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Zulmira Ferreira Silva

Administração
Financeira e
Orçamentária
APRESENTAÇÃO

É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Administração Finan-
ceira e Orçamentária, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado
dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar
aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!

Unisa Digital
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA............................................................ 7
1.1 Organograma Tradicional de Finanças.....................................................................................................................7
1.2 Objetivos da Administração Financeira................................................................................................................10
1.3 Funções do Administrador Financeiro..................................................................................................................10
1.4 Metas da Administração Financeira.......................................................................................................................11
1.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................11
1.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................12

2 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL........................................................................................... 13


2.1 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional...........................................................................................................13
2.2 Instituições de Apoio ao Sistema Financeiro Nacional...................................................................................14
2.3 Instituições do Sistema Financeiro Nacional......................................................................................................15
2.4 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................16
2.5 Atividades Propostas....................................................................................................................................................17

3 MERCADO FINANCEIRO.................................................................................................................. 19
3.1 Divisão do Mercado Financeiro................................................................................................................................20
3.2 Mercado de Ações ........................................................................................................................................................21
3.3 Rentabilidade das Ações.............................................................................................................................................21
3.4 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................22
3.5 Atividade Proposta........................................................................................................................................................22

4 INFLAÇÃO E JUROS............................................................................................................................. 23
4.1 Inflação..............................................................................................................................................................................23
4.2 Taxas de Juros.................................................................................................................................................................24
4.3 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................25
4.4 Atividades Propostas....................................................................................................................................................25

5 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS........................................................... 27


5.1 Aspecto Econômico......................................................................................................................................................27
5.2 Aspecto Administrativo...............................................................................................................................................27
5.3 Aspecto Jurídico.............................................................................................................................................................28
5.4 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................28
5.5 Atividade Proposta........................................................................................................................................................28

6 GESTÃO DE RISCO................................................................................................................................ 29
6.1 Tipos de Risco..................................................................................................................................................................29
6.2 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................30
6.3 Atividades Propostas....................................................................................................................................................31
7 PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO....................................................... 33
7.1 Capital de Giro................................................................................................................................................................ 34
7.2 Regime de Competência e Regime de Caixa...................................................................................................... 36
7.3 Administração de Fluxo de Caixa............................................................................................................................ 37
7.4 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................... 39
7.5 Atividades Propostas.................................................................................................................................................... 39

8 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OU CONTÁBEIS...................................................... 41


8.1 Administração Financeira e a Contabilidade...................................................................................................... 41
8.2 Técnicas de Análise de Balanços.............................................................................................................................. 42
8.3 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................... 46
8.4 Atividades Propostas ................................................................................................................................................... 47

9 ORÇAMENTO EMPRESARIAL....................................................................................................... 49
9.1 Vantagens e Limitações do Orçamento................................................................................................................ 49
9.2 Estrutura do Plano Orçamentário............................................................................................................................ 50
9.3 Níveis de Decisão e Tipos de Planejamento........................................................................................................ 51
9.4 Organização do Orçamento...................................................................................................................................... 52
9.5 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................... 52
9.6 Atividades Propostas ................................................................................................................................................... 53

RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...................................... 55


REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 61
INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a),

A Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Administração Financeira e Orçamentária
para um aprendizado dinâmico e autônomo, que a educação a distância exige.
O objetivo desta apostila e disciplina é propiciar a você uma visão de finanças corporativas e orça-
mentárias, apresentando os conceitos fundamentais.
A disciplina mostrará o papel e as funções do administrador financeiro, bem como as ferramentas
financeiras para tomadas de decisões e, em um segundo momento, as finanças orçamentárias.
A Unisa Digital oferece outros recursos para apoiá-lo(a) em seu estudo e aprendizado a fim de alcan-
çar uma formação completa, com ferramentas multidisciplinares como chats, fóruns, aulas web, material
de apoio e e-mail.
Espera-se que no encerramento da disciplina o(a) aluno(a) tenha um conteúdo aprendido que pos-
sa auxiliá-lo(a) em sua vida profissional e pessoal, pois muitos princípios da administração financeira po-
dem ser aplicados tanto em uma quanto na outra esfera.
Será um prazer acompanhá-lo(a) ao longo de nossa disciplina!

Zulmira F. Silva

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INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO
1 FINANCEIRA

Caro(a) aluno, neste capítulo, trataremos do Gestão financeira pode ser definida como
objetivo e das funções da administração finan- um conjunto de ações e procedimentos para oti-
ceira. Vamos entender os conceitos de finanças, mizar o resultado da empresa por meio de análise
conhecer as principais áreas de finanças e com e controle financeiro. O planejamento financeiro
quem elas interagem, o papel do administrador surge como um suporte às decisões da empresa,
financeiro, bem como entender por que a parte no ambiente de incertezas, permitindo sucesso
financeira da empresa é uma das mais importan- nas decisões e visando maximizar os resultados
tes e vitais para sua sobrevivência. econômico-financeiros decorrentes de suas ativi-
Vamos iniciar a discussão? dades.
Começaremos pelo conceito de finanças. O Tendo como objetivo econômico a maximi-
dicionário Aurélio define o termo como a “ciên- zação de seu valor de mercado e de suas riquezas,
cia e a profissão do manejo do dinheiro, particu- as empresas visam geração de lucro e de caixa,
larmente do dinheiro do Estado”. Dessa forma, contribuindo para o cumprimento de suas fun-
entendemos que finanças consiste na arte e na ções sociais, pagamentos de salários, impostos,
ciência de administrar o dinheiro ou fundos com investimentos etc.
o auxílio dos princípios econômicos, contábeis e
conceitos do valor do dinheiro no tempo às toma-
das de decisões em negócios.

1.1 Organograma Tradicional de Finanças

Vamos conhecer, agora, os setores que Apresentamos como exemplo, a seguir, um


compõem a administração financeira. Em algu- organograma tradicional do departamento finan-
mas empresas de pequeno porte, muitas vezes, ceiro e seus setores.
o próprio proprietário desempenha o papel de
administrador financeiro, em razão de não haver
tal departamento. No entanto, à medida que a
empresa cresce, o departamento financeiro bem
estruturado faz-se necessário, para que as ativida-
des sejam desempenhadas com mais qualidade.
O organograma tem como finalidade apre-
sentar as responsabilidades hierárquicas da em-
presa; ele nos auxiliará a entender melhor a divi-
são desse departamento.

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Figura 1 – Modelo de estrutura do departamento financeiro nas empresas.

Devemos ressaltar também o papel da con-


troladoria, que lida com a contabilidade de cus-
tos, o orçamento, os pagamentos de impostos e
os sistemas de informações gerenciais. A tesou-
raria é responsável pela administração do caixa
e dos créditos da empresa, pelo planejamento
financeiro e pelas despesas de capital.
A empresa é um sistema que interage com
os agentes no ambiente em que está inserida. O
diagrama a seguir mostra essa interação com os
clientes internos e externos, com a finalidade de
gerar resultados econômicos e financeiros para
a remuneração dos acionistas/proprietários pelo
investimento realizado.

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Administração Financeira e Orçamentária

Figura 2 – Diagrama da relação com clientes internos.


Fonte: http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm.

Figura 3 – Diagrama da relação com clientes externos.

Fonte: http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm.

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1.2 Objetivos da Administração Financeira

A empresa tem como objetivo maximizar


o valor de mercado do capital dos proprietários/ Saiba mais
acionistas que esperam lucro que possam au-
Dividendos é a parcela do lucro apurado pela
mentar os recursos nela investidos e a remunera-
empresa que é distribuída aos acionistas por oca-
ção de seu capital, sob a forma de distribuição de sião do encerramento do exercício social (balan-
lucro ou dividendos. ço). Pela lei das S/As, deverá ser distribuído um
dividendo de no mínimo 25% do lucro líquido
Dessa forma, a administração financeira
apurado, e sempre em dinheiro (moeda cor-
tem como objetivos: rente). Os dividendos podem ter periodicidade
diversa: mensal, trimestral, semestral, anual etc.,
desde que conste no estatuto da empresa o pe-
ƒƒ manter a empresa em permanente si-
ríodo determinado. A Assembleia Geral Ordinária
tuação de liquidez, como condição bá- (AGO) é quem determina a parcela a ser distribuí-
sica para gerir suas atividades; da como dividendo, de acordo com os interesses
da empresa, por meio da manifestação de seus
ƒƒ captar recursos financeiros necessários acionistas. O montante a ser distribuído deverá
para planos de expansão, com base ser dividido pelo número de ações emitidas pela
em estudos de viabilidade econômico- empresa, de forma a garantir a proporcionalidade
-financeira e com os menores custos da distribuição (WIKIPÉDIA, 2007).
possíveis;
ƒƒ assegurar o equilíbrio entre os objeti-
vos de lucro e os de liquidez financeira,
quantificando os planos de expansão
de acordo com as possibilidades de ob-
tenção de recursos, próprios ou de ter-
ceiros.

1.3 Funções do Administrador Financeiro

O administrador tem como responsabilida- No longo prazo, o administrador financeiro


de administrar as atividades financeiras de curto envolve-se com decisões financeiras estratégicas:
e longo prazos, sendo as de curto prazo também
chamadas de “administração do capital circulan- ƒƒ orçamento de capital, estrutura de capi-
te”: tal e custo de capital;
ƒƒ captação de recursos para projetos e in-
ƒƒ administração de caixa; vestimentos;
ƒƒ crédito e cobrança; ƒƒ definição dos critérios para escolha de
ƒƒ contas a pagar e a receber; investimentos.
ƒƒ estoques;
Em resumo, podemos definir como funções
ƒƒ financiamento a curto prazo;
do administrador financeiro as seguintes atribui-
ƒƒ planejamento financeiro e tributário. ções:

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ƒƒ manter a empresa em permanente si- ƒƒ informar sobre as condições econômi-


tuação de liquidez; co-financeiras atuais e futuras da em-
ƒƒ maximizar o retorno sobre os investi- presa;
mentos realizados; ƒƒ interpretar as demonstrações financei-
ƒƒ administrar o capital de giro da empre- ras;
sa; ƒƒ atualizar-se em relação ao mercado e às
ƒƒ avaliar os investimentos realizados em linhas de crédito oferecidas pelas insti-
itens do ativo permanente; tuições financeiras;
ƒƒ analisar as aplicações financeiras mais ƒƒ fornecer à alta administração informa-
atrativas para a organização; ções e perspectivas futuras;
ƒƒ estimar o custo dos recursos de tercei- ƒƒ elaborar planos para a fonte e usar fun-
ros, quando captados; dos a curto e longo prazos.

1.4 Metas da Administração Financeira

Como vimos anteriormente, o propósito de ƒƒ destino dos lucros significa ter planos
qualquer empresa é maximizar os lucros, e por para os investimentos, pois é necessário
isso as decisões financeiras são voltadas para o a retenção parte dos lucros e o restante
aumento do valor de mercado da empresa. Essas poderá ser captado por meio de outras
decisões estão segmentadas em: fontes.

