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Introdução a Umbanda

Grupo de Trabalho “A noite dos Pretos Velhos”


Introdução à Umbanda
módulos

1) O que é a Umbanda
Origem, características
Umbanda x Candomblé, Umbanda x Espiritismo, Diferentes Umbandas

2) Deus, Divindades e os Orixás


Oxalá, Oxóssi, Ogum, Xangô, Obaluaê - Omulu,
Iemanjá, Iansã, Oxum, outros orixás

(cores, elementos, chakras, saudações, sincretimo, ervas, ...)

3) Mediunidade e Linhas de trabalho da Umbanda


Mediunidade na Umbanda
Pretos Velhos, Caboclos, Crianças, Outras linhas (oriente, baianos,
boiadeiros, marinheiros,...)

4) A Esquerda da Umbanda
Orixá Exu, Exus e Pombo giras (guardiões), Os Quiumbas
Introdução à Umbanda
módulos

5) Ritualísticas, paramentos, elementos, rituais


Roupas, Velas, Fumo, Álcool, Cristais, Defumação, Banhos,
Pontos cantados, curimba,...

6) Uso de Ervas
Classificação, Guia de ervas, preparo de banhos e defumações

7) Diversos
Como é composto um terreiro, Ritualística, Firmezas e
Assentamentos, Magia, Oferendas
Módulo I

O que é a
Umbanda
O que é Umbanda?

A Umbanda é uma religião cristã, mediúnica, Brasileira, que pratica


a caridade de Jesus. Foi fundada em 1908, no estado do Rio de Janeiro,
com a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, através do
médium Zélio Fernandino de Morais, um jovem de 17 anos.

É uma religião sincrética que absorveu conceitos, posturas e


preceitos católicos, espíritas, indígenas e afros, pois estas culturas
religiosas estão na sua base teológica e são visíveis em suas práticas.

É uma reinterpretação do espiritismo e religiões ocultas, ligadas


aos remanescentes africanos, aos processos de xamanismo,
pajelança e rituais mediúnicos que estavam popularizados e não
encontravam aberturas no meio espírita a época.

Umbanda é “A manifestação do Espírito para a Prática da


Caridade”.
Video 1 - O ínicio da Umbanda (2:38m)
https://www.youtube.com/watch?v=d-EPz5SbRm4
Principais características

(Umbanda - Sua face)

“Um espírito amigo”


Texto extraído da obra “Jardim dos Orixás”,
de Ramatís, psicografado por Norberto Peixoto
1. A Umbanda crê
num Ser Supremo, o
Deus único criador de
todas as religiões
monoteístas. Os Orixás
são energias emanadas
do Incriado.
2. O propósito maior dos seres criados é a
Evolução, o progresso rumo à Luz Divina. Isso se
dá através das vidas sucessivas - a Lei da
Reencarnação, o caminho do aperfeiçoamento.
3. Existe uma Lei de Justiça universal, que
determina a cada um colher o fruto de suas ações,
que é conhecida como Lei do Carma.
4. A Umbanda se rege
pela Lei da Fraternidade
Universal: todos os seres
são irmãos por terem a
mesma origem, e a cada um
devemos fazer o que
gostaríamos que a nós fosse
feito.
5. A Umbanda possui uma identidade própria, e
não se confunde com outras religiões ou cultos, embora
a todos respeite fraternalmente, partilhando alguns
princípios com muitos deles.
6. A Umbanda está a serviço da Lei Divina, e só
visa ao Bem. Qualquer ação que não respeite o
livre-arbítrio das criaturas, que implique em malefício
ou prejuízo de alguém, ou se utilize de magia
negativa, não é Umbanda.
7. A Umbanda não realiza em qualquer
hipótese o sacrifício ritualístico de animais, nem
utiliza quaisquer elementos destes em ritos,
oferendas ou trabalhos.
8. A Umbanda não
preconiza a colocação
de despachos ou
oferendas em esquinas
urbanas, e sua
reverência às Forças da
Natureza implica em
preservação e respeito
a todos os ambientes
naturais da Terra.
9. Todo o serviço da Umbanda é de caridade,
jamais cobrando ou aceitando retribuição de qualquer
espécie por atendimentos, consultas ou trabalhos.
Quem cobra por serviço espiritual não é
umbandista.
- Umbanda e Catolicismo são diversos, apesar do
sincretismo, que teve raízes históricas.
- Umbanda e Espiritismo são diversos, embora
ensinem as mesmas Grandes Leis milenares da
Evolução, do Carma e da Reencarnação.

Texto extraído da obra “Jardim dos Orixás”, de Ramatís, psicografado por


Norberto Peixoto
Umbanda
x
Candomblé
Umbanda x Candomblé

Umbanda Candomblé

Origem Brasileira Africana

Influências Espiritismo, Culto de nações africanas,


Candomblé, trazidos juntamente com os
Catolicismo, negros escravizados e
Esoterismo, adaptado à nova realidade
Xamanismo. encontrada.

Culto Aos Orixás (aspectos Depende da nação:


Divinos) e aos
“falangeiros” e outras Orixás (nação Ketu/Nagô)
entidades e/ou Voduns (Nação Jêje)
espíritos. Inquices (Angola - Congo)

Não cultua entidades (“eguns”).


Umbanda x Candomblé

Umbanda Candomblé
Atendimento Aconselhamento, Rituais abertos
/ Culto passes, “descarregos”, (“festas”,”toque”) com
… em “giras” públicas, danças e “distribuição do
diretamente com as Axé”).
entidades incorporadas
Atedimento com o
Sacerdote, através do
jogo de Búzios

Pagamento Gratuita Cobrada


Umbanda x Candomblé

Umbanda Candomblé
Sacrifício Não utiliza Fundamentos baseados
animal no Sacrifício ritualístico de
animais

Iniciação Não é necessária. Condição essencial para


Quando feito é por participar do culto. O
breve período. recolhimento dura de sete
a 21 dias. O ritual envolve
o sacrifício de animais, a
oferenda de alimentos e a
obediência a rígidos
preceitos.

Cristã Sim Não


Umbanda
x
Espiritismo
Umbanda x Espiritismo
pontos em comum

- Cristãs, Monoteístas
- Existência de Espíritos
- O Evangelho de Jesus
- Reencarnação
- Lei de Causa e Efeito
- Afinidade energética
- Anímico Mediúnicas
- Colônias Espirituais
- Fazer somente o bem
- Caritativas
- Não cobram
- Não fazem sacrifício animal
Umbanda x Espiritismo
pontos em comum

- Incentivam o estudo e a reforma íntima


- Elementais

- Desenvolvimento mediúnico
- Aplicação de Passes
- Curas
- Obsessão e desobsessão
- Transporte e desdobramento
Umbanda x Espiritismo
diferenças
Umbanda Espiritismo
Ritualística (“gira”) Sem ritual (simples)
Sem codificação Codificada
Uso ritualístico de elementos Sem uso elementos
(flores, ervas, velas, álcool,
fumo, guias, oferendas, pontos
riscados, pembas, oferendas...)
Pontos cantados Música “suave”
Uniformes Roupa “comum”
Sincretismo Sem sincretismo
Quais as diferenças entre umbanda e espiritismo?

“É importante relembrar que a umbanda é um movimento espiritualista


visivelmente diferente do espiritismo, mas com muita sincronia em vários
aspectos, tendo em vista que ambos são regidos pelas leis universais
que regulam o intercâmbio entre os planos de vida. A umbanda
fundamenta-se na magia e nas forças da natureza manifestadas nos
planos das formas (mental e astral), representadas pelos orixás. Ela
não concorre com os centros espíritas, que não permitem símbolos
mágicos, cânticos, defumações, ervas, essências aromáticas, fogo,
pólvora, velas. O espiritismo preconiza libertar os homens das
formas transitórias e não aceita a magia em seus postulados
doutrinários. Infelizmente, muitos homens ditos espíritas se
consideram melhores, superiores e salvos em relação aos
umbandistas, condenando equivocadamente a umbanda em suas
atividades de intercâmbio com o Espaço. Lamentavelmente, muitos
dirigentes zelosos da pureza doutrinária, às escondidas, como criança
que rouba doce da geladeira, encaminham consulentes, alvos de magia
negra, aos terreiros, abafando esses casos dos estudos doutrinários,
mesmo que ocorram diuturnamente em seus centros.”

Ramatís, na obra “Jardim dos Orixás”


Considerações sobre as
roupagens fluídicas na Umbanda
“Se hoje nos apresentamos como
fomos ontem - eu, por exemplo, com a
aparência de uma preta velha, contando
"causos" e descontraindo os ânimos -, é
para chegarmos mais facilmente aos
endurecidos corações da Terra. A
umbanda despersonaliza legiões de
espíritos e libera-os do apego às
formas, uma vez que não importa qual
é a entidade espiritual curvada diante
de seu aparelho no terreiro, e sim
sua essência missionária: fazer a
caridade com Jesus.”
Preta Velha, Vó Benta
na obra “A Missão da Umbanda”, de Ramatís
Joanna de Ângelis Emmanuel Ramatís

“Se tivessem lido em O Livro dos Médiuns, O


Laboratório do Mundo Espiritual, saberiam que se a
entidade mantém determinadas características
do mundo físico, é porque se trata de um ser
atrasado.” (Divaldo P. Franco)
Não julgueis para não serdes
julgados. Assim como julgardes,
também vos julgarão. O que parece
certo e perfeito a vós pode não
ser para um vosso irmão. O certo
e o errado são classificações
relativas. O que é errado para a
consciência do homem
espiritualizado pode ser certo para
algumas tribos de aborígenes
preservando os costumes
ancestrais. O que considerais
tribal necessariamente não quer
dizer primitivo aos olhos da
Espiritualidade.
Entendendo os tipos de
Umbanda
Inserção de outras crenças
e conhecimentos

Catolicismo Cromoterapia
Alterações ritualísticas
Atabaques Orixás
Espiritismo
Pontos Outras linhas Magnetismo
riscados de trabalho
Núcleo (baianos,
Dança marinheiros,
Rígido ciganos, Projeção
Candomblé Defumação Caboclos, pretos orientais, astral
velhos, crianças, etc…)
Pontos
cantados caridade, sem Linha de Chakras
sacrifício animal, Esquerda
Xamãnismo Roupas e Aromaterapia
e adereços Linha “branca”
Pajelança Álcool e fumo Linha de “cura” Florais

Esoterismo

Não é
umbanda!
Umbanda Tradicional ou Umbanda Branca : É a
vertente fundamentada pelo Caboclo das Sete
Encruzilhadas e de onde derivam todas as outras
linhas;

Umbanda Kardecista, Umbanda de Mesa Branca ou


Umbanda de Cáritas: É a vertente com forte influência
do Espiritismo, geralmente praticada em centros
espíritas que passaram a desenvolver giras de
Umbanda junto com as sessões espíritas tradicionais.
Nesta vertente não existe o culto aos Orixás nem aos
santos católicos.
Umbanda Popular : É uma das mais antigas
vertentes, fruto da umbandização de antigas casas de
Macumbas. É a vertente mais aberta a novidades,
adotando práticas místicas e religiosas de outras
culturas e religiões, além de diversas linhas de
trabalho.

Outras vertentes : Umbandomblé, Umbanda traçada,


Umbanda Guaracyana, Umbanda Sagrada,...
Nenhuma religião é totalmente unificada
Católicos - diversas “congregações”
- Franciscanos, Salesianos, Jesuítas, Agostinianos, Dominicanos,...

Tradicionais
Evangélicos

- Luterana, Presbiteriana, Anglicana, Batista, Metodista,...

Pentecostais
- Assembléia de Deus, Deus é Amor, Igreja do Evangelho
Quadrangular, Congregação Cristã no Brasil,...
Neo Pentecostais
- Universal do Reino de Deus, Renascer em Cristo,...

Budismo Islamismo
- Chinês, Japonês, Tibetano, - Sunitas, Xiitas, Ibaditas,..
Zen...
Judaísmo Induísmo
- Ortodoxo, Liberal, - vixnuísmo, o xivaísmo, o
Conservador,... smartismo e shaktismo
Não é Umbanda!
É Umbanda!
É Umbanda!
É Umbanda!
É Umbanda!
É Umbanda!
É Umbanda!
Video 2 - Umbanda, quem És (3:35m)

https://www.youtube.com/watch?v=K4ArlNq6H-I
Módulo II

Deus, Divindades
e os Orixás
Orixás
na Umbanda
“Os orixás são aspectos da Divindade, altas
vibrações cósmicas que se rebaixam até nós,
propiciando a manifestação da vida em todo o
Universo. É preciso compreenderdes que existem
vários planos vibratórios no Cosmo e que Deus, em
Sua benevolência, manifesta-Se por meio de vibrações
próprias em cada dimensão. Essas vibrações
energéticas não são o próprio Incriado, que permanece
sem ser manifestado diretamente. Cada um dos orixás
tem peculiaridades e correspondências próprias na Terra:
cor, som, mineral, planeta regente, elemento, signo
zodiacal, essências, ervas, entre outras afinidades
astro-magnéticas que fundamentam a magia na
umbanda por linha vibratória.”
Ramatís, na obra “A missão da Umbanda”
“Energias, ou forças supremas
diferenciadas, não individualizadas
como espíritos, todavia ‘inteligentes’
por serem oriundas de Deus.”
Alexandre Cumino
Em tradução livre, Orixá é "o Deus
que habita a cabeça”. Na umbanda
esotérica, é traduzido como “luz do
Senhor” ou “mensageiro do Senhor”.
“São forças da natureza e dos
fenômenos naturais relativos à
existência humana, como o nascimento,
morte, doenças e saúde, chuvas e ventos,
calor e frio, terremotos e tufões...,
emanados dos próprios aspectos
organizadores da vida, elaborados pelo
Criador”.
Ademir Barbosa Junior,
em “O livro essencial da Umbanda”
“Os orixás são forças da natureza, energias
cósmicas provindas do Criador.”

