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CAPELÃO HOSPITALAR
NOVEMBRO DE 2017
(Material do Serviço de Capelania da Unicamp, não pode ser reproduzido sem autorização)
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CURSO DE FORMAÇÃO DE VOLUNTÁRIOS VISITADORES
APRESENTAÇÃO
A MISSÃO DA CAPELANIA
O Serviço de Capelania destes Hospitais tem como finalidade, elaborar e realizar um conjunto de
ações que visam o bem estar completo do paciente, seus familiares, dos profissionais da saúde e
funcionários em todos os níveis e também da própria instituição hospitalar, em autêntico espírito
de comunhão e participação, para em serviço mútuo, anunciar o Reino de Deus e colaborar na
promoção da saúde integral do ser humano.
1 - Desenvolver uma ação evangelizadora para que toda a comunidade hospitalar reconheça
ainda mais a dignidade do paciente, respeite os seus direitos e lhe proporcione assistência
integral, com competência e amor, pois assumimos a sacralidade da vida humana.
2 - Zelar, em parceria com o Hospital, pela humanização e evangelização do ambiente
hospitalar, visando o bem estar de todos no hospital; médicos, pacientes, familiares, alunos e
funcionários.
3 - Acompanhar aos pacientes, procurando proporcionar a todos, solidariedade, conforto
humano e espiritual, respeitando sempre a pessoa e suas convicções religiosas.
4 - Estimular e promover um clima de amizade, fraternidade e compreensão entre toda
comunidade da área de saúde.
5 - Proporcionar apoio espiritual e emocional aos familiares de pacientes em estado grave,
principalmente os que estão em fase terminal. Em casos de falecimento apoio e ajuda no
processo de elaboração do luto.
6 - Anunciar a Boa Nova do Evangelho a todos, para que saibam que são amados por Deus
e em Jesus Cristo possam encontrar esperança e sentido em suas dores e vidas.
7 - Ajudar a promover o valor da vida humana em toda comunidade, mostrando que diante
de Deus todos são dignos de amor e respeito. Combater toda forma de preconceito.
8 - Colaborar com os profissionais da saúde em suas atividades, participando de equipes multi-
disciplinares, sobretudo nos casos que implicam questões éticas e religiosas.
9 - Promover Cultos, Missas, Estudos Bíblicos, Palestras e administrar os sacramentos aos
pacientes, familiares e profissionais.
10 - Promover e organizar celebrações em eventos especiais como, Natal, Páscoa, Dia das
Mães, Dia do Enfermo, Dia da Saúde, Dia do Médico e outros.
11 - Promover cursos de formação, seminários, palestras, com temas ligados à espirituali
dade, ética, moral e bioética, etc.
12 - Formar e capacitar uma equipe de voluntários visitadores – ASSISTENTES ESPIRI
TUAIS (leigos e outros), para colaborar nas atividades da Capelania, aqui na Unicamp.
13 - Colaborar na instituição e formação de Serviço de Capelania em outras localidades.
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CONCEITO DE VOLUNTARIADO
Para nos auxiliar nestas orientações nos servimos de alguns autores, que possuem larga
experiência em Capelania Hospital e Pastoral da Saúde. Padre Mateo Bautista em seu livro “Visita
ao doente”, páginas 22 e 23, nos diz:
Temos uma boa base bíblica e histórica para trabalharmos com pessoas enfermas, isto acontece
tendo como exemplo maior o próprio Senhor Jesus.
1 - Visitar e assistir aos doentes, viúvas, órfãos, faz parte da “boa religião” ( Tg 1,27).
2 - “Eu quero misericórdia e não holocaustos...” ( Mt 12 ,7b ).
3 - “Estava nu e me vestistes, enfermo e me visitastes...” ( Mt 25,36).
4 - “Como quereis que os homens vos façam, assim fazei vós também a eles...”( Lc 6,31).
5 - Parábola do “Bom Samaritano” ( Lc 10, 25-37).
6 - “Aquele que diz que está Nele, também deve andar como Ele andou” ( 1Jo 2,6).
7 - “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com Espírito Santo e poder, o qual andou por toda
parte fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (At
10,38).
8 - “...Eu Sou o Senhor que te sara” ( Ex 15,26). Deus está do lado da cura e não da doença,
por isso estamos ao lado do doente, para lhe trazer saúde espiritual, emocional e cooperar
com outros profissionais para sua saúde física.
9 - Portanto, a solidariedade, a compaixão, a misericórdia, o amor e o cuidado com o outro
são temas centrais na teologia cristã. O próprio Senhor Jesus nos ensinou a amar e a
servir: “Vão e façam o mesmo” (Jo 13,15). O que faz que com cristãos estejam presentes
intensamente em obras de cuidados para com as pessoas fragilizadas.
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A ARTE DE VISITAR BEM
E continua o Pe. Mateo Bautista: “Visitar é um ato de generosidade. Visitar bem é uma arte.
