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Integralização De Créditos – Licenciatura em

Filosofia (FEST/ ENTRE RIOS)

Discente: Ivonaldo de Souza Ferreira

Aristóteles e Platão

Rio Branco-Acre.

2018
Ivonaldo de Souza Ferreira

Aristóteles e Platão

Monografia, apresentada junto ao Curso


de Filosofia, da Faculdade Entre Rio do Piauí, sob o tema:
“Aristóteles e Platão”, com base em pesquisa bibliográfica,
para integralização de créditos, como requisito parcial para
a obtenção do título de Licenciado em Filosofia.

Rio Branco-Acre.

2018
“O cansaço físico, mesmo que suportado forçosamente, não prejudica o corpo,
enquanto o conhecimento imposto à força não pode permanecer na alma por muito
tempo.” (Platão)

“As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e
aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã.” (Aristóteles)
RESUMO

Neste trabalho se descreve sobre Platão e Aristóteles, os dois


maiores pensadores da civilização Clássica e os principais fomentadores da ciência
hoje conhecida como filosofia. Suas trajetórias pelos caminhos da lógica e da razão,
bem como um pouco do histórico sucinto de suas vidas pessoais e profissionais,
culminando com a relevância de suas obras.
Também se traça um paralelo das “verdades” defendidas por eles,
dentro da Teoria das Ideias, que é o modelo teórico pelo qual ambos mostram de que
modo o ser humano pode obter e chegar a verdade ou como ela pode ser reconhecida
e percebida essa realidade metafísica. Salientando nesse contexto a referência feita
aos elementos pelos quais o indivíduo consegue alcançar esse objetivo. Esses
elementos enfocam dois mundos como a base para obtenção do conhecimento
(sensível e inteligível) onde o mundo sensível seria o real e o inteligível o das ideais.

Palavras-Chave: Platão, Aristóteles, Teoria das ideias, logica, Filosofia.


ABSTRACT

In this work, Plato and Aristotle are described, the two greatest thinkers
of Classical civilization and the main fomenters of science today known as philosophy.
His trajectories along the paths of logic and reason, as well as a bit of the succinct
history of his personal and professional lives, culminating in the relevance of his works.
It also draws a parallel of the "truths" defended by them, within the Theory
of Ideas, which is the theoretical model by which both show how the human being can
obtain and arrive at the truth or how it can be recognized and perceived. Emphasizing
in this context the reference to the elements by which this objective can be achieved.
These elements focus on two worlds as the basis for obtaining knowledge (sensible
and intelligible) where the sensible world would be the real and the intelligible the ideal
world.

Keywords: Plato, Aristotle, Theory of ideas, logic, Philosophy.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................... PAG. 05

DESENVOLVIMENTO ........................................................................ PAG. 06

1 – Filosofia como Ciência Pag. 06

2 – Platão Pag. 07

3 – Aristóteles Pag. 08

4 – Platão e Aristóteles (Teorias) Pag. 09

5 – Platão x Aristóteles (complemento Pag. 11

6 – Platão, Aristóteles e o Conceito de Justiça Pag. 13

CONCLUSÃO ...................................................................................... PAG. 16

BIBLIOGRAFIA ................................................................................... PAG. 18


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INTRODUÇÃO

Ainda hoje se redescobre muito da História antiga, principalmente da


civilização grega, chamada também de clássica que foi o berço das ciências e do
pensamento filosófico. Ao se redescobrir as obras clássicas não se pode deixar de
notar os dois maiores precursores (Platão e Aristóteles) desse corrente científica que
contribuíram imensamente para a afirmação da Filosofia como ciência no mundo de
hoje.
Esses dois grandes vultos históricos foram fomentadores de
pensamentos que se desdobraram para as mais diversas áreas do conhecimento e
do saber; desde a filosofia, à ética, à política, à justiça, passando da física até a
metafísica. Mesmo com diferenças de opiniões, os conceitos dos dois pensadores é
focado na racionalização das ideias para obtenção do conhecimento e da verdade.
Platão era mais idealista e Aristóteles mais realista nas questões voltadas para o
conhecimento da verdade.
Os dois pensadores supracitados foram sucessores de Sócrates que
também era grego e inferiu influencias severas a dupla através da introdução a busca
da verdade, através do raciocino lógico. Cada um a seu modo e em seu período de
tempo, foram agentes formadores da atual ciência da razão, influenciando também
outros pensadores até o dia de hoje.
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DESENVOLVIMENTO

