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A

PRODUÇÃO DE ÁUDIO
E A IMAGEM
2ª FASE

Politécnico do Porto
Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo
Produção e Tecnologias da Música
ESTA VI

Mário José Martins dos Santos


3 de maio de 2018
Instituto Politécnico do Porto
Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo
Produção e Tecnologias da Música
Equipamentos, Sistemas e Técnicas Áudio VI
Ano letivo 2017/2018
Título: A Produção de Áudio e a Imagem – 2ª fase
Mário José Martins dos Santos
3 de maio de 2018
Orientação: Prof. Arq. José Prata

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Índice

Apresentação ..................................................................................................................... 4
Introdução ......................................................................................................................... 5
Mistura .............................................................................................................................. 6
Conclusão.......................................................................................................................... 9
Bibliografia ..................................................................................................................... 11
Apêndices........................................................................................................................ 12
Anexos ............................................................................................................................ 27

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Apresentação

Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular Equipamentos,


Sistemas e Técnicas Áudio VI com a pretensão de, a partir de um dado videograma,
produzir um fonograma em sistema multicanal 5.1, constituindo uma banda sonora
original. Era obrigatória a produção de, pelo menos, um efeito sonoro original e de um
efeito produzido em foley. Tinha como objetivos a exploração de conhecimentos de
técnicas de captação, edição, processamento, mistura e masterização, a compreensão de
processos de produção de áudio para conteúdo de imagem, com especial ênfase na
construção de bandas sonoras e desenho de efeitos sonoros, incrementar a habilidade de
percecionar a produção musical em termos históricos e culturais e exercitar a pesquisa e
exploração de documentos no domínio da produção musical. Foi-nos, ainda, permitido o
acesso à Régie A e Estúdio dos SAV/ESMAE-IPP, assim como a todos os meios técnicos
neles existentes para a realização deste projeto.
Nesta segunda fase, era espetável que os alunos fossem capazes finalizar a mistura
surround 5.1 após todo o processo já realizado na primeira fase do projeto.
Tal como tem acontecido ao longo dos semestres anteriores, não é demasiado
enaltecer a ajuda dos colegas Filipe Dias e Pedro Pinto. A entreajuda e espírito crítico
construtivo têm-se revelado tão importantes quanto as capacidades técnicas e
profissionais individuais, provando que apesar de se reunirem todas as condições e
capacidades para que sejamos autónomos, o trabalho em equipa traz sempre elementos
bastante positivos ao facilitar ao processo de conceptualização, desenvolvimento e
conclusão das tarefas necessárias à realização do trabalho.

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Introdução

Para este trabalho, foi-nos fornecido um videograma, com cerca de 1 minuto e 40


segundos, de um episódio dos desenhos animados “Tom & Jerry” sem áudio associado.
Com isto, pretendia-se que os alunos fossem capazes de criar um conceito original para
construir a banda sonora e efeitos sonoros que complementassem o videograma. Optou-
se, então, por construir todo o ambiente sonoro utilizando apenas voz e todos os sons
provenientes de um piano.
Dada a atual facilidade de acesso a conteúdos presentes na Internet, foi possível
visualizar o episódio original com som na plataforma YouTube. Daqui retiraram-se
algumas ideias base para a elaboração do trabalho, tentando aproximar alguns elementos
ao original, mas utilizando meios diferentes.
Nesta segunda fase, o foco prendeu-se em realizar uma mistura para surround 5.1
após todos os sons já gravados e conceptualizados na primeira fase.
Segue-se a planificação das sessões realizadas para cumprimento dos créditos
obrigatórios:

• 18 de abril – 9h00/13h00
o Início do processo de mistura.
• 18 de abril – 15h00/19h00
o Continuação do processo de mistura.
• 25 de abril – 15h00/19h00
o Finalização da mistura.
• 30 de abril – 10h30/11h30
o Exportação da DAW e implementação do conteúdo áudio ao videograma.