ƒƒ decisões de investimentos em novos Saiba mais


ativos;
Oportunidades de carreira: a administração fi-
ƒƒ decisões de financiamentos, ou seja,
nanceira é a área que oferece grandes oportuni-
captação de recursos próprios ou por dades de emprego. Emprega os administradores
meio de terceiros; em todos os tipos de negócio, incluindo bancos,
indústrias, empresas, escolas, operações.

1.5 Resumo do Capítulo

Caro(a) aluno(a), neste capítulo, estudamos a importância da administração financeira, ou corpora-


tiva, para a sobrevivência da empresa. A área financeira faz várias tarefas e atividades. É encontrada em
qualquer empresa com a finalidade de análises, controle e decisões financeiras, tanto com a escassez de
recursos quanto com a realidade operacional, exigindo do administrador uma visão de toda a empresa.
Apresentamos também o principal objetivo da administração financeira, que é maximizar a riqueza
dos sócios/acionistas. Para tanto, as atribuições do administrador financeiro podem ser sintetizadas em
três atividades básicas:

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a) realização de análise e planejamento financeiro;


b) tomada de decisões de investimentos;
c) tomada de decisões de financiamento.

Em suma, o administrador financeiro é o responsável pela saúde financeira da organização.

1.6 Atividades Propostas

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. Quais são as principais áreas de finanças?

2. Quais são as funções financeiras da empresa?

3. Quais são os objetivos da administração financeira?

4. Quais são as atribuições dos administradores financeiros?

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2 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Caro(a) aluno(a), neste capítulo, vamos des-


crever a estrutura do Sistema Financeiro Nacional
(SFN) e das principais instituições que o com-
põem.

2.1 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

O SFN é um conjunto de instituições e ór- vender títulos públicos federais; emitir


gãos que tem como finalidade intermediar o flu- papel-moeda; controlar e sanear o meio
xo de recursos entre poupadores, investidores e circulante; administrar a dívida pública
os tomadores de recursos em condições satisfa- interna e externa; e gerir as reservas in-
tórias do mercado. ternacionais.
As autoridades monetárias têm como papel ƒƒ A Comissão de Valores Mobiliários
regular e fiscalizar o mercado. As três autoridades (CVM): órgão normativo, tem como
monetárias que merecem destaque são: principal atribuição promover o desen-
volvimento, a disciplina e a fiscalização
ƒƒ O Conselho Monetário Nacional do mercado de ações e debêntures
(CMN): tem função normativa, sendo para que as bolsas de valores funcio-
responsável pelas diretrizes de funcio- nem adequadamente.
namento do SFN, formulando política
monetária, de crédito e cambial da eco- A seguir, apresentamos, por meio do orga-
nomia. Seus objetivos principais são nograma, a estrutura do Sistema Financeiro Na-
estabelecer as diretrizes da política mo- cional.
netária, definir a taxa de juros básica da
economia-taxa Selic e produzir o “Rela-
tório de Inflação”.
ƒƒ O Banco Central do Brasil (BACEN): ór-
gão responsável pela fiscalização e pelo
cumprimento das normas que regulam
o SFN. Tem como atribuições: emitir
normas; autorizar o funcionamento
das instituições financeiras; fiscalizar e
fazer intervenções; receber depósitos
compulsórios e voluntários; fazer ope-
rações de redesconto; emitir, comprar e

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Figura 4 – Sistema Financeiro Nacional.

Fonte: http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=concursobb01grafico.

2.2 Instituições de Apoio ao Sistema Financeiro Nacional

Destacamos, a seguir, as principais institui- propiciar mecanismos monetários para


ções que atuam como agente auxiliar de normali- a execução da política de comércio
zação e fiscalização do SFN. exterior; realizar pagamentos e supri-
mentos necessários à execução do or-
ƒƒ O Banco do Brasil hoje é um banco çamento geral da União.
comercial comum, ou banco múltiplo, ƒƒ O Banco Nacional do Desenvolvi-
que opera como agente financeiro do mento Econômico e Social (BNDES)
Governo Federal. Entre suas ativida- é responsável pela política de inves-
des principais, podemos mencionar: timentos a longo prazo do Governo
realizar operações cambiais, por conta Federal, sendo a principal instituição
própria ou por conta do Banco Central; financeira de fomento para estimular o
financiar a aquisição e a instalação da desenvolvimento econômico no Brasil,
pequena e média propriedade rural; como compras de máquinas e equipa-
financiar atividades tidas como funda- mentos, exportações etc.
mentais pela execução do orçamento ƒƒ A Caixa Econômica Federal (CEF) atua
monetário; executar o serviço de com- como banco comercial e múltiplo, mas
pensação de cheques e outros papéis; tem como finalidade o financiamento

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habitacional e o saneamento básico.


É um instrumento governamental de Atenção
financiamento social. Também tem a
Podemos agrupar as instituições financeiras, se-
função de administrar os recursos do gundo suas funções de crédito, em segmentos:
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS) e das loterias federais. Tem tam- • Instituições de crédito a curto prazo:
Bancos comerciais
bém o monopólio das operações de pe-
Caixas econômicas
nhor, que são empréstimos garantidos Cooperativas de crédito
com bens de valor e alta liquidez, como
joias, metais e pedras preciosas etc. • Instituições de crédito de médio e longo
prazos:
Bancos de desenvolvimento
Bancos de investimento

2.3 Instituições do Sistema Financeiro Nacional

A seguir, apresentamos algumas institui- to mercantil e de crédito e financiamen-


ções e suas principais características. to e investimento.
ƒƒ Bancos de desenvolvimento (BD): o
ƒƒ Bancos comerciais: seu objetivo é pro- BNDES é o principal agente do governo
porcionar recursos necessários para para financiamentos de médio e longo
financiar, a curto e médio prazos, o co- prazos. Os bancos estaduais de desenvol-
mércio, a indústria, as empresas presta- vimento são controlados pelos governos
doras de serviços e as pessoas físicas. As estaduais e destinados ao fornecimen-
principais fontes de recursos dos ban- to de crédito de médio e longo prazos
cos comerciais são depósitos à vista e às empresas localizadas nos respectivos
a prazo fixo. Constituídos em forma de Estados.
Sociedade Anônima (S.A.), executam ƒƒ Bancos de investimento (BI): sua fun-
operações de crédito de curto prazo. ção é canalizar recursos de médio e lon-
Têm capacidade de criar moeda; ten- go prazos para suprimento de capital
dência a concentração via fusões, pres- fixo ou de giro das empresas. Apoiam
tação de serviços: pagamento de che- basicamente a estrutura privada, tendo,
ques; cobranças; transferências. ordens inclusive, limites para apoiar os órgãos
de pagamentos, aluguel de cofres, cus- e as empresas do Estado. Os financia-
tódia de valores e operações de câmbio. mentos ao capital fixo são precedidos
ƒƒ Bancos múltiplos: são instituições fi- de cuidadosas avaliações de projeto
nanceiras do mesmo grupo econômi- e não podem destinar recursos a em-
co constituindo uma única instituição preendimentos imobiliários.
financeira com a finalidade de raciona- ƒƒ Sociedades de crédito, financiamen-
lizar a administração e os custos ope- to e investimento – financeiras: têm
racionais. Os bancos múltiplos podem como objetivo financiar bens de consu-
ter as seguintes carteiras: comercial, de mo duráveis por meio do popularmen-
investimento e/ou de desenvolvimento, te conhecido “crediário” ou crédito dire-
de crédito imobiliário, de arrendamen- to ao consumidor.

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ƒƒ Sociedades de arrendamento mer- ƒƒ Bolsa de valores: são instituições cons-


cantil (leasing): têm como finalida- tituídas pelas corretoras de valores para
de financiar a compra de bens, como fornecer um local adequado ao encon-
máquinas, equipamentos e veículos. tro de seus membros e à realização de
A operação de leasing se assemelha a transações de compra e venda de títu-
uma locação, tendo o cliente, no fim los e valores mobiliários em mercado
do contrato, as opções de renová-la, de livre e aberto e fiscalizado pela CVM.
adquirir o equipamento pelo valor resi-
dual fixado em contrato ou de devolvê-
Saiba mais
-lo à empresa.
ƒƒ Sociedades administradoras de car- Bolsa de Valores: A BM&FBOVESPA S.A.
tões de crédito: são empresas que
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada
prestam serviços de intermediação en- em 2008 com a integração entre Bolsa de Merca-
tre consumidor e varejista. dorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São
Paulo (BOVESPA).
ƒƒ Empresas de factoring: não estão su-
jeitas às normas do BACEN, portanto Juntas, as companhias formam uma das maiores
não são consideradas instituições fi- bolsas do mundo em valor de mercado, a segun-
nanceiras. Sua finalidade é financiar as da das Américas e a líder no continente latino-
-americano.
atividades industriais e comerciais por
meio de compra de duplicatas.

2.4 Resumo do Capítulo

Caro(a) aluno(a), neste capítulo, estudamos a composição do Sistema Financeiro Nacional e algu-
mas das principais instituições que o compõem.
Vimos que o principal papel da autoridade monetária é o de regular e fiscalizar o mercado. Mostra-
mos as características das principais autoridades monetárias:

ƒƒ Conselho Monetário Nacional (CMN)


Responsável pela fixação de diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial.

ƒƒ Banco Central do Brasil


As principais atribuições do BACEN são:

ƒƒ emitir normas, autorizar o funcionamento das instituições financeiras, fiscalizar e fazer inter-
venções;
ƒƒ receber depósitos compulsórios e voluntários, fazer operações de redesconto;
ƒƒ emitir, comprar e vender títulos públicos federais;
ƒƒ emitir papel-moeda, controlar e sanear o meio circulante;
ƒƒ administrar a dívida pública interna e externa e gerir as reservas internacionais.

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ƒƒ Comissão de Valores Mobiliários (CVM)


É o órgão normativo responsável pelo desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado
de ações e debêntures. Sua principal atribuição é a fiscalização da emissão e negociação de
títulos emitidos pelas Sociedades Anônimas de capital aberto, para que as bolsas de valores
funcionem adequadamente.

Aprendemos que os intermediários financeiros (bancários ou monetários) constituídos pelos ban-


cos comerciais e pelos bancos múltiplos criam moeda por meio de recebimento de depósitos a vista e,
posteriormente, aplicam esses recursos junto às empresas, por intermédio de empréstimos e financia-
mento, Incluem-se neste segmento.

2.5 Atividades Propostas

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. Quais são os objetivos do CNM?