Existem visitas breves que confortam, outras, longas, que cansam; existem visitas que
incomodam, outras que fazem amadurecer. Visitar não se improvisa. Exige que se tenha uma
motivação transparente, desinteressada. Implica maturidade afetiva e um equilíbrio emocional
saudável. Demanda respeito absoluto às idéias, religião, opiniões, valores do visitado, como
também, conhecimento de técnicas de relações, objetivos claros para explicar a presença. Toda
visita deve ocasionar uma saudável relação de ajuda.
O visitador, no hospital, não deve buscar protagonismos. Precisa trabalhar em equipe, com um
projeto organizado, com humildade, simplicidade, desejando contribuir e aprender. Não se
defende nem ataca, não impõe ou expõe seus critérios, deixando o visitado sempre em liberdade.
Na visita o agente pastoral não deve fazer nenhum tipo de proselitismo. A visita do voluntário deve
ser respeitosa e mediadora com a condição religiosa, social do doente.
O visitador precisa recordar que só se produzem encontros verdadeiramente humanos e
educativos quando se dão autênticas relações interpessoais; nunca quando são exclusivamente
funcionais ou profissionais”. (Visita ao doente, página 26-27)
O VOLUNTÁRIO VISITADOR
A pessoa interessada em visitar enfermos internados (paciente) dever ter convicção do seu
chamado para este ministério e preparar-se para ele. É muito comum haver um entusiasmo inicial
com a oportunidade de visitar, mas quando conhecem o hospital, muitos desistem, pois vêem que
as coisas não são tão simples assim. Vejamos agora algumas características que o visitador deve
possuir. Nos fundamentamos na experiência dos Padres Camilianos, Ordem Religiosa que
trabalha na área da saúde, concretamente através do Pe. Léo Pessini e Pe. Anísio Baldessin. O
boletim ICAPS (Instituto Camiliano da Pastoral de Saúde) em muito contribuiu para esta produção
que segue abaixo.
3 - Ter humildade e sabedoria, para reconhecer que não se é melhor que ninguém.
Muitas vezes nos deparamos com a aparência debilitada do paciente, e como, em sua
maioria são pessoas simples, podemos ter a tendência de achar que somos superiores ou
maiores do que ele. Se nos acharmos superiores não chegaremos calçados com o Evangelho da
Paz, mas com os saltos altos espirituais. – “Eu vim aqui para lhe ensinar algumas coisas”, e logo
despejamos nossa teologia sobre o doente e quase o matamos. “Fiz-me fracos para com os
fracos...”(1 Cor 9,22). Devemos nos colocar ao lado do paciente como seu igual e compartilhar
com ele os seus sofrimentos, dúvidas, anseios, mostrando-lhe que Jesus o ama do jeito que ele é
e está, e que o Senhor vai ajudá-lo da melhor forma possível.
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É essencial que o visitador tenha uma espiritualidade madura, equilibrada. Para tanto, além do
aspecto pessoal (discípulo), que seja atuante em sua igreja local, tenha compromisso com o
Reino de Deus e sua expansão, seja fiel e submisso às autoridades eclesiásticas e tenha um
grande amor e temor de Deus. Seja constante na oração, no estudo e na meditação das
Escrituras. Ali pode nutrir sua vida espiritual, aprofundando sua fé e o serviço ao próximo carente.
9 - O voluntário deve gozar de boa saúde física, psicológica e espiritual. Esta estabilidade ajuda
e muito na presença junto ao paciente.Do contrário não visite enfermos!
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Nossa missão não é pregar religião para ninguém. Temos que respeitar a todos, tentar influenciar
de maneira cristã, sem entrar em debate religioso/confessional. O Serviço de Capelania não
tolera proselitismo (“forçar o paciente à sua religião”)! Mas o paciente, livre e consciente, tem
o direito de usufruir de todos os recursos litúrgicos de sua religião: orações, eucaristia, unção, ...
11 - Ser uma pessoa que sabe se submeter a regulamentos e a autoridade constituída. Sabe
trabalhar em equipe e em conjunto, ser perseverante, de mentalidade aberta, desejoso de
aprender e aperfeiçoar-se. É importante o interesse constante em querer aprender (leitura
pessoal, cursos, encontros de estudo do Serviço de Capelania...)
12 - Ser constante e perseverante no trabalho. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes,
inabaláveis, progredindo sempre na obra do Senhor, certos de que vossas fadigas não são em
vão, no Senhor”. (1 Cor 15,58):
13 - Ter discernimento e sensibilidade na conversação. Não julgar, não fugir do assunto e não
ser autoritário.
14 - Ter convicção quanto à dignidade do doente. Cada pessoa não importa quem, ou como
esteja, é uma pessoa especial, única e importante para Deus que deu o seu Filho por ela. O
doente por ser sujeito também se torna nosso evangelizador!
