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Anatomia I
1. Sistema Cardiorrespiratório
2. Osteologia, Artrologia, Miologia, Angiologia, Nevrologia
E. Tiroide e Mama
João Pedro C. M.
2015/2016
Caro Colega que nesta Unidade Curricular enverga pela primeira vez, antes de mais gostaria de
desejar os parabéns pela tua entrada neste Curso! Foi sem dúvida uma grande conquista que
merece ser celebrada! Desejo-vos e aos alunos já familiares com a disciplina muito boa sorte e
um ano letivo cheio de sucessos.
Quanto a esta Sebenta, a mesma foi concebida com o intuito de ser um instrumento de apoio
às aulas e ao estudo relativo à matéria avaliada nos primeiros 2 testes (e também à que só é
avaliada em exame). Esta reúne informação de diversos locais mas apresenta como fonte
principal a matéria lecionada pelos Docentes e Regente da Cadeira durante as aulas. Sempre
que um tópico não tiver sido baseado unicamente na matéria mencionada na aula, será
indicado o local onde o mesmo foi encontrado, se este for conhecido.
Queria, finalmente, adereçar os meus sinceros agradecimentos aos alunos Ana Sofia Viveiros e
Miguel Guerreiro Pacheco pela disponibilidade que demonstraram para ocupar o lugar de
Revisores desta sebenta, com o intuito de eliminar a maioria dos erros que me possam ter
escapado. De qualquer forma é de salientar que a sebenta pode conter erros pelo que peço
que tenham atenção na leitura e utilização da mesma.
Saudações Académicas
Este capítulo foi grandemente baseado nos já existentes PowerPoints concebidos pela Dr.ª
Emília, apresentando ainda diversas notas e complementos lecionados no decorrer das aulas.
Conteúdo
• Coração ........................................................................................................................2
o Pericárdio ........................................................................................................... 14
• Laringe ....................................................................................................................... 17
• Traqueia ..................................................................................................................... 27
• Brônquios .................................................................................................................. 31
• Pulmões ..................................................................................................................... 35
o Pleuras ................................................................................................................ 42
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Coração
Localização:
Mediastino – região da cavidade torácica delimitada lateralmente pelos pulmões e
pleura respetiva.
Limites:
o Superiormente: -1ª Costela o Inferiormente: -Diafragma
-Esterno
-Clavícula
Estruturas do Mediastino:
o Timo (órgão linfoide secundário onde ocorre a maturação dos Linfócitos T)
o Coração
*Grandes Vasos – Artéria Aorta,
o Pericárdio
Artéria Pulmonar, Veias Cavas e
o Traqueia
Veias Pulmonares
o Grandes Vasos*
Nota: O Mediastino Superior
Zonas do Mediastino:
encontra-se separado do Mediastino
Inferior por um plano imaginário
transversal que se estende do Ângulo
Mediastino Superior Esternal (Página 55) e o Disco
Intervertebral entre T4 e T5.
T4
T5
2 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Coração 1
Orientação do Coração:
Base:
Corresponde a:
Impressão Esofágica
(localizada na Parede Posterior da A.E.)
João Pedro C. M. 3
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Vértice:
Face Diafragmática:
Corresponde a:
• Ventrículo Esquerdo;
• Ventrículo Direito (apenas a uma pequena porção deste).
Nota: Os Ventrículos estão separados nesta face pelo Sulco Interventricular Posterior.
Face Esternocostal:
- Face anterior que se relaciona com a Parede Torácica Anterior (ou seja com o Esterno
ao meio e as Costelas lateralmente).
Corresponde a:
• Ventrículo Direito;
• Aurícula Direita (apenas a uma porção desta);
• Ventrículo Esquerdo (apenas a uma porção deste).
Nota: Os Ventrículos estão separados nesta face pelo Sulco Interventricular Anterior.
Corresponde a:
• Aurícula Direita.
Corresponde a:
• Ventrículo Esquerdo;
• Aurícula Esquerda (apenas a uma pequena porção desta).
4 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Coração 1
Configuração Interna:
Apresenta 4 cavidades:
Aurícula Direita;
Aurícula Esquerda;
Ventrículo Direito;
Ventrículo Esquerdo.
João Pedro C. M. 5
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Septo Interventricular:
Apresenta 2 porções:
6 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Coração 1
o Parede Superior:
Orifício da Veia Cava Superior (apresenta uma localização póstero-
superior na Aurícula e uma orientação para baixo e para a frente);
Orifício do Apêndice Auricular Direito – este apêndice funciona como
reservatório de sangue e como glândula endócrina que liberta um
marcador consoante a volémia atual.
o Parede Inferior:
Orifício da Veia Cava Inferior – orientado para cima e para trás, em
direção à Fossa Oval (com importância a nível fetal).É encerrado pela
Válvula de Eustáquio – prolonga-se em direção à parede interna/septal
pela Fita do Seio e continua-se posteriormente pela Crista Terminalis;
Orifício do Seio Coronário – encerrada pela Válvula de Thebésius.
João Pedro C. M. 7
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Cordas Tendinosas:
Orifícios Auriculoventriculares:
Orifícios Arteriais:
8 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Coração 1
2.) Ventrículo Esquerdo – tem a forma de um cone (e é 3x mais espesso que o V.D.):
Vestíbulo Aórtico – trato de saída do Ventrículo Esquerdo, posterior em relação ao
Cone Arterial do Ventrículo Direito.
o Parede Anterior:
Pilar Anterior.
o Parede Posterior:
Pilar Posterior.
o Parede Interna
o Vértice – constitui o ápex do coração.
João Pedro C. M. 9
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Estrutura do Coração:
o Miocárdio – músculo cardíaco;
o Endocárdio – membrana interior que reveste as cavidades;
o Epicárdio – membrana externa que reveste o músculo cardíaco.
Esqueleto Cardiaco:
Resulta da União de 4 anéis de tecido conjuntivo fibroso, localizados em redor das
válvulas, no plano auriculoventricular.
Vascularização Arterial:
A Irrigação do Coração é proveniente das 2 Artérias Coronárias (primeiros colaterais da
Artéria Aorta). Estas são vasos que circulam ao nível do epicárdio. Apenas os vasos de
pequeno calibre resistem às contrações cardíacas, “afundando-se” no miocárdio.