2. Quais são as atribuições do BACEN?

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3 MERCADO FINANCEIRO

Neste capítulo, vamos estudar o mercado O mercado financeiro está divido em:
financeiro e conhecer sua abrangência. Nesse
sentido, os mercados monetários, de créditos, de ƒƒ Intermediários financeiros (bancos),
capitais e de câmbio serão definidos e discutidos que captam diretamente do público
brevemente. Também compreenderemos que o por meio de depósitos e aplicam es-
mercado está ligado ao valor das taxas de juros, ses recursos mediante empréstimos
ou seja, o mercado precisa encontrar a taxa de e financiamentos junto às empresas.
juros de equilíbrio, isto é, a taxa que os empresta- Exemplos
dores desejam fornecer precisa ser igual à que os ƒƒ Instituições auxiliares, aquelas que
tomadores desejam captar. se propõem a colocar os investidores
Vamos também entender como as institui- e poupadores em contato. Exemplos:
ções trabalham para propiciar condições do fluxo distribuidoras, corretoras, bolsas de va-
de recursos entre poupadores e investidores, ten- lores etc.
do em vista que o desenvolvimento econômico
exige a formação de uma poupança para atender
às necessidades de financiar investimentos. E, Atenção
diante desse processo de distribuição de recur-
sos, compreenderemos a importância do Sistema Importância do mercado financeiro na or-
denação dos recursos na economia
Financeiro Nacional.
O mercado financeiro tem a dupla função de
Uma instituição financeira pode atuar como levantar, reunir e concentrar os recursos dispo-
intermediador financeiro no mercado. Coloca-se níveis e de, em seguida, canalizá-los para os di-
entre os agentes econômicos, capta dos investi- ferentes tomadores.
dores e dos depositantes e repassa os recursos a
Indivíduos
tomadores, cobrando uma taxa de intermedia- Recursos disponíveis => Empresas
ção, o chamado spread. Governo
Vale ressaltar que o mercado financeiro bra-
sileiro é um dos mais desenvolvidos do mundo.
O Banco Central mantém forte controle sobre o
sistema financeiro e aplica de forma rígida a po-
lítica monetária determinada pelo Conselho Mo-
netário Nacional.

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3.1 Divisão do Mercado Financeiro

Agora, vamos estudar a divisão do mercado de capital é constituído pelas bolsas, corretoras
financeiro. Ele é subdividido em quatro segmen- e outras instituições financeiras autorizadas, e os
tos: principais instrumentos de financiamentos exis-
tentes são: ações, debêntures e notas promissó-
ƒƒ mercado monetário; rias (commercial papers). As ações e os títulos de
ƒƒ mercado de créditos; crédito são mercado primário e mercado secun-
dário.
ƒƒ mercado de capitais;
É importante ressaltar que o crescimento
ƒƒ mercado de câmbio.
econômico é impulsionado à medida que cresce
o nível de poupança, fonte principal de financia-
O mercado monetário consiste em opera- mentos dos investimentos de um país. Com um
ções de curto e curtíssimo prazos. A política mo- nível de poupança alto, maior é a disponibilida-
netária do governo visa, por meio desse mercado, de de recursos para que as empresas invistam em
a um controle rápido da liquidez monetária e das novos equipamentos ou no desenvolvimento de
taxas de juros da economia. Nesse mercado, são pesquisas, melhorando seu processo produtivo,
negociadas a compra e a venda dos títulos da dí- tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a
vida pública, como o BBC-Bônus do Banco Central comunidade.
e pelo Tesouro Nacional, emitidas para financia- Os recursos de que as empresas necessitam
mento do orçamento público como LTN-Letras podem ser obtidos por meio de:
do Tesouro Nacional, NTN-Notas do Tesouro Na-
cional. ƒƒ empréstimos de terceiros;
Quando for necessário reduzir a liquidez no ƒƒ reinvestimentos de lucros;
mercado financeiro, o Banco Central coloca títu-
ƒƒ participação de acionistas.
los à venda. Quando for necessário aumentar a
liquidez no mercado financeiro, o Banco Central
resgata esses títulos antes de seu vencimento. O mercado de câmbio é o segmento do
O mercado de créditos visa atender às ne- mercado financeiro em que ocorrem as nego-
cessidades de curto e médio prazos, relacionan- ciações de moedas internacionais pelos agentes
do-se com os bancos comerciais e múltiplos, os econômicos que mantém relação de comércio
bancos de investimentos e sociedade de crédito, internacional (importação e exportação), paga-
financiamento. mentos de dividendos, juros e principal de dívi-
As operações de crédito visam suprir ne- das, royalties e recebimentos de capitais e outros
cessidades de pessoas físicas e jurídicas. Algumas valores, viagens internacionais etc.
dessas necessidades das empresas são o capital O Banco Central atua nesse mercado para
de giro, os descontos de títulos, a conta garanti- regulamentar, fiscalizar e controlar as reservas
da, o adiantamento sobre o contrato de câmbio cambiais da economia. No Brasil, as operações de
(ACC), o financiamento de importação e o finan- compra e venda de moedas estrangeiras somente
ciamento de ativos permanentes. podem ser realizadas por agente autorizado pelo
O mercado de capitais visa financiar as Banco Central a operar no mercado de câmbio.
atividades produtivas; portanto, são operações As principais moedas estrangeiras negocia-
financeiras de médio e longo prazos que estimu- das no mercado de câmbio brasileiro são:
lam o desenvolvimento econômico. O mercado

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Administração Financeira e Orçamentária

ƒƒ dólar – Estados Unidos;


Atenção
ƒƒ Iene – Japão;
ƒƒ euro – União Europeia; Mercado primário: onde ocorrem as emissões
ƒƒ libra esterlina – Grã-Bretanha; iniciais de títulos, e obtém recursos novos para
suprir as necessidades de caixa da empresa.
ƒƒ franco – Suíça.
Mercado secundário: onde são negociados
títulos que foram emitidos e negociados no
mercado primário; ou seja, ocorre apenas a
transferência de propriedade e de recursos en-
tre investidores.

3.2 Mercado de Ações

Primeiro, é importante definirmos o que é Existem dois tipos de ação:


uma “ação”. Ação é um valor mobiliário, é a menor
parcela do capital social das companhias ou So- ƒƒ ações ordinárias, que dão direito a
ciedades Anônimas, é um título de renda variável, voto do acionista em assembleias ge-
e só pode ser emitida por companhias registra- rais de acionistas e à participação nos
das na CVM, chamadas de “companhias abertas”; lucros da sociedade mediante o recebi-
pode ser negociada publicamente no mercado mento de dividendos;
de valores mobiliários. Já as companhias de socie- ƒƒ ações preferenciais, que, ao contrário,
dade limitada são chamadas de “capital fechado” não dão direito a voto, mas têm prefe-
e não são listadas em bolsas. rência no recebimento de dividendos.
Ao comprar uma ação, você passa a ser só-
cio de uma empresa, ou seja, você está adquirin-
do uma participação no capital da empresa; no
entanto, por ter rendimentos, são variáveis. O pre-
ço das ações depende dos resultados da empresa
e das condições de mercado e da economia.

3.3 Rentabilidade das Ações

Como estudamos anteriormente, as ações ƒƒ Setoriais: constituem os eventos que


têm rendimentos variáveis e são influenciadas afetam de forma positiva ou negativa
por algumas variáveis: o setor de atividades em uma empre-
sa. Outras variáveis que podem afetar a
ƒƒ Macroeconômicas: taxa de crescimen- empresa são as inovações tecnológicas,
to da economia que leva a maior lucro as mudanças de preços de matérias-
das empresas e, consequentemente, -primas etc.
alta nos preços das ações, nas taxa de ƒƒ De mercado: podemos citar como va-
juros e no mercado externo. riáveis de mercado que afetam os pre-

21
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ços das ações os impostos sobre aplica- ƒƒ De direitos de subscrição: são os di-
ções em ações ou alguma mudança nas reitos de preferência do acionista para
regras de investimentos. subscrever (adquirir) novas ações,
ƒƒ De desempenho da empresa: novos quando houver aumento de capital. Os
contratos, aquisição de novas empresas acionistas podem transferir o direito de
e novos parceiros etc. subscrição a terceiros por meio de ven-
ƒƒ De dividendos: representa uma parce- da na Bolsa.
la do lucro da empresa no exercício que
será distribuído aos acionistas. Atenção
ƒƒ De bonificação: uma sociedade decide
As bolsas de valores são sociedades anônimas
elevar seu capital social mediante a in-
ou associações civis com o objetivo de manter
corporação de reservas e lucros, emitin- um local ou sistema adequado ao encontro
do novas ações e distribuindo-as gra- de seus membros e à realização, entre eles, de
tuitamente aos seus acionistas ou por transações de compra e venda de títulos e va-
lores mobiliários, em mercado livre e aberto, es-
meio de bonificação em dinheiro. pecialmente organizado e fiscalizado por seus
membros e pela CVM.

As sociedades anônimas de capital fechado


normalmente estão divididas entre poucos
acionistas. As ações de empresas desse tipo
não são comercializadas em bolsas de valores
ou no mercado de balcão.

3.4 Resumo do Capítulo

Caro(a) aluno(a), estudamos, neste capítulo, o mercado financeiro. Identificamos os segmentos


de mercado e como ele é subdividido (mercado monetário, mercado de crédito, mercado de capitais e
mercado cambial). Entendemos também que ações são cotas de uma empresa, ou seja, uma parcela do
capital social de uma sociedade, e essas ações são negociáveis no mercado. Aprendemos também que
existem dois tipos de ações: ordinárias e preferenciais.
Em relação aos rendimentos, compreendemos que eles são variáveis, dependendo dos resultados
apurados pela empresa de acordo com as condições de mercado e da economia.

3.5 Atividade Proposta

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. No mercado financeiro, a intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, com


base em quatro subdivisões: mercados monetário, cambial, de crédito e de capitais. Explique
cada um deles.

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4 INFLAÇÃO E JUROS

Caro(a) aluno(a), uma vez estudados o sis-


tema e o mercado financeiros, é importante tam-
bém salientar as questões de juros e de inflação
no Brasil, compreendendo os males da inflação
e seus indicadores e entendendo a interferência
das taxas de juros na economia.