18 - Lembrar sempre que somos “semeadores” e não ceifeiros. Não devemos ter pressa em colher
resultados
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PASSOS E NORMAS GERAIS DE VISITAÇÃO HOSPITALAR
De acordo com o Padre Mateo Bautista surgem os questionamentos: “Como proceder a uma
visita pastoral? O que dizer, o que fazer, como se apresentar? Vejamos algumas indicações
simples que podem ajudar-nos.
3. Coloque-se em uma posição no quarto, na qual o paciente possa vê-lo sem se mover ou se
esforçar. Se houver acompanhante dê atenção a este também. A família sofre junto e
merece nossa atenção!
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6. É proibido sentar-se ou apoiar-se na cama. Não “empurre” os chinelos do paciente e nem
seus pertences na mesinha. Observe se há fotos, mensagens, algum objeto religioso,... isto
pode te ajudar no diálogo com o paciente. Lembre-se, é a casa dele!!!
7. Tenha muito bom senso com relação ao tempo de duração da visita. Saiba avaliar a
situação e o tempo de visita, logo ao entrar no quarto. Tenha a sensibilidade de perceber
quando o paciente está cansado e necessitando de repouso.
8. Para compreender o doente é preciso colocar-se em seu lugar. Não é fácil. Se não o fizer, é
inútil discutir e argumentar com ele.
9. Alguém se perguntará: "O que posso dizer ao doente?". Não é tão necessário perguntar
nem falar, mas escutar. A escuta abre as portas do coração. “ESCUTAR - Para ouvir
melhor. “Sejam todos prontos para ouvir, lentos para falar e lentos para se irritar” (Tiago
1,19).
- Não interrompa a conversação.
- Não desvie o seu olhar da pessoa. Dê-lhe toda a atenção. Olho no olho
- Valorize os sentimentos do paciente. Incentive-o a continuar.
- Procure não competir com o paciente contando-lhe outra história. Dê-
lhe atenção total.
- Não critique e não julgue. Não discuta.
- Existem casos em que o paciente não pode falar, mas você pode se comunicar
através do olhar, de um gesto, de um toque. O amor não flui somente da nossa
boca. (Pe. Mateo Bautista - Visita ao doente, pg. 31-33)
-
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10.Mas também devemos aprender o que não falar. São comuns frases brotadas de nossa
espontaneidade, inocência e despreparo que, infelizmente, podem não ajudar numa visita.
Conforme Padre Léo Pessini e Padre Mateo Bautista, ei-las:
Eis o que nos ensina o Pe. Léo Pessini: “A essa altura podemos perguntar-nos: o que dizer,
então? É difícil saber exatamente! Não há uma fórmula mágica, infalível para resolver o problema.
Mais fácil é tomar consciência do que não se deve dizer. Geralmente o que você não gostaria de
ouvir, o que lhe causaria sofrimentos adicionais, não diga ao outro, pois tem o mesmo efeito. Cada
pessoa e situações são diferentes umas das outras. A criatividade do amor nos faz ver o que é
mais conveniente e apropriado em cada circunstância. Devemos ser uma presença viva do
amor de Deus.” (Ministério da Vida, pg. 64).
12.SER UM BOM OUVINTE - Por ser uma postura essencial nesta arte de visitar, para melhor
ouvir, apresentamos também quatro tipos de ouvintes, conforme nos relata o Pastor Rick
Warren (Pastor-fundador da Igreja Saddleback – USA):
A) “OUVINTE JULGADOR. É o que já tomou decisão e não quer ser confundido pelos fatos.
Ele é crítico, negativo e preconceituoso. Estudos mostraram que 17% das pessoas se
encaixam nessa categoria.
B) OUVINTE INTERROGADOR. É o que imagina que ser bom ouvinte é disparar uma série
de perguntas à pessoa que está falando. Perguntas são importantes numa conversa. Mas
interromper com perguntas aborrece. De acordo com pesquisas, 26% das pessoas usam esta
abordagem.
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C) OUVINTE CONSELHEIRO. Ouvem apenas o suficiente para fazer uma avaliação e,
então, passam a fazer exatamente o que pretendiam: oferecer conselhos não solicita dos. Eles
na verdade não ouvem. Não se concentram em tudo o que esta sendo dito; ouvem o suficiente
para poder responder. Cerca de 35% das pessoas se encaixam aqui.
D) OUVINTE EMPÁTICO. Este estilo é usado por apenas 22% das pessoas, mas é de longe
o mais eficiente. Ouve-se para capturar o sentimento de quem esta falando e não apenas as
suas palavras. Presta-se atenção ao tom de voz, expressões faciais e linguagem corporal, que
são sinais não verbais. É dar e prestar atenção integral a quem esta se comunicando.” Texto
“BOM LIDER, BOM OUVINTE”, de autoria de Rick Warren, escritor e conferencista, autor do
best-seller "The Purpose-Drive Life" (Uma Vida Com Propó sitos), traduzido em várias línguas
através do mundo. Usado com a devida permissão.
Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes. 2009.
http://mailing.cbmc.org.br/cgibin/dada7/mail.cgi/archive/cbmcbr/20090726190055/ -
acesso em 03 de abril de 2016.
13. “CAPACITAR PARA FAZER, oferecendo a possibilidade de ser útil, de servir. Dando ao
outro o sentido de utilidade e participação no seu ministério. Fazendo saber o quanto sua
história ou seu compartilhar te impressionou... Facilitando o ministério entre os pacientes
de uma mesma casa ou entre familiares. Utilizando alguns dons ou capacidades em
nossas orações... Convidando as pessoas a escrever sobre suas experiências de doença
e de fé, etc. FAZER, realizando um serviço para outra pessoa, a pedido seu, como: orar,
oferecer uma bênção ou algum sacramento,...” (Pe. Mateo Bautista - Visita ao doente, pg.
31-33)
14. Procurar orar com calma junto ao paciente. Tudo o que é feito com amor, evangeliza.
15. Não dê água ou qualquer outra coisa ao paciente sem a permissão da enferma
gem. Não leve nenhum tipo de alimento.
16. Não se pode fotografar/ filmar/ entrevistar qualquer paciente sem o conhecimento e
autorização do mesmo e dos responsáveis (Enfermagem, Relações Públicas)
17. Ainda que marcado pela solidariedade e compaixão, o voluntário deve ter cuidado e
critérios para não se envolver diretamente com pacientes e familiares, mesmo depois da
alta. Há situações e situações. Uma coisa é o contato no leito hospitalar, outro é a
convivência fora! Por isso prudência, discernimento e sabedoria. É recomendado não dar
telefone e outros dados pessoais ao paciente e seus familiares.
REGRAS DE ASSEPSIA
Bactérias: São os seres vivos mais antigos na natureza. São também os mais simples do
ponto de vista estrutural e os mais bem sucedidos em relação ao número de indivíduos. Elas
são microscópicas, unicelulares, sem núcleos e sem clorofila e se reproduzem por divisão
binária. Podem ter várias formas e serem de tamanhos variados, indo de 0,2 a 6,0
micrômetros (milésima parte do milímetro).
Vírus: São organismos extremamente simples, diferindo dos demais seres vivos por não
possuírem organização celular, metabolismo próprio e por não serem capazes de se
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multiplicar sem auxílio de uma célula hospedeira. São parasitas intracelulares obrigatórios.
Os vírus são os menores seres vivos conhecidos, visíveis apenas ao microscópio eletrônico.
São tão pequenos que podem penetrar na célula das menores bactérias que se conhecem.
a) Lavar as mãos e usar álcool/gel assim que chegar na enfermaria, ao tocar em paciente
ou objetos e antes de sair do hospital. A infecção hospitalar é transmitida na maior parte
das vezes por contato, por isso o procedimento mais eficaz no seu combate é a
higienização das mãos.
d) Use roupas limpas, discretas e apresentáveis. Nada que atrapalhe pelo excesso ou pela
falta. JALECO sempre limpo e passado.
e) Em caso de cabelos longos, mantê-los preso. Para os homens, cuidado com barba e
cabelos compridos.
h) Cuide-se com boa higienização pessoal, bucal (evitar mal-hálito). Unhas cortadas e
limpas. Evite uso de pulseiras e anéis.
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QUESTÕES DE FÉ
Ao trabalharmos com o mistério da dor, sofrimento e morte nos deparamos com uma
questão inerente ao tema: “Quem Deus é?” Os pacientes e envolvidos despertam em si e
em nós esta reflexão. Como ajudá-los? Mas, precisamos primeiro responder a nós. A
Pastora Eleny Vassão de Paula Aitken, (Igreja Presbiteriana de São Paulo, apresenta esta
reflexão em seu livro “No leito da enfermidade.” (Editora Cultura Cristã - 2013): “Podemos
dar algumas orientações, tendo como base as dúvidas e distorções mais comuns que
encontramos entre os pacientes em relação à pessoa de Deus.
1 - O Deus Incompassivo.
Para muitos, principalmente aqueles que tiveram problemas com os pais,
especialmente o pai, na infância, é difícil entender a Deus como um Pai amoroso e
presente. O termo “pai” leva a pessoa a transferir para Deus seus ressentimentos,
imaginando-o um Deus rígido e incompassivo. Devemos ajudar
2 - O Deus Fraco.
Para muitas pessoas Deus não costuma agir como no passado. Ele fez grandes
obras no passado, mas hoje isto não acontece mais. Devemos mostrar que Ele é o mesmo
ontem, hoje e será eternamente ( Hb 13,8).
4 - O Deus Perfeccionista.
Muitos pensam que Deus exige que sejamos 100% perfeitos, tentam serem super
homem ou mulher maravilha, e acabam se desiludindo por não alcançar pelas próprias forças
um alvo tão elevado. Devemos ser santos como Deus nos manda, mas isso não significa
perfeição absoluta. Santidade é possível somente no poder do Espírito Santo, pela graça de
Deus, que apesar de nossas imperfeições, nos garante a chegada ao alvo como vencedor.