10 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Coração 1
2. Artéria Circunflexa
Trajeto: Percorre o Sulco Auriculoventricular, pela esquerda, até atingir a Crux
do Coração.
Ramo Terminal: Artéria Interventricular Posterior (raramente).
Ramos Colaterais:
• Artérias Obtusas Marginais
o Artéria Marginal Esquerda – situa-se em relação direta com a
Face Pulmonar Esquerda.
• Artéria do Nódulo Sinusal (em 40% dos casos).
Drenagem Venosa:
É feita por veias epicárdicas que podem ou não drenar para o Seio Coronário.
João Pedro C. M. 11
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Drenagem Linfática:
Acompanha as Artérias Coronárias.
Drena para 2 Grupos Ganglionares:
o Gânglios Braquiocefálicos – À frente dos Troncos Braquiocefálicos Venosos;
o Gânglios Intertraqueobrônquicos – ao nível da bifurcação da Traqueia.
Inervação:
A Inervação do coração é proveniente de:
Sistema Cardio-Netor
-É uma via constituída por células musculares cardíacas modificadas.
12 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Coração 1
• Nódulo Sino-Auricular/Sinusal
o Pacemaker do Coração;
o Localizado na extremidade superior da Crista Terminalis, na junção da
Veia Cava Superior com a Aurícula Direita.
• Nódulo Auriculoventricular
o Localiza-se no Triangulo de Kock que é delimitado por:
Limite Inferior: Orifício do Seio Coronário.
Limite Anterior: Folheto Septal da Válvula Tricúspide.
Limite Posterior: Fita do Seio.
• Feixe de His
o Continua o impulso concentrado no Nódulo Auriculoventricular;
o Atravessa o Trígono Direito;
o Acompanha a Porção Membranosa do Septo Interventricular;
o Divide-se em 2 ramos: um Ramo Direito e um Ramo Esquerdo (ramo
este que nasce pela perfuração da Porção Membranosa do Septo
Interventricular).
• Ramo Direito do Feixe de His
o Destina-se ao Ventrículo Direito;
o Desloca-se pela Margem da Parede Direita do Septo Interventricular
até ao Ápex percorrendo também a Trabécula Septo-marginal até à
base do músculo papilar anterior do Ventrículo Direito;
o Termina originando a Rede Subendocárdica de Purkinje.
• Ramo Esquerdo do Feixe de His
o Destina-se ao Ventrículo Esquerdo;
o Desloca-se pela margem da parede esquerda do Septo Interventricular
até ao ápex;
o Divide-se em 2 Ramos: um Anterior e um Posterior;
o Termina originando a Rede Subendocárdica de Purkinje.
Nota: Entre os 2 nódulos não existe um caminho definido pois a diminuta espessura da
parede da aurícula faz com que não sejam necessárias vias específicas para a passagem
do impulso.
João Pedro C. M. 13
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Pericárdio
Saco fibro-seroso que envolve o Coração e a porção inicial dos Grandes Vasos.
Componentes:
Cavidade Virtual – • Pericárdio Fibroso (externo)
cavidade sem
o Membrana de tecido conjuntivo;
conteúdo. No entanto,
o Delimita o Mediastino Médio;
no caso das
membranas serosas
o Está associado ao Pericárdio Parietal e serve como reforço dessa
apresenta uma membrana por ser mais resistente.
pequena quantidade • Pericárdio Seroso (interno) – Descrição completa na Pág. 15
de líquido que lubrifica o É constituído por 2 folhetos em continuidade um com o outro;
as superfícies e evita o o Entre os 2 folhetos existe uma Cavidade Virtual – cavidade sem
seu atrito – no caso do conteúdo que no caso das Membranas Serosas apresenta um liquido
pericárdio chama-se que lubrifica as superfícies minimizando o atrito.
líquido pericárdico.
Funções do Pericárdio:
• Manter a posição do Coração (atua como Meio de Fixação);
• Minimizar o atrito causado pelo seu movimento.
• Aderente ao Diafragma;
• O seu grande eixo é dirigido para a frente e para a esquerda.
Vértice:
Face Anterior:
• Apresenta 2 porções:
o Retro-pulmonar – mais lateral, relacionando-se com a Face Interna dos
Pulmões;
o Extra-Pulmonar – mais central, relacionando-se com a Parede Torácica
Anterior/Face Posterior do Esterno.
Face Posterior:
Bordos Laterais:
14 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Coração 1
Pericárdio Seroso:
Apresenta 2 folhetos:
• Posterior:
o Ocorre em redor das Veias Cavas Superior e Inferior e das Veias
Pulmonares;
o Apresenta a forma de um “J” invertido;
o Origina na Face Posterior da Aurícula Esquerda (externamente) o Seio
Obliquo Pericárdico ou Fundo de Saco de Haller, entre as Veias
Pulmonares Esquerdas e as Direitas.
• Superior:
o Ocorre em redor da Artéria Aorta e da Artéria Pulmonar.
João Pedro C. M. 15
1 Coração | Sistema Cardiorrespiratório
Drenagem Venosa:
Inervação:
A inervação é feita por ramos do:
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Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 1
Meios de Fixação:
• Ligamento Tiro-hióideu/Membrana Tiro-hióideia;
• Músculos Infra-Hióideus;
• Glândula Tiroideia;
• Continuação com a Traqueia;
• Músculos Faríngeos.
Constituição Anatómica:
1.) Cartilagens
• Tiroideia1
Anteriores 1
• Ímpares e Medianas • Cricoideia 2
• Epiglote3 2
• Aritnoideias 4
Posteriores
• Pares e Laterais • Corniculadas 5
3
• Cuneiformes*
1
5
*As cuneiformes não são visíveis em imagens posteriores das Cartilagens
da Laringe porque se encontram inseridas na espessura da mucosa da 4
Laringe. Também é de referir que não se articulam com as restantes 2
cartilagens.
