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Efeito de amortecedores no
comportamento dinâmico de edifícios
altos sob cargas de vento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Dissertação de Mestrado
Rio de Janeiro
Maio de 2015
Marina Polónia Rios
Efeito de amortecedores no
comportamento dinâmico de edifícios
altos sob cargas de vento
Ficha Catalográfica
Rios, Marina Polónia
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Efeito de amortecedores no
comportamento dinâmico de edifícios altos
submetidos a cargas de vento / Marina
Polónia Rios ; orientador: Sebastião Artur
Lopes de Andrade ; co-orientador: Paulo
Batista Gonçalves. – 2015.
136 p.. : il. (color.) ; 30 cm
Dissertação (mestrado)–Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro,
Departamento de Engenharia Civil, 2015.
Inclui bibliografia
CDD: 624
Agradecimentos
Aos meus orientadores Prof. Paulo Batista Gonçalves e Prof. Sebastião Artur
Lopes de Andrade, agradeço pela dedicação e estímulo durante a realização desse
trabalho.
Palavras-chave
With the increase in building height and the development of more resistant
materials, structures are becoming more flexible. This has made the consideration
of wind loads an important factor to be considered in their projects. The dynamic
characteristic of these loads causes important vibration effects in these structures
due to their low vibration frequencies, which must be considered in design,
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Keywords
Tall buildings; structural dynamics; wind load; fluid dampers.
Sumário
1. Introdução 22
1.1. Considerações Iniciais 22
1.2. Importância e objetivos do estudo 24
1.3. Revisão Bibliográfica 25
1.4. Escopo do trabalho 31
3. Amortecedores 56
3.1. Introdução 56
3.2. Amortecimento inerente às estruturas 57
3.3. Amortecedores passivos, ativos, semi-ativos e híbridos 58
3.4. Resposta das estruturas a amortecedores passivos 60
3.5. Tipos de Amortecedores Passivos 61
3.5.1. Amortecedores de massa sintonizados (AMS) 61
3.5.2. Amortecedores líquidos sintonizados (ALS) 62
3.5.3. Amortecedores de impacto 63
3.5.4. Amortecedores viscoelásticos 63
3.5.5. Amortecedores por fricção 64
3.5.6. Amortecedores metálicos 65
3.5.7. Amortecedores fluidos 66
4. Análise Numérica 72
4.1. Apresentação do modelo 72
4.2. Casos estudados 80
4.2.1. Modelo 1 82
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4.2.2. Modelo 2 83
4.2.3. Modelo 3 84
4.2.4. Modelo 4 85
4.2.5. Modelo 5 86
4.2.5.1. Modelo 5.1 87
4.3. Análise dinâmica pelo método dos ventos sintéticos 88
4.3.1. Modelo inicial: definição do espectro de potência a ser adotado 88
4.3.2. Modelo 1 90
4.3.3. Modelo 2 94
4.3.4. Modelo 3 96
4.3.5. Modelo 4 100
4.3.6. Modelo 5 103
4.3.7. Modelo 5.1 108
4.3.8. Resumo dos resultados 109
4.4. Variação do período de carregamento 109
4.4.1. Carga atuando em 25 segundos 110
4.4.2. Carga atuando em 50 segundos 111
4.4.3. Carga atuando em 100 segundos 112
4.4.4. Carga atuando em 150 segundos 113
4.4.5. Carga atuando em 200 segundos 114
4.5. Crescimento gradual do carregamento 115
4.6. Modelo com mola e amortecedor em série 117
4.7. Variação do ângulo de fase 118
4.8. Edifício submetido a cargas de vento calculadas pelo espectro
de Kaimal 120
4.9. Carregamento no caso da ressonância 122
4.10. Comportamento na vibração livre 125
4.11. Análise Linear x Não Linear 126
4.12. Análise dos esforços 128
Maiúsculas Romanas
, Componentes da transformada de Fourrier
C Constante característica dos amortecedores
Ca Coeficiente de arrasto definido conforme NBR-6123
Coeficiente de amortecimento crítico da estrutura
Fr,II Fator de rajada
L Dimensão característica
M Massa modal
S1 Fator topográfico
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Minúsculas Romanas
a0, an, bn Coeficientes da série de Fourrier
B Parâmetro meteorológico usado na determinação de S2
b3 e b600 Parâmetros meteorológicos para os períodos de 3 e 600 s
respectivamente
f Frequência
f1 Frequência natural principal da estrutura
K Constante de Kármán
P Expoente da lei potencial da variação de S2
p’ Pressão flutuante
p3 e p600 Expoentes da lei potencial para os períodos de 3 e 600 s
respectivamente
Pressão dinâmica do vento, correspondente à velocidade
característica Vk, em condições normais de pressão e de
temperatura
R Número do harmônico ressonante com o primeiro modo de
vibração da estrutura
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u* Velocidade de atrito
Parcela flutuante da carga de vento
v3 e v600 Velocidade na cota z para os períodos de 3 e 600 s
respectivamente
z Cota acima do terreno
z0 Coeficiente de rugosidade do terreno
zg Altura da camada limite da atmosfera
Minúsculas Gregas
α Expoente característico do amortecedor
αeβ Constantes de integração de Newmark
ζ Coeficiente de amortecimento natural da estrutura
θ Ângulo de fase aleatório
λ Comprimento de onda
Viscosidade do fluido
ξ Amortecimento proporcional da estrutura
ρ Densidade do fluido
Desvio padrão da velocidade do vento
ν Velocidade axial do fluido
ωn Frequência natural de vibração do modo n (rad/s)
Matrizes
C Matriz de amortecimento inerente da estrutura
K Matriz de rigidez
M Matriz de massa
Γ Matriz de amortecimento passivo adicionado à estrutura
Vetores
P Vetor de carregamento dinâmico do vento
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Lista de Abreviaturas
1.1.
