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A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) não é uma doença caracterizada por afetar
somente os pulmões. Envolve um componente sistêmico, pois além de afetar o pulmão, pode
comprometer o sistema cardiovascular e muscular, e ainda comprometer o campo psico-
social. Difere da asma que apresenta manifestações em geral mais limitadas aos pulmões e
com menores graus de obstrução das vias aéreas, usualmente reversíveis. A espirometria é
fundamental no diagnóstico e estadiamento da DPOC demonstrando a existência de obstrução
crônica e persistente das vias aéreas. O tratamento fundamenta-se no uso de broncodilatadores
(curta e longa ação) inalatórios, corticosteróides inalatórios, anticolinérgicos inalatórios e
xantinas de longa duração, de acordo com a gravidade da doença. A cessação do tabagismo
deve ser sempre encorajada como parte fundamental do tratamento. O combate à hipoxemia,
quando presente, é capaz de interferir na redução de complicações e mortalidade. Ressalta-se
também a importância dos programas de reabilitação pulmonar na melhoria da qualidade de
vida destes pacientes.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA.
A doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença crônica dos pulmões que diminui
a capacidade para a respiração. A maioria das pessoas com esta doença apresentam tanto as
características da bronquite crônica quanto as do enfisema pulmonar. Nestes casos, chamamos
a doença de DPOC. Esta definição tem por finalidade ressaltar alguns aspectos importantes da
DPOC. Primeiro, que esta doença é prevenível, sendo a sua maior causa o cigarro. O não
fumar poderia evitar o desenvolvimento da DPOC.
Para isto é necessário um programa de educação da população, principalmente dos
adolescentes. Segundo, e muito importante, é chamar a atenção dos profissionais da área da
saúde que a DPOC é tratável. O conceito que vinha predominando nos últimos anos entre os
não especialistas é que a DPOC é progressiva e que não há o que fazer pelo paciente.
Atualmente, os especialistas da área têm procurado mostrar que os pacientes portadores de
DPOC podem se beneficiar com uma série de medidas no tratamento.
Por fim, a definição ressalta que a DPOC é uma inflamação, o que tem feito que
alguns novos fármacos antinflamatórios específicos para a DPOC comecem a ser avaliados
em humanos. Quando usamos o termo DPOC de forma genérica, estamos nos referindo a
todas as doenças pulmonares obstrutivas crônicas mais comuns: bronquite crônica, enfisema
pulmonar, asma brônquica e bronquiectasias. No entanto, na maioria das vezes, ao falarmos
em DPOC propriamente dito, nos referimos à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar.
Bronquite crônica está presente quando uma pessoa tem tosse produtiva (com
catarro) na maioria dos dias, por pelo menos três meses ao ano, em dois anos
consecutivos. Mas outras causas para tosse crônica, como infecções respiratórias e
tumores, tem que ser excluídas para que o diagnóstico de bronquite crônica seja
firmado.
Enfisema pulmonar está presente quando muitos alvéolos nos pulmões estão
destruídos e os restantes ficam com o seu funcionamento alterado. Os pulmões são
compostos por incontáveis alvéolos, que são diminutos sacos de ar, onde entra o
oxigênio e sai o gás carbônico.
EPIDEMIOLOGIA
FISIOPATOLOGIA.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) não é uma doença caracterizada por
afetar somente os pulmões. Envolve um componente sistêmico, pois além de afetar o pulmão,
pode comprometer o sistema cardiovascular e muscular, e ainda comprometer o campo psico-
social. Os 4 principais componentes da fisiopatologia da DPOC:
Disfunção mucociliar,
Desta forma, a progressão da doença leva a um ciclo vicioso até evoluir para total
incapacidade do DPOC, afetando a dependência funcional, a vida social, a econômica e a
emocional.
FATORES INDIVIDUAIS
O diagnóstico da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é mais comum a partir dos
40 anos de idade. Quanto mais cedo realizado o diagnóstico da DPOC, maior a possibilidade
de conter o avanço da doença e assegurar uma boa qualidade de vida ao paciente, por isso, o
diagnóstico da DPOC precoce é um dos fatores-chave para a qualidade de vida dos pacientes.
Em geral o diagnóstico da DPOC é realizado por um clínico geral, geriatra ou
pneumologista. Dependendo da gravidade do quadro de saúde do paciente torna-se
obrigatório o encaminhamento para um pneumologista.
O início do diagnóstico da doença dá através de uma entrevista detalhada sobre o histórico
de saúde dos pacientes e de seus familiares (anamnese), para descobrimento de hábitos como
tabagismo, estilo de vida, histórico de DPOC ou outras doenças na família, medicamentos que
o paciente faz uso. As respostas possibilitam ao médico se aproximar ou afastar a DPOC
como possível causadora dos sintomas relatados.
Após a entrevista, se houver suspeita de DPOC, o médico solicita exames e testes que
possibilitam a identificação e a comprovação da doença pulmonar obstrutiva crônica, através
da medição da função pulmonar.
