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FICHAMENTO DO LIVRO:
POR UMA SOBRIEDADE FELIZ
FEIRA DE SANTANA – BA
2018
Sumário
Capitulo I ................................................................................................................... 1
1. A crise financeira atual: a parte visível de uma crise global subjacente ....... 1
2. O impasse do ultra-capitalismo ......................................................................... 2
3. Um sistema que produz desmesura e mal viver .............................................. 3
Capitulo II .................................................................................................................. 4
4. Sair da salvação pela economia ........................................................................ 4
5. Saber escolher o melhor da modernidade ....................................................... 5
6. Guardar o melhor das sociedades de tradição ................................................ 6
7. Conclusão ........................................................................................................... 7
VIVERET, P. Por uma sobriedade feliz. Tradução de Débora Nunes. 1. ed.
Salvador: Quarteto Editora, 2012.
Capitulo I
1. A crise financeira atual: a parte visível de uma crise global subjacente
O autor Patrick Viveret tenta deixar claro como a crise não pode ser vista de
forma superficial, tal fenômeno tem raízes muito mais extensas. Para entender a
crise econômica é preciso sistematiza-la, deixar de focar apenas no que tange à
parte financeira e passar a observar o aspecto sociológico, ecológico e geopolítico
da crise. Em relação ao “ultra-capitalismo”, concordo com o autor, e ainda me arrisco
a dizer que os mesmos bancos que enriqueceram o EUA 30 anos atrás, também
foram os responsáveis pela crise da bolha imobiliária de 2008. Talvez isso aconteça
porque o próprio capitalismo ainda possui um futuro bastante incerto, isso se torna
mais preocupante quando se tem uma evolução tão rápida da tecnologia e não se
pode prever o impacto de transformações tão abruptas nas relações econômicas.
(p.12)
1
acordado entre as partes que pode ser ou não trocados por bens e serviços.
Portanto, todo mercado de capital depende da fé das pessoas, da fé pública, para se
manter. Exemplo disso é que se todas as pessoas resolvessem tirar suas economias
de um determinado banco hoje, isso o levaria à falência. (p.15-16)
2. O impasse do ultra-capitalismo
2
conseguimos obter uma boa condição financeira, levamos uma vida amarga e
mesquinha. (p.18-19)
Outro ponto importante para definir as causas das crises atuais são as
fórmulas de representação e de cálculo da riqueza. A contabilidade nacional ou
pública e o cálculo de Produto Interno Bruto (PIB), não nos mostra a real situação
econômica do país, apenas contabiliza o fluxo monetário do país. Um exemplo de
como o cálculo de PIB é falho é que o Brasil possui um dos maiores PIBs do mundo,
mas se encontra muito mais abaixo na lista de Índice de Desenvolvimento Humano
(IDH). Além disso, há também toda uma estratégia para induzir o crescimento do PIB
com intuito, talvez, de realizar um marketing positivo para o país para tentar trazer
investimentos. Portanto, é preciso que haja uma melhor aplicação desse cálculo,
para realmente saber se o país tem regredido ou progredido, é preciso que os
indicadores passem a contabilizar alguns fatores sociais, como o de bem-estar. Isso
conclui que algumas desmesuras só existem em razão da nossa forma de ver e de
contabilizar. (p.22-23)
3
tensão militar entre os países, gerando desconforto da população e resultando em
várias discussões internas, gerando ainda mais mal-estar. (p.26-27-28)
Capitulo II
4. Sair da salvação pela economia
A segunda grande onda que pode ter sido a causa das crises, segundo
Viveret, é o que corresponderia ao fim do ciclo histórico dos tempos modernos. Para
entender melhor esse conceito, foi usado os pensamentos do sociólogo Max Weber
em sua obra “A ética protestante e o espirito do capitalismo” onde se inicia a entrada
para a modernidade pela “passagem da economia da salvação para a salvação pela
economia”. Para Viveret, o clico histórico que estaria se encerrando é o da “salvação
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pela economia”, por conta de vários fenômenos e falhas surgidos após a ascensão
do capitalismo, ainda completa:
A razão, nos tempos atuais, também deve ser analisada. Para Viveret, a
razão é o resultado de um conjunto de aspectos humanos e sem dois aspectos
principais, a razão pode ser a pior das barbáries. Para termos uma razão positiva,
precisamos ter inteligência corporal e inteligência do coração, que resultaria em uma
“inteligência emocional”. Trazendo isso para uma definição mais prática, seria como
se um indivíduo agisse com empatia, pois quando se tem a “inteligência emocional”,
conseguiríamos pensar mais no coletivo e isso resultaria em uma ciência mais
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humana, mais consciente, menos destrutiva, se voltando mais para as tecnologias
de sabedoria, porque são essas que valerão por milhares de anos. (p.40-41-42)
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ecológicas são esquecidas enquanto as grandes corporações, que não se
preocupam com a sua função ecológica, ganham, cada vez mais, o apoio do
governo. Viveret completa:
7. Conclusão
Ao longo dos dois capítulos que li, percebo que Patrick Viveret é um grande
defensor das políticas ecológicas, porém, não encontrei o típico pensamento
radicalista que é costumeiro nos discursos encontrados na atualidade. O autor passa
uma perspectiva socioeconômica dos prejuízos que a modernidade e seus
descuidos com o nosso planeta pode causar, não se limitando às questões
ecológicas, mas tratando de questões humanas, questões interpessoais. Assim
como também não descarta ou demoniza as técnicas e novas tecnologias, que
podem ser usadas a favor da Terra.