui.edu/~vasavada/ModernPhysicsandHinduPhilosophy.pdf

[←2]
Para mais informações sobre o criacionismo científico leia o livro “Como Tudo
Começou, Uma Introdução ao Criacionismo (Editora Fiel) e os livretes “A Igreja e o
Criacionismo” (Editora Fiel) e “Criacionismo Científico” (eBook, Universo
Criacionista).

[←3]
Ver o eBook: “O Criacionismo Científico”, Universo Criacionista, 2016.

[←4]
Denton, Michael. Evolution, a Theory in Crisis, Bethesda, MD: Adler & Adler, 1986.
p. 341.

[←5]
Alguns livros essenciais para se conhecer mais sobre o Design Inteligente: (1)
Signature in the Cell: DNA Evidence for Intelligent Design (Stephen C. Meyer, 2010
pela HarperOne); (2) Darwin’s Doubt: The Explosive Origin of Animal Life and the
Case for Intelligent Design (Stephen C. Meyer, 2014 pela HarperOne); (3) Darwin’s
Black Box (Michael J. Behe, 2006 pela Free Press – em português: A Caixa Preta de
Darwin, pela Editora Zahar); (4) The Edge of Evolution: The Search for the Limits of
Darwinism (Michael J. Behe, pela Free Press); (5) The Design Inference: Eliminating
Change through Small Probabilities (William A. Dembsky, 2006 pela Cambridge
University Press); (6) The Design Revolution: Answering the Thoughest Questions
About Intelligent Design (William A. Dembsky, 2004 pela IVP Books); (7) Icons of
Evolution: Science or Myth? Why Much of What We Teach About Evolution is Wrong
(Jonathan Wells, 2002 pela Regnery Publishing); (8) The Myth of Junk DNA
(Jonathan Wells, 2011 pela Discovery Institute Press); (9) The Privileged Planet:
How Our Place in the Cosmos is Designed for Discovery (Guillermo Gonzales e Jay
W. Richards, 2004 pela Regnery Publishing); (10) Nature’s Destiny: How the Laws
of Biology Reveal Purpose in the Universe (Michael Denton, 2002 pela Free Press);
(11) Evolution: Still a Theory in Crisis (Michael Denton, 2016 pela Discovery
Institute Press)
[←6]
Diferentemente do conceito aceito pela comunidade científica, no Brasil Leis da
Natureza é o título de uma lei brasileira conhecida nos meios jurídicos como a Lei de
Crimes Ambientais (Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998), sancionada pelo então
presidente Fernando Henrique Cardoso.

[←7]
Dose, Klaus. Die Ursprünge des Lebens (Tagungsberich úber den ISSOL - Kongreß
in Mainz, 1983; Nach. Chem. Techn. Lab. 31 (1983), Nr. 12, p. 968-969

[←8]
Dose, Klaus. (1988). “The Origin of Life: More Questions than Answers”,
Interdisciplinary Science Reviews, Vol. 13, n° 4. p. 348

[←9]
Parte da palestra data por Louis Pasteur em 1864, citada em Vallery-Radot, R.
1901/1902. The life of Pasteur. 2 vols. Traduzido por R.L. Devonshire. London:
Archibald Constable, vol. 1, p. 142

[←10]
Dobzhansky, Theodosius G. “Nothing in Biology Makes Sense Except in the Light of
Evolution”, American Biology Teacher vol. 35 (march 1973) e reimpresso em
Evolution versus Creationism, J. Peter Zetterberg ed., ORYX Press, Phoenix AZ
1983.

[←11]
Machado, Jónatas E. M. “Criacionismo Bíblico: A Origem e a Evolução da Vida”
Estudos, Revista do Centro Acadêmico de Democracia Cristã Nova Série, (Coimbra,
junho 2004), p. 136.

[←12]
Lourenco, Adauto J. B. Gênesis 1&2: A mão de Deus na Criação, Editora Fiel, 2011.

[←13]
Lourenco, Adauto J. B. Como Tudo Começou: Uma introdução ao Criacionismo,
Editora Fiel, 2007.

[←14]
Ellis, G.F.R. “Cosmology and Verifiability”, Quarterly Journal of the Royal
Astronomical Society, 1975, 16. p. 246.)

[←15]
Lourenço, Adauto J. B. “O Suporte das Evidências”, O Criacionismo Científico,
eBook, Universo Criacionista, 2016.