O principal exame é a espirometria, que mede os volumes, capacidades e fluxos
pulmonares de acordo com os padrões de referência relativos à altura, sexo e idade do
paciente. Para a espirometria, o paciente assopra o ar em um canudo, ligado a um
equipamento capaz de medir a função pulmonar.
O diagnóstico da DPOC, além de considerar os testes de função pulmonar detalhados
acima, pode incluir, a critério médico, outros exames.
Pacientes com contraindicação para realização de exercícios físicos, como angina instável ou
infartados recentes devem ser introduzidos no programa somente após controle da doença
coronariana. Devido à importância do tema, ele será abordado em capítulo próprio.
Corticoide inalado- Embora a DPOC seja uma doença inflamatória, sabe-se que,
diferente da asma, o cortocoide tem um papel limitado no seu controle. Trabalhos
demonstram que o uso contínuo de corticoide inalado em pacientes com DPOC estável
não diminui a mortalidade quando comparado a placebo. Além disso, o uso de
corticoide inalado está relacionado com o aumento de risco de monilíase oral e de
pneumonia. Os estudos não comprovaram aumento de risco de osteoporose ou
catarata, mas não existe avaliação em longo prazo desses produtos. Estudos sugerem
que o uso contínuo de corticoide inalado em associação com broncodilatadores pode
reduzir o risco de exacerbações e o declínio da função pulmonar. Assim, o documento
GOLD 2011 recomenda o uso conjunto de corticoide inalado e broncodilatador em
pacientes com DPOC que apresentem VEF1 < 50% do previsto (C e D). Pode ser feita
a suplementação de cálcio como prevenção da osteoporose.1,2 Existem formulações
de medicamentos inalatórios que associam o corticoide com o broncodilatador beta-2
agonista. Estas medicamentos devem ser usados de 12/12 horas. É importante
recomendar a higiene oral após o uso para diminuir o risco de desenvolvimento de
monilíase.
Oxigenioterapia- Embora não exista nenhum grande estudo sobre o uso de oxigênio
suplementar em pacientes com DPOC, se aceita como indicação da oxigenioterapia a
presença de PaO2< 55 mmHg, ou entre 56-59 mmHg na presença de sinais sugestivos
de cor pulmonale, insuficiência cardíaca congestiva ou eritrocitose (hematócrito >
55%). Hipertensão arterial pulmonar e dessaturação a níveis menores que 88% durante
pelo menos 30 % do tempo de sono também podem ser consideradas como indicações
do uso de oxigênio suplementar.3
Parar de fumar
O primeiro passo para os fumantes é parar de fumar. Existem diversos programas, públicos e
privados, que buscam auxiliar na superação do vício. No mercado há, também, produtos que
ajudam a parar: chicletes, pastilhas, adesivos, entre outros.
Oxigenoterapia
Quando necessário, o paciente pode receber oxigenoterapia, que consiste na aplicação médica
de oxigênio. Essa terapia impede a intoxicação por gás carbônico devido aos altos níveis do
mesmo na corrente sanguínea.
Vacinas
Os pacientes com DPOC tem maior facilidade de contrair infecções respiratórias e, por isso, é
de extrema importância que sejam vacinados contra a gripe e a pneumonia com frequência. A
contração de tais condições poderiam gerar, para o paciente, complicações graves.
Cirurgia redutora de volume
Em algumas pessoas, pode-se realizar a cirurgia redutora de volume. Tal procedimento
consiste em remover as áreas mais afetadas do pulmão, o que auxilia na função das áreas mais
saudáveis.
Transplante de pulmão
Para um número muito pequeno de pessoas, o transplante de pulmão pode ser uma alternativa.
Quando o paciente não melhora com nenhum dos tratamentos e há um pulmão compatível
disponível, essa é uma opção a ser considerada.
CONCLUSÃO.
De acordo com o discutido acima, a DPOC deve ser considerada uma doença respiratória
previsível e tratável que se caracteriza pela dificuldade ao fluxo de ar em direção aos pulmões
(vias aéreas) e as manifestações extrapulmonares devem ser consideradas na avaliação de sua
gravidade. Além disso, o tratamento destas manifestações pode modificar o prognóstico
desses pacientes. A realização de novas investigações relacionadas à elucidação das
manifestações sistêmicas faz-se necessária para o desenvolvimento de novas estratégias de
tratamento, principalmente quanto ao estado nutricional e à disfunção dos músculos
esqueléticos periféricos, o que pode resultar em melhora da tolerância ao exercício e do estado
geral de saúde desses pacientes.
FAST - FACULDADE SANTISSIMA TRINDADE
BACHARELADO EM FARMÁCIA
CITOLOGIA E HISTOLOGIA
Prof.ª Leonia
(DPOC)
DOENÇA PULMOMAR OBSTRUTIVA CRÔNICA.
NAZARÉ – PE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.jornaldepneumologia.com.br/pdf/suple_124_40_dpoc_completo_finalimpresso.pd
f
http://www.sppneumologia.pt/uploads/files/spp/PDF36.pdf
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/dpoc
https://www.youtube.com/watch?v=T3Dmzwhgu5M