João Pedro C. M. 17
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório
Cartilagem Cricoideia
-É a cartilagem mais inferior da Laringe; Nota: Sempre que uma região se encontra
-Constitui o Vértice da Laringe; marcada a tracejado nas imagens abaixo significa
que se refere a algo por trás ou por baixo
-Continua-se abaixo pela Traqueia (mais
relativamente ao ângulo de visão da imagem.
mais especificamente pelo primeiro Anel
da Traqueia, com o qual se encontra conectada através da Membrana Crico-Traqueal.
Incisura Mediana
Facetas Articulares
Placa Cricoideia Aritnoideias
-É posterior
Local de inserção da
-Forma: Quadrilátera
Membrana Crico-Tiroideia
Anel Cricoideu (Bordo Superior do Anel Cricoide)
-É anterior
-Pouco espesso Local de inserção dos
Músculos Crico-Aritnoideus Posteriores
(na Face Posterior – por trás da região apontada)
Local de Inserção da
Músculo Traqueal
Local de inserção da
Membrana Crico-Traqueal
(no Bordo Inferior do Anel Cricoideu)
Tubérculo Cricoideu
18 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 1
Cartilagem Tiroideia
Proeminência Laríngea
Tubérculos/Processos/Cornos Tiroideus Inferiores
(Articulam-se com as Facetas Articulares Tiroideias da Cartilagem
Cricoideia através das Facetas Articulares Cricoideias que possuem)
Linha(s) Obliqua(s)
Epiglote
João Pedro C. M. 19
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório
Ligamento Hio-Epiglótico
Impede a mobilidade excessiva da cartilagem fixando-a
ao Osso Hioide.
Ligamento Tiro-Epiglótico
Cartilagens Aritnoideias
Relacionam-se com:
Apresentam ainda na base as Facetas Articulares Cricoides – local que assenta sobre a
Cartilagem Cricoideia (especificamente sobre as Facetas Articulares Aritnoideias).
Ligamento/Membrana Tiro-Hioideia
Mediana
Ligamento/Membrana Crico-Tiroideia
Ligamento Hio-Epiglótico
Ligamento Tiro-Epiglótico
Corda Vocal
Nota: As Pregas Vestibulares não são verdadeiros ligamentos da Laringe.
20 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 1
3.) Músculos
• Músculos Tensores:
o Músculos Crico-Tiroideus (1 de cada lado)
Inserções:
Ações:
Inserções:
Ações:
João Pedro C. M. 21
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório
Inserções:
Ações:
Inserções:
Posteriores:
• Feixe Interno: Processo Vocal e Face Antero-Externa das
Cartilagens Aritnoideias
• Feixe Externo: Bordo Externo das Cartilagens
Aritnoideias
Anteriores: Ângulo Reentrante da Cartilagem Tiroideia
Ações:
Inserções:
Feixes Oblíquo:
• Vértice de uma Cartilagem Aritnoideia;
• Processo Muscular da Cartilagem Aritnoideia oposta.
Feixe Transverso:
• Porção externa das Cartilagens Aritnoideias.
Ações:
22 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 1
Configuração Externa
Forma: Piramidal/Cónica (invertido – a base encontra-se voltada para o topo)
Limites
• Anterior: Epiglote
• Posterior: Cartilagens Corniculadas e Cuneiformes
• Lateralmente: Lâminas Quadriláteras da Cartilagem Tiroideia e Ligamentos Tiro-
Hioideus.
Face Posterior
Pregas Faringo-Epiglóticas
(Reflexão da parede da Faringe
com o bordo da Epiglote)
Pregas Aritno-Epiglóticas
(Reflexão da Epiglote com as
Cartilagens Aritnoideias)
Base da Laringe
Incisura Inter-Aritnoideia
(Pequena depressão localizada
entre as Pregas Aritno-Epiglóticas)
Valécolas
(Depressões localizadas entre as pregas assinaladas)
João Pedro C. M. 23
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório
Configuração Interna
A Laringe apresenta 3 zonas:
Irrigação Arterial
A irrigação da Laringe é feita através de 3 artérias distintas:
• Artéria Laríngea Superior (2) – ramo da Artéria Tiroideia Superior que por sua vez
é ramo da Artéria Carótida Externa. No seu trajeto ela perfura a Membrana Tiro-
Hioideia. É responsável por irrigar a Região Supra-Glótica.
• Artéria Crico-tiroideia (2) – ramo da Artéria Tiroideia Superior que por sua vez é
ramo da Artéria Carótida Externa. Irriga a Região Infra-Glótica e atravessa a
Membrana Crico-Tiroideia.
• Artéria Laríngea Posterior (2) – ramo da Artéria Tiroideia Inferior que também é
ramo da Artéria Subclávia. Durante o seu trajeto acompanha o Nervo Recorrente.
• Veia Laríngea Superior que drena para a Veia Tiroideia Superior, que por sua vez
drena para a Veia Jugular Interna.
• Veia Laríngea Inferior que drena para a Veia Tiroideia Inferior, que por sua vez
drena para o Tronco Braquiocefálico Venoso (Esquerdo ou Direito dependendo do
lado a que nos referimos).
24 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Laringe 1
Inervação
João Pedro C. M. 25
1 Laringe | Sistema Cardiorrespiratório
26 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Traqueia 1
Traqueia
Canal músculo-cartilagíneo constituído por Anéis Cartilagíneos sobrepostos entre si
(incompletos atrás, constituindo as saliências da face externa do canal), Ligamentos Anulares
(a unir os Anéis, constituem as depressões dessa mesma face) e Músculo Traqueal (músculo
liso que completa os anéis atrás encerrando o canal). Este canal é revestido interiormente por
mucosa que histologicamente é designada por epitélio simples pseudoestratificado ciliado
(algo que não te interessa saber até à Unidade Curricular HBD I do 2º semestre).
Localização
• É um órgão cérvico-torácico.
• Projeta-se desde C6, onde termina a laringe, até ao 2º Espaço Intercostal terminando
em bifurcação dando origem aos Brônquios Principais.
• A sua porção cervical vai desde C6 até ao Orifício Torácico Superior, a partir do qual a
porção torácica se estende até ao 2º Espaço intercostal.
Orientação
• De cima para baixo;
• De frente para trás.
