2Co 8.1-9,13-15 O que vocês acham deste texto.....
eu fico maravilhado com tanto
Queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito
nas igrejas Luteranas do Brasil....
Faz 111 anos que a Igreja Luterana (se bem que já havia outros
luteranos trabalhando no Brasil a mais tempo), chegou ao país. De lá pra
cá o que será que aconteceu...
Anos de dúvidas, de incertezas, dificuldades, questionamentos,
retrocessos, avanços, problemas, alegrias. O que a história da IELB tem a
nos mostrar. O que ela pode trazer de importante para o nosso futuro....
Queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito
nas igrejas Luteranas do Brasil....
O apóstolo Paulo escreve aos fiéis da igreja de Corinto e
apresenta a eles o que a graça de Deus estava produzindo em outros
locais. PRODUZIA O QUE.... amor – fé – gratidão – vida cristã que se
preocupa e age em favor do próximo, fazendo exatamente aquilo que
Jesus ensinou “ amar o próximo como a si mesmo”.
Aqui Paulo traz o exemplo dos irmãos da Macedônia
apresentando que eles estavam reunindo ofertas para serem entregues a
ele (Paulo) a fim de serem levadas a igreja da Judéia que passava por
grande necessidade financeira (perseguições e talvez uma grande
estiagem/seca). Até aí tudo bem, tantos fizeram isso na história da igreja.
Mas a maneira como o apóstolo Paulo diz que eles estavam
fazendo é que faz a diferença. Queremos que vocês saibam o que a
graça de Deus tem feito nas igrejas da Macedônia (Luteranas do
Brasil....)
... embora sendo muito pobres, eles deram ofertas com grande
generosidade, afirmo a vocês que eles fizeram tudo o que podiam
e mais ainda. E com toda a boa vontade, pediram com insistência
que os deixássemos participar da ajuda para o povo de Deus da
Judéia e eles insistiram nisso. E fizeram muito mais do que
esperávamos. Primeiro eles deram a si mesmos ao Senhor, e
depois pela vontade de Deus, eles se deram a nós também.
amor, doação e vontade em ajudar, servir, apresentar-se a Deus com
aquilo que tem. No caso dos Macedônios..... deram do que não tinham,
do que não podiam, ao passo talvez até mesmo de passar necessidade na
família.
Eu vejo fiéis que não olhavam apenas para o seu bem estar e
estendiam a mão para quem naquele momento precisava, que passava
necessidade. Eu vejo um amor maior e uma entrega sem querer nada em
troca, de volta. Eu percebo que o amor a Cristo era o centro da vida
daqueles cristãos.
Mas eu também fico envergonhado diante deste texto, deste
exemplo, deste sentimento de desapego, de abnegação, de amor a Cristo
e amor ao próximo. Que exemplo de fé, que exemplo de insistência, de
persistência. O apóstolo tentando persuadi-los para não ofertarem, pois
a situação deles (macedônios) talvez era a mesma, ou ainda pior daquela
vivida pelos cristãos da Judéia, e eles ainda assim insistindo, tentando
provar para o apóstolo que eles podiam e desejavam ofertar. Que
entendimento da palavra de Deus tinham, que amor e certeza de que
este Deus não os deixaria abandonados.
Então eu me envergonho diante de tanto amor e de tanta
vontade de servir. Eu me envergonho porque somos tão pobres em
nosso amor e em nossa forma de mostrar o amor de Deus. Temos
dificuldade em ofertar, temos dificuldade em mostrar a gratidão a Deus
pelo fato de termos saúde, bens, dons, trabalho, liberdade religiosa,
bênçãos, sermos acompanhados todos os dias por este Deus
maravilhoso, de demonstrarmos isso em nossas ofertas, em nossa forma
de ver a igreja, de saber como ela se mantêm, como estão as contas,
como poderemos aumentar a inserção da IELB em Porto Velho.
Os cristãos da Macedônia foram muito felizes em insistir com o
apóstolo para também ofertar, para participar da ajuda, pois eles
conheceram o evangelho graças as viagens de Paulo, graças ao esforço
de pessoas que desejavam levar o amor de Cristo adiante, a terras
distantes, cumprindo o que fora anunciado por Jesus “sereis minhas
testemunhas tanto na Judéia, Samaria e até aos confins do mundo”.
 O que seria de nós IELB se não fosse irmãos luteranos do EUA que
durante meio século ou mais mantiveram o trabalho de pastores (quase
todos os locais, cidades onde havia igreja eram subsidiados, auxiliados
por verbas vindas dos EUA) e ainda hoje continuam a enviar ofertas
especiais ao Brasil, não só para projetos missionários, como para
construção de capelas, igrejas, e alguns irmãos luteranos dos EUA
colocam a força física na construção destas capelas.
O que seria da IELB se não fosse a vontade de outros irmãos
luteranos de iniciar e manter uma missão no Brasil a mais de um século.