Considerações Iniciais
Os países asiáticos e os Estados Unidos se destacam na construção de
edifícios altos. A Figura 1.1 apresenta esquematicamente os edifícios existentes
com altura superior a 400 metros. O edifício mais alto existente hoje em dia é o
Burj Khalifa, em Dubai, com o ponto mais alto a 828 metros de altura.
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Figura 1.2 - World Trade Center (Wikipédia, Figura 1.3 - Petronas Towers (Mendes,
2014) 2014)
24
Uma solução que tem sido desenvolvida para reduzir os efeitos dinâmicos
na estrutura é a utilização de amortecedores. Existem diversos tipos de
amortecedores capazes de absorver a energia transferida para a estrutura por ações
dinâmicas. Em geral, esta solução é adotada para estruturas submetidas a sismos,
mas já existem casos de sucesso em que são usados amortecedores no combate à
ação dinâmica de ventos. Neste estudo, analisa-se a introdução de amortecedores
fluidos nas estruturas.
Exemplos de edifícios altos que utilizam amortecedores em sua estrutura são
o World Trade Center, em Nova York, EUA, que utilizava amortecedores
viscoelásticos em suas ligações, e Petronas Towers, em Kuala Lumpur, Malásia,
que utiliza uma combinação de amortecedores do tipo AMS e amortecedores
fluidos. Imagens desses dois edifícios são apresentadas nas Figuras 1.2 e 1.3.
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1.2.
Importância e objetivos do estudo
O projeto de uma estrutura deve atender a três requisitos básicos:
estabilidade, resistência e condições de serviço. Portanto, deve-se garantir que a
estrutura não sofre deslocamentos elevados, que os seus componentes são
resistentes às tensões solicitantes e que a estrutura fornece conforto aos seus
usuários. Com o aumento da altura dos edifícios, que muitas vezes vem
acompanhado do aumento de flexibilidade e pouco amortecimento, as estruturas
estão cada vez mais suscetíveis às vibrações provocadas pelo vento. As estruturas
muitas vezes são projetadas de forma a resistir satisfatoriamente às cargas laterais,
no entanto ainda sofrem com o elevado nível de vibrações, provocando
desconforto aos seus usuários.
Este estudo tem por objetivo investigar o comportamento dinâmico de um
edifício alto quando submetido às cargas de vento. Com esta finalidade, analisa-se
um caso típico de um prédio de 172,80 metros de altura, com estrutura mista em
aço e concreto, através de um modelo computacional utilizando o método dos
elementos finitos. São aplicadas cargas de vento que variam em função do tempo,
seguindo o método dos ventos sintéticos, desenvolvido por Franco (1993). Em
seguida, é analisada a introdução de amortecedores fluidos nessa estrutura, como
forma de reduzir a sua resposta dinâmica. São analisadas diferentes configurações
25
1.3.
Revisão Bibliográfica
(EUA), AS/NZ 2011 (Austrália e Nova Zelandia), AIJ 2004 (Japão), CNS 2012
(China), NBCC 2010 (Canada), Eurocode 2010 (Europa), ISO 2009 e IWC 2012
(Índia). Os principais aspectos abordados neste estudo foram relacionados aos
limites de serviço, tanto na direção transversal quanto longitudinal. Todos os
códigos utilizam a mesma estrutura teórica para a definição dos efeitos
provocados pelas cargas dinâmicas. Portanto, foram definidas equações básicas e
foram comparados os coeficientes adotados por cada norma.
Morais (2014), em sua dissertação de mestrado, estudou o comportamento
estrutural de um edifício de 20 pavimentos misto (aço-concreto), submetido a
cargas não determinísticas do vento. Foram analisados três tipos de
contraventamento aplicados ao núcleo interno da edificação. No desenvolvimento
do modelo computacional foram empregadas técnicas de discretização pelo
método dos elementos finitos, assim como será feito neste estudo.
Sousa (2014) apresenta um estudo baseado em modelagem numérica sobre a
influência dos painéis de alvenaria de vedação na rigidez e nas características
dinâmicas de edifícios em concreto armado. Foram analisados painéis de alvenaria
modelados como elementos de casca, e como diagonais equivalentes. Os
resultados obtidos validam o modelo de diagonal equivalente, bem como a
contribuição das alvenarias na rigidez global da estrutura.
Cachuço (2014) estudou as incertezas acerca da determinação das
frequências naturais de estruturas, em especial em edifícios altos de concreto.
29
adotadas nos projetos dessas estruturas de forma a reduzir a sua resposta. Suas
principais propostas são: enrijecimento do sistema estrutural, onde são
apresentadas diversas opções de sistemas com boa resposta lateral, aumento da
massa modal da estrutura, modificações aerodinâmicas que facilitem o
escoamento do vento pela estrutura e, por fim, introdução de amortecedores à
estrutura, sejam eles passivos, ativos, semiativos ou híbridos.