Tamanho
Relações
Região Cervical:
* Esta estrutura é constituída por:
Superiores: • Artéria Carótida Comum/Primitiva1 (+ interna)
• Veia Jugular Interna (+ externa)
• Cartilagem Cricoide da Laringe. • Nervo Vago, localizado atrás, entre as 2:
Laterais:
João Pedro C. M. 27
1 Traqueia | Sistema Cardiorrespiratório
Posteriores:
• Esófago;
• Coluna Cervical – C6 e C7 (mais posteriormente);
• Nervos Laríngeos Inferiores/Recorrentes (tem uma posição póstero-lateral).
Anteriores:
Posteriores:
* Este Orifício é delimitado por:
• 1ª Vertebra Torácica (T1); • Anteriormente: Incisura Jugular;
• Esófago. • Posteriormente: 1ª Vértebra Torácica;
• Lateralmente: 1ª Costela (de cada lado).
Laterais: É de salientar ainda que este orifício é inclinado e a
sua abertura olha para cima e para a frente.
• 1ª Costela;
• Nervo Frénico;
• Nervo Vago;
• Vértice dos Pulmões.
Região Torácica
Anteriores:
Posteriores:
• Esófago;
• Coluna Torácica (mais posteriormente);
• Artéria Aorta Torácica Descendente (primeira porção desta).
28 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Traqueia 1
Laterais Esquerdos:
• Crossa da Aorta;
• Artéria Aorta Torácica Descendente;
• Artéria Pulmonar Esquerda;
• Brônquio Principal Esquerdo;
• Pulmão e Pleura Esquerdos.
Laterais Direitos:
Anteriores:
Posteriores:
• Esófago;
• Coluna Torácica (mais posteriormente).
Laterais:
A bifurcação ocorre abaixo da Crossa da Aorta, sendo que tem continuidade com os
Brônquios Principais.
Irrigação Arterial:
A vascularização da traqueia é feita pelas seguintes artérias:
Drenagem Venosa:
João Pedro C. M. 29
1 Traqueia | Sistema Cardiorrespiratório
Drenagem Linfática:
• Gânglios Paratraqueais;
• Gânglios Intertraqueobronquicos;
• Gânglios Cervicais.
Inervação:
• Parassimpática:
o Nervo Vago/X par Craniano;
o Nervo Glossofaringeo/IX Par Craniano.
• Simpática:
o Cadeia Simpática/Tronco Simpático Látero-vertebral.
30 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Brônquios 1
Brônquios
A bifurcação da Traqueia origina os Brônquios Principais que se ramificam n vezes até
formarem os Bronquíolos Respiratórios. A um conjunto de Bronquíolos Respiratórios com
os Alvéolos Pulmonares (que constituem Sacos Alveolares) dá-se o nome de Ácino, sendo
este a unidade funcional respiratória.
Brônquios
Hilo Pulmonar – local por onde entram e saem as estruturas vasculonervosas e outras
(Brônquios) no Pulmão.
Pedículo Pulmonar – conjunto de estruturas que atravessa o Hilo pulmonar e por ele entra
no Pulmão.
Localização
• No Mediastino Superior, de cada lado da bifurcação da Traqueia;
• O Brônquio Principal Esquerdo abaixo da Crossa da Aorta;
• O Brônquio Principal Direito abaixo da Crossa da Ázigos;
• Atrás do Tronco Pulmonar, das Artérias Pulmonares e da Parede Torácica Anterior;
• À frente do esófago, da Artéria Aorta Torácica Descendente (à esquerda) e da Coluna
Vertebral.
Dimensões
Brônquio Principal Direito: Brônquio Principal Esquerdo:
João Pedro C. M. 31
1 Brônquios | Sistema Cardiorrespiratório
Direção:
Brônquio Principal Direito: Mais verticalizado, orientado de forma mais semelhante à
direção da Traqueia.
Relações:
Origem
Anteriores:
Laterais Esquerdas:
• Crossa da Aorta.
Laterais Direitas:
Anteriores:
• Veias Pulmonares;
• Coração e Pericárdio.
Laterais Esquerdas:
• Crossa da Aorta;
• Artéria Aorta.
Laterais Direitas:
32 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Brônquios 1
Brônquios Lobares
Brônquios Segmentares
Assim sendo:
1. Brônquio Principal Direito:
1.1. Brônquio Lobar Direito Superior:
1.1.1. Brônquio Segmentar Apical;
1.1.2. Brônquio Segmentar Anterior;
1.1.3. Brônquio Segmentar Posterior.
1.2. Brônquio Lobar Direito Médio:
1.2.1. Brônquio Segmentar Interno;
1.2.2. Bronquio Segmentar Externo.
1.3. Brônquio Lobar Direito Inferior:
1.3.1. Brônquio Segmentar Superior ou de Nelson;
1.3.2. Brônquio Segmentar Basal Interno ou Paracardíaco;
1.3.3. Brônquio Segmentar Basal Externo;
1.3.4. Brônquio Segmentar Basal Anterior;
1.3.5. Brônquio Segmentar Basal Posterior.
João Pedro C. M. 33
1 Brônquios | Sistema Cardiorrespiratório
Nota: Os Brônquios Segmentares dirigem-se para segmentos específicos dos pulmões de igual
nome, ou seja, há correspondência entre a Segmentação Brônquica e a Segmentação Pulmonar.
B. L. Direito Superior
B. S. Apical B. L. Esquerdo Superior
B. S. Apico-Posterior
B. S. Posterior
B. S. Anterior
B. S. Anterior
B. S. Superior ou de Nelson
(por trás do Brônquio Lobar)
B. L. Direito Médio
Tronco Culminal
B. S. Externo Tronco Lingular
B. S. Basal Externo
B. S. Basal Posterior
B. S. Basal Posterior
B. S. Basal Interno
B. S. Superior ou de Nelson
(por trás do Brônquio Lobar)
34 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 1
Pulmões
Localização
Configuração Externa
Os Pulmões juntos têm a forma de um cone, sendo que individualmente constituem
um segmento deste.
• 2 Faces:
o Face Externa ou costal;
o Face Mediastinica/Interna.