4.1 Inflação

Em primeiro lugar, é importante conceituar Um país com inflação alta faz os investidores
inflação. Inflação é o aumento persistente dos não se sentirem estimulados a aumentar a capa-
preços, e quem perde com esse aumento cons- cidade produtiva da empresa, preferindo deixar
tante são os trabalhadores, pois a inflação os faz o dinheiro em aplicações financeiras em bancos,
perder o poder aquisitivo de compra. pois sabem que inflação é indicador de economia
O Brasil teve um histórico de hiperinflação com problema. Uma inflação alta estimula a espe-
por duas décadas, o que prejudicava o planeja- culação financeira de investidores estrangeiros, o
mento dos agentes econômicos. Houve vários que pode ser prejudicial, uma vez que esse capi-
planos fracassados, como o Plano Cruzado, em tal estrangeiro entra e pode sair rapidamente do
1986, o Plano Bresser, em 1987, o Plano Verão, em país, causando instabilidade no câmbio.
1989, posteriormente chamado de Cruzado Novo, Existem vários índices que medem a infla-
o Plano Color, em 1990 e Color II, o Plano Bresser ção. Os principais são:
e, por fim, o Plano Real, instituído em 1994, com a
expectativa de redução da inflação, trazendo oti- ƒƒ Índice Geral de Preços (IGP) (calculado
mismo para o País. pela Fundação Getúlio Vargas);
Algumas das causas da inflação incluem: ƒƒ Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
(medido pela Fundação Instituto de
ƒƒ aumento da demanda; Pesquisas Econômicas – FIPE);
ƒƒ aumento dos custos dos produtos e ƒƒ Índice Nacional de Preços ao Consumi-
serviços. dor (INPC) (medido pelo Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística – IBGE);
Outro problema que podemos citar como ƒƒ Índice de Preços ao Consumidor Amplo
causa da inflação é a desvalorização da moeda em (IPCA) (também calculado pelo IBGE).
relação a outras. O aumento do dólar faz o custo
das importações elevar-se, e esses custos são re-
passados aos preços, impulsionando a inflação.

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O Governo Brasileiro tem adotado políticas


Saiba mais
econômicas há anos para manter a inflação sob
controle, e entre essas políticas foram adotadas a
Desde 2003, o Banco Central do Brasil (BACEN)
consolidação dos sistemas de metas para a infla- vem cumprindo as metas de inflação fixadas pelo
ção e de câmbio flutuante, a acumulação de re- CMN. No mesmo período, as reservas em moedas
servas internacionais, um sistema de supervisão fortes do País quadruplicaram e ultrapassam a fai-
xa dos US$ 250 bilhões. No fim de 2007, o Brasil
eficiente por parte das autoridades governamen- passou de devedor a credor líquido internacional
tais e a prática de uma política fiscal responsável. e seguiu como um dos principais destinos de
Vale salientar que um país que sofre com investimentos estrangeiros entre as economias
emergentes, apesar da instabilidade nos merca-
altas taxas de inflação tem como consequência dos internacionais.
aumento das taxas de desemprego. Isso acontece Fonte: http://www.brasil.gov.br/navegue_por/noticias/
porque não há estímulo para investimentos nas textos-de-referencia/o-sistema-financeiro-do-brasileiro
empresas.

4.2 Taxas de Juros

Podemos definir taxa de juros como o va- timula os financiamentos e, consequentemente,


lor que dever ser pago pelo empréstimo de um não impulsiona os investimentos do setor produ-
capital. tivo. Se a taxa de juros estiver baixa, estimula o
O Governo Brasileiro tem usado a Política consumo e os financiamentos para aumentar a
Monetária para controlar a inflação, e uma dessas capacidade produtiva do país.
ferramentas é o Sistema Especial de Liquidação e É importante saber que o maior capital que
de Custódia (Selic). Considerada a taxa básica de um pais tem é a poupança, ou seja, o volume de
juros, o Selic é a taxa que o governo paga ao ven- poupança disponível na economia. Quanto maior
der seus títulos no mercado, ou seja, pelos em- for o consumo, menor a taxa de poupança e mais
préstimos que levanta junto aos investidores. Essa elevadas as taxas de juros, pois menor o montan-
taxa de juros serve também de referência para a te de capital disponível para empréstimos para
formação das demais taxas de juros da economia. financiamento. Ao contrário, com o aumento da
A taxa de juros apresenta forte interferência capacidade de poupança, maior a oferta de di-
na economia. Quando está alta, inibe o consumo, nheiro na economia e consequentemente uma
forçando os preços a baixar. Entretanto, não es- redução das taxas de juros.

Conclusão:

Menos consumo
Elevação da Taxa de
Menos financiamento
Juros (Selic)
Menos investimentos

Mais consumo
Diminuição da Taxa de
Mais financiamento
Juros (Selic)
Mais investimentos

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Administração Financeira e Orçamentária

4.3 Resumo do Capítulo

Neste capítulo, vimos a influência da inflação e da taxa de juros na economia. Aprendemos os prin-
cipais indicadores de inflação e seu reflexo na decisão das empresas no momento de se fazerem financia-
mentos para aumentar a capacidade produtiva de um país.
Entendemos que a taxa de juros exerce forte interferência na economia. Com uma taxa de juros
alta, haverá poucos investimentos em aumento de capacidade produtiva. Taxas de juros baixas signifi-
cam incentivo a financiamentos e, consequentemente, a investimentos. O setor produtivo sempre pede
juros menores. Quando se reduz a taxa de juros, dá-se ânimo à economia e estimula-se o crescimento,
gerando, com isso, empregos e novos negócios.

4.4 Atividades Propostas

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. Qual é a definição de inflação?

2. Explique as consequências, na economia, de um aumento e de uma diminuição das taxas de


juros.

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CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
5 DAS EMPRESAS

Caro(a) aluno(a), neste capítulo, veremos


como as empresas podem ser classificadas con-
siderando três aspectos: econômico, administra-
tivo e jurídico. Conheceremos, também, as moda-
lidades legais das organizações.

5.1 Aspecto Econômico

O aspecto econômico refere-se aos setores ƒƒ setor terciário: está relacionado a aten-
de atividades em que as empresas se classificam: der nossas necessidades por meio dos
serviços/comércio.
ƒƒ setor primário: está relacionado à ex-
ploração dos recursos da natureza;
ƒƒ setor secundário: é o setor que transfor-
ma a matéria-prima em produtos indus-
trializados;

5.2 Aspecto Administrativo

Quanto ao aspecto administrativo, as em-


presas se classificam em:

ƒƒ estatais ou públicas: o capital é contro-


lado pelo setor público;
ƒƒ mistas: parte do capital origina-se do
setor público e parte do setor privado;
ƒƒ privadas: o capital é da iniciativa parti-
cular.

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5.3 Aspecto Jurídico

Segundo o aspecto jurídico, as empresas capital social representado por cotas. A responsa-
dividem-se em individuais e empresa societária: bilidade limitada de cada sócio irá até o valor de
suas participações em cotas da sociedade, isto é,
ƒƒ empresa individual: o capital pertence a os sócios respondem apenas pelo valor das cotas
uma só pessoa, e a responsabilidade do com que se comprometeram no contrato social. 
proprietário é ilimitada; A Sociedade Anônima é um tipo de empre-
ƒƒ empresa societária: o capital é consti- sa que tem seu capital social representado por
tuído por duas ou mais pessoas (sócios/ ações, e os sócios têm responsabilidade limitada
cotistas). ao preço das ações adquiridas.
A Sociedade Anônima pode ser classifica-
da em capital aberto e fechado. Na companhia
Examinaremos os dois principais tipos de
aberta, o capital é divido em ações, e seus valo-
empresa societária no Brasil: a sociedade por co-
res mobiliários são devidamente registrados na
tas de responsabilidade limitada e a Sociedade
CVM para negociação na bolsa de valores ou no
Anônima.
mercado de balcão. Já a companhia fechada tem
A sociedade por cotas de responsabilidade um número limitado de sócios, e a soma de seus
limitada é o modelo mais comum de constituição patrimônios é menor do que o estabelecido pela
jurídica de empresas que encontramos e tem o CVM para negociação nas bolsas de valores.

5.4 Resumo do Capítulo

Neste capítulo, vimos as diferentes modalidades legais de organização de empresas, a firma indivi-
dual, a sociedade por cotas e a sociedade por ações.
A Sociedade Anônima pode ser classificada em capital aberto e fechado; o que as diferencia é que
Sociedade Anônima de capital aberto pode ser negociada em bolsa de valores, e a de capital fechado,
não.

5.5 Atividade Proposta

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. Quais são os tipos de Sociedades Anônimas e o que as difere?

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6 GESTÃO DE RISCO

Caro(a) aluno(a), o objetivo deste capítulo é Nesse sentido, os administradores têm o


abordar a gestão de risco, tendo em vista as preo- grande desafio de implantação de processos de
cupações das empresas com a sustentabilidade controle interno, com o objetivo de prevenir e
dos negócios, não importando o tamanho ou a mitigar possíveis riscos que possam causar danos
atividade da empresa. pessoais ao meio ambiente e à imagem da em-
Primeiro é preciso entender que gestão de presa.
risco consiste em planejar, organizar, dirigir e con-
trolar os recursos humanos e materiais de uma
empresa para protegê-la de possíveis perdas e,
dessa forma, tomar providências para garantir a
sobrevivência do empreendimento e a geração
de valor aos acionistas diante de incertezas.

6.1 Tipos de Risco

As empresas estão sujeitas a diferentes ti- a) risco do mercado acionário;


pos de riscos; dessa forma, é importante a iden- b) risco do mercado de câmbio;
tificação dos eventos destes. Os riscos podem ser c) risco do mercado de juros;
classificados nas dimensões descritas resumida-
d) risco do mercado de commodities.
mente a seguir.
Risco de crédito refere-se a incertezas de
recebimentos de um valor. Pode ser divido em: Risco operacional está relacionado a possí-
veis perdas devido ao resultado de sistemas, con-
a) risco da falta de pagamento, ou inadim- troles ou processos inadequados, tais como:
plência;
b) risco de concentração de crédito; a) risco organizacional;
c) risco soberano, ou risco do país. b) risco de operações;
c) risco de pessoal.

Risco de mercado refere-se à incerteza re-


lacionada aos retornos esperados de um investi- Risco legal está relacionado a perdas oriun-
mento, em decorrência de variações em fatores das de transações inadequadas devido à falta de
como taxas de juro, taxas de câmbio, preços de definições e técnicas e da legalidade na elabora-
ações e commodities. A seguir, relacionamos os ção de contratos.
principais riscos de mercado:

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Risco de imagem está relacionado a perdas


decorrentes de desgastes reputação da institui-
ção junto ao mercado ou a autoridades em razão
de publicidade negativa, de ações particulares
ilegais ou irresponsáveis, as quais podem ser ver-
dadeiras ou não.

Saiba mais

Os 13 maiores riscos das empresas segundo pesquisa Excellence in Risk Management:

Risco
1º Interrupção dos negócios
2º Condições econômicas
3º Liquidez
4º Riscos regulatórios/compliance
5º Destruição/perdas de recursos físicos
6º Mitigação ou sinistros
7º Catástrofe natural
8º Mudanças legais ou regulatórias
9º Disponibilidade de seguros para mitigar riscos
10º Risco à saúde e à segurança no trabalho
11º Reputação de marca
12º Continuidade de negócios/execução do gerenciamento de crise
13º Disponibilidade de capital
Fonte: http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/os-10-maiores-riscos-das-empresas-em-2013

6.2 Resumo do Capítulo

Este capítulo tratou da importância da gestão de risco, independentemente da atividade e do ta-


manho da empresa. Vimos a importância da implantação de controles internos para identificação e ava-
liação dos riscos que envolvem a atividade da empresa, evitando possíveis impactos negativos e possí-
veis oportunidades.
Demonstramos as dimensões dos riscos, que estão classificados em:

ƒƒ risco de mercado;
ƒƒ risco de crédito;
ƒƒ risco operacional;
ƒƒ risco legal;
ƒƒ risco de imagem.