“Os orixás, ou melhor, as energias e forças


da natureza que estão presentes em todas as
dimensões do Universo, tal como se fossem o
próprio hálito divino,....”
Ramatís,
na obra “Umbanda pé no chão”.
Podemos verificar que, nas diversas linhas
umbandistas, os Orixás são divindades, e estão
relacionados aos pontos de força da natureza (rios,
mares, praias, montanhas, cachoeiras,... ); aos
elementos naturais (terra, água, fogo, ar, minerais,...);
aos fenômenos naturais (ventos, tempestades,..); aos
sentimentos, qualidades, necessidades e eventos
da vida humana (inteligência, amor, fé, evolução,
justiça, criatividade, segurança, doença, saúde,
evolução, nascimento, morte,…).
Entretanto, mesmo com todas
estas definições, para que nós
possamos compreender melhor
os Orixás e como influênciam
nossas vidas, é necessário
entendermos melhor a Deus e os
conceitos de Divindades, mitos e
arquétipos.
DEUS
“Criador, incriado, que não teve início e não tem fim,
onisciente e onipresente, que tudo vê e que em tudo está.”

Ramatís, na obra “Chama Chrística”

“Deus é imanente e onipresente. Em tudo está e tudo vê.”

“Observai a obra da Criação: o que não for obra dos


homens é obra de uma Inteligência Superior, a qual chamais de
Deus. Podeis denominar de Divindade Suprema, Pai, Magnífico,
Inteligência Maior, enfim, vários nomes para um mesmo
Princípio Superior que a tudo rege.”

Ramatís, na obra “Samadhi”


“É o Ser Supremo de todo o Universo, Senhor de
todos os seres espirituais e tutor absoluto dos
desígnios evolutivos do Cosmo criado por Ele, e de
toda e qualquer entidade ancestral ou
divinizada, independentemente de categorias e
denominações terrenas; é o senhor primaz da
criação e responsável maior por sua obra.”

Pai Tomé, na obra "Reza Forte",


em conjunto com Ramatís,
psicografada por Norberto Peixoto
“Tende em mente que todos os deuses dos
homens são aspectos peculiares da
manifestação de uma divindade maior, um Deus
único, onipresente e imanente. Este Deus, por sua
imanência, pode ser adorado em quaisquer
formas, que assim se "exteriorizará" ao crente por
sua fé, pois em tudo está, tudo é e tudo será por
todo o sempre. Quando os homens entenderem
que as formas são meros pontos de apoio às
suas agitadas mentes para chegarem próximo à
essência do Criador, amainarão as guerras, as
diferenças e os sectarismos religiosos.”
Ramatís, na obra “Jardim dos Orixás”
Deus, Olorum, Zambi, Obatalá, Jeová, Javé, Vishnu,
Alá, Elohin, Brahma, Zeus, Tupã, Shiva,...

Um único Deus, um único criador, que cada cultura


identifica de forma e nome diferente.
De acordo com os dicionários,
Divindades são :
1 - Qualidades do divino
2 - Que provêm de Deus ou a Ele se refere.
3 - Essência ou Natureza divina.
4 - Ser sagrado, ente ou ser divino.

Divindades são atemporais e transcendem toda e


qualquer cultura e religião.
Os mitos são histórias de caráter popular ou
religioso que têm por objetivo a explicação de
coisas complexas, que passavam do
entendimento das pessoas comuns na época
de seus surgimentos.

Mitologia é o estudo dos mitos, deuses e


lendas. É uma forma simples de transmissão
e perpetuação de conhecimentos.
Segundo Jung, os arquétipos são
conjuntos de “imagens primordiais”
originadas da repetição de uma mesma
experiência durante muitas gerações,
armazenadas no inconsciente coletivo. É
por isso que estão presentes nos mitos,
lendas e contos de fadas. São eles que
dão o verdadeiro significado para as
estórias que passamos de geração em
geração.
A seguir, estão apenas alguns dos vários
arquétipos que Jung descreveu, nos ajudando a
compreender melhor o conceito:

● O pai: figura de autoridade; poderoso; o criador; o


provedor.
● A mãe: Maternal; a que cuida; fertilidade; alimento;
renascimento; mediação; a Deusa.
● A criança: inocência; renascimento; salvação.
● O velho sábio: orientação; conhecimento; sabedoria.
● O herói: campeão; defensor; salvador; força.
● A donzela: inocência; desejo; pureza.
● O malandro: enganador; mentiroso; encrenqueiro.
● O guerreiro : força, agressividade, coragem e
persistência;
MITOLOGIA GREGA
MITOLOGIA NÓRDICA
MITOLOGIA YORUBÁ
“Os grandes princípios cósmicos, que também
se acham presentes no psiquismo humano, foram
didaticamente simbolizados, na Antigüidade, nos
deuses mitológicos. Nesse sentido, a mitologia
grega é incomparável: seus deuses são
personificações perfeitas dessas forças
macro-cósmicas (Orixás) e da alma humana, onde
se refletem.”

Vó Maria Conga,
na obra “Evolução no Planeta Azul”,
de Ramatís
Vamos a um exemplo :

A divindade Oxum, forma cultural e religiosa da


Umbanda para identificar a grande mãe ou a
divindade do amor, é conhecida também como
Afrodite na mitologia grega, como Vênus na
mitologia romana, como Lakshmi para os hindus,
Isis para os egípcios,... No Cristianismo não há uma
divindade, entretanto podemos encontrar em Maria
as qualidades de mamãe Oxum.
Assim, podemos perceber que trata-se de uma
única “divindade” (qualidade divina, essência de
Deus, neste caso o da “grande mãe”, do “amor”)
que cada cultura identifica por uma forma, um nome
diferente.

Oxum Maria Afrodite

Isis Lakshmi
Em outro exemplo, “o princípio da ação, da luta, que
tanto materializa Universos como incita o homem à luta
pela sobrevivência, pela evolução e finalmente pela
libertação das formas, foi personificado em ARES (Marte) -
não Áries, o carneiro -, o deus da guerra. É o mesmo
arquétipo de OGUM. E assim sucessivamente com todos os
orixás, para que consigamos entender essas vibrações
cósmicas no nosso Universo manifestado.”
Vó Maria Conga, na obra “Evolução no Planeta Azul”, de Ramatís

Ares/Marte Ogum São Jorge tyr


Dentro de diversas religiões, inclusive as de
origem judaíco-cristãs, temos as figuras mitológicas
de Anjos, Arcanjos, Querubins, Serafins,
Potestades, Gênios, Devas e outras, dependendo
da cultura, assumindo o “papel das divindades”.
Entre os mitos judaíco-cristãos mais
conhecidos, podemos lembrar :

● A revolução de Lúcifer contra Deus;


● A criação em em sete dias;
● A narrativa do Éden;
● A criação do homem e da mulher (Adão e
Eva);
● A serpente falante;
● A queda do homem;
● As várias histórias e lendas, tais como Os
Templários e o Santo Graal, homens gigantes,
a árvore da vida, Jonas e a Baleia;
● etc...
Podemos perceber que a divindade assume
culturalmente uma máscara, uma forma diferente para
vários povos, mas a verdadeira divindade é a essência, o
que ela representa.
“Deus é, em Si, todas as divindades e tudo o que
existe na criação.

Cada religião vê e crê em Deus e nas divindades de


uma forma diferente. É importante compreendermos que
por trás das lendas, dos dogmas, dos mitos e além de
toda a máscara cultural, de toda a formação, informação e
forma de nos relacionarmos com a essência original, além
de tudo isso está a Divindade. Além de qualquer forma,
de qualquer máscara religiosa ou cultura.”
Alexandre Cumino,
na série “Exú, o guardião da luz”.
Sobre os Orixás, Ramatís nos
apresenta ainda importantes
ensinamentos...
Sete Orixás? nove? dezesseis?
diferentes nomes?

“Não existem verdades absolutas na Terra. Os outros


orixás e suas nomenclaturas são existentes e apresentam
escopo vibratório no Astral. Para efeito didático, afirmamos
que todos acabam se enfeixando num dos sete orixás citados,
assim como todos estão em Um, e o Um está em todos…”

concluindo em seguida…

“… Não deveis fazer das diferenças de nomes motivo de


sectarismo. Aceitai indistintamente todos os que estão na
umbanda para fazer a caridade.”
Ramatís,
na obra “A Missão da Umbanda”
“Respeitamos todas as formas de entendimento
disponíveis dos orixás, mas não podemos
concordar com as personalidades agressivas,
volúveis, sensuais, vingativas, e as histórias
humanas de paixão e dor, tragédias e
desavenças, de assassinatos e traições, que
foram utilizadas pela tradição oral de transmissão de
conhecimento do panteão africanista mais remoto, e
que para muitos definem o que sejam os orixás até
os dias atuais."

Ramatís, na obra “Samadhi”


por Norberto Peixoto
Um último conceito importante...

Dualidade é a propriedade ou caráter do que é duplo,


do que é dual, ou que contém em si duas naturezas, duas
substâncias ou dois princípios.

A dualidade existe em todos os planos da Criação.


Têm-se luz e trevas, vida e morte, frio e calor; um
aspecto positivo e um negativo. E nem sempre positivo
quer dizer bom e negativo quer dizer mau, são apenas
dois polos distintos da mesma face. E o caso é que
essa dualidade é inerente à Criação, ou seja, é da
essência e é necessário.
Entendendo a dualidade, aspectos
positivos e negativos
dos Orixás
No livro “A Missão da Umbanda”, de Ramatís, o
médium Norberto Peixoto nos relata uma importante
experiência, que ajuda a entender os aspectos
positivos e negativos dos Orixás, e sua influência
em nossas vidas.
"Tive oportunidade, durante o sono físico e
o desdobramento natural do corpo astral, de
vivenciar uma experiência direta com essas
energias denominadas orixás. Fui conduzido
pela mente disciplinada de Ramatís, que tem
outorga para interagir nos planos rarefeitos;
caso contrário, isso teria sido impossível."
“Visualizei feixes de ondas num céu de
cor azul-chumbo, repleto de matizes
avermelhados. Essas ondas eram como
muitas "raízes" que se multiplicavam numa
descida vibratória e formavam um tronco
maior, que se transformava numa espécie
de enfeixamento ondulatório único,
parecido com um tornado, um vórtice
"ventoso" que girava em seu centro e se
rebaixava até o solo.
“Explicaram-me, para que pudesse
entender, que se tratava da
manifestação do orixá Xangô e que me
seria mostrado como ele poderia
interferir na vida de um cidadão com
sua regência vibratória desde o
nascimento.”
“Ato contínuo, esse vórtice "ventoso" se
compactou e teve seu ponto de contato
no alto da cabeça (chacra coronário) de
um indivíduo. A partir de então, o cenário
mudou….”
“....Esse arquétipo personificado em
seus aspectos positivos era agora um
homem bem vestido, trajando um vistoso
terno azul-marinho. Tratava-se de um
político ou advogado de sucesso, com
carro e motorista à disposição. Articulado,
era um líder nato, falante, de gargalhada
fácil, inteligência marcante e
personalidade forte.”
“Rapidamente a sucessão de cenas
mudaram, e seu motorista encontrava-se
sozinho, aguardando-o ansioso. O patrão
estava numa festa e esqueceu-se do
horário. Nesse momento, sobressaíam-se
os aspectos negativos da regência de
seu orixá de cabeça; ….”
“...a figura dramatizada era
egocêntrica, egoísta e radical, não
respeitava nada nem ninguém,
julgando-se dona da verdade. ‘Sua
esposa que o espere, pois ninguém irá
mandar em sua vida.’ ”
“...De volta ao automóvel e diante do
motorista aturdido, chegando à residência, a
companheira abriu a porta de entrada e
cobrou-o pelo adiantado da hora, já de
madrugada. Ele a atacou, demonstrando
enorme rigidez, lembrando-lhe todas as
mordomias que lhe dava e ressaltando
que a manutenção daquele status
dependia de seu trabalho e de diversos
meios para vencer a guerra da vida, que não
tem hora para iniciar, tampouco para acabar.”
“Entendi que tudo o que experimentara
com o desdobramento clarividente fora
para compreender como os orixás se
‘materializam’ em nossos
comportamentos, em decorrência da
natureza livre no Cosmo que nos
influencia, ou seja, a regência que cada
força cósmica denominada orixá
exerce em nossas vidas, ajudando-nos
a moldar nosso modo de ser….”
“... É óbvio que conhecer esses
‘arquétipos’ facilita nosso entendimento do
que são os orixás. Interiorizados em nossa
cognição, interferem efetivamente em
nossos comportamentos, sem
determinismos. Servem como mais um
referencial didático para a nossa evolução
espiritual.”
Cognição é o ato ou processo da aquisição do conhecimento que se dá através da percepção, da
atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, ..
“O que definirá os aspectos negativos e
positivos de nossas condutas,
independentemente de compreendermos ou
não todo o misticismo da umbanda e das
religiões no intercâmbio com as forças da
natureza, é o exercício de nosso
livre-arbítrio e a relação de causalidade
que isso estabelece com os outros e com a
coletividade que nos abriga, forjando o
justo merecimento naquilo que vamos
colher - que é obrigatório, ao contrário
da semeadura."
As características dos principais Orixás
da Umbanda
Observação : Estas informações foram compiladas
através das obras de Ramatís psicografadas por
Norberto Peixoto; das obras de Rubens Saraceni e
outros autores baseados na “Umbanda Sagrada”;
além de vasto material disponível na internet,
apostilas e videos, cuja análise e avaliação
preliminar por parte dos responsáveis por esta
apostila, mostrou-se de grande valia para o
aprendizado do grupo.
Xangô
Xangô
Xangô é o Orixá da justiça, da sabedoria e do
equilíbrio cármico. Simboliza a lei de causa e efeito,
responsável a dar a quem merece o devido castigo e a
vitória aos que foram injustiçados. É quem dá solução
às pendências. É muito procurado pelos que sofrem de
injustiças, perseguições espirituais e materiais. Dele
emanam também o saber e a autoridade, sendo o
protetor de todos que tem contato com as práticas da lei.
Seu campo preferencial de atuação é a razão,
despertando nos seres o senso de equilíbrio e
eqüidade, já que só conscientizando e despertando
para os reais valores da vida a evolução se processa
num fluir contínuo.
Xangô - o que pedir ?
Oferendamos Xangô para pedir o equilíbrio entre
a razão e a emoção, a justiça, a sensatez,
determinação e coragem para recebermos aquilo que
merecemos. Pedimos que nos mantenha livres de
quaisquer julgamentos, tanto os que emitimos como
os que recebemos.
Não se oferenda Xangô para pedir a nossa
justiça, mas a justiça Divina.

“Ao pedir Justiça para Xangô, esteja preparado para recebê-la!”


Xangô
Sabedoria e prudência; entendimento do encadeamento de
nossas ações e reações, as quais estabelecem uma relação de
causa e conseqüência no sentido de ascensão espiritual
(equilíbrio cármico).

