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Os aspectos relacionados com tremores de terra não foram incluídos nas presentes
notas. Os terremotos no Brasil são de baixa intensidade. Com exceção da região
Atlântica de alto mar (a centenas de quilômetros da costa) e da região mais próxima
aos Andes (extremidade Oeste da Amazônia) há pouquíssimos registros de sismos
com intensidade maior do 5 na escala Richter (que são os que causam problemas
para as barragens) e nenhum (que seja do conhecimento do autor) com intensidade
maior do que 5,5. Não se tem notícia de nenhum acidente em barragens, mesmo
sem gravidade, causado por sismos em território Brasileiro. A exclusão deste
assunto é provisória, pretendendo-se no futuro incluí-lo nas notas. Em áreas
fortemente sísmicas de outros países, onde os engenheiros Brasileiros muitas vezes
são chamados a atuar, os efeitos sísmicos são, com freqüência, determinantes da
segurança da barragem.
Os parâmetros de resistência dos aterros e das fundações (seja dos solos naturais,
seja dos planos de fraqueza em rochas) também não são enfocados, por dois
motivos: (a) trata-se de assunto amplo demais, que requereria um curso específico
do mesmo porte do presente; (b) o assunto é enfocado em outras cadeiras do curso
de mestrado da COPPE.
Se o fluido dos vazios é muito mais compressível do que o arcabouço de grãos (Cvz
>> Cas) o valor de B tende para zero (caso do solo seco). Se, em vez, Cvz << Cas,
o valor de B aproxima-se de 1 (caso do solo saturado).
Quatro formas típicas da curva poro-pressão versus sobrecarga (γh, onde γ é o peso
específico do aterro e h é a altura de aterro acima do ponto) estão mostradas na
figura 6.4. Os casos A e B representam um solo compactado no estado ocluso e
com compressibilidade alta e baixa respectivamente. Nos casos C e D estão
representados solos inicialmente no estado aberto e com compressibilidade alta e
baixa, respectivamente. Como se vê, o espectro de respostas de poropressões é
muito amplo.
Por causa da tensão superficial na interface entre o ar e a água, que coexistem nos
vazios de um solo parcialmente saturado, a pressão no ar é maior do que a pressão
na água. A diferença entre a pressão no ar e a pressão na água (Uar-Uw) é
denominada “sucção”. Logo após a compactação, a pressão no ar é (em termos
práticos) igual à zero (ou seja, é igual à atmosférica, posto que, por convenção na
engenharia civil, toda e qualquer pressão é considerada como excesso em relação à
atmosférica) e a pressão na água é, portanto, negativa.
A seguir são brevemente abordados alguns dos aspectos mais relevantes relativos à
sucção:
1. Com tensões totais (ver, por exemplo, Lowe, 1967) – Realizam-se ensaios
triaxiais adensados não drenados (CU) convencionais (ruptura por carregamento
axial) em amostras compactadas nas condições previstas para colocação no
aterro. Utilizam-se análises de estabilidade em termos de tensões totais, com os
parâmetros de resistência obtidos nesses ensaios. Esta metodologia admite,
implicitamente, que as poropressões que existirão nas amostras durante os
ensaios são representativas daquelas que ocorrerão no campo;
onde,
Pari = pressão no ar dos vazios logo após a compactação
(praticamente igual à atmosférica e, para efeitos práticos, suposta igual
à atmosférica = 100 kPa);
dV = variação de volume;
Vo = volume total inicial;
Viar = volume de ar nos vazios logo após a compactação. A relação
Var/Vo, dita “grau de aeração” é dada, em termos das propriedades
índice usuais, por n(1-S), onde n é a porosidade e S é o grau de
saturação;
h = constante de Henry = 0,02 (desprezando a variação de
temperatura);
Vw = volume de água nos vazios (constante por força da hipótese de
drenagem nula). A relação Vw/Vo, que poderia ser chamada de “grau
de umidade” é dada, em termos das propriedades índice usuais, por
nS, onde n é a porosidade e S é o grau de saturação;
Uma vez dispondo dos valores de poro pressão estimadas, realizam-se análises
de estabilidade utilizando parâmetros efetivos de resistência. Os parâmetros
efetivos são, em geral, obtidos através de ensaios CDsat (triaxiais adensados
drenados saturados) ou Cusat (triaxiais adensados não drenados saturados) com
medição de pressão neutra, em amostras compactadas em laboratório. A
saturação das amostras para os ensaios é feita utilizando contrapressões (ver,
por exemplo, Lowe & Jonhson, 1960).