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Administração Financeira e Orçamentária

6.3 Atividades Propostas

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. Quais são os tipos de risco que as organizações podem ter?

2. Como está dividido o risco de mercado?

3. Qual é a finalidade dos controles internos dentro de qualquer organização?

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PLANEJAMENTO FINANCEIRO
7 DE CURTO PRAZO

Caro(a) aluno(a), neste capítulo, vamos en- ferramenta de gestão para tomada de decisão pe-
tender a necessidade do planejamento financei- los administradores.
ro por parte das organizações para alcançar suas No entanto, antes de iniciar, vamos relem-
metas e objetivos e que a ausência dele pode brar alguns conceitos contábeis básicos para faci-
provocar falta de liquidez, podendo causar riscos litar nosso entendimento neste capítulo.
à empresa.
O planejamento financeiro pode ser defi- ƒƒ Ativos circulantes: são os ativos que a
nido como uma ferramenta administrativa com- companhia tem à sua disposição: cai-
posta de um conjunto de ações, controles e pro- xa, investimentos a curto prazo e lon-
cedimentos que possibilita perceber a realidade, go prazos, contas a receber, estoques e
avaliar os caminhos para definir o futuro dos despesas pré-pagas.
negócios, montar um orçamento, acompanhar ƒƒ Passivos circulantes: são as obriga-
as contas, saber se há sobra ou falta de recursos, ções que a companhia tem com seus
tomar providências para nivelar o orçamento, no fornecedores e credores, no curto pra-
caso de falta, e fazer investimentos caso haja so- zo: contas a pagar, encargos a apropriar,
bra de recursos. empréstimos e financiamentos de cur-
Abordaremos a importância de uma boa to prazo.
gestão do capital de giro e do fluxo de caixa como

ƒƒ Balanço patrimonial:

Quadro 1 – Balanço patrimonial.

Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade077.asp.

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7.1 Capital de Giro

Em um ambiente cada vez mais globalizado e um mercado cada vez mais competitivo, manter sob
controle os recursos financeiros é fator fundamental para a sobrevivência de qualquer organização; por-
tanto, é importante que o administrador conheça e exerça uma boa gestão do capital de giro da empresa.
Podemos definir capital de giro como o montante de recursos necessários para financiar as ativida-
des da empresa. O capital de giro é conhecido como capital circulante.
Vejamos o exemplo a seguir:

Fonte: http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/administracao_fin_orcam/aula_04-6574/01.html.

O capital de giro líquido é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja,

CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO = Ativo circulante – passivo

$ 40 – $ 15 = $ 25,00

Quando o valor do ativo circulante supera o do passivo circulante, significa que a empresa apresen-
ta capital de giro líquido positivo. Quando o valor do ativo circulante é menor que o do passivo circulante,
significa que a empresa apresenta capital de giro líquido negativo.
As dificuldades relativas ao capital de giro em uma empresa são devidas aos seguintes fatores:

ƒƒ redução de vendas;
ƒƒ crescimento da inadimplência;
ƒƒ aumento das despesas financeiras;
ƒƒ aumento de custo.

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Administração Financeira e Orçamentária

A falta de planejamento e de controle do capital de giro pode comprometer a capacidade da em-


presa de cumprir seus compromissos e prejudicar sua rentabilidade; dessa forma, faz-se necessário o
acompanhamento sistemático do ciclo operacional. A seguir, é apresentado seu esquema.

Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm.

O ciclo operacional inicia com o recebimento de matéria-prima e estende-se até o recebimento de


vendas. A primeira parte do ciclo, que se encerra com a venda, é medida pelo período médio de estoques
(PME), enquanto a segunda parte do ciclo é medida pelo período médio de recebimento (PMR). O admi-
nistrador financeiro deve otimizar permanentemente os prazos médios de permanência nos estoques, as
contas a receber e as contas a pagar.

PME = Estoques médios


Vendas diárias

PMR = Contas a receber médio


Vendas diárias

Ciclo operacional = PME + PMR

O critério para estabelecer o ciclo de caixa é a diferença entre o ciclo operacional e o período médio
de pagamento (PMP). Para encontrar o PMP, basta dividir o contas a pagar médio e as compras diárias:

PMP = Contas a pagar médio


Compras diárias

Ciclo de caixa = Ciclo operacional – PMP

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O ciclo econômico é o período em que a mercadoria permanece em estoque. Inicia-se na aquisi-


ção dos produtos e vai até o ato da venda, não levando em consideração seu recebimento.

Ciclo econômico = Prazo médio de estocagem (PME)

O ciclo financeiro é o período entre o pagamento a fornecedores e o recebimento de vendas, de-


finido pelo critério:

Ciclo financeiro = PMDR prazo médio das duplicatas a receber – PMPF prazo médio de paga-
mento a fornecedores

Vejamos o exemplo:
A empresa X opera dentro das seguintes condições:

ƒƒ Prazo médio de permanência no estoque (PME) = 10 dias


ƒƒ Prazo médio de recebimento de vendas (PMR) = 35 dias
ƒƒ Prazo médio de pagamentos (PMP) = 30 dias

CF = PME + PMR – PMP


CF = 10 + 35 – 30
CF = 15 dias
Giro de caixa baseado em um período anual = 360/15 = 24 vezes

Atenção

ANALISE: é importante para a empresa sem-


pre buscar alternativas que resultem em ciclos
financeiros reduzidos, observando sempre as
limitações do mercado e o setor econômico
inserido.

7.2 Regime de Competência e Regime de Caixa

Vamos iniciar o estudo sobre administração receitas são reconhecidas no momento em que
de fluxo de caixa explicando a diferença entre re- são recebidas, e as despesas, no momento em
gime de competência e regime de caixa. O regi- que são pagas. Esses dois regimes são interde-
me de competência é adotado pela contabilidade pendentes e se completam.
para reconhecer as receitas no momento da ven-
da e as despesas no momento em que ocorrem,
ou seja, é considerado, nesse regime, o mês em
que ocorreram os fatos. Já no regime de caixa, as

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7.3 Administração de Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é uma ferramenta funda- ƒƒ retirada de acionistas;


mental para os gestores acompanharem com ƒƒ captação de empréstimos;
precisão qual a situação financeira da empresa. ƒƒ qual o caixa mínimo que a empresa de-
Apresentado por meio de relatórios, consiste em verá manter em seu “disponível” para
fornecer uma visão geral de todas as atividades honrar seus compromissos.
(entradas e saídas) para tomada de decisões, que
serão quase sempre do tipo:
Veja na Figura 4, a seguir, as informações
ƒƒ quanto e quando será aplicado; que compõem o fluxo de caixa, os principais in-
gressos e desembolsos de caixa.
ƒƒ alternativas de investimentos;

Fonte: http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm.

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Apresentamos, na Figura 6, os principais ob-


jetivos do fluxo de caixa:

Fonte: Fundação Prefeito Faria Lima.

A falta de recursos na empresa pode ser Também existem os fatores externos mais
ocasiona por vários motivos; entre eles, podemos comuns que podem provocar problemas no cai-
citar: xa:

ƒƒ expansão descontrolada de vendas ƒƒ concorrência;


(maiores compras); ƒƒ alterações nas alíquotas de impostos;
ƒƒ insuficiência de capital próprio; ƒƒ aumento de preços;
ƒƒ ampliação exagerada do prazo de ven- ƒƒ inflação;
das; ƒƒ inadimplência;
ƒƒ compras de porte de caráter cíclico ou ƒƒ declínio nas vendas;
para reserva;
ƒƒ expansão ou retração do mercado.
ƒƒ prazos inadequados de recebimentos e
de pagamentos;
ƒƒ rotação lenta de estoques e produtos pron- Vale ressaltar a importância da política de
tos; crédito adequada dentro das empresas para for-
necer concessão de crédito a um cliente. Para isso,
ƒƒ ociosidade do capital fixo pela retração
é fundamental que o administrador financeiro
de mercado;
implante um sistema eficiente de política de cré-
ƒƒ distribuição de lucros além das disponi- dito e cobrança, a fim de evitar as perdas com a
bilidades; inadimplência.
ƒƒ altos custos financeiros pelo fluxo irre-
gular de caixa.

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7.4 Resumo do Capítulo

Estudamos, neste capítulo, a importância do planejamento financeiro para a saúde da empresa e o


quanto é difícil e complexa essa função para o administrador financeiro, que busca conciliar o equilíbrio
entre os ingressos e desembolsos de caixa para facilitar suas tomadas de decisões. Vimos a importância
do fluxo de caixa como ferramenta que permite ao administrador de finanças planejar, organizar, coorde-
nar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa, possibilitando melhor gerenciamento, como,
por exemplo, buscar recursos ou fazer investimentos, novos projetos, antecipar-se aos problemas etc.
Também foi estudado o objetivo de uma boa gestão de capital de giro, visando minimizar o tempo
entre o desembolso com as compras e o recebimento de vendas. O gerenciamento do capital de giro en-
volve decisões como a administração do fluxo de caixa, a gestão de estoques, a política de crédito visan-
do maior controle sobre os recebíveis etc. Uma administração ineficiente do capital de giro pode trazer
consequências sérias para o fluxo de caixa da empresa. Portanto, o capital de giro deve ser acompanhado
constantemente, tendo em vista que as empresas sofrem impactos de diversas mudanças.

7.5 Atividades Propostas

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. Em que medida você acha que o fluxo de caixa facilita a vida de um gestor?