• 3 Bordos:
o Bordo Anterior – relacionado com a Parede Torácica Anterior;
o Bordo Posterior – relacionado com a Coluna Vertebral;
o Bordo Inferior – que corresponde à circunferência da hemibase do pulmão.
• Vértice;
• Base – assenta sobre o diafragma.
Face Externa/Costal:
João Pedro C. M. 35
1 Pulmões | Sistema Cardiorrespiratório
Face Mediastínica/Interna
Incisura Cardíaca
Impressão do Esófago
Língula
Bordo Inferior
Impressão da Traqueia
Impressão do Tronco Braquiocefálico V. Drt Impressão do Esófago
Hilo Pulmonar
Impressão do Esófago
Impressão Cardíaca
Bordo Posterior
Bordo Anterior
36 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 1
Vértices
Bases
• Assentes no Diafragma;
• São delimitados pelo Bordo Inferior do Pulmão;
• Relacionam-se através do Diafragma com diversos Órgãos Abdominais.
João Pedro C. M. 37
1 Pulmões | Sistema Cardiorrespiratório
Territórios Pulmonares
Os Segmentos Pulmonares Riscados apresentam-se assim por não ser visíveis na face em questão.
38 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 1
Artéria Pulmonar Nota: Apresenta uma porção intra-pericárdica inicial e uma extra-pericárdica.
Origem:
• Infundíbulo/Cone Arterial do Ventrículo Direito, onde se localiza também a Válvula
Pulmonar;
• Posiciona-se mais anteriormente e à esquerda relativamente à origem da Artéria Aorta
• Tamanho (na origem):
o Comprimento: 4,5-5,5 cm o Diâmetro: 3 cm
Terminação:
• Em bifurcação dando origem às Artérias Pulmonares Esquerda e Direita.
Relações
• Intra-Pericárdicas:
o Anteriores:
Pericárdio.
o Laterais Esquerdas:
Apêndice Auricular Esquerdo.
o Laterais Direitas:
Artéria Aorta Ascendente.
o Posteriores:
Seio Transverso de Theile;
Tronco Comum da Artéria Coronária Esquerda.
• Extra-Pericárdicas:
o Superiores:
Crossa da Aorta;
o Anteriores:
Timo;
Parede Torácica Anterior;
Pulmões e Pleuras.
o Posteriores:
Bifurcação da traqueia (posterior e ligeiramente direita);
Veias Pulmonares (principalmente as Esquerdas);
Esófago (mais posteriormente).
o Laterais Esquerdas:
Vasos Pericardicofrénicos;
Nervo Laríngeo Inferior;
Pulmão e Pleura Esquerdos.
o Laterais Direitas:
Veia Cava Superior;
Crossa da Aorta;
Pulmão e Pleura Direitos.
• Na Bifurcação:
A bifurcação da Artéria Pulmonar ocorre para baixo para a frente e para a esquerda da
bifurcação da Traqueia (que se localiza na Linha Médio-Esternal).
João Pedro C. M. 39
1 Pulmões | Sistema Cardiorrespiratório
Ramos Terminais
• Artéria Pulmonar Esquerda, mais curta e mais vertical por um lado devido ao
local de bifurcação ser mais lateralizado para a esquerda e por outro lado
devido à posição ocupada pelo Brônquio Principal Esquerdo que se encontra a
ser cavalgado pela Crossa da Aorta. Assim sendo a Artéria Pulmonar Esquerda
ao ser mais vertical permite posicionar-se corretamente em conjunto com as
restantes estruturas acabando por entrar no Hilo Pulmonar acima do Brônquio.
• Artéria Pulmonar Direita, mais horizontal (devido ao facto de que a Crossa da
Aorta se localiza acima desta) e mais comprida (pois a Bifurcação do Tronco da
Artéria Pulmonar se localiza desviado para a Esquerda da Linha Média).
Artérias Brônquicas
• São ramos da Artéria Aorta Torácica Descendente;
• Dirigem-se para os respetivos Brônquios;
• Normalmente existem 2 Artérias Brônquicas Esquerdas (Superior e Inferior) e 1 Artéria
Brônquica Direita (no entanto existem variantes anatómicas menos comuns);
• Tem um trajeto posterior ao dos Brônquios Principais (na porção do trajeto que os
acompanha);
• Ramificam-se acompanhando a ramificação dos Brônquios até chegarem a todas as
unidades funcionais;
• Tem como função a vascularização do tecido pulmonar;
• Retornam ao Coração sob a forma de Veias Brônquicas de trajeto semelhante às
artérias percursoras;
• Localização no Hilo Pulmonar (Ver página 33).
Veias Pulmonares
• Origem: Ácinos, de onde partem estruturas que se vão anastomosar* n vezes até
formar 2 Veias Pulmonares (por Pulmão), uma superior e uma inferior;
• Localização no Hilo Pulmonar: (Ver Página 33);
• Drenam para 3 territórios:
*Anastomose – união de estruturas
o Para-Alveolar;
p.e. de 2 vasos sanguíneos distintos
o Para-Bronquial;
o Sub-Pleural.
Drenagem Linfática
Existem 3 reservatórios principais para a drenagem linfática dos pulmões:
40 João Pedro C. M.
Sistema Cardiorrespiratório | Pulmões 1
Para além dos gânglios e reservatórios já referidos os lobos drenam para outros
gânglios:
Gânglios Intertraqueobrônquicos
Inervação:
• Parassimpática:
o Nervo Vago/X par Craniano;
o Nervo Glossofaringeo/IX Par Craniano.
• Simpática:
o Cadeia Simpática/Tronco Simpático Látero-Vertebral.
Tomografia Toraco-Pleuro-Pulmonar:
Projeção do limite inferior dos Pulmões:
o Anterior: 6ª Costela
o Posterior: 10ª Costela
Pleuras
Membranas Serosas que revestem os Pulmões.
Como Membranas Serosas que são, apresentam 2 folhetos, em continuidade um com o outro,
que delimitam uma cavidade virtual, neste caso denominada de cavidade pleural.
