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 Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Assunto: SELANTES DE FISSURAS


Nº 13/DSE
Data: 12/11/99
Para: Todos os estabelecimentos de saúde dependentes do Ministério da Saúde

Contacto na DGS: Divisão de Saúde Escolar

I - NORMA
A Direcção-Geral da Saúde, no uso das suas competências técnico-normativas,
estabelece, através desta Circular, os procedimentos técnicos a serem seguidos pelos
profissionais de saúde oral na aplicação de selantes de fissuras, actividade integrante
do Programa de Promoção da Saúde Oral das Crianças e Adolescentes.
De modo a uniformizar os critérios, tornar a técnica da aplicação dos selantes o mais
rigorosa possível e consequentemente, obter taxas de retenção elevadas, torna-se
necessário definir um protocolo de aplicação de selantes a ser seguido por todos os
técnicos que executem esta tarefa.
Definição de selantes de fissuras — espécie de resina que se aplica nas
fissuras e fossetas dos dentes, com o objectivo de prevenir a cárie dentária. A
sua eficácia reside na capacidade de aderir firmemente ao esmalte dentário e
isolar o esmalte das fissuras e fossetas do resto do ambiente oral, ou seja,
actua como uma barreira física não permitindo a entrada de bactérias e
nutrientes nas fissuras e fossetas, impedindo consequentemente a produção
de ácidos resultantes desse metabolismo, essenciais à iniciação e
desenvolvimento do processo de cárie dentária.
Antes da aplicação do selante a superfície do esmalte é tratada com um ácido, o qual
aumenta a adesão do selante. O ataque ácido faz com que na superfície do esmalte
se formem uns microporos que permitem a entrada do selante, ficando este aí retido
através de microretenções, após a polimerização.
A penetração do selante nas fissuras depende de factores anatómicos do dente
(morfologia das fissuras) e dos cuidados utilizados na técnica de aplicação de cada
tipo de selante. A retenção do selante resulta da união micromecânica entre a resina e
o esmalte sendo em parte dependente do rigor empregue na técnica de utilização.
Actualmente, os selantes são basicamente constituídos por uma resina fluida que
pode ser do tipo BIS-GMA ou poliuretano. Podem ser do tipo autopolimerizável (de 2ª
geração) ou do tipo fotopolimerizável (de 3ª geração), obrigando neste caso à utilização
de um aparelho que produz luz visível. Podem apresentar ou não carga inorgânica, ser
transparentes ou de cor e podem ter ou não flúor na sua composição. Estas
características (auto ou fotopolimerizáveis, presença ou não de carga, cor e presença
ou não de flúor) têm sido estudadas e não se tem verificado diferenças significativas
nas taxas de retenção. Apenas o facto de o selante ser colorido permite uma maior
facilidade na sua visualização.
Nos selantes autopolimerizáveis o produto apresenta-se em 2 frascos, a polimerização
inicia-se quando os dois líquidos são misturados e o tempo de trabalho é limitado.
Nos fotopolimerizáveis o produto apresenta-se apenas num frasco, aplica-se sobre o
dente e quando exposto ao foco de luz visível endurece. A grande vantagem deste tipo
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de selantes é o tempo de trabalho ser ilimitado pois a polimerização só se inicia quando


a luz é direccionada para a superfície dentária em causa.
A aplicação dos selantes de fissura, além de constituir uma técnica altamente eficaz
na prevenção da cárie dentária, é uma técnica não invasiva, rápida, indolor e pouco
dispendiosa. A manipulação dos materiais é fácil não sendo necessário usar material
complexo. Pode sempre reaplicar-se o selante, em caso de falha de retenção, parcial
ou total.
Os selantes de fissura deverão ser aplicados o mais cedo possível após a erupção dos
dentes permanentes. Quando a aplicação é adiada, a cárie pode iniciar-se e o dente
não estar já em condições de ser selado. As cáries incipientes (cáries muito superficiais)
deixam de progredir quando o selante é aplicado. As culturas bacterianas que
provocaram a lesão de cárie e que ficaram por baixo do selante, tornam-se inviáveis,
não interagindo com a estrutura dentária, pois deixa de haver qualquer substância
cariogénica que elas metabolizem. Além disso o próprio ataque ácido que precede a
aplicação do selante é um tratamento antimicrobiano. Contudo, os selantes não estão
indicados quando existem lesões de cárie interproximais no mesmo dente.
Os selantes de fissura podem ser aplicados utilizando um equipamento fixo, um
equipamento móvel ou utilizando um equipamento portátil o qual pode ser montado
num local da própria escola (desde que tenha acesso fácil a água e a electricidade). A
técnica de aplicação de selantes torna-se mais facilitada, por isso, mais eficaz quando
o higienista oral trabalha com um assistente.
A aplicação de selantes de fissura deverá sempre fazer parte de um programa global
de prevenção, e nunca ser um acto isolado, caso contrário, o benefício poderá ser
quase nulo, pois as outras superfícies dos dentes selados e os outros dentes necessitam
de outros métodos de protecção.
Uma vez que está provado haver uma relação directa entre a técnica, o operador e a
eficácia dos selantes, existem vários pontos a considerar para se obter o máxima
eficácia deste método de prevenção da cárie dentária:
• selecção dos dentes
• limpeza dos dentes
• isolamento e secagem dos dentes
• aplicação do ácido
• lavagem, reisolamento e secagem dos dentes
• aplicação dos selantes
•verificação dos selantes
Embora a técnica que se descreve de seguida1 , seja similar, cada produto tem as
suas características próprias. As indicações do fabricante deverão ser sempre seguidas.