2. Que fluxo de informação a empresa precisa estabelecer para ter condições de elaborar o fluxo
de caixa?

3. A empresa MARIO & MARIA compra matéria-prima com prazo de 35 dias e vende seu produto
com prazo de 70 dias. Passam-se 85 dias entre o momento em que a matéria-prima é comprada
até a época em que o produto acabado é vendido, ou seja, a idade média dos estoques é de 85
dias.

a) Qual é o ciclo de caixa da empresa? CC = PME + PMC – PMP


b) Qual é o giro de caixas?
c) Se retardar o período médio de pagamento/aumentar prazo médio de compras de 35 para
45 dias, como fica o ciclo de caixa? CC = PME + PMC – PMP
d) Se reduzir o prazo médio de cobrança de 70 para 50 dias, como ficará o ciclo de caixa? CC =
PME + PMC – PMP

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
8 OU CONTÁBEIS

Caro(a) aluno(a), este capítulo objetiva apre- ƒƒ balanço patrimonial; 


sentar as demonstrações financeiras ou contábeis ƒƒ Demonstração dos Lucros ou Prejuízos
e mostrar que por meio delas a empresa pode ex- Acumulados (DLPA);  
trair informações sobre sua posição econômica, ƒƒ Demonstração do Resultado do Exercí-
financeira, operacional e de rentabilidade. cio (DRE);
As demonstrações financeiras permitem ƒƒ Demonstração dos Fluxos de Caixa
que se tenha uma visão da situação da empresa; (DFC);
dessa forma, servem de base para o planejamen-
ƒƒ se companhia aberta,  Demonstração
to dos negócios e a elaboração de orçamentos
do Valor Adicionado (DVA).
internos.
De acordo com a Lei n° 6.404, de 15/12/1976,
conhecida também como Lei das Sociedades por Vamos ver, no próximo tópico, as análises
Ações, é obrigatória a publicação, pelas compa- de balanços desenvolvidas a partir das demons-
nhias, ao fim de cada exercício social (12 meses), trações contábeis apuradas pelas empresas.
das seguintes demonstrações financeiras:

8.1 Administração Financeira e a Contabilidade

Com base nas informações contábeis, a aná- ƒƒ Fornecedores: conhecer a capacidade


lise de balanços visa relatar a situação econômi- de pagamento da empresa para quem
co-financeira passada, presente e futura de uma estão fornecendo, identificando, no ba-
empresa, mostrando seus pontos fortes e fracos e lanço, o nível de endividamento e a ren-
também sua evolução durante os anos. Para rea- tabilidade das empresas compradoras.
lizar essa análise, são necessárias demonstrações ƒƒ Clientes: é prudente que as empresas
contábeis, em forma de relatórios, elaboradas pe- compradoras avaliem as firmas vende-
riodicamente pelas empresas. doras e verifiquem, por meio de seus
É importante lembrar que os usuários mais balanços, os níveis de investimentos
importantes da análise de balanços de uma em- em pesquisas e desenvolvimento de
presa são os fornecedores, os clientes, os interme- produtos, a existência de projetos e
diários financeiros, os acionistas, os concorrentes, expansão, as condições financeiras e a
o governo e seus próprios administradores. captação de recursos a longo prazo.
Os interesses desses usuários são: ƒƒ Intermediários financeiros: conhe-
cimento do nível de endividamento,

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solvência, rentabilidade das empresas ƒƒ Governo: concorrência pública, em


para concessão de crédito. que o fator importante é o desempe-
ƒƒ Acionistas: identificar o retorno de nho empresarial para o processo de se-
seus investimentos. leção.
ƒƒ Concorrentes: comparar sua posição ƒƒ Próprios administradores: serve de
econômico-financeira (liquidez, cresci- acompanhamento e avaliação e toma-
mento de vendas etc.) em relação a em- das de decisões pela empresa.
presas concorrentes.

8.2 Técnicas de Análise de Balanços

Como vimos anteriormente, a análise de A análise vertical facilita a avaliação da es-


balanço tem o objetivo de extrair dados das de- trutura do ativo e do passivo, bem como a parti-
monstrações financeiras e transformá-los em in- cipação de cada item da demonstração de resul-
formações para a tomada de decisões. tado na formação do lucro ou do prejuízo. Essa
As principais técnicas de análise de balan- análise demonstra a participação relativa de cada
ços são: linha dos itens do ativo e do passivo em relação à
somatória do grupo, permitindo avaliar a compo-
ƒƒ análise vertical; sição de itens e sua evolução no tempo.

ƒƒ análise horizontal;
ƒƒ análise por indicadores.

Exemplo

Quadro 2 – Demonstração de análise vertical.

Fonte: http://www.fisconet.com.br/user/materias/contabilidade/analise_vertical.htm.

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A análise horizontal é uma análise de cres-


cimento, ou seja, tem como finalidade principal
a comparação entre os valores de uma determi-
nada conta, ou grupo de contas, em diferentes
exercícios, mostrando a evolução dos ativos e dos
passivos, a curto prazo, do ativo permanente e da
estrutura de capital.

Exemplo

Quadro 3 – Demonstração de análise horizontal.

Fonte: http://www.fisconet.com.br/user/materias/contabilidade/analise_vertical.htm.

A análise por indicadores consiste em evi- Esse indicador mostra quanto a empresa tomou
denciar a situação econômica ou a situação finan- de capital de terceiros para cada R$ 100 de capital
ceira de uma empresa. próprio investido; portanto, quanto menor o re-
A análise econômica é uma avaliação da sultado, melhor.
rentabilidade e da lucratividade do desempenho
da empresa, enquanto a análise financeira con- Fórmula: Capitais de terceiros X 100
siste em acompanhar a evolução da empresa e Patrimônio líquido
identificar possíveis deficiências na gestão dos
negócios.
Composição do endividamento: esse
Vamos fornecer uma descrição detalhada
índice mostra qual o percentual de obrigações
dos principais indicadores financeiros, começan-
de curto prazo em relação às obrigações totais.
do pelos índices que mostram as grandes linhas
Quanto menor for o indicador, melhor para a em-
de tomadas de decisões financeiras no que diz
presa.
respeito à obtenção e à aplicação de recursos.
Participação de capitais de terceiros: re-
laciona as grandes fontes de recursos da empresa, Fórmula: Passivo circulante X 100
capitais próprios e capitais de terceiros e pode ser Capitais de terceiros
chamado de “índice de grau de endividamento”.

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Imobilização do patrimônio líquido: esse Liquidez seca: nesse índice, eliminamos


índice mostra quantos reais a empresa aplicou os estoques visando medir o grau de excelência
no ativo permanente para cada R$ 100 de patri- da situação financeira da empresa, uma vez que
mônio líquido. É importante lembrar que, quan- estes não são transformados em dinheiro imedia-
to mais a empresa investir no ativo permanente, tamente.
menos recursos próprios sobrarão para o ativo
circulante; portanto, poderá ter dependência de Fórmula: Ativo circulante – estoques
capitais de terceiros para o financiamento do ati-
Passivo circulante
vo circulante.

Liquidez imediata: indica a capacidade fi-


Fórmula: Ativo permanente X 100
nanceira da empresa e quanto possui de disponí-
Patrimônio líquido veis para liquidar compromissos de curto prazo,
contando apenas com suas disponibilidades de
Agora, vamos apresentar alguns índices de caixa ou em bancos.
liquidez, que mostram a situação financeira da
empresa. Fórmula:
Liquidez geral: esse índice serve para de- Disponível (caixa, bancos c/movimento)
tectar a saúde financeira no que se refere à li-
Passivo circulante
quidez de longo prazo. Indica a capacidade de
pagamento de dívida no longo prazo. O índice
de liquidez geral vai mostrar quanto a empresa Apresentaremos agora os índices de renta-
possui no ativo circulante e realizável a longo pra- bilidade que medem o quanto estão rendendo os
zo para cada R$ 1,00 de dívida. Portanto, quanto capitais investidos. Os principais são:
maior for esse resultado, melhor.
ƒƒ margem de lucro sobre vendas;
Fórmula: ƒƒ giro do ativo;
Ativo circulante + realizável a longo prazo ƒƒ retorno sobre o ativo;
Passivo circulante + exigível a longo prazo ƒƒ retorno sobre o total do ativo;
ƒƒ retorno sobre o patrimônio líquido.

Liquidez corrente: esse índice mostra


quanto dispomos e poderemos dispor a curto Margem de lucro sobre vendas
prazo em dinheiro, com as dívidas a curto prazo,
ou seja, quanto a empresa possui no ativo circu- Margem líquida = Lucro líquido
lante para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Por-
Vendas líquidas
tanto, quanto maior for o resultado, melhor.

Margem operacional = Lucro operacional


Fórmula: Ativo circulante
Vendas líquidas
Passivo circulante

Vendas líquidas = Vendas brutas – impostos


sobre, descontos comerciais e devoluções

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Retorno sobre o investimento


Atenção

Vendas líquidas = Vendas brutas – impostos so- O retorno sobre o investimento (ROI) pos-
bre, descontos comerciais e devoluções sibilita avaliar os rendimentos obtidos por um in-
vestimento realizado pelos acionistas e credores
nos negócios.
Giro do ativo
ROI = Resultado líquido
Investimento
Giro do ativo total =
Vendas líquidas
Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)
Ativo total médio

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE)


Giro do ativo operacional =
mede o retorno sobre o investimento dos pro-
Vendas líquidas prietários da empresa.
Ativo operacional médio

ROE = Lucro líquido


Atenção Patrimônio líquido

Ativo total médio = Ativo total do início do


Até 2%: rentabilidade péssima.
exercício + ativo total do fim do exercício De 2 a 10%: rentabilidade baixa.
2
De 10 a 16%: rentabilidade boa.
Acima de 16%: rentabilidade excelente.

Por fim, vamos compreender os índices de


Retorno sobre o ativo
rotação que revelam a velocidade de alguns itens
que giram durante o exercício:
O retorno sobre o ativo (ROA) mostra o
desempenho da empresa de uma forma global,
ƒƒ giro de estoques e prazo médio de esto-
compara os resultados encontrados e o retorno
cagem (PME);
esperado, mostra o quanto renderam os investi-
ƒƒ giro de contas a receber;
mentos e, portanto, o grau de êxito econômico da
empresa. ƒƒ prazo médio de recebimento;
ƒƒ prazo médio de pagamento.
ROA = Lucro líquido
Ativo total
Até 8%: rentabilidade baixa
De 8 a 14%: rentabilidade normal
De 14 a 20%: rentabilidade boa
Acima de 20%: rentabilidade excelente

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Giro de estoques Prazo médio de recebimento indica o nú-


mero de dias que a empresa, em média, leva para
seus recebimentos.
GE = Custo dos produtos vendidos
Saldo médio de estoques
Prazo médio de recebimento =
PME = Saldo médio de estoques
_______ 360_________
Custo dos produtos vendidos
Giro de contas a receber

Giro de contas a receber indica quantas


Prazo médio de pagamento indica o nú-
vezes a empresa gira seu contas a receber. Quan-
mero de dias que a empresa, em média, leva para
to maior o giro, melhor para a empresa.
pagar seus fornecedores e decorre entre a compra
de matéria-prima/mercadoria até o pagamento
Giro de contas a receber = da fatura do fornecedor.
Vendas líquidas
Contas a receber médio Prazo médio de pagamento =
Contas a receber médio = ________360_________
Contas a receber inicial + contas a receber final Giro de contas a pagar
2

8.3 Resumo do Capítulo

Caro(a) aluno(a), neste capítulo, entendemos as demonstrações financeiras, a finalidade da aná-


lise de balanço e a quem interessa sua leitura. Entendemos também o quanto é importante a análise
financeira para as empresas, a fim de avaliar seu desempenho geral, de forma a identificar os resultados
retrospectivos e prospectivos das diversas decisões a serem tomadas pelas empresas.
Descrevemos as principais técnicas de análise de balanço, entre elas a análise vertical, a análise
horizontal e a análise por indicadores.
Descrevemos os procedimentos para a realização das análises vertical, horizontal e por indicado-
res. Na de indicadores, dividimos a análise em estrutura de capital, liquidez, rentabilidade e rotação.
Para auxiliar, apresentamos, a seguir, um quadro-resumo dos indicadores mostrando os indicado-
res financeiros, seu propósito e o resultado esperado.