BATISMO:
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UNÇÃO DOS ENFERMOS:
A Unção é ministrada apenas quando pedido por um paciente ou seu familiar, desde que, de
fato, seja necessária. É conforto e força de Deus. Pode ser dada também mediante cirurgias
ou procedimentos invasivos.
AS RELIGIÕES
OBS.: O voluntário do Serviço de Visitação deve mostrar total conhecimento da Teologia Cristã,
expressa nas Igrejas Católica e Protestante. Por isso a graça da convivência e da curiosidade
sadia. Deve ser uma pessoa que expresse respeito pela UNIDADE do Serviço na perspectiva
ecumênica. Jamais, dentro do ambiente hospitalar, deverá expressar opiniões conflitivas,
semeando discórdia. Iniciativas em favor dos pacientes e profissionais devem ser de
conhecimento da direção do Serviço de Capelania com a devida permissão. Ainda que feita por
um ou mais voluntário, será de responsabilidade de todo o Serviço.
4 - O QUE É SEITA?
É um grupo de pessoas, fechado em torno de si mesmo, de sua doutrina, de cunho radical,
sectário e proselitista. Para este grupo tudo e todos o que estão fora é errado. Uma pessoa
enferma precisa de acolhimento e respeito. Não aceitará ficar num grupo fechado. Portanto um
grupo religioso que se considera o único caminho e não reconhece os demais movimentos
religiosos, é uma seita.
• Deus cura sempre? Com base na Bíblia podemos dizer que Deus não cura sempre. Senão
nenhum cristão morreria enfermo.
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• E quando Deus não cura?
Está em moda já alguns anos a teologia da prosperidade, que ensina que o cristão é quase
sempre um super-homem, que não pode ficar doente, pois toda doença é de origem diabólica.
O cristão cheio de fé não precisa tomar remédios e outras coisas assim. Encontramos no
hospital, com certa regularidade, cristãos abatidos e amargurados consigo mesmos e cheios de
culpa por estarem doentes, como se ficar doente fosse um pecado.
→ O que é fazer o BEM? = “Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que
amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu desígnio”. (Rm 8,28) → Cuidado
para não confundir PENSAMENTO POSITIVO com FÉ.
2. Fé e Ciência
Um assunto polêmico em nossa área de trabalho. Não podemos fechar os olhos, ignorar o
desafio. Para nós, é certo que todo conhecimento vem de Deus, dono de todo saber. Deus na
Bíblia revela a si mesmo e da sabedoria e conhecimento ao homem, tendo este a capacidade
de aprender, pesquisar e criar coisas novas.
Historicamente, os primeiros cientistas era pessoas ligadas a religião, como médicos, astrólogos,
químicos etc.
Para o homem de boa fé, não há problemas ou confronto com a ciência, pois, esta é para a
pessoa de fé, um instrumento feito para o bem do homem, sendo que uma não anula a outra,
pois Deus é Senhor de todas as coisas: “E isto, para que todos sejam encorajados, unidos no
amor, para alcançar a riqueza do pleno entendimento e o conhecimento do mistério de Deus,
que é o Cristo. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento.”(Cl
,2-3). Devemos inclusive orar pelos cientistas para que tenham sucesso em suas pesquisas, a
fim de descobrirem novos tratamentos e cura para as doenças, assim como produzirem
melhores condições de vida a toda criação sobre a face da terra, sobre a humanidade.
Portanto:
• Fé e Ciência não são inimigas e podem viver em harmonia. Em essência, uma não se opõe
a outra. No caso de embates que haja paciência, diálogo, respeito.
• A ciência não tem resposta a tudo e a fé também não.
• A ciência esta a serviço do homem e a fé a serviço de Deus, que atua na vida dos homens. A
ciência pode estar a serviço de Deus.
• Devemos saber manter os momentos de independência, mas também de unidade uma para
com a outra.
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Deus?”. A resposta, com 77%, foi “o médico com a ajuda de Deus”. Essa resposta impressiona.
Ou seja, para o povo brasileiro, que ainda crê, Deus e o médico andam bem associados no
trabalho terapêutico. Nem tudo a Deus, nem tudo ao médico. Os dois juntos formam o todo
mais harmônico. Não é este um indicador de como o visitador deve orientar o doente em suas
relações com Deus e com o médico?” (Padre Julio Munaro, Reflexões para a Pastoral da
Saúde (páginas 21 e 22).