Esta metodologia, tal como a de Hilf, pode ser verificada aplicando-a a ensaios. A
verificação foi feita por aplicação aos mesmos ensaios PH e PC de Casagrande
& Hirschfeld (1960) utilizados acima para testar a metodologia de Hilf. Os valores
médios da relação entre a poropressão obtida pela aplicação da metodologia
(notar que todos os ensaios, por não serem conectados ao ar, caem no CASO 2)
e a poropressão medida nos ensaios (Umed) situaram-se entre 41% e 106%,
como apresentado na tabela 1. Nos oito ensaios examinados, as curvas
[tensão]x[poropressão estimada] situaram-se um pouco abaixo ou praticamente
em coincidência com as curvas [tensão]x[poropressão medida]. Portanto, para o
conjunto de ensaios em foco, a metodologia em foco conseguiu uma estimativa
razoável das poropressões.
Sandroni (1985) apresenta alguns casos de campo nos quais esta metodologia
resultou em estimativas razoáveis por comparação com poropressões medidas
em aterros.
Um outro tipo de maciço terroso que sofreu diversos acidentes dispendiosos durante
a construção foram os aterros hidráulicos. Esta técnica, muito em voga na primeira
metade do século, inclusive no Brasil, seria hoje em dia econômica em diversas
situações. Ela segue sendo utilizada no Leste Europeu. Nas Américas porém, devido
a acidentes como o de Alexander, Fort Peck, Necaxa e outros, os aterros hidráulicos
foram abandonados. Os acidentes ocorreram por instabilidade dos espaldares de
material grosseiro sob os empuxos do material mais fino em estado semilíquido da
zona central. Hoje se dispõe de conhecimentos sobre os fenômenos envolvidos
(resistência ao cisalhamento, empuxos, liquefação, adensamento, etc.) suficientes
para tornar anacrônicas as incertezas de há décadas.
A situação de fluxo permanente pode levar muito tempo para se instalar em aterros
constituídos por solos finos. Considerações teóricas simples utilizando a lei de
d`Arcy (Vaughan, 1974) podem ser utilizadas para mostrar que o regime de
percolação permanente pode levar vários séculos para se desenvolver em um aterro
argiloso compactado. Mesmo em solo siltoso, podem ser necessárias várias
décadas.
Lowe & Karafiath (1959) e Lowe (1967) apresentam metodologia segundo a qual a
envoltória deve ser obtida, em termos de tensões totais, com ensaios triaxiais
Johnson (1975) apresenta uma metodologia utilizada pelo Corps of Engineers, que
consiste em realizar análises de estabilidade com o reservatório rebaixado e com
uma envoltória de resistência bi-linear constituída pela envoltoria triaxial adensada-
drenada (CD) para baixas tensões e, pela envoltória adensada-não drenada (CU)
para tensões mais altas. Wilson & Marsal (1979) também recomendam este
procedimento. As análises são realizadas em termos de tensões totais, isto é, sem
considerar as poropressões. A idéia básica da utilização da envoltória efetiva no
trecho inicial é evitar a consideração implícita das poropressões negativas que,
sabidamente, ocorrem nos solos compactados sob níveis baixos de tensão. Johnson
ressalta que o uso dessa envoltória bi-linear pode levar a excesso de
conservadorismo se o solo impermeável está muito perto do talude de montante,
pois, nesse caso, costuma-se encontrar superfícies críticas rasas, paralelas ao
talude e com coeficiente de segurança baixo.
A estabilidade das barragens de peso concreto (ou seja, barragens de concreto cuja
estabilidade estrutural não depende de armaduras de aço) deve ser calculada de
forma a garantir segurança quanto ao deslizamento, quanto à capacidade de carga e
quanto ao tombamento, tal como qualquer muro de peso. A grande diferença é a
carga de água e a subpressão que ela exerce sob a barragem, tanto na superfície
de apoio do concreto como em qualquer plano de fraqueza que exista no terreno
(rocha, em geral) de fundação.