1 - SELECÇÃO DOS DENTES


1.1 - No âmbito deste programa serão aplicados selantes de fissuras nos primeiros e
segundos molares permanentes e pré-molares
• suficientemente erupcionados
• cujas fissuras e fossetas sejam profundas
• cujas superfícies proximais estejam isentas de cárie
• cujas superfícies a aplicar selantes estejam sãs ou com cáries incipientes
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1.2 - Têm indicação para aplicação de selantes de fissuras as seguintes superfícies


dentárias:
• superfícies oclusais dos molares e pré-molares permanentes
• fossetas vestibulares dos molares inferiores e palatinas dos molares superiores
• fossas palatinas dos dentes ântero-superiores
1.3 - A aplicação de selantes, segundo os critérios anteriormente definidos, deve
ser adiada nos casos em que não se consegue obter um campo de trabalho seco,
devido a:
• erupção insuficiente do dente
• excesso de salivação da criança
• comportamento negativo da criança
1.4 - Nos casos em que o dente está suficientemente erupcionado para se proceder à
aplicação do selante na superfície oclusal, mas que não está suficientemente
erupcionado para se proceder à aplicação de selante nas superfícies lingual ou
vestibular, aplicar-se-á selante apenas na superfície oclusal.

2 - LIMPEZA DOS DENTES


A limpeza mecânica da superfície dos dentes é essencial para o sucesso clínico dos
selantes. A presença de depósitos, como placa bacteriana e tártaro, são um obstáculo
à acção do ácido utilizado como condicionador do esmalte.
2.1 - Para a realização da limpeza (remoção de depósitos moles) da superfície dentária
a selar utiliza-se uma escova profilática acoplada a um contra-ângulo, água e pó de
pedra pomes. Caso exista, pode também utilizar-se um jacto abrasivo de polimento —
com água e bicarbonato de sódio (do tipo do “Prophy-Jet”).
2.2 - Após a limpeza da superfície dentária a selar procede-se à sua verificação
percorrendo as fissuras e fossetas com a parte activa de uma sonda exploradora curva.
Caso ainda se retirem depósitos moles com a ponta do explorador, repetir-se-á a
limpeza.

3 - ISOLAMENTO E SECAGEM
3.1 — A criança deve ser posicionada de modo a que a zona a selar seja de fácil
acesso e visibilidade. A cabeça da criança deve ser inclinada de modo a que a
acumulação de saliva e água seja feita no lado oposto ao dente que vai ser selado.
3.2 — Durante o processo de aplicação dos selantes deve ser utilizado um aspirador
de saliva e/ou cirúrgico.
3.3 - O isolamento do dente será feito com rolos de algodão seguros pelos dedos do
operador ou com suporte apropriado. Considera-se este ponto o mais critico de toda a
técnica de aplicação dos selantes, pois dele está dependente a sua total retenção.
3.4 — Hoje em dia, existem os “Dry tips” que se colocam à saída dos canais de Stenon
absorvendo a saliva produzida pelas glândulas parótidas, e facilitando muito o
isolamento. É conveniente usá-los especialmente nos casos em que existe grande
salivação ou quando há pouca colaboração da criança.
3.5 — Após o isolamento de dente, com rolos de algodão, e eventualmente com “Dry
tips”, este deve ser seco com ar comprimido (utilizando-se a seringa de ar). O jacto de

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ar comprimido necessita estar isento de óleo e de humidade. Este aspecto deve ser
verificado accionando-se a seringa de ar sobre a superfície espelhada de um espelho
bucal. Se existirem gotículas de água ou de óleo sobre a superfície do espelho, o jacto
de ar não pode ser utilizado na secagem do dente, o que implica reparação da equipa
dentária e adiamento da consulta. A operação de secagem deve ter a duração de 15
segundos.