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Quadro 4 – Quadro-resumo dos índices econômicos.

Fonte: Fesp/possetti/cc/2007.

8.4 Atividades Propostas

1. Quais são as demonstrações financeiras criadas pela Lei das Sociedades por Ações?

2. Relacione os principais usuários da análise de balanço.

3. O que mostra a análise vertical?

4. O que mostra a análise horizontal?

5. O que mostra a análise por quocientes?

6. Qual o produto final da análise de balanço?

7. Quais são os dois demonstrativos contábeis?

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9 ORÇAMENTO EMPRESARIAL

Estimado(a) aluno(a), para iniciar o capítulo, com antecedência as ações a serem executadas,
primeiro vamos entender o que é orçamento em- tais como: recursos disponíveis para produzir, o
presarial e sua finalidade dentro de uma empresa. quanto se deseja produzir para alcançar a receita
O orçamento empresarial é um instrumento desejada, custo com mão de obra, matéria-prima,
de planejamento e controle dos mais importantes compras de imobilizados, se necessário, etc. Se-
e mais eficientes utilizados para a tomada de deci- guindo esse propósito, o orçamento empresarial
sões financeiras; tem como objetivo acompanhar precisa saber aonde se quer chegar, quais são os
o desempenho da empresa diariamente. Por meio objetivos e as metas da empresa.
do orçamento empresarial é possível estabelecer

9.1 Vantagens e Limitações do Orçamento

O orçamento empresarial tem como vanta- tema orçamentário e de atitudes apropriadas dos
gens a visão da necessidade de desenvolver um envolvidos: é necessário que trabalhem em sinto-
planejamento orçamentário, obrigando a empre- nia e comprometidos com o resultado global, e
sa a realizar uma análise antecipada de suas in- não individual.
formações contábeis e financeiras, estabelecendo Em resumo, as vantagens do sistema orça-
metas, responsabilidades dos diversos departa- mento empresarial são:
mentos com o resultado, e obrigando os gestores
a quantificar e datar as atividades pelas quais são ƒƒ contribui para tomada de decisão mais
responsáveis, controlando também o patrimônio rápidas e acertadas;
da empresa, independentemente do seu porte e
ƒƒ introduz o hábito do exame prévio e
de suas incertezas.
minucioso de informações antes da to-
O orçamento empresarial pode ajudar a so- mada de decisão.
lucionar os problemas ou as dificuldades que sur-
ƒƒ estimula a participação de todos os
gem do processo, os quais devem ser analisados e
membros da administração na fixação
para os quais devem ser encontradas as soluções,
dos objetivos;
ainda que sejam em curto prazo.
ƒƒ exige quantificação das previsões;
Apesar das muitas vantagens e contribui-
ções que o planejamento de um orçamento pode ƒƒ exige informações contábeis confiáveis;
gerar a uma empresa, ele não é resposta para to- ƒƒ permite identificar áreas eficientes e de-
dos os males, pois dados no orçamento trata-se ficientes;
de estimativas, estando sujeita a erros e variações. ƒƒ permite a utilização eficaz dos recursos
Diante das vantagens e limitações de um disponíveis.
orçamento, é necessária a introdução de um sis-

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Também resumimos suas limitações: ƒƒ as dificuldades de ajustes geram des-


confianças em relação ao resultado pro-
ƒƒ baseia-se em estimativas; jetado;
ƒƒ deve ser continuamente monitorado e ƒƒ é apenas uma ferramenta de apoio à
adaptado às circunstâncias; decisão, não podendo tomar o lugar da
ƒƒ atrasos na emissão dos dados compro- administração.
metem as ações corretivas;

9.2 Estrutura do Plano Orçamentário

O orçamento geral é formado por vários or- custos que participam indiretamente
çamentos separados, também chamados de or- na fabricação de produtos. É dividido
çamentos específicos, e é definido como: em custos fixos e variáveis. Exemplos de
custos variáveis são: energia elétrica, al-
ƒƒ Orçamento de vendas: o processo or- guns materiais de consumo no proces-
çamentário inicia-se pela previsão de so de produção, manutenção etc. Já os
vendas, ou seja, pela determinação da custos fixos existirão mesmo que não
quantidade e do valor total dos produ- haja produção.
tos a vender, bem como pelo cálculo ƒƒ Orçamento de custo de produção:
dos impostos das vendas estimadas. Os tem a finalidade de apurar os custos
demais orçamentos parciais são desen- unitários de produtos acabados e em
volvidos em função do orçamento de elaboração. Compreende todos os gas-
vendas. tos que a empresa tem no processo de
ƒƒ Orçamento de produção: o orçamento produção, tais como materiais, mão de
de produção é realizado após a elabora- obra direta e os custos indiretos de fa-
ção do orçamento de vendas. É preciso bricação.
determinar a quantidade de produtos ƒƒ Orçamento de despesas gerais, admi-
que devem ser produzidos para aten- nistrativas e de vendas: o orçamento
der às necessidades de vendas e gerar de despesas administrativas constitui os
o estoque desejado. gastos necessários para a gestão da em-
ƒƒ Orçamento de matérias-primas: o presa, como salários e encargos sociais
orçamento de matéria-prima define a do pessoal administrativo, honorários
quantidade de matéria-prima que pre- do conselho e da diretoria, impostos
cisa ser adquirida para atender o orça- e taxas, aluguéis de escritórios, depre-
mento de produção e gerar os estoques ciação de móveis e utensílios, serviços
estimados. profissionais de auditoria e consultoria.
ƒƒ Orçamento de mão de obra direta: é Já o orçamento de despesas com ven-
preciso definir a quantidade de mão de da inclui as despesas com pessoal de
obra necessária para a fabricação dos vendas, como comissões sobre vendas,
produtos a partir do orçamento da pro- propaganda e publicidade, provisão
dução. para devedores duvidosos, viagens e
representações, fretes e carretos.
ƒƒ Orçamento de custos indiretos de fa-
bricação: tem a finalidade de apurar os

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ƒƒ Orçamento de investimentos: o orça- no fim do período orçado e estabelecer


mento de investimento tem por finali- valores e datas em que ocorrerão os pa-
dade determinar os valores de aquisi- gamentos e recebimentos.
ções do ativo permanente, bem como ƒƒ Orçamento de resultado: o orçamen-
apurar as cotas de depreciação, exaus- to da demonstração de resultados re-
tão e amortização. flete o resultado final da operação de
ƒƒ Orçamento de aplicações financeiras uma empresa. Nessa demonstração
e financiamentos: esse orçamento tem podemos verificar o lucro líquido ou o
por finalidade apurar as faltas e sobras prejuízo do período projetado.
de caixa e verificar os recursos necessá- ƒƒ Orçamento do balanço patrimonial: é
rios para financiar as atividades de ope- apurado para a verificação de superávit
rações e investimentos, bem como apu- ou déficit de caixa, lucro do exercício,
rar as receitas e despesas financeiras. necessidade de capital de giro etc.
ƒƒ Orçamento de caixa: é um dos últimos
orçamentos a ser realizado. Tem por fi-
nalidade determinar o saldo de caixa

9.3 Níveis de Decisão e Tipos de Planejamento

O planejamento pode ser compreendido está relacionado com áreas específicas,


como um mapa para a orientação, a coordenação como as de produção, finanças, marke-
e o controle das ações que a empresa terá para ting e de recursos humanos da organi-
atingir seus objetivos. É um processo gerencial zação. Exemplo: aumentar a qualidade
que consiste em estimar os recursos a serem utili- das peças produzidas.
zados e atribuir responsabilidades para atingir os ƒƒ Planejamento operacional: é de cur-
objetivos esperados. Para atingir esses objetivos to e de médio prazo e envolve deci-
é necessário que o planejamento seja bem estru- sões mais descentralizadas. Está volta-
turado. do para ações do cotidiano. Exemplo:
O planejamento pode ser classificado em admitir três inspetores da qualidade e
três níveis: incentivar novas ideias para diminuir fa-
lhas na produção.
ƒƒ Planejamento estratégico: trata dos
objetivos globais da empresa e é de
longo prazo, entre dois e cinco anos ou
mais. Está sob a responsabilidade dos Atenção
níveis mais altos da administração que
Processo de planejamento financeiro: inicia-se
implicam tomadas de decisões comple- com planos de longo prazo ou estratégicos,
xas. Exemplos: compra de uma fábrica, que, por sua vez, orientam a formulação dos
lançamentos de novas linhas de produ- planos táticos e operacionais.
to etc.
ƒƒ Planejamento tático: é de curto pra-
zo e trata dos objetivos das divisões ou
departamentos da empresa, ou seja,

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9.4 Organização do Orçamento

O orçamento compreende um conjunto de  Sistema de apoio: consiste na de-


ações e pessoas para execução dos planos orça- finição de tecnologias de informa-
mentários, e sua organização consiste em definir ção e sistemas de apoio para exe-
e estabelecer uma estrutura: cução dos cálculos e lançamentos
orçamentários no sistema de infor-
ƒƒ Comitê orçamentário: é composto pe- mação contábil.
los diretores da empresa, que terão a  Relatórios: consistem na elabora-
visão maior do orçamento anual. ção de relatórios para preparação,
ƒƒ Premissas orçamentárias: o comitê acompanhamento e controle do
definirá regras para o orçamento no orçamento.
próximo ano.  Cronograma: o cronograma faz-se
 Desenvolvimento de um mode- necessário em todas as etapas do
lo do processo orçamentário: o orçamento e estará sob responsa-
comitê também é responsável por bilidade do controller da empresa.
definir os modelos de condução
do processo orçamentário.
 Estrutura contábil: está relaciona-
da ao sistema de informação con-
tábil.

9.5 Resumo do Capítulo

Caro(a) aluno(a), este capítulo procurou mostrar a importância do orçamento empresarial como
ferramenta de gestão das receitas e despesas da organização. Mostramos que o orçamento empresarial
expressa os planos de ação e diretrizes, como propósito de alcançar os objetivos de curto e longo prazos,
as metas e as políticas estabelecidas para a empresa em um determinado período. Esses planos implicam
um conjunto de ações e pessoas envolvidas na execução dos planos orçamentários. Aprendemos tam-
bém algumas vantagens e limitações dos orçamentos empresariais.
Além disso, mostramos, neste capítulo, os níveis de planejamento estratégico, tático e operacio-
nal, bem como a estrutura do plano orçamentário estabelecida pelas empresas para direcionar um
orçamento.