1) Filosofia Como Ciência:

O nascimento da Filosofia se dá através da necessidade humana de


objetivar de forma racional e lógica os fenômenos naturais, desmistificando os
conceitos mágicos e mitológicos dos mistérios do mundo. Desse modo se pode
considerar que a desmitificação da mitologia trouxe o surgimento de uma nova visão
de pensamento humano: o filosófico.

Desde então a filosofia vem crescendo e se desenvolvendo como


ciência, a partir de filósofos, entre eles se pode citar: Platão e Aristóteles que tinham
a crença inerente das potencialidades da razão como agente controlador dos instintos
humanos, para um caminho ético e moral. Desse modo, se pode afirmar que desde
aquela época, na Grécia antiga, já existia a estruturação de um pensamento racional,
através dos filósofos: Platão e Aristóteles. Esses pensadores não só contextualizaram
a razão como modo de ser e de viver, mas também difundiram essas ideias, através
de escolas que tinham perspectivas diferenciadas das outras do mesmo tempo.
Fortalecendo o pensamento racional como principal vetor da fabricação e discussão
das ideias, através de debates e questionamentos sobre temas do cotidiano, entre
eles se pode citar: vida, morte, bem, mal, ser, etc. Essencialmente apesar de terem
pensamentos comum sobre o uso da razão para alcançar a verdade dos fatos, os dois
pensadores, também divergiam em assuntos comuns, bem como davam ênfase a
certos temas.

Platão apresentava preocupação exercebada como a política,


principalmente nos que tange aos destinos da sociedade e o papel de Estado para o
bem do indivíduo. Discutia a ética, a estética, desprezando em parte o estuda da
natureza. Tinha crença no mundo metafísico onde as “idéias” eram a verdade real e a
razão a força motivadora que estaria acima de todos os sentimentos, principalmente
das paixões. Seu máxima apresenta a sociedade como um indivíduo em uma caverna,
onde a liberdade da “caverna” se igualaria o alcance do mundo das idéias. Já
Aristóteles, apesar de ser discípulo de “Mestre Platão”, mostra uma visão um pouco
diferente da de seu Mestre, pois não concordar integralmente com o seu pensamento
apresentando um outro olhar a filosofia: menos metafísico e mais naturalista. Através
da observação do mundo físico ele retira as experiência, baseadas nas evidências
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observadas nos experimentos feitos. Desse modo denota que o conhecimento


verdadeiro deve vir da experiência, mostrando também a razão como superior e
dominante as paixões.

Com isso, apresentadas de forma sumária as concepções dos dois


pensadores se pode construir diversos e diferentes questionamentos da verdade,
principalmente da origem das coisas, suas representações e conceitos. A partir daí,
se deve conhecer mais seus autores para que desse modo se possa entender e
contextualizar o pensamento de cada um dentro das divergentes visões da filosofia.

2) Platão:

Platão nasceu na cidade de Atenas, no ano 427 a.C., era filho de Aristo
e Perictona. Pelo fato de descender da antiga nobreza daquela cidade, teve uma
educação guerreira, como era comum ao nobres daquela época, frequentava também
o ginásio sendo educado em música e em poesia para a formação de um bom
guerreiro. Recebeu formação em política e na arte da guerra, de acordo com os
antigos costumes da aristocracia. Virou discípulo de Sócrates, se tornando
posteriormente um dos mais importante de seus seguidores. Alguns fatos
influenciaram grandemente o pensamento de Platão, como: a Guerra do Peloponeso
também conhecida como Guerra Mundial da Antiga Grécia, ocorrido entre Atenas e
Esparta, as duas maiores cidades-estados gregas. Também a morte de Péricles, um
dos mais importantes políticos atenienses e o aparecimento de uma peste, que matou
milhares de pessoas, daquela época o que aprofundou ainda mais a grave crise
ateniense. Todos esses fatos direcionaram o pensamento do grande pensador tanto
na criação do raciocínio lógico, como em suas obras.