Justiça, discernimento, palavras adequadas no momento certo,


eqüidade, nobreza de caráter, atitude digna, organização e
trabalho, progresso cultural e social, altivez e inteligência.
Têm habilidade na oratória e no domínio das multidões, e
gostam do conforto.

Onipotência, rigidez de opiniões, vitimização, palavras metálicas


que ferem ("só eu tenho razão"...), prolixidade, vaidade
exacerbada e conservadorismo extremo.
Xangô
Irradiação: Justiça
Função: Graduador e equilibrador
Elemento: Igneo (das rochas), Fogo e Ar
Mineral: ametista, topázio
Símbolos: Machado (Oxê), a balança da justiça
Sincretismo : São Jerônimo (também São João Batista)
Dia comemorativo: 30 de Setembro ou 24 de Junho
Dia da semana: Quarta-feira
Velas / cores : Marrom e branco
Chakra : Cardíaco
Planeta: Jupiter
Ervas e flores: guiné, pára-raios, lírio branco, folhas de café,
mangueira, manjericão, hortelã, levante, amoreira, ,...
Pontos de Força: Pedreiras, Montanhas, beira de cachoeiras
Saudação: Kaô Kabecilê
Oxalá
Oxalá
Oxalá é o Orixá da Criação, o Orixá
Maior. Orixá da paz, do branco, dos
campos abertos e iluminados. Na
umbanda, sua tarefa foi a de criação do
ser humano. Ele envia vibrações que
estimulam a fé individual, assim como
irradiações que geram e estimulam os
sentimentos de religiosidade.
Oxalá

Representa a paz, a fé, a crença, o


amor, a bondade, a pureza espiritual, e
tudo aquilo que indica positividade. É a
ascensão última do ser humano, em busca
de Deus e da perfeição.
Oxalá

Oxalá é visto por todos como o principal


Orixá, pois sem a FÉ não existiria a
religião e a crença em Deus. Todo o ser
que prega e pratica a fé de amor a Deus de
forma pura e virtuosa, está sob a irradiação
de Oxalá.
Oxalá

No entanto, a FÉ não tem um


significado restrito a religião, mas sim a
FÉ em todos os aspectos da vida. É
necessário acreditar (ter FÉ) que algo irá
acontecer, senão não conseguimos dar
nem o primeiro passo rumo aos
objetivos por nós almejados.
Oxalá

Sua regência em nossas vidas se manifesta na


necessidade de nos congregarmos, isto é, de nos
unirmos a pessoas que tenham as mesmas idéias
e ideais. É o nosso "Deus interior”, a voz da
consciência que tenta nos conduzir por caminhos
luminosos, pois traz consigo a memória de outros
tempos, o conhecimento empírico, o conhecimento
adquirido por experiências anteriores.
Oxalá

Carrega em si a sabedoria, a calma, a


serenidade, a pacificação. Seu
magnetismo nos inspira serenidade, nos
impelindo a abrandar as mágoas do coração
e a lidar com os problemas do dia a dia com
tranquilidade e sabedoria.
Oxalá

Se os mecanismos da FÉ forem bem


ativados, as pessoas alterarão seus
comportamentos sociais, religiosos, morais
e emocionais, dotando-se em pouco tempo
de uma nova consciência.
Oxalá

Este fato torna a FÉ a principal via


evolutiva, já que outros sentidos da vida
possuem mecanismos cujas ativações são
mais lentas ou difíceis de serem
conseguidas. A FÉ consegue tirar as
pessoas de estados de espírito
sombrios e elevá-las a estados
luminosos num piscar de olhos.
Oxalá

Em seu aspecto negativo, a FÉ pode


gerar descrença, fanatismo, ilusão, atitudes
mistificadoras e mercantilistas com relação
a religiosidade.
Oxalá - o que pedir ?

Oferendamos Oxalá para fortalecer ou


despertar em nosso íntimo os sentimentos
da fé, da paciência, da tolerância, do
perdão, da compaixão. Quando
precisamos colocar em nossas vidas mais
esperança e confiança.
Oxalá
Fortaleza e paciência, estabelece a ligação com a
espiritualidade e leva ao despertar da fé, à compreensão do
"religare" com o Cristo interno.

Devoção, fé, abstração meditativa, ligação com o espiritual,


calma e serenidade "aparente". São asseados mental e
fisicamente, caseiros e amigos acima de tudo. Com eles, rege
a tranqüilidade, o silêncio e a paz no ambiente.

Fanatismo, isolamento, falsidade, desprezo pelo material,


melancolia, impaciência, ira, crueldade, mal humorados,
teimosos, mania de limpeza.
Oxalá
Irradiação: Fé, Crença, Religiosidade, Pureza, Amor Divino
Função: Magnetizador, cristalizador, congregador
Elemento: Cristal
Símbolos: Estrela de cinco pontas, cruz, pomba branca da paz
Sincretismo : Jesus Cristo
Dia comemorativo: 25 de Dezembro
Dia da semana: Sexta-feira
Velas / cores : Branco, cristalino
Chakra : Coronário
Planeta: Sol
Ervas e flores: alecrim, alfazema, tapete de Oxalá, boldo,
girassol, jasmim, anis, rosas e flores brancas, louro, camomila..
Pontos de Força: Qualquer lugar, preferencialmente parques,
campos, jardins floridos, lugares abertos, limpos e agradáveis
Saudação: Êpa Êpa Babá! Salve meu Pai Oxalá!
Iemanjá
Iemanjá

Orixá mais popular do Brasil, em parte


devido ao sincretismo com Nossa
Senhora. É a grande Mãe, a Mãe da
geração, dos marinheiros e pescadores,
das viagens pelo mar, e também de toda a
flora e fauna marinhas. Além disso, atua
no amparo à maternidade, e rege de
forma absoluta o lar e a família.
Iemanjá

É uma das rainhas das águas, sendo


as duas salgadas: as águas provocadas
pelo choro da mãe que sofre pela vida de
seus filhos, que os vê se afastarem de seu
abrigo, tomando rumos independentes; e
os mares e oceanos, sua morada, onde
“lava” os nossos problemas e mágoas,
limpando e absorvendo energias negativas
e renova a nossa vontade de viver.
Iemanjá

Em uma comunidade, Iemanjá atua


dando sentido ao grupo, às pessoas ali
reunidas, transformando essa
convivência num ato familiar; criando
raízes e dependência; proporcionando
sentimento de irmão para irmão em
pessoas que há bem pouco tempo não se
conheciam. É apaziguadora.
Iemanjá

É Ela quem rege nossos lares,


dando o sentido da família às pessoas
que vivem debaixo de um mesmo teto. É a
geradora do sentimento de amor ao ente
querido. Rege as uniões e todas as
comemorações familiares.
Iemanjá

Sua atuação se dá na
emanação da geração, criação
e intuição. Entretanto, não
devemos compreender esta
emanação apenas voltada
para a maternidade e sim
sobre todos as vertentes que
dependem do poder de criar.
Iemanjá

Na Umbanda é força cósmica que


acalma e higieniza o ambiente etérico de
trabalho, transmutando energias deletérias.
Iemanjá

Vamos utilizar a vibração de Iemanjá de


forma a explicar melhor, novamente, a
atuação dos Orixás em nossas vidas,
ajudando a compreensão dos aspectos
positivos e negativos de sua energia.

(fonte: Ramatís, na obra “Umbanda pé no chão”)


Iemanjá
Os mares são a grande fonte da
vida como a conhecemos hoje e que
ainda abriga toda uma complexa flora e
fauna. Nas suas águas a vida se
renova a todo instante. Com a sua
imensidão assustadora, quando
manso, o mar, traz tranqüilidade,
paz, abundância e prosperidade para
aqueles que dele necessitam para
sobreviver. Quando ele está agitado,
suas ondas destroem e levam tudo o
que estiver ao seu alcance.
Iemanjá
Assim é Iemanjá, no seu aspecto positivo,
trazendo prosperidade e abundância em todos os
sentidos, acolhimento, bem-estar a todos. É o amor
que sustenta as famílias, as uniões, os grupos, as
amizades. A vibração de Iemanjá leva-nos ao amor
maternal, com desapego, fazendo com que seus
filhos sejam cidadãos do mundo.
Aspectos negativos: Avareza, rejeição, medo,
apego, posse excessiva, paralisa o progresso,
mesquinhez, insensibilidade.
Iemanjá

Sincretizada com Maria, mãe de Jesus,


que para os católicos é a Mãe de todos os
seres humanos, aquela que vê os seus
filhos com a pura ótica do amor, a que
sempre estará nos esperando com os
braços abertos para confortar e amparar
sem julgamentos.
Iemanjá - o que pedir ?
Oferendamos Iemanjá para gerar em nós a vontade
de viver, de crescer, de melhorar. Para gerar novas
oportunidades em todos os sentidos da vida, equilibrar
e estimular os laços familiares, favorecer nossas
qualidades geradoras, renovadoras e criadoras. Aguçar
nossa criatividade e estimular nossas percepções. A
Ela também recorrem as mulheres que desejam
engravidar.

Ao fazer um pedido para a solução de uma doença,


por exemplo, não peça para que Iemanjá o livre desse
mal e sim que Ela traga-lhe a saúde, usando sempre
do positivismo.
Iemanjá
Comunicação, admiração, senso familiar, facilidade para
fazer amigos, amor fraterno, energia, tradição, socialismo,
proteção, empatia, senso de dever, senso de cuidar do lar,
memória, etc.

Prosperidade e abundância em todos os sentidos,


acolhimento, zelo, sentido de união, criatividade, procriação
no sentido de progresso (evolução), extroversão,
comunicação, senso de elogio, reconhecimento, proteção da
família, calma, flexibilidade, bom humor, trabalho em equipe.

Fofoca, ciúmes, ego, prolixidade, falam mais do que devem,


desprezo, dificuldade de guardar segredos, rancor, vingança,
inveja, avareza, depressão, pessimismo, baixa-estima,
insensibilidade, etc.
Iemanjá
Irradiação: Geração
Função: Geração, criação, intuição e Amparo a vida
Elemento: Água
Sincretismo : Nossa Senhora
Dia comemorativo: 02/Fev (NS Navegantes), 08/12 (NS
Conceição), 01/Jan (ano novo)
Dia da semana: Sábado
Velas / cores : Azul claro, prata, branco
Chakra : frontal
Planeta: Lua
Ervas e flores: Alfazema, Anis Estrelado, Rosa Branca,
Camomila, Flor de Hibisco, Noz Moscada, Margarida, Arroz.
Pontos de Força: Aguás em geral, Mar, praia, oceano
(“calunga grande”)
Saudação: Odoyá ou Odociaba!
Oxóssi
Oxóssi
Na Umbanda, Oxóssi é a manifestação
do conhecimento de Deus. É o guardião
da sabedoria, das folhas, da fauna, da
flora, da vida animal, da vida vegetal,
protetor dos agricultores, da mesa farta e
dos trabalhadores. É a energia
sustentadora de toda as formas de vida no
nosso Planeta. É ele quem traz a fartura, o
sustento e a prosperidade. É o “chefe” da
falange dos Caboclos.
Oxóssi

É o grande caçador, que conhece os


mistérios e perigos das matas e por isso
consegue percorrê-las sem se perder,
trazendo o alimento para a família.
Oxóssi também é conhecido como o
caçador de almas perdidas e perturbadas,
que através de sua emanação alcançam o
discernimento para o despertar evolutivo.
Oxóssi

Atua em nossa estrutura mental,


cognitiva e psicológica, aguçando o
raciocínio, expandindo a capacidade de
raciocinar e estimulando nossa “busca
pelo saber” no sentido mais amplo da
palavra.
Oxóssi
Desperta em nós a incessante busca
sobre nossa origem Divina, pelo
desconhecido, pela compreensão da vida,
e quanto mais aprendemos sobre ela,
maior o nosso respeito pela criação e maior
a nossa fé em Deus, pois passamos a
encontrá-lo em nós mesmos, alcançando
uma forma mais evoluída de viver. A partir
do conhecimento, religa-nos ao Divino
Criador.
Oxóssi

Encontramos na mensagem de Joanna


de Ângelis, “A correta visão da vida”,
psicografada por Divaldo Franco, uma
visão perfeita sobre a atuação da Energia
de Oxóssi em nossas vidas...
Oxóssi

...“Quando a consciência acorda e as


interrogações surgem, aguardando
respostas, as contingências do prazer
fugaz e sem sentido cedem lugar a
necessidades legítimas, que são as
responsáveis pela estruturação do ser
profundo, portanto, imortal.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi

“Simultaneamente, os valores éticos se


alteram, surgindo novos conceitos e
aspirações em favor dos bens duradouros,
que são indestrutíveis, e passíveis de
incessantes transformações para melhor,
na criatura.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi

“Desperta-se-lhe então a responsabilidade, e


a visão otimista do progresso assenhoreia-se de
sua mente, estimulando-a a crescer sem cessar.
A sensibilidade se aprimora e seu campo de
emoções alarga-se, enriquecendo-se de
sentimentos nobres, que superam as antigas
manifestações inferiores, tais o azedume, a raiva, o
ressentimento, a amargura, a insatisfação.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi
“Quando a criatura se encontra com a
realidade espiritual, toda uma revolução se lhe
opera no mundo interior.

Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se


afável.

Tranqüiliza-se ante quaisquer


acontecimentos, mesmo os mais desgastantes,
porque sabe das causalidades que elucidam
todos os efeitos.”
mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.
Oxóssi

“Nunca desanima, porque suas


realizações não aguardam apoio ou
recompensas imediatas.”

Identifica no serviço do bem os


instrumentos para conseguir a perfeita
afinidade com o amor, e doa-se.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi

“Na meditação em torno dos desafios


existenciais ilumina-se, crescendo
interiormente, sem perigo de retrocesso ou
parada.

Descobre no século os motivos próprios para


a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se
conta que viver, no mundo, é aprender sempre,
utilizando com propriedade cada minuto e
acontecimento do cotidiano.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi

“Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa,


de cada experiência retirando lições que
incorpora às aquisições permanentes.

Acalma as ansiedades do sentimento, por


compreender que tudo tem seu momento
próprio para acontecer; e somente sucede
aquilo que se encontra incurso no processo da
evolução.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi

“Aprende a silenciar, eliminando palavras


excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio
mental, produz o silêncio mais importante.

Solidário em todas as circunstâncias, não se


precipita, nem recua.