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9.6 Atividades Propostas

Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.

1. Cite os orçamentos (planos) que geralmente fazem parte do orçamento empresarial.

2. Qual é a finalidade do planejamento empresarial?

3. Quais são os tipos (níveis) de planejamento empresarial? Cite as características de cada um


deles.

4. Quais são as principais vantagens do sistema orçamentário?

5. Cite as principais limitações do sistema orçamentário.

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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS

Prezado(a) aluno(a), vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem. Para tanto, constam, a seguir, as
respostas das atividades propostas de cada capítulo estudado.

CAPÍTULO 1

1.
As principais áreas de finanças são tesouraria, administração de caixa, crédito e contas a rece-
ber, contas a pagar, câmbio e planejamento financeiro.
2.
As funções financeiras da empresa consistem em gerenciar, negociar, monitorar a dívida e os
recebíveis e controlar os disponíveis da empresa.
3.
Manter a empresa em permanente situação de liquidez, como condição básica ao desenvol-
vimento normal de suas atividades; obter novos recursos para planos de expansão, com base
em estudos de viabilidade econômico-financeira e com os menores custos possíveis; assegurar
o equilíbrio entre os objetivos de lucro e os de liquidez financeira, quantificando os planos de
expansão de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos, próprios ou de terceiros.
4.
Os administradores financeiros têm como atribuições a análise de registros e informações con-
tábeis; a projeção dos movimentos de fundos; as aplicações de fundos excedentes; o forneci-
mento à alta administração de informações e perspectivas futuras; a elaboração de planos para
a fonte; e o uso de fundos a curto e longo prazos.

CAPÍTULO 2

1.
Basicamente, seus objetivos principais são: estabelecer as diretrizes da política monetária; de-
finir a taxa de juros básica da economia (taxa Selic e seu eventual viés); produzir o “relatório de
inflação” (periodicidade: trimestre civil), conforme Decreto nº 3.088/99, do Executivo. O COPOM
persegue as “metas de inflação” (inflation targeting).
2.
Fiscalizar as instituições financeiras; autorizar o funcionamento, a instalação e a transferência
de sedes, fusões e incorporações das instituições financeiras; realizar e controlar operações de
redesconto e as de empréstimo no âmbito das instituições financeiras bancárias; receber de-
pósitos compulsórios; emitir dinheiro e controlar a liquidez do mercado; Secretaria executiva
do SFN.

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CAPÍTULO 3

1.
O mercado de câmbio é o segmento do mercado financeiro em que ocorrem as negociações
de moedas internacionais pelos agentes econômicos que mantém relação de comércio inter-
nacional (importação e exportação).
O mercado de capitais visa financiar as atividades produtivas; portanto, são operações finan-
ceiras de médio e longo prazos que estimulam o desenvolvimento econômico. O mercado de
capital é constituído pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas, e os
principais instrumentos de financiamentos existentes são: ações, debêntures e notas promis-
sórias (commercial papers). As ações e os títulos de crédito são mercado primário e mercado
secundário.
O mercado monetário consiste em operações de curto e curtíssimo prazos. A política mone-
tária do governo visa, por meio desse mercado, a um controle rápido da liquidez monetária e
das taxas de juros da economia.
O mercado de créditos visa atender às necessidades de curto e médio prazos, relacionando-
-se com os bancos comerciais e múltiplos, os bancos de investimentos e sociedade de crédito,
financiamento.
As operações de crédito visam suprir necessidades de pessoas físicas e jurídicas. Algumas des-
sas necessidades das empresas são o capital de giro, os descontos de títulos, a conta garantida,
o adiantamento sobre o contrato de câmbio (ACC), o financiamento de importação e o finan-
ciamento de ativos permanentes.

CAPÍTULO 4

1.
Inflação é o aumento persistente dos preços, tendo como consequência a perda do poder
aquisitivo de compra dos trabalhadores.

2.
Quando a taxa de juros está alta, inibe o consumo, forçando os preços a baixar. Entretanto, não
estimula os financiamentos e, consequentemente, não impulsiona os investimentos do setor
produtivo. Se a taxa de juros estiver baixa, estimula o consumo e os financiamentos para au-
mentar a capacidade produtiva do país.

CAPÍTULO 5

1.
As Sociedades Anônimas classificam-se em dois tipos distintos: Sociedade Anônima de capital
aberto e Sociedade Anônima de capital fechado. A companhia de sociedade aberta pode ser
negociada e bolsa de valores e a companhia aberta não pode tem um número menor de sócios

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CAPÍTULO 6

1.
ƒƒ risco de mercado;
ƒƒ risco de crédito;
ƒƒ risco operacional;
ƒƒ risco legal;
ƒƒ risco de imagem.

2.
Os principais riscos de mercado são:
a) risco do mercado acionário;
b) risco do mercado de câmbio;
c) risco do mercado de juros;
d) risco do mercado de commodities.

3.
Empresas com sistemas de controle eficazes e eficientes reduzem a probabilidade de que os
riscos avaliados necessitem ser mitigados posteriormente. Sua finalidade é garantir à alta ad-
ministração que os objetivos da empresa sejam atingidos.

CAPÍTULO 7

1. Em que medida você acha que o fluxo de caixa facilita a vida de um gestor?

2. Que fluxo de informação a empresa precisa estabelecer para ter condições de elaborar o fluxo
de caixa?

3.

a)
CC = PME + PMC – PMP
CC = 85 + 70 – 35
CC = 120 (capital de giro por 120 dias, ou 4 meses)

b)
GC = 360/120 = 3

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c)
G 85 + 70 – 45
CC = 110

d)
85 + 50 – 35
CC = 100

CAPÍTULO 8

1.
As demonstrações financeiras criadas pela Lei das Sociedades por Ações são: balanço patrimo-
nial, Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), Demonstração do Resultado
do Exercício (DRE), Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e, se companhia aberta, Demons-
tração do Valor Adicionado (DVA).

2.
As tomadas de decisões das empresas estão vinculadas à análise das suas demonstrações fi-
nanceiras, e os principais usuários da análise de balanço são os fornecedores, os clientes, os
bancos de investimentos, as corretoras de valores e o público investidor, os concorrentes, os
dirigentes da empresa e o governo.

3.
A análise vertical facilita a avaliação da estrutura do ativo e do passivo, bem como a participa-
ção de cada item da demonstração do resultado na formação do lucro ou do prejuízo.

4.
A análise horizontal visa analisar a evolução dos componentes patrimoniais ou de resultado
em determinada série histórica de exercícios, fazer análise prospectiva e avaliar as perspectivas
econômicas e financeiras da empresa, considerando-se, inclusive, os efeitos da inflação.

5.
A análise por quocientes ou índices consiste em relacionar contas de grupos de contas para
extrair conclusões sobre tendências e situação econômico-financeira da empresa. Os resul-
tados podem ser dados em índices ou percentuais e podem ser classificados pela empresa
como bons, satisfatórios ou deficientes, ao compará-los com os índices de outras empresas do
mesmo ramo ou porte.

6.
São as seguintes informações produzidas pela análise de balanço: situação financeira, situação
econômica, desempenho, eficiência na utilização dos recursos, pontos fortes e fracos, tendên-
cia e perspectivas, quadro evolutivo, adequação das fontes às aplicações de recursos, causas
das alterações na situação financeira, causas das alterações na rentabilidade, evidência de erro
da administração, providências que deveriam ser tomadas e não foram, avaliação de alternati-
vas econômico-financeiras futuras.

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7.
Balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício.

CAPÍTULO 9

1.
O orçamento empresarial é representado pelo orçamento geral, que, por sua vez, é composto
pelos orçamentos específicos:
a) orçamento de vendas;
b) orçamento de produção;
c) orçamento de matérias-primas;
d) orçamento de mão de obra direta;
e) orçamento de custos indiretos de fabricação;
f) orçamento de custo de produção;
g) orçamento de despesas gerais, administrativas e de vendas;
h) orçamento de investimentos;
i) orçamento de aplicações financeiras e financiamentos;
j) orçamento de caixa;
k) orçamento de resultado.

2.
O planejamento empresarial tem como finalidade estabelecer com antecedência as ações a
serem executadas dentro de cenários e condições preestabelecidos, estimando os recursos a
serem utilizados, e atribuir as responsabilidades para atingir os objetivos fixados.

3.
Os níveis de planejamento são: estratégico, tático e operacional.
ƒƒ Estratégico: é um planejamento de longo prazo, de responsabilidade dos níveis mais altos
da administração. Implica tomadas de decisões complexas, pois envolve grande volume de
recursos. As decisões estratégicas tomadas são de difícil reversibilidade e geralmente apre-
sentam nível de risco expressivo.
ƒƒ Tático: tem a finalidade de otimizar parte do que foi planejado estrategicamente. Tem um
prazo médio, e as decisões tomadas têm melhor nível de reversibilidade.
ƒƒ Operacional: tem a finalidade de maximizar os recursos da empresa aplicados em opera-
ções de determinado período, sendo de curto prazo. Envolve decisões mais descentraliza-
das, mais repetitivas e de maior reversibilidade.

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Zulmira Ferreira Silva

4.
As principais vantagens do sistema orçamentário são a introdução do hábito de exame prévio
e minucioso das principais fatores antes da tomada de decisões importantes, o maior grau
de acerto nas tomadas de decisões financeiras, o aumento do grau de participação de todos
os membros da administração na fixação de objetivos, a facilitação da delegação de poderes
e a objetividade dos controles gerenciais. O planejamento é um referencial para o acompa-
nhamento da realização do planejamento e consequentemente tomada de ações dentro do
período planejado.

5.
Os orçamentos baseiam-se em estimativas, estando sujeitos a erros maiores ou menores, se-
gundo a sofisticação do processo de estimação. O custo de implantação e manutenção do
sistema não permite sua utilização plena por todas as empresas, e as dificuldades culturais na
administração da empresa, e nos estrategistas para implantação do plano orçamentário.

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REFERÊNCIAS

ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

______. Mercado financeiro. São Paulo: Atlas, 2007.

______. Curso de administração financeira. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

GITMAN, L. J.; JOEHNK, M. Princípios de investimentos. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2005.

GUINDANI, A. A. et al. Planejamento estratégico orçamentário. Curitiba: Ibpex, 2011.

HOJI, M. Administração financeira e orçamentária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

PINHEIRO, J. L. Mercado de capitais. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

SILVA, E. C. Como administrar o fluxo de caixa das empresas. 3. ed. rev. Ed. São Paulo: Atlas, 2008.

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