Suas obras foram focadas basicamente na literatura (escritos), bem


como na docência empírica (Academia). Elas se dividem em treze cartas, duas obras
não dialogadas, escritas na forma de longos trechos expositivos (Apologia de
Sócrates) e (Menexeno) e vinte e três diálogos, em que o personagem principal é
sempre Sócrates, seu mestre, dialogando com um ou alguns homens. Teve suas
idéias baseadas na de Sócrates, contudo também teve seus momentos de criação
própria, principalmente após sua juventude, onde assumiu uma postura mais
discursiva e menos dialogal. Morreu em 347 a.C., aos 80 anos de idade. As causas
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de sua morte são desconhecidas, contudo acredita-se que tenha sido acometido de
alguma doença.

3) Aristóteles

Aristóteles nasceu na cidade grega de Estagira, situada a noroeste da


Península da Calcídia, em 384 a.C.. Era filho de Nicômaco, médico particular de
Amintos, rei da Macedônia. Perdeu o pai muito cedo aos 7 anos de idade, contudo
possivelmente pode ter sido iniciado na ciência da Medicina, tendo em vista que os
pais ensinavam seu oficio aos filhos, fato esse que se verdadeiro influenciou muito
seu pensamento filosófico, pois demostrou grande interesse pela natureza, pela
Biologia, pelo estudo das plantas, dos animais, dos astros e da alma. No início da sua
vida adulta, após se transferir para Atanas, Ele passa a acompanhar as lições de
Platão na Academia; onde ficou até a morte de seu Mestre um ano depois. Se
tornando mesmo em pouco tempo um dos discípulos mais importantes de Platão. Saiu
da Academia por não concordar com o pensamento de seus novo Diretor que enfatiza
a Matemática para formação do pensamento lógico e verdade.

Suas obras e seu pensamento foram influenciados fortemente por Platão


e apesar de não concordar sumariamente com as ideias do seu Mestre, foi um
defensor do propenso Pensador e o teve como referência de vida. Apesar das críticas
feitas a seu mestre, principalmente no que tange à divisão entre mundo ideal e mundo
real. Após sair de Atenas, Ele se casou com Pítia que era filha do rei Hémias e se
transferiu para Mitilene onde foi convidado para ser o preceptor de Alexandre, filho de
Felipe, rei da Macedônia. Quando seu pupilo Alexandre, o Grande herdou o trono de
seu pai, Aristóteles voltou para Atenas, onde fundou uma escola chamada Liceu que
era situada próxima da cidade, em um bosque. Tendo em vista o Pensador ter hábito
de discutir filosofia e ministrar seus ensinamentos caminhando com seus alunos a
escola ficou conhecida como Escola Peripatética. Esse termo é oriundo do grego é
quer dizer 'ambulante' ou 'itinerante', isto é, Peripatéticos (ou 'os que passeiam') eram
discípulos de Aristóteles que caminhavam enquanto lia e dava preleções, por sob os
portais cobertos do Liceu, conhecidos como perípatos, ou sob as árvores que o
cercavam. Após a morte de Alexandre, o Grande, Aristóteles saiu de Atenas, acusado
de traição, tendo em vista sua ligação com a Macedônia, bem como a morte injusta
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de Sócrates. Morreu em 321 a.C., aos 63 anos, devido a uma doença crônica de
estômago.

Sua obra foi dividida para ser apreciada tanto por pessoas de dentro do
Liceu, chamados de “esotéricos” ou “acromáticos”, onde enfatizava estudos e
ensinamentos mais especializados. Quanto por indivíduos menos catedráticos, de fora
do Liceu, chamados de “exotéricos”. A esse grupo de pessoas os escritos eram
compostos basicamente por diálogos. A grande maioria dos seus escritos são
baseados em transcrições das lições dadas no Liceu a seus discípulos, bem como
também a obras ditadas a seus alunos. Grande parte de suas obras encontram-se
preservadas e tratam praticamente de problemas filosóficos e das ciências naturais.