Soong & Dargush (1997) apresentam um vasto estudo sobre a utilização de
amortecedores passivos em estruturas. Seu principal foco é o estudo do uso de
amortecedores para contenção de sismos, no entanto também apresentam soluções
para cargas induzidas pelo vento. Os autores apresentam os principais tipos de
amortecedores passivos usados na engenharia. São eles: amortecedores metálicos,
amortecedores por fricção, amortecedores viscoelásticos, amortecedores fluidos,
amortecedores de massa sintonizada e amortecedores de líquidos sintonizados.
No presente estudo, é analisada a incorporação de amortecedores fluidos à
estrutura, como forma de mitigar a resposta da estrutura a cargas de vento. O
pioneiro na pesquisa e posterior fabricação desse tipo de amortecedor foi Taylor,
tendo publicado diversos estudos sobre o assunto.
Shinozuka et. al. (1992) apresenta em seu estudo resultados analíticos e
experimentais que comprovam a eficácia de amortecedores fluidos passivos ou
semiativos, alcançando resultados semelhantes aos obtidos por amortecedores
ativos.
30
durante a guerra fria, e teve diversos usos para causas militares neste período. Na
década de 1990, com o fim da guerra fria, a tecnologia se disseminou, e passou a
ser usada comercialmente em diversas estruturas. Taylor apresentou, então, um
manual básico sobre a aplicação de amortecedores fluidos em projetos de
engenharia, além de apresentar quatro casos reais de sua aplicação.
Taylor (2003) apresenta o estudo de caso do edifício Torre Mayor,
localizado na cidade do México. Este foi o primeiro edifício alto no mundo a usar
amortecedores fluidos como principal forma de reduzir o efeito de sismos. Esta
tecnologia também foi utilizada em outros edifícios ao redor do mundo, após a
construção da Torre Mayor.
Souza (2003) apresenta um estudo do controle de vibrações em estruturas
esbeltas por meio de sistemas fluido-dinâmicos híbridos, permitindo um controle
passivo/ativo. O controle passivo é feito através de amortecedores ALS, com
recipientes tubulares em forma de “U”, contendo líquido no seu interior. São
apresentados também exemplos de aplicações práticas em que esse sistema foi
usado para a redução de oscilações por flexão em estruturas esbeltas submetidas a
cargas de vento.
31
1.4.
Escopo do trabalho
No segundo capítulo são apresentados os principais efeitos que os ventos
provocam nas estruturas. São estudados modelos de carregamentos estáticos e
dinâmicos de forma a simular a ação dos ventos. O carregamento estático foi
definido conforme NBR 6123 (1988), enquanto o carregamento dinâmico foi
determinado através do método dos ventos sintéticos, e de espectros de potência
também apresentados neste capítulo. São apresentados, ainda neste capítulo,
critérios para garantir o conforto dos usuários em relação às vibrações do edifício.
O terceiro capítulo trata dos amortecedores aplicados a estruturas, de forma
a reduzir os seus efeitos dinâmicos. São apresentados os diferentes tipos de
amortecedores estruturais existentes no mercado, com especial atenção aos
amortecedores fluidos, que foram considerados nesse estudo. Foi analisada sua
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grandes períodos em função dos diferentes ciclos de energia solar não afeta
consideravelmente as estruturas. Os picos de velocidade, que ocorrem em
períodos curtos, por causa das rajadas, são importantes para a análise estrutural.
Uma característica que dificulta a análise das cargas de vento é a velocidade da
sua aplicação na estrutura, pois, em geral, considera-se que as sobrecargas
aumentam lentamente, o que permite uma análise estática ou quase estática da
estrutura. Já as cargas de vento variam de forma suficientemente rápida,
provocando deslocamentos maiores que se considerarmos uma variação gradual,
em virtude dos efeitos inerciais.
Mendis et al. (2007) afirmam que estruturas sensíveis ao vento devem ser
analisadas de três formas:
(1) Impacto no entorno: quando o vento passa por uma estrutura, sofre
alteração no seu movimento, e surgem componentes em diversas direções. Essas
componentes podem afetar objetos no entorno, podendo causar danos a outras
estruturas existentes, ou desconforto aos pedestres que passam próximo ao
edifício.
(2) Cargas de vento aplicadas às fachadas: muitas estruturas possuem
formas geométricas complexas, tornando-se difícil a definição da distribuição de
carga nas fachadas. Nesses casos, é aconselhável fazer o teste de túnel de vento,
33
2.1.
Variação do vento conforme a altura
(2.1)
Onde:
é a velocidade do vento numa altura Z acima da superfície
Mendis et al. (2007) apresentam também em seu estudo a Tabela 2.1 com os
coeficientes calculados para uma velocidade de 50m/s. Nesta tabela, percebe-se
que todos os coeficientes usados para determinar a velocidade do vento variam
conforme a rugosidade do terreno. Portanto, é necessário definir em que categoria
o terreno se enquadra, para então determinar a pressão exercida pelo vento.
Tabela 2.1 Coeficientes para as diversas características do terreno (Mendis et al., 2007)
Categoria do Z0 u* Zg
Terreno (m) (m/s) (m)
1 0.002 1.204 2006
2 0.02 1.385 2308
3 0.2 1.626 2710
4 2 1.963 3272
Na norma brasileira NBR-6123 (1988), essa expressão é representada pelo
fator S2, multiplicador da velocidade característica do vento, definido por:
(2.2)
2.2.