O que seria de nós cristãos luteranos de Rondônia se não fossem irmãos
luteranos de outros estados (e também dos EUA), que no início dos
trabalhos a quase 45 anos enviavam ofertas para manter o trabalho
neste local tão especial, porém tão difícil....
Queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito
nas igrejas Luteranas do Brasil....
Igrejas vivas, que oram, que servem, que se entusiasmam com os
cultos, que vibram quando alguém novo conhece a igreja luterana e o
amor de Cristo, que se empenham em trabalhar, que não ficam em cima
do muro, que não se negam a ofertar com generosidade, que não se
escondem, mas colocam seus dons e talentos ao trabalho de Cristo.
111 anos da IELB... até aqui nos ajudou o Senhor. Até aqui Deus
conduziu sua igreja. Muito bem, e até onde queremos chegar... ou até
onde poderemos chegar... até onde Deus permitir...
Não quero que me entendam mal, assim como Paulo escreve no
v. 13 “não estou querendo aliviar os outros, e por um peso sobre
vocês...”. Não estou falando apenas sobre oferta, mas também estou
falando sobre oferta. Uma igreja se faz, com Palavra de Deus e
sacramentos, com amor, doação, entrega, trabalho, humildade, oferta,
sacrifício, gratidão.
A IELB tem muito a agradecer a Deus por 111 anos, pelas alegrias,
pelo crescimento, pelo avanço das missões, pelas ofertas que mantem
estas missões, pelos pais que entregam seus filhos ao Senhor Deus, por
alguns que se sentem vocacionados para seguir o ministério pastoral,
pelos desafios e até pelas tribulações que tantas vezes nos sobrevém.
Pois é na tribulação que conseguimos perceber todo amor e toda graça
de Deus. É na adversidade, na necessidade que buscamos mais a Deus.
Eu não sou o pastor titular da igreja, apenas auxilio, não tenho a
responsabilidade como tem o pastor Dério, pois tem de estar a frente
desta comunidade. Muito menos me foi pedido pela diretoria para tocar
nesta assunto. Porém, ao ler os textos deste final de semana, olhando
para o aniversário da IELB, e diante de nossa realidade financeira, eu
pensei em motivar, em desafiar, em mostrar que podemos ser melhores,
não no sentido que o mundo apresenta, de sermos melhores que os
outros. Não, mas no sentido de sermos mais fervorosos no amor, na vida
cristã, na presença aos cultos, no modo de viver a fé e também na forma
como demonstramos isso materialmente com nossas ofertas.
Quem esteve na Assembleia domingo passado viu os números
apresentados, referente nossa igreja. Hoje nos mantemos graças ao
aluguel (fizemos saldo em caixa graças ao aluguel, pois o valor das
ofertas mensais é .................., se não tivéssemos o aluguel talvez já
teríamos que ser auxiliados por outras comunidades).
Não espero que isso soe como cobrança, sinceramente espero
que não esteja sendo muito pesado a vocês escutar isso, mas o que
quero demonstrar é que também poderemos passar por problemas
futuros, então para evitar, basta cada um, cada irmão, irmã, olhar para a
sua vida, para sua família e perceba as bênçãos que Deus já
proporcionou e reflita sobre o quanto e como pode também ser bênção
na vida da igreja.
Queremos que vocês saibam o que a graça de Deus tem feito
nas igrejas Luteranas do Brasil.... Mantendo a igreja luterana fiel a
palavra de Deus, de forma pura, sem impor preceitos ou formas para
alcançar a vida eterna, a não ser a única que seja. SALVOS POR GRAÇA –
FÉ – e nada mais.
Finalizo com as palavras de Paulo no v. 9 “Porque vocês já
conhecem o grande amor do nosso Senhor Jesus Cristo, ele era rico, mas
por amor a vocês, ele se tornou pobre a fim de que vocês se tornassem
rico por meio da pobreza dele”.
 Eu digo a vocês com toda certeza que a maior alegria que há
neste mundo para um bebê ao nascer, não é a saúde, não é pais com
riquezas, ou talvez cultos, nobres. Mas a maior alegria para este bebê,
mesmo que ele não saiba disso, é ter nascido num lar cristão, de pais
cristãos. Esta é a maior graça que um bebê pode receber ao nascer – pois
ali nesta família, neste espaço onde viverá, terá a certeza do amor e da
graça salvadora de Cristo.
Eu digo isso a vocês porque, se mesmo que um bebê nasça
doente, pobre, até mesmo sem um lar para morar, tudo isso não faz
diferença se ele tiver nascido em um lar cristão, pois terá no decorrer de
sua vida exemplos de amor, de fé, de igreja.
Este deve ser o sentimento de todo LUTERANO, pertencer, fazer
parte de uma igreja viva, que não renega suas origens (não luterana),
mas cristã evangélica, nascida do amor de Cristo, que prega, ensina, vive
este amor e espalha esperança e salvação, pois não se acomoda diante
da aflição e a perdição do ser humano.