4) Platão e Aristóteles (Teorias)

Se pode dizer que o legado cultural e científico, desses distintos


pensadores influenciaram imensamente o pensamento ocidental até os dias de hoje.
Bem como, suas obras são tomadas como base para constituição do sistema filosófico
atual. Desse modo se pode observar que ambos são de intrínseca importância tanto
para a filosofia, quanto para a ciência como um todo, Demonstrando que o
conhecimento tanto pode ser adquirido como ampliado e continuado, como no caso
desses grandes vultos históricos que trouxeram contribuições complementares a
nossa sociedade.

Se pudesse ser feito um comparativo entre os conhecimento exposto por


eles, com certeza se encontrariam concordâncias e antagonismos particulares,
mantendo-se na sua essência o raciocínio lógico como elemento motor do
conhecimento filosófico na implementação da Teoria das ideias. Nesse contexto os
dois estudiosos explicam cada um à sua maneiras a Teoria das Ideias, onde a primeira
foi elaborada por Platão, através do Inatismo e a segunda por Aristóteles através do
Realismo.

A teoria de Platão defendia que nascemos com princípios racionais e


ideias inatas e que essas ideias são dadas por dois mundos: o mundo Inteligível, onde
passamos antes de nascer para ter as ideias assimiladas em nossas mentes e o
mundo Sensível que é aquele em que vivemos. Sendo assim nossas ideias já estariam
formuladas no mundo inteligível para serem utilizadas no mundo sensível, para isso
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elas teriam que ser relembradas. Nesse contexto ele enfatizava a crença, opinião,
raciocínio e indução como formas de conhecimento das ideias. Ele aponta a crença e
opinião como parte do conhecimento sensível (mundo sensível); e o raciocínio e a
indução como conhecimento intelectual (mundo inteligível) necessários para se
alcanças a essência das coisas o mundo das ideias.

Por outro lado Aristóteles diferencia sua teoria com uma crença de que
partindo da realidade sensorial e empírica é que se deve buscar a estrutura essencial
de cada ser, ou seja, as ideias deveriam ser adquiridas através da experiência. Sendo
assim ele como filósofo dava muita importância ao mundo exterior e aos sentidos
como a principal fonte de conhecimento, bem como de aprimoramento intelectual. Por
isso sua teoria tinha a tese de que as ideias são frutos da observação e que essa
observação é essencial para que a formulação da ideia desses objetos seja feita.
Devido a esse fator não fazia distinção entre os mundos sensível e inteligível
formulados por Platão, mas tinha plena convicção de que os dois interagiam e
formulavam o pensamento e a razão.

Diferente de Platão, que enfatizada quatro formas de conhecimento, Ele


distinguia uma quantidade maior desses elementos, na totalidade de seis: sensação,
percepção, imaginação, memória, raciocínio e intuição, os quais chamava também de
grau de conhecimento. Todos esses elementos, eram imprescindíveis para o
enriquecimento e formação do conhecimento. Sendo contextualizadamente agentes
formadores da “verdade” todos interdependentes e sistêmicos, ficando a intuição
definido como um elemento puramente intelectual, diferente dos outros que tinha na
sua essência a forma de aplicabilidade concreta. Não havia diferença presente entre
esses elementos, na formação do conhecimento, nem tampouco entre o
conhecimento sensível e o inteligível, pois na concepção de Aristóteles o mundo
Inteligível era a continuidade do sensível.

Em suma no embate filosófico entre a Teoria das Ideias dos dois


pensadores, se pode observar que Platão defende uma concepção de ideias já
formuladas e inatas ao ser humano, ficando essa aplicabilidade (mundo inteligível)
está sujeita ao mundo sensível. Já Aristóteles mesmo admitindo a existência dos dois
mundos, enfoca que um complementa o outros e não podem existir separadamente,
mas sim devem coexistir. Permitindo a introdução de nossos conhecimentos através
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da observação, coisa inadmissível pela teoria de Platão. Por isso se pode concluir que
a teoria de Aristóteles é bem mais plausível e aceitável.

