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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL

DA COMARCA DO PAULISTA-PE.

Processo nº xxxx

xxxxxx, devidamente qualificada no processo em epígrafe, por


seu advogado devidamente outorgado, vem à presença de V.ex.ª , com fulcro no art. 355, I
do CPC/2015, requerer

JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO

face aos seguintes fatos e fundamentos assim alinhavados

I- DO IMÓVEL USUCAPIENDO

I.1 O imóvel usucapiendo, É UMA FRAÇÃO do imóvel Rural cadastrado junto ao INCRA -
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - sob o nº 950.xxxxx,
com última data de declaração em 17.08.2004 por xxxxxxxx, inexistindo na época, registro
em cartório, ESTANDO NA POSSE POR SIMPLES OCUPAÇÃO (Doc.01)

I.2 Considerando os dados do CERTIFICADO DE CADASTRO DE IMÓVEL RURAL – CCI


supracitado e DECLARAÇÃO DE POSSE emitida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais
de Paulista em 10.03.2004 fl.14, a MARILEIDE BANDEIRA LUNDGREN possuia área com
3 hectares correspondente ao SÍTIO SANTA ROSA com respectivas confrontações.

I.3 Após falecimento da MARILEIDE BANDEIRA LUNDGREN fl.18, transmiti-se a posse do


supracitado imóvel ao Sr. ANTÔNIO JOSÉ DE SOUZA FILHO pelos herdeiros legais
conforme contrato fl. 19 em 21.07.2009.

I.4 Contudo, em 20.08.2009 o Sr. ANTÔNIO JOSÉ DE SOUZA FILHO transmitiu a posse de
FRAÇÃO do SÍTIO SANTA ROSA (imóvel usucapiendo) para JOSEFA APARECIDA DA
SILVA BRANDÃO, isto é, foi vendido “TERRENO DESMEMBRADO” do SÍTIO SANTA
ROSA fl. 20.

I.5 Em seguida, a JOSEFA APARECIDA DA SILVA BRANDÃO transmitiu por justo título a
requerente de boa-fé, o imóvel usucapiendo no dia 02.04.2012 conforme contrato de fls.
21/23 e consolidado através da Escritura Pública de Cessão e Transferência de Direito de
Posse fls. 24/26, aproveitando o tempo de posse dos compradores anteriores:

I.6 Por fim, foram atendidos os requisistos dos artigos 1.238 a 1.242 do CC, tendo em vista
que a posse da autora está revestida com o ânimo de dono por todo período a partir
de sua aquisição, sendo mansa e pacífica, cabendo ressaltar que a defesa desta
posse no processo xxxxx (apenso) não retira essa característica, mantendo sua
continuidade até a presente data.

II - DOS ATOS PROCESSUAIS

II.1 Da Citação / Intimação

II.1.1 Conforme despacho fl.35, emanou ordem deste juizo para:

II.1.1.a “Citação das pessoas cujos nomes constam do registro imobiliário, dos
confinantes e, por edital, dos réus incertos e desconhecidos, bem como de eventuais
interessados, com prazo de vinte dias”

Restam atendidos os supracitados atos conforme Edital fl.46 e Certidão fl. 79.

II.1.1.b “Intimar por via postal os representantes da Fazenda Pública da União, do


Estado e do Município PARA MANIFESTAREM INTERESSE NA CAUSA”

Restaram atendidas as intimações para União e entes federativos com as


respectivas respostas: UNIÃO – não tem interesse fls. 61/62; ESTADO DE
PERNAMBUCO – atual desinteresse fls 48/49.

Contudo, a MANIFESTAÇÃO DO MUNICÍPIO DO PAULISTA, indicou interesse


apenas no que concerne ao recolhimento dos tributos fl.50, porém complementou
afirmando que o imóvel objeto da presente ação, encontra-se em nome de
COMPANHIA DE TECIDOS PAULISTA conforme extrato imobiliário – BIC n 679
fls.50/58.

Vale ressaltar que a inscrição no Cadastro Imobiliário e Mercantil supracitado, pode


ser realizado a TÍTULO PRECÁRIO, unicamente para efeitos tributários, no caso
de TERRENO DE TITULARIDADE DESCONHECIDA (Art. 47 da Lei nº 3.472/97)
(Doc.02).

Neste sentido, possue cadastro imobiliário, JOSEFA APARECIDA DA SILVA


BRANDÃO - BIC nº 44821 (Doc.03), correspondente ao imóvel (terreno não
edificado) localizado na Rua Canoas (ROD. PE-15), REAL objeto da presente ação.

Ante exposto, a simples inscrição imobiliária, não gera direito de propriedade


sob o imóvel usucapiendo, pois apenas o registro no ofício imobiliário,
requisito de publicidade, é capaz de provar a titularidade da propriedade de
imóvel com eficácia erga omnes.

II.2 Da Certidão do Imóvel usucapiendo

Ratificando as informações expostas nos itens I.1 e I.2, a CERTIDÃO VINTENÁRIA do


imóvel SÍTIO SANTA ROSA, apresenta-se NEGATIVA quanto ao REGISTRO do Imóvel no
1º Serviço Notarial e Registral – Paulista/PE fl.33.