Embora a consideração das fases como descritas ajudem a compreender que o luto decorrente
da morte seja um processo, como tal, ele é experienciado de modo singular por cada pessoa,
por cada família, de maneira particular. Diante do adoecimento e morte iminente, angústias são
despertadas e o luto pode se tornar patológico ou apresentar quadros de melancolia. Importante
perceber que voluntários na Capelania dos hospitais devem estar preparados para lidar com
essas situações no âmbito hospitalar. Participar desse importante momento na vida das
pessoas e lidar com o processo de morte e luto faz com que voltem para sua própria morte e as
angústias a ela relacionadas. Estar com os enfermos e suas famílias nesse momento de dor
expõe o voluntário a emoções e sentimentos que revelam os fantasmas de suas próprias
realidades de perdas, mortes e lutos relembrando fatos do histórico familiar, medos infantis de
separação e de sua própria imortalidade.
Para lidar com essas angústias, a religiosidade é uma abordagem fundamental para ajudar os
enfermos e familiares a produzir novos sentidos e significados perante aquela vivência.
Enquanto fenômeno humano, a religiosidade é uma das mais marcantes e complexas
dimensões da experiência cotidiana que constitui nossa subjetividade, que ganha especial
significado no momento de adoecimento e morte. Há certo consenso entre cientistas sociais,
filósofos e psicólogos sociais que a religião é uma importante instância de significação e
ordenação da vida, de seus reveses e sofrimentos. Ela está relacionada a um sentido positivo e
que traz alívio, conforto e alargamento da capacidade psíquica para lidar com o sofrimento.
Portanto, estar ao lado e acompanhar um enfermo e sua família à beira do leito numa instituição
hospitalar rumo à despedida da vida terrena significa também colocar-se como agente
acolhedor do sofrimento extremo do outro, numa atitude de compaixão e amor, apoiando num
processo de aceitação dessa realidade genuinamente humana.’’ (Profa. Dra. Daniele Sacardo
Nigro –FCM/Unicamp -2016)
4 - Dor e Sofrimento:
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São situações presentes na vida do ser humano. Aparecem muito em nossa área de atuação:
“Não tenho medo de morrer, mas sim de sofrer e sentir dor”. Tentemos entender:
Segundo Viktor Frankl, “o ser humano não é destruído pelo sofrimento, mas pelo sofrimento
sem sentido” (O homem em busca de sentido,2008) Por que Deus permite o sofrimento?
• A graça nos basta: “... Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se
realiza plenamente”. Por isso, de bom grado, me gloriarei das minhas fraquezas, para que a
força de Cristo habite em mim; e me comprazo nas fraquezas,... nas dificuldades,... por
causa de Cristo. Pois, quando estou fraco, então é que sou forte.” ( 2Cor 12, 9-10)
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f) Restringimos:
• o uso de elementos religiosos como, óleo, água, sal, medalhas e outros, salvo
apenas o uso do óleo pelo Padre e pelo Pastor.
• a distribuição sem autorização e desordenada de textos, mensagens (ditos
“santinhos”) de qualquer procedência.
DEPRESSÃO
Portanto, não podemos demonizar simplesmente ou tratar como um caso de fraqueza da pessoa.
Podemos ajudar, mas não substituir o tratamento médico.
QUESTÕES DE BIOÉTICA
Bioética é o campo de estudo sobre a ÉTICA DA VIDA. A reflexão bioética hoje está presente
em vários campos da vida humana = Meio Ambiente, Economia, Saúde Pública, mas é mais
visível no âmbito da Medicina / Genética / Biologia/ Ecologia... sobretudo quando se trata de
assuntos ligados ao início e término da vida, onde temos algumas questões polêmicas que
chamam a atenção da sociedade em geral e mais ainda, na área hospitalar: Aborto, Eutanásia,
Distanásia, Ortotanásia, Cuidados Paliativos que comentamos resumidamente a seguir.
“Portanto um movimento que defende a vida, humana e não humana, em suas inter-relações..
visando sua proteção e valorização, podendo ser encarada também como uma nova proposta
de paradigma para nossa cultura pós-moderna, tão carente de sentido” (Dr. Venâncio Pereira
Dantas Filho – FCM/Unicamp, 2015). Ou seja, a Bioética é uma nova bandeira da paz em favor
da santificação da vida!
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Entendemos que o homem não pode ser “desmembrado” em suas dimensões. A própria
Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1983, redefine SAÚDE como “completo bem estar
físico, psíquico, social e espiritual e não somente a ausência de doença ou enfermidade”.
É pertinente, portanto, a discussão da ligação entre ESPIRITUALIDADE E BIOÉTICA. As duas
visam o bem estar do ser humano. “Espírito → Sopro de vida! / Bioética → Busca a dignidade
da vida! Quando falamos de Espiritualidade na Bioética, estamos supondo um conjunto seletivo
de aspirações e inspirações que levem na direção da responsabilidade, da proteção e do
cuidado diante da vida” (Pe. Márcio Fabri dos Anjos – Para compreender a espiritualidade em
bioética, in Buscar Sentido e Plenitude de Vida, Paulinas/Centro Universitário São Camilo,2008,
pg. 26).