Movimento turbulento dos ventos
2.3.
Análise estática para cargas de vento
Para a análise estática dos ventos, não se deve adotar as pressões de pico,
uma vez que estas ocorrem raramente, e não podem ser aproximadas por uma
carga estática. No entanto, também não se deve adotar somente a velocidade
média, pois se estará depreciando a intensidade do carregamento. Para isso, são
adotados coeficientes multiplicados à pressão principal. Estes coeficientes
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onde:
(2.4)
2.4.
Resposta dinâmica da estrutura
2.5.
Análise dinâmica para cargas de vento
2.5.1.
Velocidade média do vento
Figura 2.3 - Mapa de isopletas da velocidade básica do vento V0 (NBR 6123, 1988)
(2.6)
(2.7)
2.5.2.
Parcela flutuante da velocidade do vento
2.5.2.1.
Função periódica
Em geral, uma função periódica pode ser representada pela série de Fourier
da forma:
(2.8)
onde:
(2.9)
(2.10)
41
(2.11)
Segundo Morais (2014), para uma função com média zero, tem-se o
processo representado pela integral de Fourier:
(2.12)
(2.13)
(2.14)
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(2.15)
(2.16)
(2.17)
42
2.5.2.2.
Espectro de potência do vento
(2.18)
2.5.2.2.1.
Espectro de potência de Davenport
(2.19)
sendo:
43
f a frequência em Hz;
Sv(f) a densidade espectral da componente longitudinal da turbulência na
frequência f;
u* é a velocidade de fricção.
A velocidade de fricção u* é definida pela expressão , onde:
2.5.2.2.2.
Espectro de potência de Kaimal
(2.20)
onde: e .
44
2.5.3.
Método dos ventos sintéticos
2.5.3.1.
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(2.21)
onde:
(2.24)
(2.25)
(2.26)
Para as demais frequências, teremos que ck’ permanece igual a igual a ck.
Em um novo estudo, Franco e Medeiros (2011) identificaram que uma
estrutura submetida a cargas de ventos, definidas através do método dos ventos
sintéticos, tem sua resposta dinâmica reduzida com o aumento do número de
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(2.27)
(2.29)
A pressão de pico qp é:
(2.30)
A velocidade média, definida para um período de 600s na cota “z”, V600, e a
velocidade de pico, pra um período de 3s na mesma cota, V3, são definidos
conforme a lei de potência proposta pela NBR 6123 (1988), em que:
46
(2.31)
(2.32)
(2.33)
(2.34)
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‘
Figura 2.6 - Coeficiente de arrasto (NBR 6123, 1988)
47
2.6.
Definição das cargas atuantes na estrutura em estudo
v0 (m/s) 35,00
Ca 1,4
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b600 1,00
p600 0,15
Fr,ii600 0,69
b3 1,00
p3 0,085
S1 1,00
S2,600_cat. II 0,69
S2,3_cat. II 1,00
S3 1,00
V10(m/s) 24,15
u* 1,95
2.6.1.
Carregamento de vento para o espectro de potência de Davenport
2.6.2.
Carregamento de vento para o espectro de potência de Kaimal
2.7.
Demais efeitos provocados pelo vento
2.7.1.
Efeito de vórtices
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(2.35)
2.7.2.
Efeito de martelamento
2.7.3.
Efeito de golpe
2.7.4.
Efeito de galope
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2.8.
Conforto dos usuários
Kareem et al. (1999) afirmam que, nos Estados Unidos, o padrão utilizado é
de 10 a 15 mili-g para edifícios residências e 20 a 25 mili-g para edifícios
comercias. Este critério é definido em função da aceleração de pico.
Mendis et al. (2007) apresentam em seu trabalho a Tabela 2.4, com valores
de aceleração sensíveis aos seres humanos, para frequências entre 0,1 e 1 Hz,
valores geralmente encontrados em edifícios altos.
ACELERAÇÃO
NÍVEL EFEITO
(m/s²)
1 <0,05 - Humanos não percebem o
movimento
2 0,05 – 0,1 - Pessoas sensíveis percebem a
vibração
- Objetos pendurados pode se
mover sutilmente
3 0,1 – 0,25 - A maioria das pessoas
perceberá o movimento
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3.1.
Introdução
Edifícios são cada vez mais comuns nas grandes cidades. Porém, em virtude
de restrições como o peso próprio, o aumento na altura não é em geral
acompanhado por um aumento de rigidez, nem pelo aumento no nível de
amortecimento inerente à estrutura. Como a força do vento também cresce em
função da altura, edifícios altos e esbeltos estão cada vez mais suscetíveis aos
efeitos do vento.
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3.2.
Amortecimento inerente às estruturas
Tipo de edificação ζ
Edifícios com estrutura aporticada de concreto,
sem cortinas 0,020
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3.3.
Amortecedores passivos, ativos, semi-ativos e híbridos
3.4.
Resposta das estruturas a amortecedores passivos
3.5.
Tipos de Amortecedores Passivos
3.5.1.
Amortecedores de massa sintonizados (AMS)
3.5.2.