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Mistura

Após todo o trabalho realizado na primeira fase do projeto, faltava apenas


inicializar o processo de mistura. Como já mencionado anteriormente, a mistura foi
realizada em contexto surround 5.1, o que permitiu conferir uma mais envolvência ao
ouvinte (ou espectador, uma vez que pela primeira vez realiza-se um trabalho que envolve
não só conteúdo áudio, mas também conteúdo de visual) do que se verificaria numa
mistura estéreo. Na primeira fase do trabalho não se tinha realizado qualquer tipo de
mistura, o foco tinha estado apenas em idealizar o conceito, reunir todos os sons
necessários, e não só, para a aplicação do mesmo e construir a banda sonora, porque
acredita-se que a música é o elemento que conecta tudo, uma vez que não deixa espaços
“em branco” e ajuda a construir o ambiente desejado.
Foi precisamente por não se ter tido isto em mente desde o início, que começaram
a surgir as primeiras grandes dificuldades. Tal como dito, na primeira fase não se fez
nenhuma mistura, ficando alguma discrepância em termos de volume entre os vários sons,
dando a sensação de que o trabalho estaria bastante incompleto. No entanto, começando
a ajustar os volumes dos vários soundbites, o projeto começou a ficar mais equilibrado e
a ganhar uma nova dimensão. Não foi necessário acrescentar mais nenhum som e quase
que não foi preciso alinhar nenhum som com o conteúdo visual, uma vez que já estava
praticamente tudo sincronizado.
Apesar de durante as aulas de ESTA VI termos visto alguns exemplos em 5.1 para
nos contextualizarmos, dado o elevado número de alunos da turma e o posicionamento
não ser sempre o melhor achou-se que era do maior interesse visualizar mais filmes e
séries que estivessem preparados para escuta 5.1. Hoje em dia, não foi difícil encontrar
conteúdo desse género e, portanto, após de se visualizar partes de alguns filmes e de
algumas séries, apercebeu-se que na grande maior parte dos casos as vozes/falas estão
“posicionadas” ao centro, muitas vezes sem mais qualquer tipo de conteúdo, enquanto
que a “acção” é maioritariamente colocada nas colunas L e R, embora possa entrar sem
problema nenhum nas colunas LS e RS e até mesmo na coluna do centro, e a maior parte
da música ambiente era proveniente das colunas traseiras.
Tendo isto em mente, iniciou-se então o processo de mistura em contexto
surround 5.1. Tal como o docente já havia mencionado nas aulas, o processo de mistura
em si não era bastante complicado. Apesar de acontecer muita coisa ao mesmo tempo, o

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videograma é bastante intuitivo e quase todos os sons estão a acontecer em primeiro
plano, sempre bastante relevantes e diretos. Ainda assim, realizaram-se bastantes
automações de volume e de panorâmicas, não só para cumprir com os requisitos
obrigatórios, mas também porque o próprio videograma o “exigia”. Por exemplo, quando
o avião surge em cena, é quase que obrigatório fazer uma automação de panorâmicas,
dando a sensação de que ele voa à volta do ouvinte, e também de volumes, dando a
sensação de que ele se afasta e se aproxima conforme o conteúdo visual. Segue-se uma
imagem com as automações realizados neste exemplo:

Imagem 1 - Automação de panorâmicas (em cima) e volume (em baixo) no "avião"

Relativamente ao processamento do conteúdo áudio, não foi realizado um trabalho


exaustivo. Desde o primeiro semestre que se tem tido como ideal tentar aproximar a
gravação o máximo possível ao resultado final pretendido. Apesar de por vezes levar-se
mais tempo para gravar algo, numa fase posterior acaba por compensar, uma vez que o
processo de mistura e de processamento se tornam muito mais rápidos e diretos. Ainda
assim, obviamente que não faltaram processos de equalização, compressão e muitos
outros, que ajudam a tornar este trabalho mais coerente e coeso.
Apesar dos sons estarem a soar bem isoladamente e de se acreditar que tudo
fizesse sentido em relação ao videograma, quando se juntava tudo a sensação era de que
os sons não se conjugavam, não dando qualquer sentimento de envolvência ao ouvinte.
Curiosamente, na seguinte aula de ESTA VI, ainda antes da aula iniciar o docente referiu,
sem ainda ter sido colocada essa questão, que ao contrário do que a maior parte das
pessoas pensaria, a música não poderia ser “colocada” exclusivamente nas colunas
traseiras, uma vez que isso não traria a envolvência desejada. Esta afirmação fez todo o