Pleura Parietal – tem uma dimensão constante e muito maior que o respetivo Pulmão. Não é
tão aderente e emite prolongamentos que se vão ligar a outros órgãos como por exemplo o
Ligamento Pulmonar que se insere no Pericárdio Fibroso. Para além disso a Pleura Parietal, ao
nível da Base do Pulmão relaciona-se intimamente com o Diafragma.
• Pleura Diafragmática – Reveste a Base dos Pulmões e está em relação direta com o
Diafragma. É também onde se localiza o Recesso Costo-Frénico.
• Pleura Cervical – Em relação com o vértice do Pulmão. Aqui localiza-se o Aparelho
Suspensor da Pleura.
• Pleura Mediastínica – Reveste a Face Mediastínica. Tem as mesmas relações que os
Pulmões nesta região. Os acidentes anatómicos do Pulmão não condicionam nenhuma
deformação nesta Pleura. O Ligamento Pericárdico fixa-se aqui e também aqui se
localiza o Ligamento Pulmonar de onde partem fibras direcionadas para o Pericárdio.
• Pleura Costal – Relaciona-se com a Grelha Costal e inferiormente relaciona-se com os
Seios Costo-Frénicos.
Meios de Fixação:
• Aparelho Suspensor da Pleura, constituído por:
o Ligamento Vértebro-Pleural – do Corpo de T2 até à Pleura;
o Ligamento Transverso-Pleural – do Processo Transverso de C7 até à Pleura;
o Ligamento Costo-Pleural – da 1ª Costela até à Pleura.
• Ligamentos Pericárdicos;
• Ligamentos Pulmonares.
42 João Pedro C. M.
Anatomia I
2.1 Osteologia
Lecionado por: Dr. Armando Medeiros
Gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos à aluna Ana Sofia Viveiros por
amavelmente ceder os seus apontamentos relativos ao tema de Osteologia e sem os quais a
conceção deste capítulo não seria possível.
Conteúdo
• Introdução Inicial à Osteologia ............................................................................ 44
• Ossos do Tronco ...................................................................................................... 46
o Coluna Vertebral .............................................................................................. 46
o Osso Hioide........................................................................................................ 54
o Esterno ............................................................................................................... 55
o Costelas .............................................................................................................. 56
o Osso Coxal ......................................................................................................... 60
2.1 Osteologia
Sistema Esquelético
• Ossos – estruturas constituídas por tecido conjuntivo muito rígido e
mineralizado. É constituído por fibras de colagénio, proteoglicanos e
elementos minerais como o cálcio. São peças esbranquiçadas e duras que se
unem aos demais através de articulações.
• Cartilagem – também designado como tecido amortecedor é um tecido
branco/acizentado que reveste a superfície do osso ao nível das articulações
protegendo-o (ao diminuir o atrito entre as superfícies). Possui uma enorme
capacidade de resistência à carga e permite o amortecimento e fácil contacto
das superfícies ósseas. A cartilagem é constituída por matriz extracelular
(proteoglicanos e colagénio) e por células (condrocitos e condroblastos) que
controlam a manutenção da matriz. É um tecido avascular.
44 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
João Pedro C. M. 45
2.1 Osteologia
Ossos do Tronco
Coluna Vertebral
Estrutura constituída por 33 vértebras que se estendem desde o Crânio até à Pelve. Esta pode
ser dividida em 5 regiões consoante a morfologia das Vértebras:
• Cervical – 7 Vértebras Cervicais (C1-C7);
• Torácica/Dorsal – 12 Vértebras Torácicas/Dorsais (T1-T12 ou D1-D12);
• Lombar – 5 Vértebras Lombares (L1-L5);
• Sagradas – 5 Vértebras Sagradas (S1-S5);
• Coccígea – 4 Vértebras Coccígeas.
46 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
Canal Vertebral – canal formado pelo conjunto dos Forâmen Vertebrais sobrepostos (quando
as vértebras se dispõem na coluna). Dentro deste situa-se a Medula Espinhal.
Vértebras Cranianas – Conceito pertencente à Teoria Vertebral do Crânio que afirma que os Ossos do
Crânio são, na realidade, Vértebras que sofreram alterações morfológicas durante o desenvolvimento
embrionário.
(Nota da “pessoa que está a escrever essa sebenta mas não tem o descaramento de se chamar um
autor” – esta informação não apresenta qualquer relevância para Anatomia I uma vez que não se
considera a existência de vértebras cranianas como parte da matéria pelo que a mesma não é
avaliada na presente Unidade Curricular. Assim sendo mantenho aqui esta curiosidade para melhor
compreensão da informação presente acima proveniente do Pina).
João Pedro C. M. 47
2.1 Osteologia
Lâminas
Facetas Articulares Inferiores
Pedículo
Forâmen Transversário
Tubérculo Posterior Processo
Tubérculo Anterior Transverso
48 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
Tubérculo Posterior
1.1.2 C2 – Áxis:
o Da parte superior do seu corpo destaca-se o Processo Odontoide
também chamado de Dente do Áxis ou Apófise Odontoidea.
o Tem um Processo Espinhoso rudimentar.
o A porção mais volumosa do osso é anterior e cilíndrica e é a esta
porção que está fixo o Dente do Áxis (à sua região anterior).
o O Áxis apresenta uma Faceta Articular Anterior para o Atlas e uma
Faceta Articular Posterior para o Ligamento Transverso.
o O restante das suas características é idêntico às demais Vértebras
Cervicais.
João Pedro C. M. 49
2.1 Osteologia
Dente do Áxis
Faceta Articular Anterior do Dente
(para o Arco Anterior do Atlas)
Pedículo
Faceta Articular Superior
(Para a Faceta Inferior da Massa Lateral do Atlas)
Processo Transverso
Faceta Articular Inferior
(Para C3)
Corpo Vertebral
Forâmen Transversário
2. Vértebras Torácicas/Dorsais
• O Corpo Vertebral apresenta (Semi)Facetas Articulares nas suas Faces Laterais
(uma de cada lado) que se articulam com as Cabeças das Costelas:
o T1 – Apresenta uma Faceta completa superiormente (para a 1ª
Costela) e 1 semifaceta inferiormente (para a 2ª Costela).
o T2-T9 – Apresentam 2 Semifacetas, uma superior e outra inferior.
o T 10 – Apresenta uma Semifaceta Superior.
o T11 e T12 – Apresentam ambas 1 Faceta completa (para a 11ª e
12ª Costelas)
• O Forâmen Vertebral apresenta uma forma circular;
• O Processo Espinhoso é comprido, e obliquo para trás e para baixo.