5) Platão x Aristóteles (Complemento)

Após conhecer as teorias defendidas pelos filósofos em lide e fazer um


comparativo entre elas, se pode resumir que ambos tem pensamentos singulares mas
que se contextualizam entre si. Pois apesar das dicotomias existentes entre os
pensamentos eles são complementares, tendo em vista que apresentam uma
continuidade de informações centradas em uma única realidade, a busca da verdade,
através da lógica racional.

As ações análogas da criação de Academias de ensino, denotam o


interesse em partilhar e compartilhar seus conceitos e informações, mostrando assim
seus interesses pelas descobertas de novos modos e modelos de aprendizagem, bem
como por uma melhor forma de transmitir essa aprendizagem a outros. Seus pupilos
tinham treinamento científico voltados para a matemática, astronomia, musica,
geometria, sendo que o plantonista era bem mais teórico e intuitivo, ao contrário do
aristotelista que buscava através das experiência físicas e concretas o alcance do
Ideal e da perfeição do mundo das ideias.

A importância que os platonistas davam ao mundo das ideias era


imenso, tendo em vista que realidade física, material, sensível e concreta não era
plena para definir a “verdade” e dificultava o ser humana a alcançar o “mundo ideal”
de perfeição. Somente a representação mental e abstrata propiciava o alcance da
realidade verdadeira e perfeita. Corroborando a seu modo a esse questionamento
Aristóteles se destaca em seus ensinamentos pela proposição de uma nova forma de
aprendizagem e de explicação de mundo. Onde a lógica e o bom senso explicariam a
realidade em que vivemos e sentimos através da: visão, audição, paladar e olfato.
Surgindo desse modo o conceito de Metafísica.

Aristóteles por ter uma visão mais sensível (humana) dos conceitos
filosóficos, propôs uma divisão do mundo em estâncias nas quais ele destaca:

a) A matéria sublunar, composta pelos elementos: fogo, terra, água e


ar, ou seja, todos os compostos da lua pra baixo e
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b) A matéria supralunar, composta por uma substancia eterna e


imutável chamada éter, esse elemento comporia toda a galáxia.

Por ser um pensador focado na natureza, faz o esclarecimento de que


os elementos se atraem naturalmente, isto é, devido a sua natureza proximal, Sendo
assim as rochas e pedras, tenderiam a cair por terem a mesma natureza e
consistência da terra e o fogo tenderia a subir pelo mesmo fator. Salienta também que
o criador do Universo ao qual os gregos chamavam de Demiurgo teria habitação em
um plano ou esfera exterior ao mundo sensível (físico).

Diferente de Platão que teoriza o “bem em si mesmo” Aristóteles afirma


que mais que apenas procurar a conhecer o bem e a verdade, se faz necessário
praticá-los. Pois de acordo com esse prática se pode entender o que é realmente o
bem e a verdade. Em suma se deve ter a disponibilidade de querer e fazer o bem.

Com certeza todos esses fatores e elementos analisados corroboram a


relevância das contribuições desses dois pensadores. Pois as teorias analisadas nos
trazem a compreensão de que ambas as interpretações inferidas pelos filósofos ao
conhecimento de lógica e razão, trazem uma nova perspectiva de mundo real e ideal.

De acordo com Platão o conhecimento e interpretação de natureza está


no indivíduo e na sua estrutura cognitiva, tendo em vista todos terem o mesmo objeto
de conhecimento para interpretar o mundo real e chegar no mundo ideal. Nesse
contexto se ressalta que apesar dos indivíduos terem capacidades inatas e niveladas,
apenas a racionalização os levará ao alcance da verdade e da realidade ideal.

Pois o “universal” que detém essas capacidades inatas e igualitárias a


todos os indivíduos está presente no mundo das ideias que vai além do mundo
sensível. Para que esse conhecimento se efetive o indivíduo deve fazer uso do método
dialético. No qual apenas com o uso do pensamento se pode atingir o conhecimento
verdadeiro, ou seja, universal. Já que esse mundo ideal a representação do mundo
verdadeiro ao contrário do mundo sensível (mundo real). Nesse contexto se percebe
que na concepção deste Filósofo, o indivíduo, utilizando a mente racional só obtém o
conhecimento verdadeiro e universal, através da interpretação dialética.