O ABORTO:
O aborto é a interrupção da gravidez, que pode ser por causas naturais, por doenças, por
problemas na gravidez e ainda o aborto induzido, legalmente ou não. Existem muitas
discussões sobre quando começa a vida humana, se quando nasce, quando se forma o sistema
nervoso, quando é concebido etc. Por isso muitos defendem o aborto, por não verem no feto
um ser humano ainda completo, digno de ser tratado como uma pessoa. Isso varia de acordo
com os valores pessoais e o conceito que se tem sobre quando começa e quanto vale uma vida
humana. No Brasil o aborto ainda é crime, tendo como exceção os casos de má formação do
feto que lhe impeça a vida, risco de vida iminente da mãe e nos casos de concepção após
violência sexual ou estupro. Nestes casos o aborto é permitido com autorização judicial.
A EUTANÁSIA:
Definido como crime no Código Penal Brasileiro, a eutanásia é a interrupção do suporte a vida
ou uma intervenção direta, com objetivo de provocar a morte do paciente. Não existem muitos
registros de eutanásia no Brasil.
A DISTANÁSIA:
É o termo usado para definir o conjunto de procedimentos usados hoje pela medicina para
prolongar a vida do paciente internado, especialmente nas UTIs, de forma obstinada. É um
drama vivido pelas equipes que trabalham em terapia intensiva, pois o ensino médico os leva a
sempre tentar manter a vida, mas o dilema é: até quando?
A ORTOTANÁSIA
O termo significa o “morrer bem”, e engloba procedimentos que não visam prolongar ou diminuir
a vida do paciente, mas sim lhe dar qualidade de vida, conforto no final de sua vida.
CUIDADOS PALIATIVOS
É a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças
que ameacem a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. Requer a
identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e de outros problemas de
natureza física, psicossocial e espiritual. (Organização Mundial da Saúde, 2002). Ou seja, os
Cuidados Paliativos não procuram dar mais dias à vida do paciente sem perspectiva
terapêutica e sim mais vida aos seus dias, através da analgesia, atendimento psicológico,
espiritual e outros.
→ No momento terminal de um paciente, não se omita. Esteja ao lado dele, ao lado dos
familiares. A Teologia Cristã atesta a grandeza da Morte, como momento de passagem.
Cremos na Ressurreição! “Não é a morte que vem ao nosso encontro... é DEUS!. Não
morremos, entramos para a VIDA ETERNA!” Diante do imutável, manifeste a firmeza da
FÉ e mantenha o silêncio aos pés da CRUZ. O paciente terminal não precisa de fórmulas
mágicas, apenas o conforto de que não esta sozinho em sua Páscoa! Os familiares
aceitarão melhor os desígnios divinos através de sua presença consoladora, com
recitação oportuna da liturgia do momento (há textos próprios). Confirme os
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profissionais que carregam a árdua tarefa de assistir o paciente em seus derradeiros
suspiros. Devemos ajudar a enxugar as lágrimas e não contê-las.
COMENTÁRIOS:
As Igrejas Cristãs, baseadas nas Sagradas Escrituras são defensoras da vida em todos os
sentidos, por isso nas discussões bioéticas, que são multidisciplinares, sempre a visão cristã
terá a tônica da defesa vida do ser humano em qualquer fase da sua existência, ou seja,
cremos que a vida começa na concepção, sendo que o feto desde o princípio já é um ser
humano digno de ser reconhecido e tratado como tal.
Este curso:
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BIBLIOGRAFIA MÍNIMA PARA O VOLUNTÁRIO/VISITADOR
2) - Visita ao Doente
Pe. Mateo Bautista – Edições Paulus, 5ª Ed, 2007
3) - Ministério da Vida
Pe. Leo Pessini – Ed. Santuário e Centro Univ. São Camilo, 25ª Ed, 2005
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Centro Universitário São Camilo e Edições Loyola, 2013
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LEI 9982/00 | LEI NO 9.982, DE 14 DE JULHO DE 2000
Art. 1o Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede
pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar
atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus
familiares no caso de doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais.
Art. 2o Os religiosos chamados a prestar assistência nas entidades definidas no art. 1o deverão,
em suas atividades, acatar as determinações legais e normas internas de cada instituição
hospitalar ou penal, a fim de não pôr em risco as condições do paciente ou a segurança do
ambiente hospitalar ou prisional.
Art. 3o (VETADO)
José Gregori
José Serra
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DECRETO Nº 44.395, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999
MÁRIO COVAS, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais,
Decreta:
Artigo 1º - A prestação de assistência religiosa nos hospitais da rede pública e privada,
manicômios e estabelecimentos penitenciários do Estado é garantida aos representantes
de todas as crenças, atendidos os requisitos previstos neste regulamento.
§ 1º - A prática de culto envolvendo cerimônias coletivas somente será realizada em local
apropriado dos hospitais e estabelecimentos penais.
§ 2º - Em situações urgentes, a assistência religiosa poderá ser prestada fora dos horários
normais de visita.