Amortecedores líquidos sintonizados (ALS)
Amortecedores líquidos são práticos, uma vez que em geral existem tanques
d’água na estrutura para abastecimento do edifício. Este tipo de amortecedor
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3.5.3.
Amortecedores de impacto
3.5.4.
Amortecedores viscoelásticos
3.5.5.
Amortecedores por fricção
Tipo de
Altura Frequência
Edifício estrutura Ano Equipamento/Mecanismo
(m) natural (Hz)
/Utilização
S/ amortecedores: Dir. x: 4 amortecedores/andar
Sonic City Office Aço/ 0,32 (x), 0,33 (y) Dir. y: 4amortecedores/andar
1988 140
Ohmiya Comercial C/ amortecedores: Força dos amortecedores de
0,35 (x), 0,36 (y) fricção: 10t
S/ amortecedores: Dir. x: 4 amortecedores/andar
Asahi Beer
Aço/ 0,32 (x e y) (1º a 20º andar)
Tower 1989 94,9
Comercial C/ amortecedores: Dir. y: 4amortecedores/andar
Tokio
0,35 (x e y) (1º a 20º andar)
3.5.6.
Amortecedores metálicos
Tipo de Ano de
Edifício Altura Mecanismo
estrutura/Utilização Instalação
Fujita Corp. Edifício 20 amortecedores
Principal principais nas duas
Aço/Comercial 1990 19 andares
Tokyo direções
KI Building 12 AM
Aço/Concreto 5 andares
Tokyo 1989
Armado/Comercial 9 andares
Hitachi, Escritório Principal AM
Tokyo Aço/Comercial 1984 72,6m
Ohjiseishi AM
Tokyo Aço/Comercial 1991 81,4m
Aço/Concreto 120 AM
Armado/Hotel e
Sea Fort Square 93,65m
residencial
Dir. x: 952 AM
ART Hotels Saporo Aço/Hotel 1996 90,4m Dri. Y: 1068 AM
AJM
Concreto
Two Apartment Houses 5 andares Forma de sino
armado/Residencial
AM para vibrações
Garden City School Aço/Escola 75,5m torcionais
AM do 12º ao 18º
Kobe Fashion Plaza Aço/Lojas e hotel 1997 81,6m
andar
66
3.5.7.
Amortecedores fluidos
(3.5)
sendo
(3.6)
maioria dos casos, α possui valores entre 0,3 e 1,0. Segundo Taylor (1999), em
estruturas submetidas a sismos são usados, em geral, os valores de 0,4 a 0,5.
Estruturas submetidas a cargas de vento, em geral são dimensionadas para valores
de α entre 0,5 e 1,0, sendo os valores mais baixos aplicados a estruturas
submetidas tanto a vento quanto a sismos. Neste estudo, portanto, consideram-se
somente os amortecedores lineares, uma vez que apresentam uma boa resposta às
cargas induzidas pelo vento.
precisa ser absorvida pelo sistema. O segundo fator mais importante a ser
determinado é a aceleração de pico, uma vez que os amortecedores devem ser
definidos de forma a acomodar essa aceleração sem serem danificados pelas
cargas de impulso.
Os fatores menos importantes a serem considerados na análise são aqueles
relacionados à forma real da variação do impulso. Isso porque se trata de um
efeito aleatório, e não há como saber com exatidão a sua forma. Se considerarmos
como a estrutura amortecida se comporta em um transiente adotando os valores
máximos de velocidade e aceleração aos quais a estrutura pode estar submetida, só
dois casos extremos devem ser considerados:
Caso 1: a estrutura é excitada por uma função degrau, com a
aceleração igual à máxima aceleração prevista por uma duração em
que a velocidade máxima seja obtida;
Caso 2: a estrutura é excitada por uma função seno com a mesma
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Figura 3.6 - Torre Mayor: disposição dos amortecedores da fachada (Post, 2003)
Bridge (Mobile, EUA). Também são usados em estádios, como é o caso do Ralph
Wilson Stadium (Buffalo, EUA) e Minute Maid Park (Huston, EUA). Em
edifícios, esses dispositivos foram usados em travamentos diagonais, conforme
ilustra a Figura 3.7, em outrigger systems, como parte de um amortecedor AMS e
em forma de taggle bracings. A Tabela 3.6 apresenta uma breve descrição de
algumas aplicações desse tipo de controle passivo.
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Tabela 3.6 - Edifícios com amortecedores para resistir ao vento (Taylor Devices, 2014)
4.1.
Apresentação do modelo
são conectadas às lajes de concreto, fazendo com que trabalhem como estruturas
mistas, aumentando assim a sua resistência à flexão. Para isso, no modelo
computacional, foram definidos offsets entre as vigas e a laje.
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Vista Frontal
Flexão no eixo
1 0,18 5,58 0,00 66,18
fraco (eixo y)
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Flexão no eixo
3 0,21 4,82 70,22 66,18
forte (eixo x)
78
Flexão no eixo
5 0,62 1,62 70,22 82,41
fraco (eixo y)
Flexão no eixo
6 0,63 1,59 84,66 82,41
forte (eixo x)
79
Flexão no eixo
8 1,17 0,85 89,64 82,41
fraco (eixo y)
Flexão no eixo
9 1,28 0,78 89,64 89,31
forte (eixo x)
4.2.
Casos estudados
(4.1)
81
(4.2)
estrutura.