Conquista a paz e torna-se irmão de todos.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi

“Quando a criatura compreende que se


encontra na Terra em trânsito, realizando um
programa que se estenderá além do corpo, na
vida espiritual, realiza o auto-encontro, e,
mesmo quando experimenta o fenômeno da
morte, defronta a vida sem sofrer qualquer
perturbação ou surpresa, mergulhando na
Amorosa Consciência Cósmica.”

mensagem de Joanna de Ângelis, por Divaldo Franco.


Oxóssi - o que pedir ?

Oferendamos Oxóssi para que nos ajude no


raciocínio consciente, ou seja, para que ele nos
traga o conhecimento, o esclarecimento e a
sabedoria em todos os sentidos da vida. A Ele
solicitamos a coragem, a rapidez, o espírito
caçador para as novas empreitadas. Pedimos que
sustente nossa caminhada espiritual com
sabedoria e que cure nossos mentais
desequilibrados. Por ter o domínio das matas e
ervas, também propicia a cura energética e mental.
Oxóssi
Observação, inteligência, análise, raciocínio, planejamento,
visão holística, visão sistêmica, determinação, liderança,
conhecimento, reflexão, paciência, empatia, coragem,
iniciativa, facilidade de aprendizado, automotivação

Curiosidade, sabedoria, foco, delegação, prestatividade,


empatia, tranquilidade, facilidade para escrever, facilidade
para falar, fidelidade, autonomia, independência, coragem,
responsabilidade e respeito.

Ilusão, intromissão, arrogância, vingança, introversão,


teimosia, centralização de poder, perseguição, nervosismo,
perfeccionismo, isolamento, depressão, desapego,
indiferença, críticas, gastos excessivos, desperdício,
dificuldade de se comunicar.
Oxóssi
Irradiação: Conhecimento
Função: Irradiar a todos os seres o sentido do saber
Elemento: reino vegetal, ar
Símbolos: Arco e flecha, lanças, folhas
Sincretismo : São Sebastião (na Bahia é São Jorge)
Dia comemorativo: 20 de Janeiro
Dia da semana: Quinta-feira
Velas / cores : Verde
Chakra : esplênico
Planeta: Vênus
Ervas e flores : Arruda, Guiné, Cipó Caboclo, Samambaia,
Manga, Jurema, Jureminha, Aroeira, Capim limão, Abacateiro,
Hortelã..
Pontos de Força: Matas, bosques e florestas
Saudação: Okê Arô! (Salve o grande caçador!)
Ogum
Ogum

Ogum é o orixá ordenador, mantenedor


da ordem e executor da Lei de causa e
efeito (retorno). É através da sua
emanação que tudo se ajeita para poder
progredir e por esta razão é o único Orixá
que possui sua vibração presente em todas
as faixas vibracionais.
Ogum

Ogum é a energia propulsora da


conquista, o impulso da ação, do poder
da vontade (o poder da fé). Se quisermos
alguma transformação em nossa vida seja
ela externa, no campo material, ou interno
no campo moral e espiritual temos que ter
vontade, fé e força para a luta inicial.
Ogum

É o ponto de partida, aquele que está à


frente. Representa, portanto, o caminho
que precisamos percorrer, aquele
caminho solitário para vencer os dragões
internos que, na verdade, é o espírito em
busca de si mesmo; percorrer o caminho de
volta à unicidade com o Pai. A primeira
batalha que Ogum nos ensina a realizar é
vencer os vícios e a desordem interna.
Ogum
A energia oriunda da vibração de Ogum
pode ser percebida claramente nestas
palavras de Jesus:

“A tua fé te curou”

(com a imposição das mãos, Ele acionou o


poder da vontade de mudar de atitudes e
pensamentos).
Ogum

E também nestas outras palavras:

“Pedi e recebereis! Buscai e achareis!


Porque todo aquele que pede, recebe!”

Demonstrando que Deus nos dotou de


inteligência e capacidade para que superemos
nossas dificuldades, recomendando-nos o
trabalho, a atividade e o esforço próprio.
Ogum

Ogum é o general da Umbanda, o ferro


e o fogo. Se necessário for utilizará sua
energia destrutiva, eliminando,
transformando. Sua vibração é a mais
atuante contra a magia negra e hordas do
baixo astral , atuando diretamente com os
Guardiões que compõe suas falanges de
trabalhadores.
Ogum
Como Ogum é ordenador, Ele sempre
vem na frente, ordenando, colocando
ordem em todos os sentidos
imagináveis. Onde houver um sopro de
vida e criação, onde houver a
possibilidade do desequilíbrio e da
negatividade, haverá uma “qualidade de
Ogum” atuante.
Ogum

Ou seja, para cada energia radiante,


existe uma qualidade de Ogum atuante. Por
esta razão que é o único Orixá presente em
todas as faixas vibracionais e se faz
presente em todos os trabalhos
realizados, tanto nas linhas de esquerda
como de direita, originando vários
entrecruzamentos energéticos.
Ogum “diferentes vibrações”

Ogum Beira Mar: atua sob a energia da


areia do mar - Reino de Yemanjá e Omulu.

Ogum Sete Ondas: atua sob a energia das


ondas - Reino de Yemanjá e Oxalá.
Trabalha na ronda da Calunga Grande (mar
e oceano).
Ogum “diferentes vibrações”

Ogum Rompe-Matas: atua sob a energia


das matas – Reino de Oxossi.
Ogum das Pedreiras: atua sob a energia
das pedreiras – Reino de Xangô.
Ogum Megê: atua sob a energia da
Calunga pequena (cemitério) na calçada
que o cerca e diretamente com as almas –
Reino de Omulu.
Ogum

Ogum Matinata: atua sob a energia dos


campos abertos e colinas – Reino de Oxalá.
Não há muitos médiuns que conseguem tê-lo
como Orixá de trabalho, pois são bastante
raros e difíceis de incorporar.
Ogum Delê: traz consigo a vibração pura de
Ogum e trabalha em todos os pontos de
força. É a própria lei regendo reajustes
cármicos.
Ogum

Ogum Iara: atua sob a energia dos rios,


lagos e cachoeiras – Reino de Oxum.

Ogum Naruê: atua sob a energia da


Calunga pequena (cemitério) trabalhando
basicamente no desmanche de magias
negras, exercendo domínio sobre as almas
quimbandeiras – Reino de Omulu.
Ogum

Vamos utilizar a vibração de Ogum de


forma a explicar melhor, novamente, a
atuação dos Orixás em nossas vidas,
ajudando a compreensão dos aspectos
positivos e negativos de sua energia.

(fonte: Ramatís, na obra “Umbanda pé no chão”)


Ogum

Quando estamos desequilibrados, com


falta de Ogum temos vontade fraca,
desânimo, apatia. Dificuldade de demarcar o
nosso limite, deixando que todos decidam
por nós. Temos dificuldades de dizer “não”,
de nos impor. Somos ciumentos, medrosos e
teimosos. Alimentamos cada vez mais o
egoísmo e não sabemos perdoar.
Ogum

Quando estamos no excesso desta


vibração somos déspotas e determinados
em demasia, usando de todos os meios
para obter aquilo que queremos.
Ogum
Quando vibramos harmoniosamente
em Ogum transmitimos sinceridade e
franqueza. Temos uma personalidade de
liderança, somos corajosos e decididos.
Não nos amedrontamos com as
mudanças. Somos dóceis, amáveis e
generosos.
Ogum
Como não vibramos o tempo todo no
aspecto positivo nem no negativo, podemos
dizer que os tipos psicológicos dos filhos de
OGUM podem ser irascíveis, excessivamente
diretos em suas opiniões, francos em demasia e
até impulsivos. São tenazes e agem com muita
vontade e energia para alcançarem seus objetivos
e não descansam enquanto não atingirem a vitória,
onde muitos já teriam desistido da luta e perdido as
esperanças.
Ogum

Por serem demasiados francos, às vezes


são arrogantes e auto-suficientes,
melindrando pessoas de estima baixa com
certa facilidade. No entanto, pela franqueza e
transparência em suas intenções, acaba
angariando muitos amigos e admiradores, o
que poderá deixá-lo um tanto vaidoso.
Raramente são odiados.
Ogum
Sincretizado com São Jorge,
representa a luta permanente com
as nossas imperfeições (dragão).
São as nossas emoções,
atitudes e pensamentos
inferiores que precisamos
controlar, burilar e transformar.
Seu símbolo é a espada,
instrumento de corte utilizado para
abrir as trilhas. Cortamos e
eliminamos aquilo que não
queremos.
Ogum - o que pedir ?
A Ogum pedimos proteção, quebra de
demanda, liderança, ordernação, força,
motivação, determinação e coragem. A
abertura de caminhos e a proteção dos
Guardiões da Lei. A força para mudarmos em
nós aquilo que precisamos, para
abandonarmos nossos vícios. Caminhos (no
amor, na saúde, na fé, na justiça, no
conhecimento,..). Direção e energia naquilo
que precisa ser feito ou desfeito.
Ogum
Força, coragem, decisão, liderança, sinceridade, franqueza,
justiça, esforço, energia, estratégia, humor, ego, pensamento,
qualidade, movimento

Resistência, porte físico, valentia, democracia, apreço, senso


de justiça, determinação, vigor, planejamento, alegria,
extroversão, senso de humor, sinceridade, companheirismo,
fidelidade, perfeição, perfeição e dinamismo.

Vontade fraca, apatia, desânimo, indecisão, procrastinação,


agitação, ansiedade, brutalidade, agressividade, egoísmo,
individualismo, teimosia, justiça com as próprias mãos,
introversão, autoritarismo, ciúmes, impulsividade,
impaciência, déficit de atenção e hiperatividade
Ogum
Irradiação: Lei
Função: Lei e ordenação
Elemento: Ar e Fogo
Sincretismo : São Jorge
Dia comemorativo: 23 de Abril
Dia da semana: Terça-feira
Velas / cores : Azul escuro, Vermelho
Chakra : solar
Planeta: Marte
Ervas e flores: cravo branco e vermelho, espada de
ogum, espada de São Jorge,
Pontos de Força: Estradas, linhas de trem, encruzilhadas
e qualquer outro lugar.
Saudação: Ogunhê meu Pai! ou Patakori Ogum!
Oxum
Oxum

Oxum é a divindade do amor.


Ela atua na vida dos seres estimulando
os sentimentos de amor, fraternidade,
união, equilíbrio emocional, doação,
misericórdia e compaixão.
Oxum

Mãe das águas doces. Oxum possui


uma força de penetração fora do comum
na natureza humana – é a psicóloga nata.
Oxum

É a manifestação do Amor puro, real,


maduro, sensível e incondicional, por
isso é associada à maternidade e ligada ao
desenvolvimento da criança ainda no
ventre da mãe.
Oxum

É Oxum que gera o nascimento de


novas vidas e cuida do feto durante a
gestação em uma bolsa de água. Na hora
do nascimento, entrega-o à Iemanjá para
cumprir a sua missão na vida.
Oxum

Corresponde a nossa necessidade de


equilíbrio emocional; concórdia;
complacência e reprodução, não
necessariamente reproduzir no sentido
físico, mas no emocional que liga a mãe ao
rebento vindouro.
Oxum

O amor-doação de Oxum é aquele que


faz a caridade ao próximo, que agasalha,
alimenta e reconforta. Estimula em nós o
sentido da doação, da caridade, a
vontade de servir e ajudar, despertando
o nosso Cristo interno.
Oxum
“Vinde a mim todos vós que estais cansados e
aflitos porque eu vos aliviarei, porque o meu fardo
é leve e o meu jugo suave”.

“...estava com fome, e me destes de comer;


estava com sede e me destes de beber; andava
estranho e me acolhestes; estava nu e me
vestistes; estava doente , e me visitastes; estava
preso e me viestes ver.”

Eis a energia do amor de Oxum


Oxum

Assim, Oxum nos lembra que “O Cristo


interno não despertará em nós, se não
ajudarmos a despertar o Cristo Externo
no próximo”. Como disse São Francisco
de Assis: “É dando que se recebe, é
perdoando que se é perdoado.” Há mais
felicidade em dar do que em receber….
Oxum

Oxum é a capacidade de sentir amor.

Deus é amor!
Oxum

Tida como senhora das águas doces,


Oxum domina os rios e as cachoeiras,
irrigando os campos, atuando na geração
da fartura e, por isso, identifica-se com
todas as manifestações de riqueza e
prosperidade.
Oxum

Entretanto, atrás de uma superfície


aparentemente calma podem existir fortes
correntes e cavernas profundas.
Oxum - o que pedir ?

Podemos pedir a Mamãe Oxum, a


presença do amor em nossas vidas, na
nossa família, a capacidade para perdoar
determinadas pessoas, que promova
reencontros e reaproximações. Que
possamos ser mais dóceis, amáveis. Que
nos ajude a ter compaixão, a ter estimulos
para praticar a caridade.
Oxum
Sensibilidade, autocontrole, sensualidade, inteligência,
motivação, automotivação, felicidade, otimismo, amor,
altruísmo, espiritualidade, intuição, comunicação, nobreza,
senso de fortuna, etc.

Sensibilidade, autocontrole, sensualidade, inteligência,


motivação, automotivação, felicidade, otimismo, amor,
altruísmo, espiritualidade, intuição, comunicação, nobreza,
senso de fortuna, etc..

Dengo, choro, preguiça, tendência a engordar, narcizismo,


arrogância, desprezo, depressão, melancolia, egoísmo,
mãnha, vaidade, vingança, apreço por magia negra, ironia,
fragilidade e ostentação
Oxum
Irradiação: Amor
Elemento: Água doce, minerais
Sincretismo : NS.Aparecida, NS. Conceição
Dia comemorativo: 12 de Outubro, 8 de Dezembro
Dia da semana: Sábado
Velas / cores : Amarela, Rosa
Chakra : Umbilical
Planeta: Vênus
Ervas e flores: Camomila, Canela, folha de Laranjeira,
flor de Macela, poejo, melissa, erva doce, rosas, jasmim
Pontos de Força: Cachoeiras e rios
Saudação: Ora iêiê ô!
Iansã
Iansã

Iansã é Orixá da Lei, Direção e


Movimento. Atua de forma ativa para
absorver os desequilíbrios cometidos no
campo da Lei e da Justiça Divina e
reconduzir os seres ao equilíbrio.
Iansã

É considerada a qualidade
direcionadora de Deus (Olorum), que atua
de forma permanente em toda a Criação
para que tudo e todos possam evoluir.
Iansã

Corresponde à necessidade de
mudança, de deslocamento,
transformações materiais, avanços
tecnológicos e intelectuais. A luta contra
as injustiças.
Iansã

Seu campo preferencial de atuação é o


emocional dos seres. Como divindade
direcionadora e movimentadora, Iansã
retira os seres de um caminho de
estagnação evolutiva (provocada por seus
desequilíbrios emocionais) e ajuda a
encaminhá-los, cortando os seus excessos
emocionais e colocando-os no caminho
correto a seguir.
Iansã

Iansã controla os ventos, raios e


tempestades. É conhecida como “A
Senhora dos Ventos”. Possui domínio
sobre o fogo, o ar e a eletricidade. É
representada geralmente segurando um
desses objetos: uma espada, uma tocha ou
um chicote carregado com eletricidade..
Iansã

Iansã é também a Senhora dos Eguns.