[←16]
Eddington, Arthur S. In The Nature of the Physical World, University Press
(Cambridge, 1948), 34.

[←17]
MacBride, Ernest W. Letter, “Embryology and Evolution”, Nature (1931), 127, 56.

[←18]
Uma lista com as assinaturas de quase mil cientistas, que têm expresso esse
posicionamento e assinaram um manifesto entitulado “A Scientific Dissent From
Darwnism” (“Uma Divergência Científica Do Darwismo”), pode ser encontrada no
site: http://www.dissentfromdarwin.org.

[←19]
Vallery-Radot, R. 1901/1902, The Life of Pasteur. 2 Volumes. Traduzido por R.L.
Devonshire. Londres: Archibal Constable, vol 1. p. 142

[←20]
Denton, Michael. Evolution: A Theory in Crisis, Bethesda, MD: Adler & Adler,
1986. p. 345

[←21]
Hawking, Stephen. O Universo Numa Casca de Nóz, Editora Mandarim, 2001. p. 78

[←22]
Eiseley, Loren. The Immense Journey, New York: Time, Inc., 1962. p. 144

[←23]
Fleck, Ludwik. Genesis and Development of a Scientific Fact, The University of
Chicago Press, Ltd., London, 1979. p. xxvii
[←24]
Darwin, Charles R., On the Origin of Species by Means of Natural Selection,
publicado por John Muray, Londres, 1859, primeira edição. p. 280. (Ver todo o
Capítulo IX.)

[←25]
Raup, David M. “Conflicts Between Darwin and Paleontology”, Field Museum of
Natural History Bulletin, Vol. 50, Nº 1, janeiro de 1979. p. 25.

[←26]
Colbert, E. et al. (2001). Colbert’s Evolution of the Vertebrates, 5th Ed. New York:
Wiley-Liss. p. 154.

[←27]
Stahl, B. (1985). Vertebrate History. New York: Dover Publications, Inc. p. 318.

[←28]
Miller, S. and J. Harley. 2013. Zoology. McGraw-Hill. p. 357

[←29]
Benton, M. (2015). Vertebrate Paleontology. Malden, MA: Wiley Blackwell. p. 252.

[←30]
Caldwell, Michael W., et all. “The oldest known snakes from the Middle Jurassic-
Lower Cretaceous provide insights on snake evolution.” Nature Communications,
2015; 6: 5996

[←31]
Blaszczak-Boxe, A. (2015). Oldest Known Snake Fossils Identified. Live Science.
Posted January 27, 2015. Acessado em 2 fevereiro de 2015.
http://www.livescience.com/49582-oldest-snake-fossils-identified.html. Acessado em
30 de junho de 2016.

[←32]
Kerryn E. Slack et al. (2006). “Early Penguin Fossils, Plus Mitochondrial Genomes,
Calibrate Avian Evolution”, Mol. Biol. Evol. 23(6):1144–1155
[←33]
Bomfleur, B., S. McLaughlin, and V. Vajda. (2014). Fossilized Nuclei and
Chromosomes Reveal 180 Million Years of Genomic Stasis in Royal Ferns. Science.
343 (6177): 1376-1377

[←34]
Ver o artigo relacionando o Pakicetus com as baleias, publicado na National Geographic Brasil,
Novembro 2004, p. 66-67

[←35]
Perkins, R. Whale Sex: It’s All in the Hips. USC News Release. Postado no Press
Room da University of Southern California (USC) em 8 de setembro 2014, acessado
em 30 de junho de 2016. https://pressroom.usc.edu/whale-sex-its-all-in-the-hips/

[←36]
Begun, D.R. A Companion to Paleoanthropology, Blackwell Publishing Ltd.,
Primeira Edição 2013, p. 142

[←37]
Choi, C. “Early Human ‘Lucy’ Swung from the Trees”. LiveScience. Postado no site
http://www.livescience.com/24297-early-human-lucy-swung-from-trees.html
acessado em 30 de junho de 2016.