Para os casos com inclusão de amortecedores, foi feita uma análise linear
para obter a resposta da estrutura. Isto ocorre uma vez que o programa utilizado
não é capaz de reconhecer a utilização de amortecedores adicionais à estrutura
para uma análise dinâmica não linear.
A Tabela 4.3 apresenta um resumo dos diversos modelos que foram
analisados nesse estudo. Cada Modelo será detalhado nos itens 4.2.1 a 4.2.5.
Modelo Características
Amortecedores aplicados a diagonais simples no vão central das
1
fachadas do eixo y
Amortecedores aplicados em dois eixos do núcleo, em diagonais
2
simples, substituindo o travamento original.
Amortecedores aplicados a diagonais duplas no vão central das
3
fachadas do eixo y, com a inclusão de uma linha de pilares.
Amortecedores aplicados a diagonais simples nos dois vãos laterais
4
das fachadas do eixo y
Amortecedores aplicados a diagonais simples nos três vãos das
5
fachadas do eixo y
5ª Variação do modelo cinco, com pórticos enrijecidos
82
4.2.1.
Modelo 1
1 0,18 5,59
2 0,19 5,26
3 0,21 4,83
83
4.2.2.
Modelo 2
1 0,16 6,21
2 0,19 5,29
3 0,21 4,82
4.2.3.
Modelo 3
1 0,18 5,46
2 0,20 5,06
3 0,21 4,80
4.2.4.
Modelo 4
1 0,18 5,60
2 0,19 5,29
3 0,21 4,84
4.2.5.
Modelo 5
1 0,18 5,60
2 0,19 5,30
3 0,21 4,84
4.2.6.
Modelo 5.1
Figura 4.14 - Vigas com ligações por rótula substituídas por ligações resistentes a
momento - Modelo 5.1
1 0,19 5,21
2 0,19 5,18
3 0,22 4,63
88
Verifica-se a partir das Tabelas 4.4 a 4.9 que os amortecedores têm, como
esperado, pouca influência nas frequências naturais da estrutura devido ao fato da
rigidez do amortecedor ser desprezível.
4.3.
Análise dinâmica pelo método dos ventos sintéticos
função da ação do vento. Vale ressaltar que o carregamento foi ajustado para cada
caso, em função da frequência natural do primeiro modo de vibração de cada uma
das opções apresentadas.
4.3.1.
Modelo inicial: definição do espectro de potência a ser adotado
4.3.2.
Modelo 1
Tabela 4.11 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 1 com amortecedores com 10%
Ccr. C=7824 kNs/m.
Tabela 4.12 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 1 com amortecedores com 20%
Ccr. C=15648 kNs/m.
Média
RMS 11,44% 12,17% 12,09%
Tabela 4.13 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 1 com amortecedores com 30%
Ccr. C=23472 kNs/m.
Fig
ura 4.19 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 1 com amortecedores com 30%Ccr
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.20 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 1 com amortecedores com 30%
Ccr
4.3.3.
Modelo 2
4.3.4.
Modelo 3
amortecedores por andar nas fachadas, no entanto ainda acima do limite desejado.
A redução em relação ao caso sem amortecedores foi de aproximadamente 12%.
Tabela 4.18 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 3 com amortecedores com
10%Ccr
30%Ccr
Figura 4.28 - Comparação das velocidades das opções 2 e 3 com amortecedores com
30%Ccr
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.29 - Comparação das acelerações das opções 2 e 3 com amortecedores com
30%Ccr
4.3.5.
Modelo 4
Fig
ura 4.34 - Comparação das velocidades das opções 3 e 4 com amortecedores com
30%Ccr
103
Figura 4.35 - Comparação das acelerações das opções 3 e 4 com amortecedores com
30%Ccr
4.3.6.
Modelo 5
Tabela 4.31 - Comparação das respostas das opções 4 e 5 com amortecedores com
30% Ccr
Figura 4.40 - Comparação das velocidades das opções 4 e 5 com amortecedores com
30% Ccr
Figura 4.41 - Comparação das acelerações das opções 4 e 5 com amortecedores com
30% Ccr
Para esta modelo, foi testado ainda uma variante com a constante de
amortecimento equivalente a 40% do amortecimento da estrutura, portanto
C=31172 kNs/m. Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 4.32.
Com o aumento da constante de amortecimento, o deslocamento máximo
passa a 506,52 mm com uma redução de aproximadamente 3% em relação ao caso
107
com constante C=23378 kNs/m, mas ainda segue superior ao limite estabelecido.
A aceleração máxima se mantem estável com o aumento da constante aplicada aos
amortecedores, sendo de 283,96mm/s². Quando os amortecedores são substituídos
por contraventamentos, passando a absorver esforços, o deslocamento máximo
passa para 372,25mm, ou seja, 26,5% menor do que apresentado pelos
amortecedores com constante C=31172 kNs/m. Nos deslocamentos médios, a
diferença é de 38%. A aceleração máxima, no entanto, é consideravelmente
superior, sendo próxima à situação em que os amortecedores não entram em ação.
A média dos picos também é superior, em 66%.
Tabela 4.32 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5 com amortecedores com 40%
Ccr
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=31172 C=0 C=31172 C=0 C=31172 C=0
Máximos 506,52 581,65 291,23 327,08 283,96 417,29
Média Picos 345,02 441,11 69,24 182,41 94,67 227,17
Média 282,11 282,23
RMS 48,97 98,81 46,30 108,85 58,51 131,29
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
4.3.7.