¾ caso (a) mostra uma situação de fundação homogênea, com injeções e sem
drenagem. Vê-se que a injeção sozinha tem algum efeito de redução das
subpressões, por criar uma barreira de permeabilidade mais baixa. A figura 6.16
(ASCE, 1952) mostra as subpressões em 3 barragens (Willwood, Wheeler e
Neye) com injeções e sem drenagem e as compara com as médias das
barragens com drenos e com injeções do USBR e da TVA. Vê-se que as
subpressões, para os casos em que só havia injeções, são mais altas do QUE
nos casos com drenos porem, são consideravelmente mais baixas do que a
situação de subpressão plena;
¾ o caso (b) mostra uma situação com drenos perfeitamente eficientes cuja saída
(boca dos drenos na galeria de drenagem) se encontra em nível mais baixo do
que o nível de água de jusante. A distribuição de subpressão para este caso
hipotético é uma reta entre montante e a linha de drenos e é nula entre este
ponto e o paramento de jusante. A realidade é diferente porque a linha de drenos
nunca é perfeitamente eficiente. A figura 6.16 mostra as médias das subpressões
observadas em 8 barragens do USBR e 4 barragens da TVA, todas dotadas de
linhas de injeções e drenos. Persistem, portanto, subpressões a jusante da linha
de drenos, como esquematicamente indicado no caso (c). Daí resultaram as
muito divulgadas regras de subpressão do USBR e da TVA, mostradas na figura
6.17;
¾ os casos (d), (e) e (f) mostram situações hipotéticas nas quais os drenos não
penetram toda a camada permeável de uma fundação homogênea ou não
alcançam a camada de maior permeabilidade de uma fundação heterogênea.
Estes são alguns exemplos visando ilustrar casos de heterogeneidade da
fundação. Evidentemente, uma quantidade praticamente ilimitada de exemplos
poderia ser imaginada.
Outro caso interessante (Rhodes & Dixon, 1976), que ressalta a importância do
espaçamento entre drenos para a eficiência do sistema de drenagem, é o da
barragem de Chief Joseph mostrado na figura 6.19. Observa-se a queda das
subpressões nesta barragem (que entrou em operação em 1954) na qual o
espaçamento dos drenos foi diminuído em duas ocasiões: de 6 para 3 m, em 1959,
e para 1,5 m, em 1961. A figura mostra que, 1 ano após a diminuição do
espaçamento dos drenos para 3 m, as subpressões voltaram a subir. Os autores
relatam (em 1976) que depois que o espaçamento foi diminuído para 1,5 m a
subpressão se manteve baixa.
Nas acima mencionadas barragens do TVA e do USBR havia uma única galeria
próxima do paramento de montante (dele distante de cerca de 20% da largura da
base). A figura 6.17 mostra as indicações utilizadas por essas duas entidades para
considerar a subpressão em casos desse tipo. A maioria dos casos práticos não é
tão simples quanto o dessa figura, pelos seguintes motivos:
¾ a superfície de maior risco de deslizamento, em muitos casos, não coincide com
o contato entre o concreto e a rocha. Em geral, o maior risco de deslizamento
reside em superfície(s) de fraqueza no interior do terreno;
¾ em algumas obras utiliza-se mais do que uma galeria de drenagem ou utiliza-se
galeria de drenagem no interior da rocha de fundação;
¾ em diversas obras a superfície de contato entre a estrutura de concreto e a
fundação apresenta degraus e diferenças de nível, tanto transversal como
longitudinalmente.
Outro dois aspectos que costumam vir à tona quando se está definindo o diagrama
de subpressões em projeto, são os seguintes:
Uma situação freqüente são as junções entre aterros e muros com faces verticais ou
de inclinação muito íngreme, de estruturas tais como: barragens de concreto,
vertedouros, eclusas, casas de força, etc. Reconhecendo as dificuldades conceituais
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Ensaio isotrópico não drenado em solo parcialmente saturado, no qual se aplica uma
variação de tensão total isotrópica δσ que causa uma variação de tensão no fluido
dos poros (ar + água) δUp e uma variação de volume δV.
δVp = − Cp × n × V × δUp
δUp Cs
=B=
δσ n × Cp + Cs
ou,
δUp 1
=B=
δσ n × Cp
1+
Cs
No caso de solo seco Cs >> Cp e, por consequência, B ⇒ 0 .
No caso de solo saturado Cp >> Cs e, por consequência, B ⇒ 1 .
O volume inicial de ar, lembrando que a relação entre o volume de ar e o volume dos
poros é igual a 1-S (onde S é o grau de saturação), é igual a:
Ou seja,
1
δ V = − .V .(δσ − δPar ) [9]
D
Com [6] e [9] em [1], vem:
1
δP = .δσ [10]
Pari
D.n.(1 − S ). 2 + 1
P
δP
A fórmula [10] expressa o valor do parâmetro B = e esclarece a influência dos
δσ
diversos fatores que determinam o seu valor, a saber: a quantidade de ar existente
nos poros, expressa pelo grau de aeração = Var/V = n.(1-S), a compressibilidade do
arcabouço de grãos, D, e as pressões (absolutas) inicial (Pari) e final (P) no ar dos
vazios.
p2
A expressão é uma “compressibilidade equivalente” do fluido
n.(1 − S ).Pari
(ar+água) existente nos poros, como se depreende da fórmula 6.