[←38]
Jungers, W.L. (1988). “Lucy’s length: Stature reconstruction in Australopithecus
afarensis (A.L.288-1) with implications for other small-bodied hominids”. American
Journal of Physical Anthropology 76 (2): 227–231

[←39]
Stern, J.T. e Susman, R.L., “The locomotor anatomy of Australopithecus afarensis”,
American Journal of Physical Anthropology, Vol. 60, março 1983. p. 307

[←40]
Programa NOVA de 3 de maio de 2004, entrevistando o Dr. Andrew Knoll,
evolucionista conhecido mundialmente, paleontólogo e professor de biologia da
Universidade de Harvard, autor do livro Life on a Young Planet: The First Three
Billion Years of Life (Vida em um Planeta Jovem: Os Primeiros Três Bilhões de Anos
da Vida). Dr. Knoll é considerado um dos cientistas que mais tem estudado o assunto
da origem da vida de forma exaustiva. Acessado em 30 de junho de 2016.
http://www.pbs.org/wgbh/nova/evolution/how-did-life-begin.html

[←41]
Wysong, L.R., The Creation/Evolution Controversy, East Lansing, MI: Inquiry Press,
1976. p. 44

[←42]
Zimmer, Carl; Emlen, Douglas J. Evolution: Making Sense of Life (1a ed.).
Greenwood Village, CO: Roberts and Company Publishers, 2013.

[←43]
Hall, B.K.; Hallgrimsson B. Strickberger’s Evolution (4a ed.). Sadbury, MA: Jones &
Bartlett Publishers, 2008. p. 4-6.

[←44]
Sendo que as moscas possuem apenas quatro cromossomos, é possível detectar em
qual deles as mutações ocorrem.

[←45]
A hemoglobina tem como função o transporte de oxigênio no sangue, dos pulmões
para o resto do corpo.

[←46]
As quatro letras genéticas básicas são: A - adenina, C - citosina, G - guanina e T -
timina.

[←47]
Existem publicações científicas voltadas apenas para esse aspecto do DNA. Veja o
site: http://www.journals.elsevier.com/dna-repair

[←48]
Sharma S, et al. “Homology and enzymatic requirements of microhomology-
dependent alternative end joining”. Cell Death Dis 6: e1697, 2015.

[←49]
As propostas de classificação baseiam-se principalmente em aspectos interpretativos
de similaridades morfológicas e genéticas.

[←50]
A Cladística, também conhecida como Sistemática Filogenética, é um sistema de
classificação biológica onde acredita-se que os membros de um determinado grupo
teriam compartilhado uma história evolutiva comum, devendo, portanto, serem
enquadrados em um mesmo grupo (Clado).

[←51]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_das_lacunas

[←52]
As evidências científicas de criação têm sido apresentadas de forma mais ampla nos
livros Como Tudo Começou: Uma Introdução ao Criacionismo (Editora FIEL, 2007)
e no ebook Evidências de Criação (Universo Criacionista, 2016).

[←53]
Sills, David L. ed. “Natural Law”, International Encyclopedia of the Social Sciences
(New York: 1968)

[←54]
Atualmente existe uma distinção entre “leis naturais” e “leis da natureza”. Leis
naturais são usadas pela jurisprudência, ao passo que as leis da natureza (ou leis da
física, como também são conhecidas) são usadas pela ciência. Os dois conceitos são
provenientes da palavra grega physis, traduzida para o latim como natura, e para o
português natureza.

[←55]
Davies, Paul. The Mind of God: The Scientific Basis for a Rational World (1st Simon
& Schuster pbk. ed.). New York: Simon & Schuster, 2005. p. 82.

[←56]
Davies, Paul. The Mind of God: The Scientific Basis for a Rational World (1st Simon
& Schuster pbk. ed.). New York: Simon & Schuster, 2005. p. 83.

[←57]
Davies, Paul. The Mind of God: The Scientific Basis for a Rational World (1st Simon
& Schuster pbk. ed.). New York: Simon & Schuster, 2005. p. 82.

[←58]
Dawkin, Richard. The Blind Watchmaker, Longman, First Edition, 1986. p. 9, 34, 44,
163, 18, 202 e 93. (Tradução do original feita pelo autor.)

[←59]
Arouet, François-Marie (Voltaire). Dictionnaire Philosophique Portatif (1764).
Tradução em inglês do A Philosophical Dictionary, traduzido por W. Dugdale (W.
Dugdale, 1843). p. 473.

[←60]
Voltaire and His Letters, carta ao príncipe da Prússia, Frederick William, 28 de
Novembro de 1770 (traduzido para o inglês por S.G. Tallentyre).

[←61]
De Bono, Edward. PO: Beyond Yes and No, International Center for Creative
Thinking, 1990.

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