• Os Processos Transversos têm uma Faceta Articular Anterior que se articula,
no seu vértice, com as Tuberosidades/Tubérculo das Costelas.
• Os Processos Articulares dispõem-se verticalmente:
o Superiores – encontram-se voltados para trás;
o Inferiores – encontram-se voltados para a frente.
• As Lâminas apresentam uma forma quadrilátera em posição vertical.
• T11 e T12 não apresentam Facetas Articulares nos Processos Transversos (Pina).
Corpo Vertebral
Semifaceta Superior
T6 – Vistas Superior e Lateral
Pedículo
50 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
3. Vértebras Lombares
• O Corpo Vertebral é mais volumoso e robusto em forma de Rim (reniforme)
para poder suportar o Tronco.
• O Forâmen Vertebral apresenta uma forma triangular (triângulo equilátero).
• O Processo Espinhoso é volumoso e horizontal, retangular e espesso.
• As Lâminas são retangulares, no sentido vertical.
• Os Processos Transversos são volumosos e apresentam Processos Acessórios.
• Nos Processos Acessórios fixam-se músculos e os Ligamentos
Intertransversários.
• Os Processos Articulares são verticais:
o Superiores – virados para dentro, com Processos Mamilares;
o Inferiores – virados para fora.
• L5 apresenta Processos Articulares Inferiores planos (in Pina).
Corpo Vertebral
Pedículo
Processo Acessório
Processo Transverso
4. Vértebras Sagradas/Sacro
• O Sacro resulta da união de 5 Vértebras Sagradas.
• Apresenta uma forma de pirâmide invertida, de vértice inferior e base superior.
• Apresenta 2 Asas.
• O Vértice do Sacro apresenta uma Faceta Articular que se articula com a Base
do Cóccix e constitui a terminação inferior do Canal Sacral.
• Face Anterior:
o É côncava.
*Buracos Intervertebrais – o Apresenta 4 Linhas Transversais que resultam da fusão dos Discos
Buracos localizados entre Intervertebrais entre as Vértebras Sagradas.
os Pedículos aquando da o Tem 8 Forâmen Sagrados Anteriores que se encontram nas
sobreposição das Vértebras extremidades das linhas transversais (1 de cada lado da linha). Os
Buracos Sagrados correspondem aos Buracos Intervertebrais*.
• Faces Laterais:
o Apresentam uma superfície articular em forma de Pavilhão
Auricular para o Osso Coxal.
João Pedro C. M. 51
2.1 Osteologia
• Face Posterior:
o É convexa.
Promontório – o Apresenta 3 cristas:
Bordo Anterior da Crista Mediana – resulta da fusão dos Processos Espinhosos e
superfície articular termina inferiormente em bifurcação. Abaixo desta bifurcação
de S1. Nesta zona encontra-se o Hiato Sagrado. Este é delimitado lateralmente
forma-se um pelos Cornos do Sacro.
ângulo entre a Face Cristas Intermédias – resultam da fusão dos Processos
Anterior do Sacro e Acessórios.
L5. Cristas Laterais – resultam da fusão dos Processos Transversos.
• Às depressões localizadas entre a Crista Mediana e as Cristas
Intermédias dá-se o nome de Goteiras Sagradas.
• Base do Sacro:
o Corresponde à Face Superior de S1.
o Nela existe uma superfície articular onde se insere o Disco
Intervertebral que se localiza entre este e L5.
o Por detrás desta superfície existe o Orifício Superior do Canal
Sagrado.
o Apresenta 2 Processos Articulares salientes que se articulam com
os Processos Articulares Inferiores de L5.
5. Vértebras Coccígeas/Cóccix
• O cóccix resulta da sobreposição das 4 Vértebras Coccígeas.
• A sua Base articula-se com o Sacro.
• A sua Face Anterior é côncava e a sua Face Posterior é convexa.
• Possui 4 Cornos:
o 2 Verticais;
o 2 Horizontais – denominados de Processos Transversos do Cóccix,
estes dão inserção a ligamentos.
• O Vértice inferior é livre e dá inserção à Rafe Ano-Coccígea.
• As margens laterais dão inserção aos Ligamentos Sacrotuberosos e
Sacroespinhosos e ao Músculo Coccígeo.
Base do Sacro
Sacro - Vistas Anterior e corte sagital mediano
Canal Sagrado
Processo Articular Superior
Hiato Sagrado
Asa do Sacro
Promontório
Sacro
Linhas Transversais
Processo Transverso
do Cóccix
Cóccix
52 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
Curvaturas da Coluna
João Pedro C. M. 53
2.1 Osteologia
Osso Hioide
Osso ímpar e mediano localizado na Região Cervical anteriormente à Coluna Vertebral (C3/C4).
Apresenta 4 saliências:
Não se encontra fixo nem se articula com nenhum outro osso. Assim sendo os seus Meios de
Fixação incluem unicamente músculos e ligamentos (por exemplo o Ligamento/Membrana
Tiro-Hioideia.
Pequenos Cornos
Grandes Cornos
Corpo
Osso Hioide – Vista Anterior
54 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
Esterno
Osso Impar e mediano, em forma de Espada de Gladiador.
Segmentos do Esterno:
O Esterno pode ser dividido em 3 segmentos:
A transição entre estes condiciona
• Manúbrio Esternal, a porção superior e mais volumosa;
um ângulo saliente anteriormente:
• Corpo do Esterno, a porção média;
Ângulo do Esterno/de Louis.
• Processo Xifoide, a porção inferior.
Características morfológicas:
O esterno apresenta 2 faces, 2 /bordos laterais e 1 bordo sup. e 1 extremidade inf.:
Face Anterior •
o Ligeiramente convexa devido ao Ângulo Esternal.
o Relaciona-se com a Parede Torácica Anterior.
• Face Posterior:
o Relaciona-se com o Pericárdio.