É Ela quem, juntamente com Obaluaê,
encaminha todas as almas desencarnadas
e acaba também trabalhando na
movimentação de todas as energias ruins
deixadas por desencarnados em um local.
Muitos Eguns tem medo de Iansã, pois
sabem que com ela não se brinca.
Iansã

Apesar de semelhante (ordenador), a


energia de Iansã se diferencia de Ogum.
Veja o exemplo a seguir:
Iansã

Dois tipos de pessoas : a que tem um foco ou


objetivo de vida e deseja abrir o caminho para que
coisas se realizem nesse aspecto e as que ainda não
sabem qual caminho pretendem trilhar e estão de
certa forma desorientadas.

Para a primeira situação o fator que responde é o


de Ogum e à segunda o de Iansã, ou seja, são dois
lados de um mesmo mistério: ordenação.
Iansã

Iansã sempre guarda boa distância das


outras personagens femininas centrais da
Umbanda, e se aproxima mais dos terrenos
consagrados tradicionalmente ao homem,
pois está presente tanto nos campos de
batalha, onde se resolvem as grandes
lutas, como nos caminhos cheios de risco e
de aventura.
Iansã - o que pedir ?

Oferendamos Iansã, para pedir


proteção, movimento, direção,
ordenação. Para encontrarmos novos
caminhos para a nossa evolução. Que
seus raios iluminem nossos passos e
seus ventos levem para longe aqueles
que de nós que se aproximam com o
intuito de se aproveitarem de nossas
fraquezas.
Iansã
Força, coragem, agilidade, humor, comunicação, visão global,
administração do tempo, curiosidade, paixão, movimento,
honestidade, temperamento, ritmo etc.

Resiliência, valentia, dinamismo, praticidade, direção,


assertividade, justiça, ordem, energia, apreço,
espontaneidade, devoção, determinação, garra, foco,
motivação.

Intensidade, ansiedade, impulsividade, emoção, brutalidade,


falta de educação, grosseria, frieza, vingança, teimosia,
procrastinação, monotonia, brigas, anarquismo, autoritarismo,
ódio, arrependimentos consecutivos, oscilação de humor e
imaturidade.
Iansã
Irradiação: Lei, direcionamento
Elemento: Ar
Sincretismo : Santa Bárbara
Dia comemorativo: 04 de Dezembro
Dia da semana: Quarta-feira
Velas / cores : Amarelo
Chakra : cardíaco
Planeta: Urano
Ervas e flores: Espada de Santa Bárbara, Flores
amarelas, Louro, Bambu, Para-raios, Amoreira, Catinga
de mulata, gengibre, hortelã, louro
Pontos de Força: Ventos, raios e tempestades
Saudação: Eparrêi Iansã!
Nanã
Nanã

Ela é a mais velha dos Orixás. É a


guardiã dos idosos, da maturidade, da
experiência.

A Grande Mãe, a avó, também


conhecida como Nanã Buruquê.
Nanã

Sua força está ligada a água que brota


da terra ou da pedra e segue formando
lagos, pântanos, lodo e toda forma de
contato de terra e a água, enfim rege as
águas paradas, o lodo do fundo dos rios e
dos mares e é também a chuva fina, a
garoa.
Nanã

Em uma de suas lendas, Oxalá pede a


argila de Nanã para criar o homem e ela
empresta desde que quando eles
morrerem possam retornar a ela
(analogia a frase "do pó ao pó").
Nanã

Assim, se por um lado Ela fornece o


“barro da vida”, preparando os espíritos
para uma nova encarnação, por outro
reconduz ao terreno do astral as almas que
Oxum colocou no mundo real, sendo
considerada, por isso, a deusa do reino da
morte.
Nanã

É Nanã quem comanda o portal entre os


mundos e dimensões, fazendo os espíritos
“adormecerem”, decantando as memórias,
fazendo com que desapareçam ao longo
do processo para reencarnarem libertas
dos sentimentos e lembranças da vida
anterior.
Nanã

Portanto, um dos campos de atuação de


Nanã é a "memória" dos seres. E, se
Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece
os conhecimentos do espírito para que
eles não interfiram com o destino traçado
para toda uma encarnação.
Nanã

Por isso, Nanã é associada à


senilidade, à velhice, que é quando a
pessoa começa a se esquecer de muitas
coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Nanã

Em alguns grupos de Umbanda pode


ser confundida com certas qualidades de
Oxum e Yemanjá. Oxum rege a
concepção e mulher jovem, Yemanjá a
maternidade e mulher adulta, e Nanã vem
trazer a figura de avó, fechando assim um
ciclo de mulher. São conhecidas como as
Yabás da Umbanda.
Nanã - o que pedir ?

Podemos recorrer a Nanã para


decantar, paralisar ou diminuir uma
determinada situação, bem como, uma
doença, uma briga, etc. Para adquirir
mais maturidade, paciência, sabedoria e
experiência para lidar com as
adversidades do dia-a-dia.
Nanã

Conhecimento, experiência, vida longa, relacionamento,


trabalho em equipe, qualidade, flexibilidade, apoio, ajuda, etc.

Inteligência, maturidade, calmaria, exatidão, bom ouvinte,


planejamento, disciplina, organização, fidelidade, resistência,
detalhista, justiça e respeito.

Introversão, lentidão, envelhecimento precoce, ortodoxo,


resistente, baixa energia, canseira, seletividade, ranzinza,
reclamam com frequência e de tudo, pessimistas,
baixa-estima, depressão, dificuldade em demonstrar
sentimentos.
Nanã

Irradiação: Evolução
Elemento: Água, barro, lama, lodo
Sincretismo : Sant’Anna
Dia comemorativo: 26 de Julho
Dia da semana: Sábado
Velas / cores : Roxo
Chakra : Frontal
Planeta: Lua e mercúrio
Ervas e flores: Palha da Costa, Avenca, Lírio do brejo,
Pontos de Força: Mangues, lama, lagos, lagoas...
Saudação: Saluba Nanã!
Obaluaê - Omulu
Obaluaê - Omulu

Orixá das doenças e da cura. Obaluaê


(manifestação jovem - guerreiro, caçador,
lutador) ou Omulu (manifestação velha -
sábio, feiticeiro, guardião) representa a
manifestação de Deus entre o mundo
terrestre e o espiritual.
Obaluaê - Omulu
Em algumas linhas de Umbanda, esta
Grande Potência Astral Inteligente, quando
relacionado à vida e à cura, recebe o nome de
Obaluaê. Quando relacionado a morte e
doenças, recebe o nome de Omulu.

No entanto, a maior parte das casas de


umbanda considera apenas a linha de
Obaluaê como responsável por este
magnetismo em geral.
Obaluaê - Omulu

Erroneamente, é um dos mais temidos


Orixás. Comanda as doenças e,
consequentemente, a saúde. E, assim
como sua mãe Nanã, tem profunda
relação com a morte.
Obaluaê - Omulu
Enquanto Nanã atua na decantação
emocional e no adormecimento do espírito
que irá encarnar, Obaluaê atua na
passagem do plano espiritual para o material
(encarnação), ajustando o corpo energético
ao feto já formado dentro do útero materno e
estabelecendo as ligações do “cordão de
prata”.

Nanã está nas águas, Obaluaê na terra.


Obaluaê - Omulu

O Senhor da Vida é também Guardião


das Almas que ainda não se libertaram da
matéria. Assim, na hora do desencarne,
são eles, os falangeiros de Obaluaê, que
vêm nos ajudar a desatar nossos fios de
agregação astral-físico (cordão de prata),
que ligam o perispírito ao corpo material.
Obaluaê - Omulu

Por isto Obaluaê é considerado o chefe


da calunga – cemitério – que
simbolicamente é o rito de “passagem da
morte”, onde se encerra o ciclo na matéria,
para o reinício de uma nova fase no mundo
espiritual.
Obaluaê - Omulu

É o Orixá que vem como emissário de


Oxalá, para buscar o espírito
desencarnado. Ele que vai mostrar o
caminho, servir de guia para aquela alma.
Obaluaê - Omulu

Orixá da misericórdia, considerado na


umbanda o “médico dos pobres”.
Obaluaê - Omulu

É o Senhor das pestes, das


moléstias contagiosas, ou não.
Obaluaê está no organismo, no
funcionamento do organismo, na dor
que sentimos pelo mal funcionamento dos
órgãos, ou por uma queda, corte ou
queimadura. Rege a saúde, os órgãos e o
funcionamento destes.
Obaluaê - Omulu

Obaluaê está presente em nosso


dia-a-dia, quando sentimos dores,
agonia, aflição, ansiedade. Rege
aqueles que tem problemas mentais,
perturbações nervosas e os doentes em
geral.
Obaluaê - Omulu

Obaluaê é à força da Natureza que


rege o incômodo de um modo geral.
Está presente em todas as enfermidades e
sua invocação, nessas horas, pode
significar a cura, a recuperação da
saúde.
Obaluaê - Omulu
Tem sob seu comando incontáveis
legiões de espíritos que atuam nesta
Irradiação ou Linha, trabalhadores do
Grande Laboratório do Espaço e
verdadeiros cientistas, médicos,
enfermeiros etc., que preparam os
espíritos para uma nova encarnação,
além de promoverem a cura das nossas
doenças.
Obaluaê - Omulu

Atua diretamente nos hospitais, casa de


saúde, ambulatórios, clínicas, sempre
próximo aos leitos e junto aos profissionais
de saúde, trazendo o bálsamo necessário
para o alívio das dores daqueles que
sofrem. Ele proporciona a doença mas,
principalmente, a cura, a saúde.
Obaluaê - Omulu

Obaluaê também é o Senhor da Terra e


das camadas de seu interior, para onde
vamos todos nós. É o Sol, a quentura e o
calor do astro rei. É o Orixá que cobre o
rosto com o Filá (de palha da costa),
porque para os humanos é proibido ver seu
rosto.
Obaluaê - Omulu

Orixá ligado à evolução dos seres na


Umbanda. É o Senhor das Passagens,
representa e irradia a vibração divina que
promove a evolução contínua de todos os
seres. Rege a transformação, a
necessidade de compreensão do carma,
da regeneração e evolução.
Obaluaê - Omulu

Suas sagradas energias nos fazem dar


um passo à frente, transmutando ou
modificando de forma positiva todo e
qualquer sentimento, pensamento ou
energia contrária à nossa evolução.

Evoluir é uma consequência disso, ou


seja, transmutando, evoluímos!
Obaluaê - Omulu

Nos dá sustentação energética e


divina para que alcancemos o próximo
passo do caminho evolutivo,
encaminhando-nos para dar um passo à
frente e deixar para trás o que não serve
mais para a nossa vida, despertando em
nosso íntimo o desapego, a perseverança,
a humildade, a paciência e a sabedoria
adquirida com a experiência.
Obaluaê - Omulu

“O sentido da vida é o sentido da evolução.”


Obaluaê - Omulu

Obaluaê é a sabedoria do mais velho e


emana de si o que de mais bonito alguém
pode exibir: a compreensão da vida, do
outro e do existir. Pai Obaluayê
representa a sapiência, a calmaria e sua
irradiação está fortemente ligada a linha
de trabalho dos Pretos Velhos.
Obaluaê

As entidades que trabalham sob sua


vibração preferem o banquinho a ficar
em pé, têm a fala mansa e baixinha e se
apresentam humildes até na forma de
falar, confortando infortúnios, e com
poucas palavras se tornam – de
maneira singular – o refúgio para os
corações cansados.
Obaluaê - Omulu

Existem Pretos Velhos que são regidos


por outros Orixás, mas de uma maneira
geral, toda a falange recebe as vigorosas
irradiações de Pai Obaluaê.
Por isso, a linha dos Pretos Velhos
muitas vezes é chamada de linha das
Almas.
Obaluaê - Omulu - o que pedir ?

Podemos pedir a nosso Pai Obaluaê a


saúde, a cura para nossas doenças do
corpo e da alma, a força necessária para
as transformações internas, a
sabedoria , a proteção no nascimento e
no desencarne, a proteção contra
obsessores e quiumbas.
Obaluaê

Saúde, espiritualidade, evolução, energia, pensamento,


reflexão, ocultismo, coragem, julgamento, justiça,
espontaneidade, etc

Resistência, curam-se com facilidade, lutam para viver, vigor,


prestatividade, valentia, porte físico, fidelidade, respeito, bom
ouvinte, etc.

Adoecem com facilidade, envelhecem de forma precoce e


com doenças, lentidão, brutalidade, obsessão, impulsividade,
individualismo, desmotivação, frieza, tradicionalista, ortodoxo,
resistente a mudanças, etc.
Obaluaê
Irradiação: Evolução, transmutação
Elemento: Terra
Sincretismo : São roque (São Lázaro).
Dia comemorativo: 16 de Agosto (17 de Dezembro)
Dia da semana: Segunda-feira
Velas / cores : Branca e preta, lilás
Chakra : Básico
Planeta: Saturno
Ervas e flores: Mamona, urtiga, majericão roxo,
alfazema, babosa, coentro, jurubeba
Pontos de Força: Cruzeiros, cemitérios, igrejas, estradas
de terra, desertos, praias, etc
Saudação: Atotô! (Significa “Silêncio, Respeito”)
Explicação sobre a similaridade de energia
dos Orixás de acordo com seus respectivos
“tronos” (Rubens Saraceni)

Polo Positivo Polo Negativo


irradiação absorção/equilibrio

FÉ OXALÁ OYÁ TEMPO / LOGUNÃ

AMOR OXUM OXUMARÉ

CONHECIMENTO OXÓSSI OBÁ

JUSTIÇA XANGÔ EGUNITÁ

LEI OGUM IANSÃ

EVOLUÇÃO OBALUAÊ NANÃ

GERAÇÃO IEMANJÁ OMULU


Resumo
Orixás - Energia
Fortalece - Auxilia Em desequilíbrio

Oxála Paz, Fé, Amor, Bondade, Descrença, fanatismo, ilusão,


Serenidade, Compaixão, mistificação, melancolia, crueldade.
Tranquilidade, Tolerância,

Xangô Justiça, Sabedoria, Equilíbrio Onipotência, rigidez de opiniões,


cármico, vitimização, "só eu tenho razão",
Razão prolixidade, vaidade.