II.3 Cota Ministerial

II.3.1. Conforme despacho fl.35, “Intime-se o Ministério Público”

Resta atendida conforme fl.75, a cota ministerial do verso da fl.70, RATIFICANDO A


INEXISTÊNCIA DE REGISTRO do SÍTIO SANTA ROSA no Cartório registral do
Paulista.

II.3.2. Conforme despacho fl.77, “Nova vista ao MP”


Resta atendida conforme fl.79, a cota ministerial do verso da fl.78, CERTIFICANDO
O DECURSO DE PRAZO dos confinantes citados pessoalmente.

II.3.3. Conforme ato ordinário fl.80, “Nova vista ao MP”

Considerando as analises anteriores do Ministério Público quanto a matéria,


esperava-se PARECER FINAL, a favor ou contrário a procedência da presente ação.

A cota ministerial do verso da fl.80, baseando-se em “NOTICIA DE SER” a


Companhia de Tecidos Paulista a proprietária do imóvel usucapiendo, pugnando
pela CITAÇÃO da supracitada empresa.

Diante do exposto, nas ações de usucapião impõe-se a citação daquele em


cujo nome está registrado o imóvel, não sendo o caso dos autos, pois as
CERTIDÕES fls. 33 e 75 são NEGATIVAS quanto ao REGISTRO do Imóvel no 1º
Serviço Notarial e Registral – Paulista/PE. No presente caso, as diligências
necessárias para a localização do demandado, mostram-se suficientes, razão
pela qual resta plenamente válida a citação pessoal dos confinantes e a citação
por edital dos “réus incertos e desconhecidos, bem como de eventuais
interessados”, não podendo falar em nova Citação nesta fase processual.

Segue entendimento jurisprudencial:

AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA - LEGITIMIDADE PASSIVA -


IMÓVEL NÃO MATRICULADO E NÃO REGISTRADO - CITAÇÃO POR
EDITAL - PROCESSO - EXTINÇÃO - SENTENÇA - CASSAÇAO. É parte
passiva legítima aquele em cujo nome estiver registrado o imóvel
usucapindo. Como o imóvel não está matriculado ou registrado em
nome de uma pessoa determinada, os sujeitos passivos se consideram
quaisquer interessados citados por edital. Dessa maneira, a extinção do
processo, sem resolução de mérito, com base no art. 267, IV, CPC, por não
terem os autores esclarecido o polo passivo, pressuposto de
desenvolvimento válido e regular da relação processual, não pode subsistir.
(TJ-MG - AC: 10352140005500002 MG, Relator: Saldanha da Fonseca,
Data de Julgamento: 27/09/2017, Câmaras Cíveis / 12ª CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 04/10/2017) (Grifos Nossos)
II - DO MÉRITO

Uma vez, que as provas documentais produzidas mostram mais que suficientes à
formação do livre convencimento sobre a matéria, desnecessária é a produção de prova
testemunhal e de outras provas.
Neste cenário, torna-se imperioso o pedido de julgamento antecipado do mérito, que
assim vem descrito no artigo 355, I do Diploma Processualístico:

“Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo


sentença com resolução de mérito, quando:
I - não houver necessidade de produção de outras provas;
(...)”

Diante dos fatos e fundamentos expostos, demostrado que os autos estão maduros,
aplica-se os Princípios da Razoável Duração do Processo, Celeridade e da Boa-Fé, é que se
requer o JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO.

Unissono o entendimento jurisprudencial quanto a matéria, in verbis:

PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. OFENSA AO ART.535 DO CPC/1973 NÃO


CONFIGURADA.OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. MENÇÃO EXPRESSA
À DESNECESSIDADE DE PRODUÇÃO DE PROVA. SÚMULA 7/STJ. GALVANOPLASTIA.
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POR ENCOMENDA. INCIDÊNCIA DO ISSQN.
(...)
3. O STJ possui entendimento de que o magistrado tem ampla liberdade para analisar a
conveniência e a necessidade da produção de provas, podendo perfeitamente indeferir provas
periciais, documentais, testemunhais e/ou proceder ao julgamento antecipado da lide, se
considerar que há elementos nos autos suficientes para a formação da sua convicção quanto às
questões de fato ou de direito vertidas no processo, sem que isso implique cerceamento do direito de
defesa. (Grifos Nossos)
(...)

(STJ - AgInt no AgInt no AREsp. 843.680/SP,Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA


TURMA,julgado em 06/12/2016, DJe 13/12/2016)

III-DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:


a) Seja indeferida a cota ministerial do verso da fl. 80v, pelas razões
apresentadas;

b)Intimar representante do Ministério Público;

c) JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE, aplicando a Teoria da Causa


Madura, visando os Princípios da Razoável Duração do Processo, Celeridade
processual e da Boa-Fé,

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Paulista-PE, 20 de abril de 2018.

SILVIO BATISTA DA SILVA


OAB -PE N° 38.925 D

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