Modelo 5.1
Figura 4.42 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr
Figura 4.43 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr
109
Figura 4.44 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr
4.3.8.
Resumo dos resultados
4.4.
Variação do período de carregamento
Tabela 4.35 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr e carga atuando por 25s
Modelo Inicial 1 2 3 4 5
Máximo 600,39 564,31 699,90 542,73 537,79 521,72
Uy
Méd Picos 507,93 409,67 472,92 430,49 369,08 352,02
(m)
RMS 164,94 89,62 81,87 122,90 63,44 53,52
4.4.1.
Carga atuando em 25 segundos
Tabela 4.36 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr e carga atuando por 25s
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=32560 C=0 C=32560 C=0 C=32560 C=0
Máximos 436,93 503,73 274,52 307,19 283,05 400,53
Média Picos 271,08 360,70 35,68 143,93 46,37 181,87
Média 241,46 241,60
RMS 24,23 73,87 28,76 89,14 37,53 109,59
Figura 4.45 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 25 s
111
Figura 4.46 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 25 s
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.47 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 25 s
4.4.2.
Carga atuando em 50 segundos
Tabela 4.37 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr e carga atuando por 50s
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=32560 C=0 C=32560 C=0 C=32560 C=0
Máximos 436,93 503,73 274,52 307,19 283,05 400,53
Média Picos 272,51 346,58 42,54 138,96 62,44 176,76
Média 228,63 228,74
RMS 27,17 71,16 30,34 85,45 40,12 106,23
Figura 4.48 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 50 s
112
Figura 4.49 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 50 s
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.50 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 50 s
4.4.3.
Carga atuando em 100 segundos
Tabela 4.38 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr e carga atuando por 100s
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=32560 C=0 C=32560 C=0 C=32560 C=0
Máximos 436,93 503,73 274,52 307,19 283,05 400,53
Média Picos 283,63 365,94 44,10 149,92 63,84 190,38
Média 245,98 246,09
RMS 30,24 78,98 33,76 95,31 45,29 119,31
Figura 4.51 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 100 s
113
Figura 4.52 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 100 s
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.53 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 100 s
4.4.4.
Carga atuando em 150 segundos
Tabela 4.39 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr e carga atuando por 150s
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=32560 C=0 C=32560 C=0 C=32560 C=0
Máximos 436,93 458,53 274,52 272,68 283,05 345,09
Média Picos 278,35 336,98 51,93 154,95 77,46 192,91
Média 228,33 208,57
RMS 36,87 83,04 36,99 98,66 50,05 122,25
Figura 4.54 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 150 s
114
Figura 4.55 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 150 s
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.56 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 150 s
4.4.5.
Carga atuando em 200 segundos
Tabela 4.40 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr e carga atuando por 200s
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=32560 C=0 C=32560 C=0 C=32560 C=0
Máximos 436,93 503,73 274,52 307,19 283,05 400,53
Média Picos 298,75 405,89 57,12 195,57 87,54 250,52
Média 251,88 252,22
RMS 40,49 105,58 40,24 125,96 54,74 157,63
Figura 4.57 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 200 s
115
Figura 4.58 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 200 s
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.59 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga atuando por 200 s
4.5.
Crescimento gradual do carregamento
(4.4)
Esta carga foi aplicada ao modelo 5.1, com a constante dos amortecedores
equivalente a 40% Ccr, uma vez que esta configuração apresentou resultados
satisfatórios.
Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 4.41 e nas Figuras 4.60 a
4.62. Percebe-se que o deslocamento máximo se reduz em 35%, enquanto a
aceleração máxima chega a ser 1/3 da anterior, concluindo que a dificuldade em
116
Tabela 4.41 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr e carga com crescimento gradual
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=32560 C=0 C=32560 C=0 C=32560 C=0
Máximos 325,22 471,36 112,66 233,87 103,54 355,76
Média Picos 267,44 338,41 45,23 133,18 82,32 182,10
Média 234,10 234,05
RMS 41,85 111,44 35,55 131,51 50,03 164,89
Figura 4.60 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga com crescimento gradual
Figura 4.61 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga com crescimento gradual
Figura 4.62 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
40% Ccr com a carga com crescimento gradual
117
4.6.
Modelo com mola e amortecedor em série
Foi feita uma análise do modelo 5.1, porém considerando que as diagonais
que receberam os amortecedores mantêm uma rigidez equivalente a 20% da sua
rigidez original. Para isto, são aplicados em série um amortecedor e uma mola,
definidos no modelo computacional através de uma liberação na direção axial da
barra, e a qual são associados, além da constante de amortecimento, uma
constante de mola.
Os resultados são apresentados na Tabela 4.42 e nas Figuras 4.63 a 4.65.
Quando os amortecedores não entram em ação, os resultados são equivalentes
com e sem rigidez. Para o caso dos amortecedores atuando com 40% do Ccr, os
valores máximos de deslocamento e velocidade são aproximadamente 5% maiores
do que obtido anteriormente, porém a aceleração sofre uma grande alteração,
sendo 30% maior do que o caso sem rigidez. Já os valores de RMS são 50%
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
maiores para o deslocamento, 75% maiores para velocidade e 70% maiores para
aceleração.