Oxóssi Conhecimento, sabedoria, saúde, Ilusão, intromissão, arrogância,


fartura, sustento, prosperidade, perfeccionismo, isolamento, desapego,
busca pelo saber, coragem, cura dificuldade de comunicação.
física e mental.

Ogum Ordenação, Vontade, Força, Falta de iniciativa,, apatia, desânimo,


Proteção, Capacidade para indecisão, procrastinação,
liderar, direcionamento, abertura agressividade, autoritarismo,
de caminhos. impaciência.

Obaluaê Saúde, cura, transmutação, Doenças, individualismo exacerbado,


Omulu evolução, compreensão do obsessão, resistência a mudanças,
carma, acolhimento frieza, apatia com o próximo.
Fortalece - Auxilia Em desequilíbrio

Iemanjá Geração, Criação, Família, Ciúme, rancor, inveja, desequilíbrio


Comunidade, União, Limpeza familiar, avareza, depressão, falta de
astral, Vontade de viver, crescer, criatividade.
melhorar, novas oportunidades

Oxum Amor, equilíbrio emocional, Desprezo, depressão, desequilíbrio


complacência, amor ao próximo, emocional, egoísmo, descaso para
prosperidade, altruísmo com o próximo, ostentação, vaidade
exagerada.

Iansã Direção, mudanças, Estagnação, ansiedade, impulsividade,


transformações, proteção, brutalidade, teimosia, procrastinação,
determinação, garra, autoritarismo, descaso

Nanã Decantação, paralisação, Introversão, lentidão, pessimismo,


maturidade, sabedoria, ranzinza, depressão, dificuldade em
conhecimento, experiência demonstrar sentimentos
A Esquerda da Umbanda
Conhecendo o mistério de “Exu”
Laroyê Exu ! Exú é Mojubá !
Mensageiro, Exu! Exu a vós meus respeitos!
“Cada vez mais é preciso indicar o
que é Umbanda. A partir disso, cada
um pode então concluir o que não é a
Divina Luz.”

Ramatís, na obra “A missão da Umbanda”


Afinal, quem é Exu?
Afinal, quem é Exu?

Primeiramente é necessário a
compreensão de que na Umbanda nós
temos Exu como Orixá (energia) e como
entidade (espírito);
O Orixá Exu
O Orixá Exu

Exú é o princípio do movimento,


aquele que tudo transforma, que não
respeita limites, pois atua no ilimitado,
liberto da temporalidade humana e da
transitoriedade da matéria, interferindo em
todos os entrecruzamentos vibratórios
existentes entre os diversos planos do
Universo.
O Orixá Exu

“Todas as ondas, luzes e eletricidade,


bem como todos os sons e magnetismo,
são simples meios de manifestação de
Exu, que possibilitam a junção atômica das
energias cósmicas nas formas que
conseguis entender em vossa escassa
percepção de encarnados.”

Ramatís, “A Missão da Umbanda”,


psicografado por Norberto Peixoto
O Orixá Exu
E continua :

“A vibração de Exu, indiferenciada, atua


em todas as latitudes do Cosmo, não
fazendo distinção de ninguém, tendo um
caráter transformador, promovendo
mudanças justas, necessárias para o
equilíbrio na balança cármica de cada
espírito.”

Ramatís, “A Missão da Umbanda”,


psicografado por Norberto Peixoto
O Orixá Exu

“Grosseiramente, Exu movimenta


a energia, não é a energia
propriamente: o movimento rotatório
do orbe cria as ondas, mas não é a
água dos mares.”

Ramatís, “A Missão da Umbanda”,


psicografado por Norberto Peixoto
O Orixá Exu
No Livro Samadhi, de Ramatís, Vovó Maria Conga
nos esclarece :

Pergunta : Afinal, o que é exu?

Vovó Maria Conga : - Na concepção original do


termo, não se classifica Exu em um tipo de entidade. É
um princípio vibratório que obrigatoriamente
participa de tudo. É dinâmico e está em tudo que
existe. É a força que impõe o equilíbrio às criaturas
que ainda têm carmas negativos a saldar. Em sendo
assim, abrange uma enorme parcela no Cosmo
imensurável.
O Orixá Exu

E conclui Vovó Maria Conga…

“Cada um dos filhos tem seu Exu


individual. Cada Orixá com seus
correspondentes vibratórios tem seus Exus.
É o Exu o executor das Leis Cósmicas.
Não é nem bom nem ruim, nem positivo
nem negativo. Sendo neutro, é justo.”
O Orixá Exu
“Objetivamente, todo o movimento no cosmo em
suas diversas dimensões vibratórias é Exu. Se não
fosse Exu, o universo seria estático e não haveria
evolução. Desde o nascimento de uma estrela, um
orbe, o balanço das ondas do mar e das folhas em
uma árvore tem incidência de Exu. Exu não é a
energia primordial que forma tudo, mas a faz se
movimentar. Se assim não fosse, não teríamos os
descensos vibratórios de espíritos para encarnarem,
assim como também ao desencarnarem não
conseguiriam voltar para a dimensão astral, ficando
“presos” na crosta.”
Norberto Peixoto, “Falando de Exu”,
site do Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade
O Orixá Exu
“...Por isso se diz na umbanda que não existe
Orixá sem Exu. Quando manipulamos qualquer
elemento, como flores ou ervas para os Orixás, na
verdade quem transporta o fluido liberado é a
vibração de Exu. Exu tudo equilibra, abre e fecha,
faz descer e subir, seja na horizontal ou na
vertical.”

Por isso, Exú é considerado o mensageiro dos


planos ocultos, dos orixás, sendo o que leva e traz,
o que abre e fecha, nada se fazendo sem ele na
magia.
Norberto Peixoto, “Falando de Exu”,
site do Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade
O Orixá Exu

Na Umbanda Sagrada, Exu é a


divindade que vitaliza toda a criação e os
sete sentidos da vida (fé, amor, justiça,
conhecimento, lei, evolução e geração),
sendo em si a própria vitalidade e o vigor
da criação. Faz par com o “mistério
Pombagira” que é o estímulo, o desejo,
não somente de natureza sexual.
O Orixá Exu
Geralmente este Orixá é representado
usando as cores preto e vermelho e
portando um tridente. O tridente faz
relação dos quatro elementos magísticos:
água, fogo e ar em cada uma das pontas
do tridente e terra na sua haste. Isso
simboliza a forte relação do Orixá com o
mundo material junto com sua
habilidade de transitar por todos os
planos.
Rubens Saraceni
O Orixá Exu

É por isso também que o relacionamos


com as encruzilhadas, que não são
necessariamente o cruzamento de ruas
terrenas em nossas cidades, e sim pontos
ou momentos em nossas vidas em que
temos que tomar decisões, decidir por
este ou aquele caminho. Exu auxilia,
transita e auxilia os seres nestas tomadas
de decisões.
Rubens Saraceni
O Tridente em outras culturas
O símbolo do Tridente, associado pelos cristãos ao diabo,
é utilizado em muitas outras culturas e religiões, com
significados diversos :

- é o símbolo da psicologia (letra “psi”), representando o


inconsciente, o pré-consciente (ego) e o consciente (super
ego); Além disso representa a sexualidade, a
espiritualidade e a auto conservação;
- O tridente de Netuno e Poseidon (Deus Grego/Romano)
representava uma arma de guerra e controlava o Mar,
simbolizando a inconstância;
- O tridente de Shiva (Deus Hindu) representa o poder
destruídor, criador e presevador; e ainda as tríades
passado, presente e futuro, ou inércia, movimento e
equilíbrio;
O Orixá Exu na mitologia Yorubá
O Orixá Exu na mitologia Yorubá

Na mitologia Yorubá, Exu foi o primeiro


Orixá a ser criado, para ser ordenador de
todo o sistema cósmico. Oxalá já era
criado, mas “habitava” imanifesto
“internamente” em Deus. Após Exu ser
criado, Oxalá foi o primeiro Orixá a se
manifestar, “podendo” expressar-se no
espaço infinito (que deixou de ser o nada).
O Orixá Exu na mitologia Yorubá

É o mais humano dos Orixás; a ordem;


aquele que multiplica e se transforma. É o
ego de cada ser, grande companheiro do
dia-a-dia. Contém em si todas as
contradições e conflitos do ser humano.
É o mensageiro, que faz a ponte entre o
humano e o sagrado, visto também como
travesso, fiel e justo.
A entidade Exu
“...por vezes incompreendido,
outras temido, tantas amado, mas
sempre honesto, alegre, feliz,
direto no que tem a nos dizer, e
incansável combatente da
maldade que o próprio homem
alimenta no mundo.”

Ramatís, na obra “A missão da Umbanda”


A entidade Exu

Exu é o grande paradoxo da


Religião de Umbanda, sendo
grande incômodo para alguns
umbandistas mais ligados às
tendências católico-espírita, onde
não são permitidas suas
manifestações.
A entidade Exu

Para outros, liberados destas


constrições, Exu ainda é vestido
pelo inconsciente do imaginário
popular com capa vermelha,
tridente e pé-de-bode, sorrindo
entre labaredas.
A entidade Exu

Assim, acaba sendo a vítima e o


carrasco de toda e qualquer
corrente contrária a Umbanda e
outras linhas de cultura
afro-brasileira.
A entidade Exu
No popular, é conhecido como o
trabalhador da esquerda, aquele que
atua no mal, aquele que serve as trevas
e tenta através de compensações
purgarem parte de seus erros. Ao mesmo
tempo é tanto o tentador quanto o
salvador, pode ser acionado prá isso e
para aquilo, seja bem, ou seja mal. Todos
dizem “Exu dá, mas se não for pago ele
toma”.
O preconceito
A Origem do preconceito
O Orixá Exu ocupava uma posição de
destaque na mitologia de seus fiéis antes que
a mesma atravessasse o pacífico e se
ramificasse. Com atributos semelhantes aos
deuses gregos Hermes (mensageiro) e Príapo
(fertilidade) era prerrogativa do Orixá a
comunicação entre homens e divindades.
Também eram de seu domínio a transformação
das coisas, suas origens, o sexo, a fertilidade
e a reprodução.
Baseado na pesquisa “Exu – Luz e Sombras – uma análise psico-junguiana da linha de Exu na Umbanda”
Sônia Regina Corrêa Lages - UFJF
A Origem do preconceito
Príapo Hermes

● Deus da fertilidade ● Intérprete da vontade Divina


● Muitas vezes considerado como Pã, o ● Mensageiro dos Deuses
emblema da fecundidade na natureza.
“Eshu”
A Origem do preconceito
Na ocasião das expansões marítimas,
quando o contato entre os dois povos se
estreitou, a natureza da entidade pareceu
particularmente ofensiva ao pudor
cristão dos europeus. Frequentemente
associado a um grande falo, Exu não caiu
bem aos estrangeiros e seus conceitos
acerca de sexualidade.

Baseado na pesquisa “Exu – Luz e Sombras – uma análise psico-junguiana da linha de Exu na Umbanda”
(Sônia Regina Corrêa Lages - UFJF)
A Origem do preconceito

Em uma das primeiras referências a Exu


publicadas, de 1789, temos um relato de
viagem informando que “a um quarto de
légua do forte os daomeanos têm um deus
Príapo, feito grosseiramente de terra,
com seu principal atributo [o falo], que é
enorme e exagerado em relação à
proporção do resto do corpo”

(1789, p. 201, apud Verger, 1999, p. 133).


A Origem do preconceito
De 1847, em outro testemunho, temos : “As
partes baixas [a genitália] da estátua são
grandes, desproporcionais e expostas da
maneira mais nojenta”.

Temos ainda diversos outros relatos, sempre


mantendo a mesma percepção, condenando
Exu a ser o Orixá mais incompreendido e
caluniado do panteão afro-brasileiro.

(Duncan, 1847, v. I, p. 114)


A Origem do preconceito
Foi sem dúvida o processo de cristianização
de Oxalá e outros orixás que empurrou Exu
para o domínio do inferno católico, como um
contraponto requerido pelo molde sincrético. Pois,
ao se ajustar a religião dos orixás ao modelo da
religião cristã, faltava evidentemente preencher
o lado satânico do esquema Deus-diabo,
bem-mal, salvação-perdição, céu-inferno, e quem
melhor que Exu para o papel do demônio?

Reginaldo Prandi,
“Exu, o mensageiro do Diabo - Sincretismo Católico e demonização do Orixá Exu”
A Origem do preconceito

Dessa forma, Exu, o agente transformador,


mensageiro, irreverente e astuto, chegou ao
Brasil rotulado, sob o ponto de vista cristão, como
o diabo tentador, incentivador da líbido, do
sexo desenfreado e tudo mais que era
proibido ou contra a visão moralista e
conservadora da época.