§ 3º - A atuação religiosa não poderá implicar em ônus para os cofres públicos.
Artigo 2º - Nenhum paciente acolhido nos hospitais da rede pública ou privada e nenhum
preso ou internado nos estabelecimentos penais do Estado será obrigado a participar de
atividade religiosa ou a aceitar os serviços religiosos.
Parágrafo único - Na impossibilidade de manifestação da própria vontade, a autorização
para a prestação dos serviços deverá ser providenciada pelos familiares.
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§ 8º - O acesso aos estabelecimentos penais deverá obedecer às normas de segurança e
disciplina interna, respeitadas as peculiaridades da instituição.
Artigo 4º - Para fins de credenciamento de seus representantes, as entidades religiosas
deverão cadastrar-se junto à Secretaria da Saúde ou da Administração Penitenciária,
conforme o caso, mediante a apresentação de cópia autenticada de seus atos
constitutivos, devidamente registrados.
§ 1º - O credenciamento dos representantes dos cultos religiosos cadastrados será realizado
mediante a apresentação do documento de identidade pessoal e de declaração da entidade
relativa à sua filiação, expedindo-se carteira de identificação.
§ 2º - Os requisitos para expedição da carteira de identificação de que trata o parágrafo
anterior serão indicados em resolução a ser editada respectivamente pelo Secretário da Saúde
e pelo Secretário da Administração Penitenciária.
§ 3º - A resolução indicará ainda os locais e horários para realização das cerimônias religiosas,
e a forma de sua distribuição entre as entidades cadastradas.
Artigo 7º - Este regulamento deverá ser afixado, de forma visível, nos locais de acesso do
público aos estabelecimentos, preferencialmente nas portarias.
Parágrafo único - Pelo descumprimento do disposto neste artigo será aplicada ao responsável
pela instituição multa no valor de 100 (cem) Ufirs que deverá ser recolhida aos cofres do
Tesouro dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar de sua notificação.
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LEI 11209/02 | LEI Nº 11209 DE 29 DE ABRIL DE 2002 DE CAMPINAS
DISPÕE SOBRE A PRESTAÇÃO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA EM ESTABELECIMENTOS
HOSPITALARES DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS, PREVISTA NA CONSTITUIÇÃO
BRASILEIRA.
Autoria: Vereador Luiz Franco A Câmara Municipal aprovou e eu, Prefeita do Município de
Campinas, sanciono e promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º - Ficam os hospitais, clínicas e entidades civis e militares de internação coletiva, sediados
no Município, obrigados a permitir o ingresso de representantes religiosos, em suas
dependências de internação, para prestação de assistência religiosa, nos termos do art. 5º,
inciso VII, da Constituição Federal.
Art. 2º - O ingresso de representantes religiosos nas Unidades e Centros de Tratamento Intensivo
- C.T.I. e U.T.I., somente será permitida com autorização do médico responsável.
Art. 3º - As visitas dos religiosos deverão ocorrer no horário compreendido entre 8:00hs e
17:00hs, em todos os dias da semana, inclusive em sábado, domingo e feriados.
Art. 4º - O ingresso dos representantes religiosos respeitará as normas internas do
estabelecimento hospitalar devendo os mesmos estar devidamente trajados, portando crachá de
identificação, no qual constarão obrigatoriamente:
I - Nome da Instituição Religiosa;
II - Nome completo e assinatura do representante religioso;
III - Nome completo e assinatura do responsável pelo instituição;
IV - Número da cédula de identidade - RG; V - Fotografia recente.
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LEI Nº 13.234 DE 07 DE JANEIRO DE 2008
Art. 4º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber, no prazo de 60 (sessenta)
dias, a partir da publicação.
Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com estas rápidas e sinceras reflexões e orientações, queremos oferecer aos voluntários
visitadores espirituais, uma oportunidade de conhecerem e aprofundarem a graça da visita, pois
“tudo o que fizerdes ao menor dos irmãos, a mim estará fazendo” (Mt 25,40)
Um visitador “é uma pessoa rica em humanidade, que comunica proximidade, acolhida e
carinho; capaz de escutar e de acolher o outro em sua história pessoal, sua individualidade e
oferecer-lhe hospitalidade em seu coração” (Guia Pastoral da Saúde/CELAM)
Só temos que bendizer a agradecer a vida e o SIM de tantos homens e mulheres que ao longo
destes anos se dedicam à arte da visitar pessoas enfermas nesta nossa área hospitalar. O
Serviço deve muito à presença silenciosa, competente e disponível de vocês. Uma larga
estrada vem sendo percorrida. Deus os abençoe!
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SERVIÇO DE CAPELANIA
Hospital de Clínicas
U N I C A M P Hospital da Mulher
Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti
(CAISM)
Impressão e Acabamento
19 3233.0002 | 3276.1100
Av. Barão detapur
I a, 1846 - Guanabar
a - Campinas