Já de acordo com Aristóteles, essa reflexão se dá de forma mais natural


visto que o ente “universal” pode e deve ser observado pelo indivíduo no mundo
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sensível e tendo em vista que esse elemento faz parte da natureza. Inclusive aponta
esse Ente como componente natural do mundo sensível, podendo ser a causa da
existência do indivíduo. Desse modo o conceito de universal é dado para se entender
e compreender de maneira mais eficiente e eficaz, o individual ou particular,
denominado também, pelo filósofo, de menos geral. Contextualizando todos esses
elementos se pode observar que a terminologia “universal”, é denominada pra
determinar causa e efeito do mundo sensível.

Em suma se percebe claramente que se de um lado Platão define o


termo “universal” como conhecimento, sem a necessidade da realidade imposta pelo
mundo sensível (natural). Por outro lado Aristóteles defende a necessidade existência
da realidade sensível (mundo natural) para o indivíduo ou coletividade conseguir
alcançar a verdade ou o conhecimento ideal.

Desse modo se pode compreender que dentro das teorias e descobertas


registradas pelos filósofos Platão e Aristóteles a terminologia “universal” comum a
ambos os pensadores mesmo entendido de diversas forma é expressado por um
nome comum. Além disso a noção desse conceito é imprescindível para o despertar
do indivíduo para as noções da realidade natural (sensível), bem como do mundo ideal
(inteligível). Pois não se pode refletir a realidade sem ter a noção do universal.

6) Platão, Aristóteles e o Conceito de Justiça

Desde os primórdios dos tempos foram formulados diversos conceitos


sobre o termo justiça e apesar das diversa conceituações existe uma singularidade na
análise desse pensamento que se mantem inalterado até os dias de hoje,
permanecendo como conceito atemporal.

Dentro do contexto estudado, Platão defende a ideia de que justiça é o


elemento que norteia as vontades, sendo a base para a formação das virtudes,
independentemente do nível de conhecimento adquirido. Desse modo não só os
iluminados (filósofos) poderiam ser justos, mas também todos os indivíduos que
trabalham prol da sociedade. O que acarretaria indivíduos justos e consequentemente
uma sociedade justa. Sendo assim um sociedade justa seria composta por indivíduos
que trabalham de acordo com sua aptidão. Nesse contexto, se a sociedade fosse
justa, seus integrantes formariam um estado justo, fomentando assim uma especial
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de justiça empírica. Sócrates também salienta que a justiça é um dom que está
presente no indivíduo que por si mesmo, ele, deve procura-la, pelo simples desejo de
poder realizar o bem. E que essa busca pela justiça deve ser efetiva, presente e
constante, comparada a um bem supremo e de infinita beleza.

Na concepção de Aristóteles o termo justiça também tem um sentido


bem conciso em discriminar o que é justo, através da racionalização. Ele aborda esse
conceito como uma como elemento de virtude essencialmente individual, presente no
ser humano e reconhecido pela sociedade. Esse elemento existe por si só, não
dependo de outros aspectos naturais, nem legais, nem positivos para subsistir. Sendo
assim, no conceito desse filósofo a justiça é uma predisposição do caráter humano a
verdade ou a uma face dela. Sendo assim, um conceito tão importante e tão amplo
que não poderia ter uma definição específica ou um sentido “lato” pois fazia parte de
uma faceta do caráter do indivíduo.

A compreensão desse conceito, pelo fato do mesmo ter um princípio


norteador baseado no cumprimento do bem comum, contentamento e estado de uma
consciência plenamente satisfeita da sociedade; objetivava a simples observação do
cumprimento da legislação. Cabe salientar que o conceito “legislação” tinha
interpretação dicotômica, sendo uma de caráter positivo que é uma ordenação da
razão, decorrente da livre vontade do legislador, e que se acrescenta à lei natural e a
outra de caráter não escrito. A qual dava prioridade pelo fato de ser naturalista.