Reginaldo Prandi,
“Exu, o mensageiro do Diabo - Sincretismo Católico e demonização do Orixá Exu”
A Origem do preconceito
Transfigurado no diabo, Exu teve que passar por
algumas mudanças para se adequar ao contexto cultural
brasileiro hegemonicamente católico. Assim, num meio
em que as conotações de ordem sexual eram
fortemente reprimidas, o lado priápico de Exu foi muito
dissimulado e em grande parte esquecido. Suas
imagens brasileiras perderam o esplendor fálico do
explícito Elegbara, disfarçando-se tanto quanto possível
seus símbolos sexuais, pois mesmo sendo transformado
em diabo, era então um diabo de cristãos. Em troca
ganhou chifres, rabo e até mesmo os pés de bode
próprios de demônios antigos e medievais dos
católicos.
Reginaldo Prandi,
“Exu, o mensageiro do Diabo - Sincretismo Católico e demonização do Orixá Exu”
Imagens de Exu, comercializadas em lojas de artigos religiosos
Congá de Esquerda
Infelizmente, temos ainda dentro da própria
“Umbanda” a postura de médiuns e dirigentes
mal preparados ou mal intencionados que
estimulam e enaltecem este tipo demoníaco
como forma de intimidação, poder e status,
promovendo verdadeiros espetáculos de
“incorporação”, com roupas e adereços
desnecessários, além do excessivo consumo
de álcool e fumo em seus rituais, servindo de
verdadeiros “banquetes” para Kiumbas e
Eguns.
Queremos deixar bem claro que, sob o
nosso ponto de vista, o uso de alguns
acessórios e vestuários, assim como
ferramentas de trabalho tal qual o fumo
(ervas/fogo, atuando como defumador), e o
álcool (éter) tem fundamento e podem servir de
apoio aos trabalhos (lembrem-se do banquinho
do preto velho, do cafézinho, do galhinho de
arruda, da vela, etc). O grande erro se dá
pelo excesso, gerado na maioria das vezes
pelo animismo, vaidade e descontrole do
médium.
Uma outra parcela de trabalhadores,
mesmo sem a intenção de lesar ou
intimidar, mas mal orientados ou mal
doutrinados, ou simplesmente por adequação
ao grupo mediúnico, dão vazão a seus
recalques ou sentimentos negativos,
adquirindo trejeitos, posturas e atitudes
inapropriadas. Neste caso, o seu Exu
torna-se grosseiro, chulo, desrespeitoso,
revelando o íntimo o médium, também alvo de
Kiumbas e Eguns de plantão.
Kiumbas e Eguns
Eguns são todos os que desencarnaram,
tiveram vida humana. Kiumbas são Eguns
ainda muito atrasados na escala de evolução
espiritual, são considerados negativos e que,
por vezes, se fazem passar por outras
entidades, normalmente por Exus, criando no
leigo um ponto de vista muito negativo em
relação a estas entidades, os Exus, por eles
mistificados. Todo o Kiumba é um Egun, mais
nem todo Egun é um Kiumba.
fonte :“Aldeia do Caboclo Cobra Coral”
Kiumbas e Eguns

O Kiumba nada mais é do que o marginal


do baixo astral, e também é considerado um
tipo de obsessor. Espíritos endurecidos e
maldosos, que fazem o mal pelo simples
prazer de fazer, e tudo o que é da luz e o que é
do bem querem a todo custo destruir. Muitas
vezes são recrutados através de propinas,
pelos magos negros para que atuem em algum
desafeto.
Kiumbas e Eguns
Os Eguns são espíritos que não se
apercebem ou não aceitam sua nova
condição fluídica e sentem-se como um
de nós, ainda encarnados. Sendo assim,
eles mantém-se muito próximos,
principalmente de seus entes queridos
quando em vida, tumultuando suas vidas,
em virtude da diferença de vibração de suas
energias.
fonte :“Aldeia do Caboclo Cobra Coral”
Kiumbas e Eguns

Neste aspecto, Ramatís nos adverte..

“Há de se ter bem claro que Exu não faz


mal a ninguém, ao menos os verdadeiros.
Quanto a espíritos embusteiros e
mistificadores que estão por aí,
encontram sintonia em mentes
desavisadas e sedentas por facilidades de
todas as ordens.”
Do livro UMBANDA PÉ NO CHÃO
Hierarquia e evolução individual
das entidades trabalhadoras das
linhas de Umbanda
Organização das Entidades de Umbanda

A Umbanda é organizada por um


contingente de seres com posições
definidas de acordo com as tarefas e o tipo
de magia; Começando com os Orixás,
hierarquiza-se em Legiões e falanges, com
seus respectivos chefes, englobando um
grande contingente de guias e protetores.

Adaptado do Livro “O Jardim dos Orixás”,


de Ramatís / Norberto Peixoto
Linhas

Linha de Oxóssi Linha de Oxalá Linha Exú Linha de …..

Falanges

Pretos Velhos Caboclos Crianças Exús ...

Guias

Exú Sete
Exú Tiriri Exú Veludo Exú ….
Encruzilhadas

Guias

Protetores Exemplo para fins


didáticos
Trabalhadores
Organização das Entidades de Umbanda

A par desse núcleo essencial, a Umbanda


abriga um incontável número de espíritos
humanos desencarnados, que se desligaram
das falanges das sombras e, através do seu
livre-arbítrio e merecimento, buscaram auxílio e
instrução em organizações especializadas dos
Astral, preparando-se para o árduo caminho de
reeducação de sua consciência, vindo a trabalhar
como auxiliares de Caboclos, Pretos Velhos e
Exus, como espécie de “estagiários”.

Adaptado do Livro “O Jardim dos Orixás”,


de Ramatís / Norberto Peixoto
Organização das Entidades de Umbanda

Evoluindo constantemente, de acordo com o


esforço e merecimentos próprios, poderão
eventualmente, no futuro, vir a tornar-se um
Protetor, quando credenciados para tal.

É interessante lembrar que as entidades ao


nível de Guia não necessitam mais reencarnar - a
não ser em missão voluntária - enquanto os
Protetores ainda deverão fazê-lo;

Adaptado do Livro “O Jardim dos Orixás”,


de Ramatís / Norberto Peixoto
É importante salientar que dentro de
cada linha de trabalho, de cada falange,
sempre teremos aqueles espíritos que
estão entrando em determinada
falange, assim como os mais
experientes que, em determinado
momento, por mérito e esforço
próprios, serão transferidos
(“promovidos”) a outras falanges e
linhas de trabalho.
Os verdadeiros Exus
Os verdadeiros Exus
“São os guardiões, são os espíritos
responsáveis pela disciplina e pela ordem
no ambiente. São trabalhadores que se
fazem respeitar pelo caráter forte e pelas
vibrações que emitem naturalmente. Eles se
encontram em tarefa de auxílio. Conhecem
profundamente certas regiões do
submundo astral e são temidos pela sua
rigidez e disciplina.”
Robson Pinheiro,
no livro “Tambores de Angola”
Os verdadeiros Exus
“Formam, por assim dizer, a nossa força
de defesa, pois vocês não ignoram que
lidamos, em um número imenso de vezes,
com entidades perversas, espíritos de baixa
vibração e verdadeiros marginais do mundo
astral, que só reconhecem a força das
vibrações elementares, de um magnetismo
vigoroso, e personalidade forte que se
impõem. Essa é a atividade dos guardiões”
Robson Pinheiro,
no livro “Tambores de Angola”
Os verdadeiros Exus

“Não exigem nem aceitam "trabalhos",


despachos ou outras coisas ridículas das
quais médiuns irresponsáveis, dirigentes e pais
de santo ignorantes se utilizam para obter o
dinheiro de muitos incautos que lhes cruzam os
caminhos. Isso é trabalho de Quimbanda, de
magia negra. Nada tem a ver com a
Umbanda!"

Robson Pinheiro,
no livro “Tambores de Angola”
Os verdadeiros Exus
“São eles os verdadeiros Exus da Umbanda,
conhecidos como guardiões nos subplanos astrais
ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da
disciplina, formam a polícia do mundo astral, os
responsáveis pela manutenção da segurança,
evitando que outros espíritos descompromissados
com o bem instalem a desordem, o caos, o mal.
Têm experiência nessa área e se colocam a serviço
do bem, mas são incompreendidos em sua missão
e confundidos com demônios e com os
Kiumbas, os marginais do mundo astral.”
Robson Pinheiro,
no livro “Tambores de Angola”
Os verdadeiros Exus
“Há que se comentar que os pedidos e oferendas
para Exu fazer o mal ao outro, arrumar namoradas,
conseguir empregos, derrubar desafetos, trazer amor
de volta, e tantas outras artimanhas desrespeitosas
para com o livre arbítrio e merecimento do próximo,
nada tem haver com os verdadeiros Exus da
umbanda. Pode até ter na fachada do terreiro o
nome umbanda, mas aí o engambelo, o engodo e a
mistificação se fazem presentes, pois o falso Exu
tripudia em cima do verdadeiro se ancorando no
imediatismo das pessoas que o invocam.”

Norberto Peixoto,
Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade
Os verdadeiros Exus
“São os genuínos exus da Umbanda que
garantem a segurança dos trabalhos, mantêm
a organização e a disciplina e são grandes
"combatentes" quando em atividades
socorristas e de resgates nas organizações
malévolas do Umbral Inferior. Exu respeita o
carma de cada cidadão e não faz nada que
contrarie o livre-arbítrio e o merecimento
de cada criatura”

Vovó Maria Conga, no livro “A Evolução no Planeta Azul”,


de Ramatís / Norberto Peixoto
Os verdadeiros Exus
“O verdadeiro guardião não deixa seu
médium torto, com expressão de ódio no rosto,
não fica com os dedos em forma de garras, e não
se arrasta no chão. Exu de Umbanda não fala
palavrões de deixar cabelo em pé, não é
"doidinho" por marafo (pinga) e sangue e não
aceita entregas em encruzilhadas de rua ou
cemitérios. Quem aceita estas coisas nestes
locais, são os já citados Kiumbas, que são os que
gostam de galo e galinha pretos na encruza.”
(Grupo de Umbanda Pai Joaquim de Aruanda)
Os verdadeiros Exus

“Os preceitos para Exu são entregues


nas encruzilhadas das matas e
campinas, e sempre com elementos sutis.
Exu de Umbanda não pode ser comprado
com bagatelas e Exu nenhum de verdade
aceita realizar trabalhos para matar ou
prejudicar alguém.”

(internet, Grupo de Umbanda Pai Joaquim de Aruanda)


Sobre a aparência de Exu

“Numa escala maior, Exu se apresentará


afim em sua forma no meio que atuará. Se no
meio feio e de baixa vibração, será denso e
horripilante para impor respeito. Nos páramos
celestiais, se iguala em beleza aos arcanjos
como vemos nas imagens católicas. A cada um
de acordo com a sua afinidade e a do meio
que o cerca.

Norberto Peixoto,
Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade
Sobre a aparência de Exu
Sobre a ação de Exu

“O que aparentemente pode ser um


mal em nossa limitada avaliação, para uma
entidade Exu é o necessário para o
re-encaminhamento de um filho à
equidade de suas ações.”

Norberto Peixoto,
Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade
Exu nas Obras de André Luiz
- De súbito, um companheiro de alto porte e rude
aspecto apareceu e saudou-nos da diminuta
cancela, que nos separava do limiar, abrindo-nos
passagem. Silas no-lo apresentou, alegremente. Era
Orzil, um dos guardas da mansão, em serviço nas
sombras… Orzil era de constituição agigantada ,
figurando-se-nos um urso em forma humana. No
espelho dos olhos límpidos mostrava sinceridade e
devotamento. Tive a nítida idéia de que éramos
defrontados por um penitenciário confesso, a
caminho da segura regeneração.
"Ação e Reação", pg 62
Exu nas Obras de André Luiz

- Três guardas espirituais entraram na


sala, conduzindo infeliz irmão ao socorro
do grupo.

"Nos Domínios da Mediunidade", pg.53


Exu nas Obras de André Luiz

- Apenas o irmão Cássio, um guardião


simpático e amigo, de quem o assistente
nos aproximou, demonstrava
superioridade moral.

"Nos Domínios da Mediunidade ", pg.251


Exus de trabalho
Os médiuns de umbanda não trabalham
diretamente, em termos de “incorporação”, com
nenhum Exú original. Os que se manifestam
através da incorporação são Auxiliares e
reencarnarão no momento certo. Utilizam, com
permissão dos maiorais da Umbanda, os nomes
dos verdadeiros Agentes Mágicos, ocupando a
posição de auxiliares no trabalho de caridade, e
executando programas evolutivos sob a égide da
Umbanda.
Adaptado do Livro “O Jardim dos Orixás”,
de Ramatís / Norberto Peixoto
“História de Tertuliano”,
Livro “O Jardim dos Orixás”, de Ramatís,
psicografado por Norberto Peixoto
História de Tertuliano (Resumo)

Tertuliano nasceu em família pobre, de


pequenos agricultores, no sul do país.
Desde pequeno apresentou espírito
refratário ao meio que o abrigou. Fazendo
parte de uma prole extensa, nunca foi de
dividir com os onze irmãos quaisquer
utensílios, brinquedos ou tarefas.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Cresceu revoltado, sob influência do pai,


homem muito austero, que frequentemente
aplicava-lhe “corretivos” com cinto ou
chibata. Não aceitava a vida que levava e o
fato de não ser rico. Aos 17 anos entra para
as Forças Armadas, segue carreira militar e
em poucos anos chega ao posto de primeiro
Sargento. Casa-se e tem dois filhos, um
casal.
Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás
História de Tertuliano (Resumo)

Ostensiva mediunidade é aflorada por


volta do nascimento do primeiro filho. Muito
inteligente, passa a se interessar pelas
coisas do Além, torna-se médium
psicógrafo de um pequeno centro espírita
Kardecista. Como era habitual por volta do
ano de 1950, passa a receitar tratamentos
homeopáticos.
Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás
História de Tertuliano (Resumo)

Sua curiosidade inata o leva a estudar


magia e a trabalhar na Umbanda onde,
através de “seus dons” mediúnicos
consegue, além da fácil comunicação com
seus guias, a realização de curas
fenomenais para a época.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Passa a se envaidecer com os elogios e


agrados constantes, sentindo-se poderoso
e indispensável. Assim, resolve trabalhar
em casa, onde passa a receber dinheiro
dos consulentes por atendimentos e
consultas.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Diante da cobrança por resultados, agora


pagos, entrega-se juntamente com
organizações do umbral inferior à prática de
magia negra, sacrificando animais,
desrespeitando as leis cósmicas, o
livre-arbítrio e o merecimento individual de
cada ser. Sua baixa frequência vibratória
já havia afastado, a muito tempo, seus
Guias e Protetores.
Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás
História de Tertuliano (Resumo)

Desencarna de infarto fulminante,


sozinho, separado da família, pobre, magro,
desnutrido e completamente louco, a
ponto de pouco tempo antes, ser visto de
olhos esbugalhados cavando buracos no
cemitério e tomando o sangue quente de um
cabrito recém sacrificado.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Em encarnação anterior tinha sido


médico, alquimista e profundo
conhecedor de ciências ocultas,
utilizando-se da sua capacidade para
dominar e enriquecer, fundando uma seita
em que longas orgias eram precedidas de
rituais de magia negra e sacríficio de jovens
mulheres.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Para esta encarnação, visando o resgate


do passado, tinha sido preparado para
atuar como médium de umbanda, mas
deixou-se levar pelo antigo comportamento,
repetindo novamente os erros do
passado.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Após desencarnar, acorda num buraco


enlameado e fétido do astral inferior, junto a
“homens-lobo”, seres desgrenhados e
raivosos que lhe açoitam com correntes de
aço pontiagudas, dilacerando suas carnes,
deixando-o igual a um animal esquartejado,
com ossos e nervos expostos como num
matadouro.
Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás
História de Tertuliano (Resumo)