Tabela 4.42 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com 20% da rigidez original
das diagonais e amortecedores com 40% Ccr
Figura 4.63 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com 20% da rigidez
original das diagonais e amortecedores com 40% Ccr
118
Figura 4.64 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com 20% da rigidez original
das diagonais e amortecedores com 40% Ccr
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.65 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com 20% da rigidez original
das diagonais e amortecedores com 40% Ccr
4.7.
Variação do ângulo de fase
Deslocamento (mm)
Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5
Máximos 436,93 412,06 435,76 400,18 360,45
Média Picos 301,49 298,40 288,32 295,61 287,82
RMS 43,64 44,70 42,72 42,90 43,50
Velocidade (mm/s)
Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5
Máximos 274,52 285,25 265,24 257,26 237,87
Média Picos 66,60 70,14 63,46 64,43 66,70
RMS 44,94 46,56 42,69 43,33 43,58
Aceleração (m/s²)
Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4 Fase 5
Máximos 283,05 280,64 268,45 270,19 261,10
Média Picos 107,57 111,88 98,96 97,33 96,58
RMS 61,80 64,10 59,18 59,13 59,65
4.8.
Edifício submetido a cargas de vento calculadas pelo espectro de
Kaimal
Para o modelo 5.1, que apresentou os melhores resultados, foi feita uma
análise d o comportamento dinâmico do edifício submetido a uma carga de vento
definida pelo espectro de Kaimal. Os resultados, considerando a resposta da
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Tabela 4.46 - Resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
C=40% Ccr submetida a cargas de vento definidas pelo espectro de Kaimal
Uy(mm) Vy(mm/s) Ay(mm/s²)
C=0 C=32560 C=0 C=32560 C=0 C=32560
Máximos 519,01 448,79 314,78 281,57 425,52 287,52
Média Picos 360,87 296,54 188,50 56,00 252,84 82,69
Média 245,09 244,89
RMS 106,24 39,15 123,22 36,29 152,44 48,88
Figura 4.69 - Deslocamento no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
C=40% Ccr submetida a cargas de vento definidas pelo espectro de Kaimal
Figura 4.70 - Velocidade no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
Figura 4.71 - Aceleração no topo da estrutura do Modelo 5.1 com amortecedores com
C=40% Ccr submetida a cargas de vento definidas pelo espectro de Kaimal
Tabela 4.47 – Comparação entre a resposta no topo da estrutura do Modelo 5.1 com
submetido a cargas de vento definidas pelo espectro de Davenport e de Kaimal
4.9.
Carregamento no caso da ressonância
UY VY AY
% MÁX % MÁX % MÁX
Sem amort 3247,73 3367,00 3855,08
C=23472 35,4 1151,01 29,3 987,87 29,8 1147,95
estrutura, A.
Assim como no caso dos ventos sintéticos, a curva foi calculada para a
constante dos amortecedores variando a constante dos amortecedores de 0 a 30%
de Ccr. Vale ressaltar que além dos amortecedores, a estrutura conta com seu
amortecimento inerente de 1% Ccr. Os valores apresentados foram medidos para
uma carga atuando durante 100s.
Percebe-se, portanto, que quando o carregamento se aproxima da frequência
natural da estrutura, a curva dos deslocamentos forma um pico, que é reduzido
conforme a relação f/f1 se afasta de 1,0. Percebemos também que, quanto maior a
constante de amortecimento aplicada aos amortecedores, mais suave se torna o
pico, demonstrando o efeito benéfico dos amortecedores na redução da amplitude
da resposta permanente. O mesmo efeito é observado para as acelerações.
Com base neste estudo verifica-se que os amortecedores têm um efeito
relevante no controle de vibrações da estrutura. O grande problema é o controle
do transiente inicial devido à aplicação brusca da carga de vento com sua
magnitude máxima de projeto. Assim, como visto nos diversos exemplos, o
controle só se faz sentir a após os primeiros ciclos da resposta da estrutura.
125
4.10.
Comportamento na vibração livre
4.11.
Análise Linear x Não Linear
estrutura, enquanto nesta simulação ela foi aplicada ao longo de toda a altura.
Pode-se assumir, portanto, que 13,9% é a diferença máxima que pode ocorrer
entre os resultados de primeira e segunda ordem para essa estrutura.
Figura 4.83 - Comparação dos deslocamentos para a análise linear e não linear
Figura 4.84 - Variação entre a diferença dos resultados para a análise linear e não linear
4.12.
Análise dos esforços
Este trabalho teve por objetivo fazer uma análise dinâmica de cargas de
vento atuando em edifícios altos, e o efeito da inclusão de amortecedores fluidos
de forma a mitigar a resposta da estrutura.
Em geral, a carga de vento é aplicada à estrutura como uma carga estática
equivalente, que simula a velocidade de pico do vento. Esta aproximação
apresenta um bom resultado quando se trata de estruturas rígidas, ou com baixa
altura. Para edifícios altos, que são muito flexíveis, com baixas frequências
naturais, esta aproximação pode subestimar, no entanto, a resposta da estrutura.
Existem diversos edifícios no mundo em que foram aplicados
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 1221655/CA
HOLMES, J.D. Wind Loading of Structures. 2 ed. New York, EUA: Taylor and
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