4 - APLICAÇÃO DO ÁCIDO
4.1 - O passo que se segue à secagem é a aplicação do ácido, na forma liquida ou em
gel, (geralmente ácido fosfórico a 37%), a qual deverá ser feita com um pincel, esponja
ou outro material fornecido juntamente com a caixa de selantes.
4.2 - O veiculador deverá ser embebido no ácido, deve percorrer todo o sistema fissurário
e fosseta vestibular ou fissura língual e actuar durante 30 segundos. Se o ácido for
liquido, deverá, durante o tempo de aplicação, molhar várias vezes o pincel ou esponja
e ir colocando sobre a superfície a selar. Pelo contrário, se o ácido for em gel, deve ser
colocado sobre a superfície dentária uma vez só, e esperar que passem 30 segundos
sem haver qualquer interferência.

5 - LAVAGEM, REISOLAMENTO E SECAGEM


5.1 - A lavagem do dente submetido ao ataque ácido, irá remover esta substância
química e os produtos da sua reacção com o esmalte.
5.2 - A lavagem, cuja duração deve ser de 15 segundos se o ácido for liquido, ou 30
segundos se o ácido for em gel, será sempre acompanhada da utilização do aspirador,
o qual deverá remover o excesso da mistura de água e ácido dos rolos de algodão.
5.3 - Para se proceder ao reisolamento dos dentes, colocar-se-ão rolos de algodão
secos sobre os que já foram molhados anteriormente. Os rolos de algodão secos
serão mantidos no seu local conforme o referido no ponto 3.3. Os rolos de algodão
molhados, sempre que possível, deverão ser substituídos por rolos secos. Esta operação
deverá ser rápida e cuidadosa para que os dentes não sejam contaminados por saliva.
5.4 - Caso haja contaminação acidental com saliva, da superfície dentária a secar,
deve repetir-se todo o procedimento de igual modo, diminuindo apenas o tempo de
actuação do ácido; em vez de actuar 30 segundos, deverá actuar apenas 10 segundos.
5.5 - Logo após a substituição dos rolos de algodão procede-se à secagem de todas
as superfícies submetidas ao ataque ácido. A técnica de secagem deve ser feita de
modo a que as superfícies dentárias, submetidas ao ataque ácido, sejam secas
continuamente com um jacto de ar comprimido, durante 15 segundos.

6 - APLICAÇÃO DO SELANTE DE FISSURAS


6.1 - O selante deverá ser aplicado o mais rapidamente possível após a secagem da
superfície condicionada pelo ácido, para que seja reduzida qualquer possibilidade de
contaminação acidental.
6.2 - Os selantes a utilizar em programas comunitários não deverão ter carga.
Relativamente ao método de polimerização, quer o selante seja autopolimerizável,
quer seja fotopolimerizável devem seguir-se sempre as instruções do fabricante. No
caso de se utilizarem selantes autopolimerizáveis, a mistura do catalisador e do