Após longo período de sofrimento


inimaginável, tem suas últimas energias
vitais sugadas ao entregar-se em conluio
sexual a uma “mulher” animalesca, artificial,
criada e manipulada por ele mesmo em atos
de magia negra, para separar casais.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Após rogar a todos os demônios e


lucíferes que o tirem daquele lugar,
entrega-se para escravidão a um poderoso
Mago Negro, retribuindo assim os trabalhos
que tinham sido feitos para ele quando
encarnado.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Após muito relutar, Tertuliano parte para


sua primeira missão, de destruir sua
antiga família como prova de fidelidade;
Assim, cria um verdadeiro inferno na vida
das pessoas, inspirando comportamentos de
loucura, suicídio e outros negativos, através
da ação maléfica de seus fluidos
enfermiços exalados.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Quando tudo parece estar perdido, sua


ex-esposa, antiga médium de Umbanda, em
momento de lucidez, é orientada por “sua”
preta-velha a procurar ajuda em um
terreiro de Umbanda, onde o Caboclo Ogum
Sete Lanças, incorporado em um médium,
identifica a ação maléfica do espírito familiar,
orientando-os nos rituais de desobsessão
e trabalhos de Umbanda.
Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás
História de Tertuliano (Resumo)

Através da atuação da Falange deste


Caboclo, toda a organização trevosa é
retida; A vida de seus familiares é
normalizada, e Tertuliano é esclarecido e
encaminhado para um longo período de
aprendizado e treinamento que funciona
no Astral, sob a égide da Umbanda.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


História de Tertuliano (Resumo)

Após longo período, Tertuliano foi


aprovado para trabalhar no plano espiritual
como auxiliar em uma legião dentre as
muitas que compõem a Umbanda.
Denominado Bará Longo, aceitou pelo seu
livre arbítrio, auxiliar Vovó Maria Conga,
atuando como instrumento de combate a
magia negra, sob ordens do Exu Guardião
Pinga-Fogo, do Orixá Yorimá.
Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás
História de Tertuliano (Resumo)

Assim, sob a égide da Umbanda,


atuando como auxiliar e utilizando seus
amplos conhecimentos de magia no meio
mais vil e rastejante que existe, Tertuliano
continua a evoluir no Astral, em prol da
justiça cósmica, fortalecendo-se para não
fracassar na sua próxima encarnação onde
retornará mais uma vez como médium.

Ramatís / Norberto Peixoto, na obra "Jardim dos Orixás


Os verdadeiros Exus

Texto de Adriano Appel,


Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade
Os verdadeiros Exus
“Os verdadeiros Exús da Umbanda são
entidades que de tanta humildade nem mesmo se
melindram com estas distorções grosseiras das quais
são vítimas, estão sempre prontas para penetrar em
ambientes onde outros espíritos teriam
dificuldades para ir em virtude do descenso
vibratório que se faria necessário. Transitam com
desenvoltura pelos mais intrincados caminhos do
umbral inferior investidos da proteção de serem
representantes do Cristo na Luz, resgatando aqueles
espíritos que se fazem merecedores após esgotarem
sua negatividade nos lodaçais umbralinos.” ...
Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade
Os verdadeiros Exus

...“Quando lhes é conveniente utilizam-se


inclusive da própria roupagem fluídica que lhes é
imputada pelas crendices populares, que podem
transformá-los visualmente em criaturas de “meter
medo” até nos maiorais do astral inferior ou nos
desavisados que possuem a mediunidade de
vidência.”

Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade


Os verdadeiros Exus

“Graças às falanges destes trabalhadores


incansáveis é possível levar a caridade aos irmãos
necessitados em milhares de locais que laboram em
nome do Senhor com a segurança conferida pelos
guardiões que cercam o perímetro dos centros
espiritualistas, enquanto outros fazem o transporte
dos desencarnados que já estão em condições para
os devidos locais de refazimento ou de evolução.” ...

Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade


Os verdadeiros Exus

… “Ao término dos trabalhos no plano físico muitas


vezes o trabalho dos Exús (e Pombas Giras) no astral
está recém iniciando tal a importância destas
entidades nos trabalhos de desmanchos de magia,
descargas energéticas e incursões às camadas
inferiores. Seria muito complicado e por que não
dizer impossível as entidades de outras linhas
trabalharem sem os Exús garantindo o transcorrer
tranquilo dos trabalhos mourejando junto a crosta.”

Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade


Os verdadeiros Exus

Entidades em busca de evolução como são os Exús


(masculinos e femininos) não utilizam palavreado chulo,
não se vendem por “marafo” e muito menos por
cadáveres de irmãos menores, não fazem “amarrações”
ou “abafamentos” de nenhum irmão encarnado que tenha
livre arbítrio. Não apressam negociatas e nem prejudicam
desafetos, não disseminam doenças e nem minam a
saúde de ninguém. Não enriquecem e tampouco
empobrecem a quem quer que seja. Se alguém vivenciou
qualquer uma destas situações tenha a absoluta certeza que
aí não teve dedo de Exu e sim de algum espírito oportunista
valendo-se do desconhecimento alheio.

Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade


Os verdadeiros Exus

“É tal o apreço que estes espíritos tem pelos


encarnados, seja pela proximidade energética que
ainda guardam com a crosta, seja pelo infinito amor
que dedicam aos irmãos na carne, que a impressão
que se tem no transcorrer de uma gira é que estamos
recebendo conselhos e conversando com um amigo
antigo, a quem confidenciamos nossos mais
escabrosos segredos e que nos orientam sem
julgamentos como somente os amigos do peito
conseguem fazer.”...

Grupo de Umbanda Triangulo da Fraternidade


Os verdadeiros Exus

… “Nos recriminam até com energia mas sem


ofender, nos amparam sem servir de muletas, nos
orientam sem esperar reconhecimento. Não é por
acaso que muitas vezes se referem aos consulentes
como “compadre” ou “companheiro”, pois é isto que
somos para os Exus, espíritos irmãos na mesma
busca evolutiva que ainda precisam lidar com as
amarras reencarnatórias, tentando desvendar os véus
da abençoada amnésia pregressa enquanto espíritos
encarnados.”

Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade


Os verdadeiros Exus

Quer gratificar ou até arrancar um sorriso do mais


sisudo dos Exús? Basta somente trilhar o caminho do
bem, da caridade e do Evangelho de Jesus com humildade
e com a certeza que nem o mais insignificante pensamento
ou ação passa despercebido ao plano espiritual. A
contabilidade cármica é perfeita e a Lei Maior é
inexorável, portanto “orai e vigiai” e tenha certeza que
sempre que houver merecimento haverá um Exú ao
seu lado para lhe defender com unhas e dentes de
qualquer situação que possa agir contra seu livre
arbítrio ou contra a misericórdia divina.

Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade


Os verdadeiros Exus

É por isto que “Exú é Mojubá” ou entre


tantas traduções empregadas, “Exú eu te
apresento meu humilde respeito”, respeito a
estes dedicados trabalhadores das falanges
do Cristo Jesus.

Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade


Quem és, oh Elegbara!?
Quem és, oh Elegbara!?

“Que com teu falo em riste deixava estupefatos os


zelosos sacerdotes do clero católico.
Só pode ser o demônio infiltrado nestas tribos
primitivas que habitam o solo árido da África, gritavam os
inquisidores zelosos.
Negros sem alma, que só pensam em se reproduzir,
em ofertar para a fertilidade da lavoura, levem-nos para o
Brasil e vendam-nos como escravos que lá aprenderão as
verdades dos "céus".
Cá chegando, quem és, Exu, "orixá" amaldiçoado pela
dualidade judaico-católica, que não pôde ser sincretizado
com os "santos" santificados pelos papas infalíveis…”
Quem és, oh Elegbara!?

Quem és, Exu, que os homens da Terra determinam


que não é santo e por isto é venerado escondido no escuro
das senzalas e seus assentamentos ficam enterrados em
locais secretos?
Quem és, Exu, que o vento da liberdade que aboliu a
escravidão "enxotou" para as periferias da capital de
antanho?
Quem és, Exu, que o inconsciente do imaginário
popular vestiu com capa vermelha, tridente, pé de bode,
sorridente entre labaredas, que por alguns vinténs, farofa,
galo preto, charuto e cachaça, atende os pedidos dos
fidalgos da zona central que vêm até o morro em busca
dos milagres que os santos não conseguem realizar?
Quem és, oh Elegbara!?

Quem és, Exu, que continua sendo "despachado"


para não incomodar o culto aos "orixás"?

Exu, é entidade? Então não entra dizem os ortodoxos


que preconizam a pureza das nações.

"Aqui não tem lugar para egum...espírito de morto..."

Exu, fique na tronqueira. Médiuns umbandistas


pensem nos caboclos e pretos velhos, não recebam
estes Exus, admoestam certos iniciados chefes de
terreiro. Eles são perigosos para os iniciantes.
Quem és, oh Elegbara!?
Sim, estes iniciantes e iniciados que pelo
desdobramento natural do espírito durante o sono
físico vão direto para os braços do seu Kiumba –
obsessor de fé - , e saem de mãos dadas para os
antros de sexo, drogas, jogatinas e outras coisitas
prazeirosas do umbral mais inferior. Noutro dia,
sonolentos e cansados do festim sensório, imputam a
ressaca ao temível Exu.

Oh! Quantas ilusões!!!!!!


Afinal, que és tu, Exu?
Por que sois tão controverso?
Quem és, oh Elegbara!?

“Eu mesmo vos respondo*...

Iah, ah, ah, ah....

Não sou a Luz...

Pois a Luz cristalina, refulgente, só a de


Zambi, Olorum, Incriado, Deus, seja lá que
nome vocês dão…”
Quem és, oh Elegbara!?

“Não sou a luz… Mas sou centelha que refulge.


Logo sou espírito em evolução. Esta não é uma
peculiaridade nossa, só dos Exus, mas de todos
os espíritos no infinito cosmo espiritual. Afirmo
que não existe espírito evoluído, como se fosse um
produto acabado. Todos os espíritos,
independente da forma, estão em eterna
evolução, partindo do pressuposto que só existe
um ser plenamente perfeito, um modelo de
absoluta perfeição, o próprio Absoluto, Deus.”
Quem és, oh Elegbara!?

“Assim, perante os "olhos" de Olurum, sou igual aos


pretos velhos, caboclos, baianos, boiadeiros, ciganos,
orientais… As distinções preconceituosas ficam por
conta de vocês.

Não sou a luz, mas tenho minha própria


luminosidade, qual labareda de uma chama maior,
assim como todos vós. Basta tirar as nódoas escuras
do candeeiro que vos nublam o discernimento que
podereis enxergá-la, lá dentro de vós, o que chameis
de espírito.”
Quem és, oh Elegbara!?
“Há algo que me distingue dos demais espíritos. É o
fato de eu não estar na luz. Meu habitat é a escuridão.
Os locais trevosos onde há sofrimento, escravidão,
dominação coletiva, magismo negativo, castelos de
poder alimentados pelo mediunismo na Terra que
busca a satisfação imediata dos homens, doa a quem
doer.

O que eu faço lá?

Eu, um Exu, entre tantos outros, levo a luz às


trevas, qual cavaleiro com candeeiro em punho.”
Quem és, oh Elegbara!?

“Dentro da lei universal de equilíbrio, eu abro e


fecho, subo e desço, atuo na horizontal e na
vertical, no leste o no oeste, atrás e na frente,
em cima e embaixo, impondo sempre o equilíbrio
às criaturas humanizadas neste planeta,
encarnados e desencarnados aos milhões.

O Cosmo é movimento, nada está parado, nada


é estático.”
Quem és, oh Elegbara!?

“Eu sou movimento. Não sou as ondas do mar,


mas eu as faço movimentar-se...Não sou as
estrelas na abóbada celeste, mas meu movimento
faz a sua luz chegar até as retinas humanas...Não
sou o ar que perpassa as folhas, mas as suas
moléculas e partículas atômicas são mantidas em
coesão e movimentadas pela minha força....

Iah, ah, ah…”


Quem és, oh Elegbara!?

“Este equilíbrio não se prende às vontades


humanas e aos vossos julgamentos de pecado,
certo ou errado, moral ou imoral. Eu atuo no
contínuo temporal do espírito e naquilo que é
necessário para a evolução, retificando o carma
quando justo. Se tiverdes programado nesta
encarnação serdes ricos, o será com axé de Exu…”
Quem és, oh Elegbara!?

“...Se for o contrário, se em vida passada abusou da


riqueza, explorou mão de obra, matou mineiros e
estivadores de canaviais, estuprou escravas, é para o
equilíbrio de vosso espírito serdes mendigo infértil.
Nascerás em favela sentindo nas entranhas o efeito de
retorno, com axé de vosso Exu que vos ama, assim
como um elástico que é puxado esticando e depois
volta à posição de repouso inicial, estarei atuando para
que seja cumprida a Lei de Harmonia Universal,
mesmo que "julgueis" isto uma crueldade.”
Quem és, oh Elegbara!?

“Eu, Exu, vos compreendo.


Vós ainda não me compreendeis.
Eu sou livre, livre e feliz.
Vós sois preso, preso e infeliz no ciclo das
reencarnações sucessivas.

Eu dou risada.
Iah, ah, ah, ah !!!!
Sabe por quê?”
Quem és, oh Elegbara!?

“Porque eu sei que no dia que o Sol não mais


existir, vosso planeta for mais um amontoado de
rocha inerte vagando no cosmo, estaremos vivos,
vivos, muito vivos, evoluindo, evoluindo,
sempre evoluindo.

Assim como vim para a Terra como


caravaneiro da Divina Luz há milhares de anos
atrás, assim iremos todos para outro orbe quando
este planeta "morrer".”
Quem és, oh Elegbara!?

“Quando este dia chegar, vós estareis um pouco


menos iludidos com as pueris verdades emanadas dos
homens e seus frágeis julgamentos religiosos.

Eu, Exu, vou trabalhar arduamente para quando


este dia chegar, vós estejais menos iludidos e quem
sabe livre da prisão do escafandro de carne, assim
como eu sou livre, livre, livre e feliz.

Iah, ah, ah, ah, ah.”

Exu Tiriri Rei da Encruzilhada


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