Enfim, após essas interpretações se entende que a base para a


fundamentação e funcionamento do Mundo Sensível e consequentemente do Estado.
Em todos os seus setores e em todos os sentidos, desde o indivíduo até a maior
coletividade, deve estar pautada e assentada nos conceitos de Justiça. Pois se os
indivíduos fazer parte de uma sociedade e eles tem razões particulares e coletivas
para conviver em harmonia. Se faz necessário o reconhecimento de que a justiça deve
ser comum todos, de forma igualitária, para que desse modo a verdade possa ser
alcançada. Fortalecendo e favorecendo a vivencia da verdade individual e coletiva, de
modo a que seja alcançado a interpretação do mundo ideal.

Nesse contexto o papel da sociedade, em especial do Estado é


importante, pois tem o dever de assegurar essa expressão individual e coletiva de
modo a que todos os cidadão, no exercício de suas funções, possam de acordo com
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suas capacidade ter esse direito à Justiça. Para isso não deixar de considerar que a
justiça não é só uma ideia mas a possibilidade interpretação da razão através da
equidade. Se tornando a razão pela qual se constitui não só o indivíduo, mas também
a sociedade, em uma totalidade organizada, com o intuito de alcançar o bem comum.
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CONCLUSÃO

Nesse trabalho foi exposto o entendimento e compreensão das


teorias e ensinamentos dos dois maiores filósofos da antiguidade clássica: Platão e
Aristóteles. Também foram expostos diferenças, singularidades e críticas atribuídas a
eles, com relação a sua visão da busca da verdade e do mundo ideal.
Foi discutida a importância e o papel da filosofia depois da existência
desses dos dois pensadores, bem como relatada uma síntese histórica de cada um
dos personagens. E por fim feito uma explanação sobre as teorias e conceitos
discutidos e ensinados por ambos.
Em suma após a revisão bibliográfica estudada se pode constatar que
Platão apesar de sua grande contribuição histórica para a sociedade, e muito
conhecido por difundir os ensinamentos de Sócrates, seu mentor, pelo fato do mesmo
não ter deixado escritos, o que foi corrigido por seu discípulo. Já Aristóteles veio
posteriormente, para melhorar e ampliar os pensamentos e ensinamentos de Platão
e consequentemente o de Sócrates, que apesar de não fazer parte deste artigo não
pode deixar de ser citado por ser o iniciador do pensamento filosófico.
Os dois pensadores fruto desse trabalho, trouxeram contribuições
relevantes não só a filosofia, mas a educação como um todo; influenciando todos os
ramos do conhecimento e das ciências. Nesse contexto eles se imortalizam através
da história, onde são reconhecidos pela racionalidade, onde seus conhecimentos e
teorias servem como base para a organização da sociedade e também
autoconhecimento individual e coletivo, até os dias de hoje.
A filosofia defendida pelos dois pensadores está focada no
conhecimento da verdade e tem como mola motor os valores morais. Também na
constatação da ignorância humana e na busca da verdade de um mundo ideal.
Denotavam o mundo em uma dicotomia de real e ideal, onde o real seria o mundo
sensível (natural) e o ideal o mundo inteligível. Nesse contexto Aristóteles seriam mais
adepto ao mundo natural e Platão ao mundo inteligível, pois acreditava no
conhecimento inato que vinha a despertar através da racionalização. Ao contrário de
Aristóteles que ensinava que o conhecimento era adquirido através da experiência e
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racionalizado pelos uso dos sentidos, dando os primeiros passos para a criação das
ciência como a conhecemos hoje.
Por fim, comentar sobre esses dois vultos históricos seriam muito
difícil pela gama de conhecimento que ambos deixaram em todos os campos das
ciência e principalmente da filosofia. Pois ambos influenciaram não só as ciências,
mas também a forma de transmissão de conhecimento, o que trouxe novo víeis para
a educação atual. Fomentando também a transmissão do conhecimento como mola
mestra pra modificação do indivíduo e da sociedade, o que resultaria em cidadãos
éticos, sábios e virtuosos.
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BIBLIOGRAFIA:

Revista Filosofia Capital – RFC ISSN 1982 6613, Brasília, DF. Edição Especial: As
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27. Disponível em: < http://www.filosofiacapital.org/ojs-
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Disponível em: http://www.colegiopxsflamboyant.com.br/Documentos/Capitulo4.pdf, acesso
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