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sentido e foi de tal forma importante que, na sessão seguinte de mistura, a primeira tarefa
que se realizou foi precisamente “espalhar” melhor a banda sonora pelas restantes
colunas, mesmo dando maior ênfase às colunas traseiras. Assim que esta tarefa se
realizou, a sensação de envolvência foi totalmente diferente. Pela primeira vez desde que
se havia iniciado o trabalho, o conteúdo áudio estava (finalmente) envolvente e coeso.
Um pormenor que, apesar de ser pequeno, fez toda a diferença.
Ainda assim, tendo tudo praticamente finalizado, havia a sensação de que algo
não estava bem. Felizmente, graças à ajuda dos colegas Filipe Dias e Pedro Pinto, chegou-
se à conclusão que o problema estava relacionado com a reverberação escolhida.
Inicialmente, escolheu-se uma reverberação diferente para cada soundbite. Visto que esta
abordagem não era a mais indicada, criou-se uma pista de reverberação geral, para onde
eram enviadas todas as outras antes de serem enviadas para a Master Track. Apesar de
estar melhor, não era o resultado que se pretendia. Então chegou-se à conclusão de que
toda a “acção” do videograma, ocorre quase toda no mesmo espaço físico (uma sala
grande, com paredes de betão ou pedra e chão de cimento), exceto quando o rato entra
dentro de uma pipa no início. Uma vez que isso acontece, ou seja, existe um espaço
comum a tudo, fazia sentido que toda a “acção” tivesse o mesmo tipo de reverberação,
mas a música, uma vez que se trata de um tipo de conteúdo diferente, não deveria entrar
neste campo. Então, removeu-se toda a música da pista de reverberação geral, passando
a ser processada de forma isolada.
Finalizada a mistura, faltava apenas o processo de exportação. Este processo foi
feito exatamente da mesma forma que se fez na aula de ESTA VI dedicada a isso.
Exportou-se o conteúdo áudio do Digital Performer em formato “Broadcast Wave,
Interleaved” e, de seguida, implementou-se o mesmo ao videograma através do programa
QuickTime Player 7.

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Conclusão

Finalizado o projeto, podemos retirar algumas conclusões quanto ao objetivo


pretendido. Em primeiro lugar, os resultados consideram-se bastante satisfatórios, uma
vez que o conceito idealizado foi cumprido, existe coerência entre a parte visual e a parte
auditiva, a mistura acredita-se ser eficaz. Além disso, considera-se que o áudio enaltece
o conteúdo humorístico do episódio, acreditando que é este o propósito do áudio neste
tipo de contextos: ajudar a transmitir a ideia por detrás da imagem. Também se cumprem
com os objetivos gerais que eram inerentes a todos os alunos, desde a exploração e
compreensão de produção áudio para conteúdo de imagem, à gravação foley, produção e
desenho de efeitos sonoros originais e mistura em surround 5.1.
Como aspeto menos positivo, destaca-se a qualidade da mistura final da primeira
fase, mas uma vez que não era esse o principal foco dessa fase, não se acredita que esse
fator seja prejudicial para a perceção e apresentação do conceito idealizado. Na segunda
fase do trabalho, acredita-se que como aspeto menos positivo serão as dificuldades
enfrentadas no processo de mistura em relação à envolvência do conteúdo áudio. No
entanto, acredita-se que estas dificuldades foram ultrapassadas, trazendo algum sentido
de satisfação e orgulho pessoal sobre o resultado obtido. Uma vez que na primeira fase já
se tinha tudo o que era necessário para realizar a mistura 5.1 de uma forma fácil, rápida e
eficaz devido à clareza de apresentação do projeto e devido à forma como o próprio
projeto DP estava montado, a segunda fase foi cumprida sem problemas de falta de sons
ou de sincronismo. É ainda de referir, que para trabalhos deste género, a falta de uma
escuta surround em casa pode complicar a tarefa, uma vez que não podemos adiantar
muita coisa fora da ESMAE.
É possível, ainda, concluir que a experiência de trabalhar neste contexto de
produção áudio para conteúdo de imagem, se demonstrou bastante positiva e
entusiasmante. Além de passarmos por processos de foley e dobragem, que permitiram
manter um lado criativo e pessoal, ao ser-nos permitido idealizar um conceito livre e
original, é sempre interessantíssimo realizar misturas em contexto surround uma vez que
o mercado atual cada vez cresce mais nesse sentido e apesar de ser cada vez mais acessível
de ter uma escuta desse género em casa, ainda é algo que não estamos habituados a ter
como ferramenta de trabalho. Destaca-se também a bibliografia consultada, que além de
apresentar inúmeras técnicas e estratégias que facilitaram todo o processo realizado,

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também demonstraram ser bastante interessantes no sentido em que permitiram
percecionar a produção musical em termos históricos e culturais.

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Bibliografia

• “The Sound Effects Bible – How to create and record Hollywood style sound
effects”, Ric Viers.
• “Audio Design – sound recording techniques for film and video”, Tony Zaza.
• “Sound Design: The Expressive Power of Music, Voice and Sound Effects in
Cinema”, David Sonnenschein.
• “Spatial Audio”, Francis Rumsey.
• “Surround Sound – up and running”, Tomlinson Holman.

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Apêndices

• Relatório da 1ª fase (não corrigido)


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Anexos

• Caderno de Encargos

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