A relação entre a poropressão e a tensão total pode ser obtida da fórmula [10], por
integração:
D.n.(1 − S ).Pari
∫ δσ + cons tan te = ∫ ( P2
+ 1).δP [11]
ou seja,
D.n.(1 − S ).Pari
σ + cons tan te = P − [12]
P
quando, σ = σo, P = Pari, logo,
onde,
Resolvendo a equação [14] e desprezando a raiz que daria P menor do que zero (o
que não é possível por se tratar de pressão absoluta), vem:
onde,
σ = tensão total final;
σo = tensão total inicial
Pari = pressão inicial no ar dos poros (no caso mais comum, atmosférica)
M = D.n.(1-S), sendo D = módulo efetivo de compressão isotrópica,
n porosidade inicial e S grau de saturação inicial
Patm = pressão atmosférica.
• A tensão total final é a carga de aterro acima do ponto que, em muitos casos,
pode ser expressa, sem grande perda de precisão, pelo produto do peso
específico do aterro pela altura de aterro acima do ponto (γ.h);
• A tensão total inicial, σo, é a tensão em que ocorre a oclusão. Se o solo estiver
ocluso desde o início, evidentemente, σo = 0;
• Quando o solo se encontra inicialmente no estado aberto a pressão no ar é
atmosférica. No instante da oclusão a pressão no ar permanece atmosférica de
modo que Pari = Patm. Quando o solo é compactado no estado ocluso, pode
restar uma pequena pressão no ar após a compactação, mas este valor, em
geral, será muito pequeno de maneira que se pode considerar Pari = Patm.
• O valor de D pode ser obtido a partir de E (módulo de Young) e ν (coeficiente de
Poisson), considerando o solo como linear e isotrópico, através de relação
simples, a saber:
RESULTADOS
TÍPICOS DE ENSAIOS
DE COMPACTAÇÃO
FIG 6.4
DESENVOLVIMENTO
DE POROPRESSÕES
DURANTE A
CONSTRUÇÃO
FIG. 6.5
SUCCÇÃO APÓS A
COMPACTAÇÃO EM
LABORATÓRIO
FIG. 6.6
POROPRESSÕES
NAS CONDIÇÕES
ABERTA E FECHADA
FIG. 6.7 - BARRAGEM DE COCOROBÓ
FIG. 6.8
BARRAGEM DO AÇÚ
FIG. 6.9
BARRAGEM DE OTTER
BROOK
FIG. 6.10
BARRAGEM DE
CARSINGTON
FIG. 6.11
BARRAGEM DE
WACO
FIG. 6.12
POROPRESSÕES
TEÓRICAS PERANTE
REBAIXAMENTO
INSTANTÂNEO
FIG. 6.13
FIG. 6.14
POROPRESSÕES
PRÁTICAS PERANTE
REBAIXAMENTO
FIG. 6.15
CASOS HIPOTÉTICOS
DE SUBPRESSÃO EM
BARRAGENS DE
CONCRETO
(Casagrande ,1964)
FIG. 6.16
SUBPRESSÕES
OBSERVADAS EM 3
BARRAGENS DE
CONCRETO COM
INJEÇÕES E SEM
DRENOS
( ASCE, 1962)
FIG. 6.17 SUBPRESSÃO NA BASE DE BARRAGENS DE CONCRETO
FIG. 6.18
SUBPRESSÕES NA
BARRAGEN DE
WHEELER ANTES E
DEPOIS DOS DRENOS
FIG. 6.19
QUEDA NAS
SUBPRESSÕES DA
BARRAGEM DE CHIEF
JOSEPH POR CAUSA DA
DIMINUIÇÃO DO
ESPAÇAMENTO ENTRE
DRENOS
FIG. 6.20
PRESCRIÇÕES PARA
SUBPRESSÕES EM
CASO PRÁTICO
(Cruz e Barbosa,1961)
FIG. 6.21
RUPTURAS POR
SUBPRESSÃO EM
BARRAGENS DE
CONCRETO ANTIGAS
FIG. 6.22
BARRAGEM DE
MALPASSET
FIG. 6.23
BARRAGEM DE SANTA
HELENA