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universal, feita pelo assistente, deve ser misturada cuidadosamente, de modo a evitar
a formação de bolhas de ar.
6.3 - O selante pode ser aplicado utilizando um pincel (descartável) e respectivo cabo,
uma sonda, um instrumento plástico ou um aplicador fornecido pelo fabricante.
6.4 - A aplicação do selante deve ser feita de modo a que o liquido escoe ao longo do
sistema fissurário e/ou fosseta vestibular, verificando-se sempre se a quantidade de
selante é suficiente para preencher todas as irregularidades do dente. O selante deve
estender-se de cúspide a cúspide, mas não deve cobrir as cristas marginais. Deve
penetrar nas microretenções do esmalte ainda fluido e grande parte da reacção de
polimerização deverá ocorrer já após a sua aplicação. Após o inicio da polimerização
não deve haver qualquer interferência sobre a superfície que está a ser selada. Caso
se estejam a selar mais do que um dente do mesmo quadrante, deverá iniciar-se a
aplicação do selante pelo dente mais posterior.
6.5 - Após a aplicação do selante, caso este seja autopolimerizável, espera-se o tempo
indicado pelo fabricante, para a sua polimerização, a qual deve ser controlada no
recipiente onde se efectuou a mistura. Se o selante aplicado for fotopolimerizável,
deve direcionar-se o foco de luz visível colocando a extremidade da haste o mais perto
possível do dente em causa, durante o tempo recomendado pelo fabricante. Caso se
estejam a selar mais do que um dente do mesmo quadrante, deverá iniciar-se a
fotopolimerização pelo dente mais posterior. Uma vez assegurada a polimerização
procede-se à verificação do/s selante/s.
Nota: A intensidade da luz dos fotopolimerizadores varia de marca para marca e
modelo para modelo. É também diminuída se houver fibras ópticas partidas, sujidade
etc. Devido a estas razões a fonte de luz deverá ser colocada o mais perto possível da
superfície a polimerizar e deve sempre prolongar-se em 5 ou 10 segundos o tempo de
polimerização adequado para garantir a completa solidificação da resina. É
recomendado também que os aparelhos sejam verificados periodicamente para haver
a certeza de que estão em pleno funcionamento.

7 - VERIFICAÇÃO DO SELANTE
7.1 - O dente deve manter-se isolado (isento de saliva) até se proceder à verificação
do selante.
7.2 - O selante é verificado visual e tactilmente (com a parte activa do explorador).
7.3 - Se a cobertura das fissuras ficar incompleta, ou se existir uma bolha de ar
(descontinuidade no selante), e a superfície do dente não tiver sido contaminada, pode
aplicar-se mais selante. De outro modo, o dente deve ser sujeito a novo ataque ácido,
durante 10 segundos, sendo depois lavado e seco, podendo então aplicar-se mais
selante.
7.4 - Geralmente, a camada mais superficial do selante não polimeriza, devido ao seu
contacto com o ar. Esta camada, por ter um sabor desagradável, deve ser removida
com um rolo de algodão humedecido, ou lavando e aspirando essa superfície.
Seguidamente pode proceder-se à remoção dos rolos de algodão.

8 - RETENÇÃO DOS SELANTES E REAPLICAÇÃO


8.1 - O tempo durante o qual os selantes permanecem retidos depende quase
inteiramente da precisão da técnica. Embora o selante vá sendo desgastado e possa
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parecer que se perdeu, o selante que penetra nos microporos do esmalte e nas fissuras
e fossetas continua a proteger o dente.
8.2 - Cada um dos passos atrás descritos, necessários à preparação de dente e
aplicação de selante deverá ser cuidadosamente efectuado. Uma técnica imprópria é
provavelmente a maior causa de perda de retenção do selante da superfície dentária.
Nota: Após a aplicação dos selantes de fissura pode terminar-se fazendo uma aplicação
tópica de flúor. Neste tipo de programas optou-se pelo bochecho com uma solução de
fluoreto de sódio a 0.2%, segundo a técnica descrita no “Guia Prático do Professor”
(produzido pela Direcção-Geral da Saúde em 1992), efectuado individualmente ou em
grupo

II - AVALIAÇÃO
Nos programas comunitários em curso, as crianças às quais se aplicaram selantes,
os os
deverão no final do 4º ano (para os 1 molares) e no final do 9º ano (para os 2
molares) ser sujeitas a um rastreio para verificação da retenção dos selantes aplicados.
Nos casos em que o selante tenha caído ou perdido a integridade, deverá ser reaplicado.
os
(Também aos 12-13 anos, quando se selarem os 2 molares, os selantes que foram
os
aplicados nos 1 molares deverão ser verificados e reaplicados quando for necessário).
os os
Deverão ser calculados, quer para os 1 molares, quer para os 2 molares
(separadamente), os seguintes indicadores:
• % de selantes íntegros
• % de selantes não íntegros
• % de selantes perdidos
• % de selantes reaplicados

III – FUNDAMENTAÇÃO
A cárie dentária, doença de elevada prevalência que atinge em maior quantidade a
população jovem, tem uma transcendência económica e social enorme mas é altamente
vulnerável às medidas de prevenção primária que estão ao nosso alcance (educação
para a saúde oral, higiene oral, administração de flúor sistémico e tópico, disciplina do
consumo de alimentos cariogénicos e aplicação de selantes de fissuras).
Desde 1985, têm sido desenvolvidos, a nível nacional, programas de prevenção da
cárie dentária, cujas orientações preventivas2 permitiram uma grande diminuição da
cárie dentária, especialmente nas superfícies lisas dos dentes. Contudo, dada a
morfologia das superfícies oclusais, as bactérias acumulam-se nas fissuras e fossetas
(as quais são muito profundas e estreitas), sendo impossível removê-las com a escova
de dentes. O flúor tem grande sucesso no aumento da resistência das superfícies
dentárias lisas (interproximais, vestibulares e linguais), mas nas superfícies oclusais,
dada a sua anatomia, têm um efeito muito limitado3.
Deste modo, os diversos trabalhos de investigação provam que quando se desenvolvem
programas básicos de prevenção da cárie dentária utilizando apenas as medidas atrás
descritas, a doença aparece especialmente nas superfícies oclusais dos molares e
pré-molares, uma vez que estas são as mais susceptíveis à doença4.
A elevada susceptibilidade à cárie das fissuras oclusais dos dentes posteriores foi
reconhecida há muito anos, bem como o facto de essas mesmas superfícies dentárias
serem as que menos beneficiam com os programas de fluoretação. Graves e Burt
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demonstraram que nas comunidades com fluoretação da água, 90% de todas as lesões
nos primeiros molares permanentes das crianças em idade escolar são cáries de
fissura5.
Desenvolveram-se numerosos estudos durante a década de 60, com a utilização deste
material que demonstraram claramente as potencialidades da utilização de selantes
de fissura como medida de prevenção da cárie dentária quando aplicados nos molares
e pré-molares permanentes recém erupcionados. Os selantes de fissura foram aceites
pela Associação Dentária Americana em 1976.
Em Portugal estão já em desenvolvimento alguns programas globais de prevenção da
cárie dentária que incluem a aplicação desta nova técnica preventiva. Estes programas
são postos em prática após a realização de um diagnóstico de situação que justifique
a pertinência da aplicação de selantes de fissura. Os resultados têm provado a sua
eficiência na diminuição da cárie dentária quer no nosso país6 quer no estrangeiro7 .
No documento publicado em 1998, “Estratégias da Saúde em Portugal” do Ministério
da Saúde (revisto) são objectivos imediatos para 1999:
n Alargar o Programa Básico de Saúde Oral a todas as escolas do
Ensino Básico
n Desenvolver o Programa Específico de Aplicação de Selantes de
Fissuras em 40% das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico.

O DIRECTOR-GERAL DA SAÚDE

Constantino Sakellarides, Prof. Doutor

1 Waggoner, WF. & Seigal, M.: Pit and Fissure Sealant Application: updating the technique. JADA March 1996,
vol.127: 351-361
2 DGCSP - “Programa de Saúde Oral em Saúde Escolar” (revisto e actualizado anualmente)
DGCSP - “Orientações Técnicas - Saúde Oral em Saúde Materna e Infantil”, Lisboa, DSO, Julho 1989
DGS - “Saúde Infantil e Juvenil - Programa-tipo de actuação”, Lisboa, 1993
DGS – “Saúde Oral nas Crianças em Idade Escolar”, Lisboa, DSE, Abril 1996
DGS – “ Programa de Promoção da Saúde Oral nas Crianças e Adolescentes” – Circular Normativa nº 6/DSE,
1999
3 Mandel, ID: Caries Prevention. Current strategies, new directions. JADA, vol 127, Oct 1996: 1477-1488
4Calado R.: A cárie dentária em molares permanentes - o seu peso na saúde oral duma população jovem.
Saúde em Números, Set. 1990; vol. 5, nº4: 30-32
5 Graves RC, Burt BA: The pattern of carious attack in children as a consideration in the use of fissure
sealants. J Preven Dent 1975; 2(3): 28-32
6 Calado RM: Programa de Cuidados de Saúde Oral do Cartaxo. Avaliação do seu impacto. Acta Médica
Portuguesa 1993; 6: 115-122
Calado, RM: Uso de selantes de fissuras na protecção específica de molares permanentes - Um estudo sobre
a sua retenção. Revista Portuguesa de Clínica Geral, Maio 1992; vol. 9, nº5: 134-136
7 ADA Council on Acess, Prevention and Interprofessional Relations, ADA Council on Scientific Affairs: Dental
Sealants. JADA, vol. 128, April 1997: 485-488
Sterritt GR, Frew RA, Rozier RG, Brunelle JA: Evaluation of a school-based fluoride mouthrinsing and clinic-
based sealant program on a non-fluoridated island. Community Dental Oral Epidemiology, 1990; 18: 288-93

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