• Bordos Laterais:
o Apresentam várias Incisuras Articulares Condrais (em número de 7*,
*4 correspondem a de cada lado), no Manúbrio Esternal (1) e no Corpo do Esterno (6), as
Facetas Articulares quais se articulam com as Cartilagens Costais das 7 primeiras Costelas:
e as restantes 3 a 1ª Costela – Articula-se com o Manúbrio;
Semifacetas. 2ª Costela – Articula-se com o Manúbrio e o Corpo do Esterno,
no Ângulo Esternal;
3ª-7ª Costelas – Articulam-se com o Corpo do Esterno.
o Apresentam incisuras não articulares, em número de 6
correspondentes aos espaços intercostais.
• Bordo Superior:
o Apresenta a Incisura Jugular.
o De cada lado da incisura jugular apresenta 1 Incisura Clavicular.
• Extremidade inferior:
o Corresponde ao Processo Xifoide. Incisura Jugular
Esterno – Vista Anterior
Esterno – Vista Lateral
Manúbrio Esternal
Ângulo Esternal
Corpo do Esterno
Processo Xifoide
João Pedro C. M. 55
2.1 Osteologia
Costelas
Classificação:
Espalmadas (1ª e 2ª) apresentam
• Quanto à Morfologia: uma Face Infero-Medial e uma
Supero-Lateral.
Legitimas (com 2 superfícies articulares)
Enroscadas (3ª - 10ª) apresentam
Típicas uma Face Externa e uma Face Interna
Espúrias (com 1 superfície articular) – 11ª e 12ª
Costelas
1ª Costela – é achatada.
2ª Costela – possui um Tubérculo
Atípicas – 1ª, 2ª, 11ª e 12ª
para o Músculo Serratus Anterior
11ª e 12ª Costelas – não apresentam
colo nem tuberosidade da costela
• Extremidade Anterior:
o Apresenta uma Faceta Articular escavada (para a Cartilagem Costal) que se
articula com a Cartilagem Costal. Esta vai desde a Extremidade Anterior da
Costela até ao Esterno.
• Extremidade posterior (a mais volumosa):
o Apresenta a Cabeça e o Colo da Costela:
Cabeça da Costela:
• É constituída por 1 Crista Mediana e 2 Semifacetas Articulares
(acima e abaixo da Crista). A Crista articula-se com o Disco
Intervertebral e as Semifacetas da Costela com as Semifacetas dos
Corpos Vertebrais.
Colo da Costela:
• Porção estreita da Costela que se caracteriza por fazer a transição
entre a Cabeça e a Tuberosidade/Tubérculo Costal.
56 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
• Corpo da Costela:
o Apresenta 2 faces e 2 bordos:
Face Lateral:
• É convexa.
• Encontra-se relacionada com os tecidos moles.
Face Medial:
• É concava.
• Relaciona-se com a Pleura (do lado correspondente).
Bordo Superior.
Bordo Inferior:
Razão pela qual na colocação • Apresenta o Sulco/Goteira Costal onde se encontram alojados
de drenos na Região Torácica, (de cima para baixo):
Na realidade, o Sulco Costal o
a perfuração da Parede o Veia Intercostal;
faz parte não só do plano
Torácica faz-se sempre no o Artéria Intercostal;
(inferior) da Face Medial
Bordo Superior da Costela. o Nervo Intercostal.
como também do plano do
Bordo Inferior das Costelas.
João Pedro C. M. 57
2.1 Osteologia
• Segundo as Faces:
o Face Externa – é convexa.
o Face interna – é concava.
• Segundo o Eixo Longitudinal – curvatura de torsão:
o Entre o Tubérculo e o Ângulo Posterior da Costela, a Face Externa está
virada para baixo e para trás.
o Na porção média da Costela, a Face Externa está voltada estritamente para
fora.
o Depois do Ângulo Anterior a Face Externa encontra-se voltada cima e para
a frente.
• Segundo os Bordos:
o Ao colocarmos a Costela sobre uma mesa/suporte plano a mesma
apresenta uma curvatura que impede que toda ela assente sobre este ao
mesmo tempo .
• 1ª Costela – devido à sua orientação, não apresenta Face Externa nem Interna, mas
sim uma Face Superior e uma Face Inferior. Na Face Superior encontram-se 2 Sulcos:
o Sulco Anterior – relaciona-se com a Veia Subclávia;
o Sulco Posterior – relaciona-se com a Artéria Subclávia.
Estes sulcos encontram-se separados pelo Tubérculo do Músculo Escaleno Anterior,
onde se insere o Músculo do mesmo nome. Esta Costela não apresenta Sulco Costal, a
Cabeça da Costela tem uma Faceta Articular única e a Face Superior da extremidade
anterior da Costela apresenta uma superfície rugosa, onde se vai inserir o Ligamento
Costoclavicular (abordado com mais detalhe em Anatomia II).
• 2ª Costela – também não apresenta Sulco Costal e na sua Face Súpero-Lateral
apresenta a Tuberosidade do Músculo Serratus Anterior, onde se inserem os Músculos
Escaleno Posterior e o Serratus Anterior.
• 11ª e 12ª Costela – estas 2 Costelas caracterizam-se por: 1.) apresentar uma face
única na Cabeça da Costela; 2.) ausência do Tubérculo da Costela; 3.) não apresentar
curvatura de torsão. As 2 últimas Costelas distinguem-se entre si pelo facto de a 12ª
Costela ser mais pequena e não apresentar Ângulo da Costela.
Cartilagens Costais
São 12 pares, designados da mesma forma que as Costelas (por números ordinais
consoante a sua disposição de cima para baixo).
58 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
• Face Externa:
o É convexa.
• Face Interna:
o É côncava.
• Extremidade Posterior:
o Articula-se com a extremidade anterior da respetiva Costela;
• Extremidade Anterior:
o Nas 7 primeiras esta insere-se diretamente no Esterno.
o No caso da 8ª, 9ª e 10ª Cartilagens Costais, a extremidade medial
insere-se na Cartilagem Costal suprajacente.
o A 11ª e 12ª Cartilagens Costais apresentam a extremidade anterior
livre.
Costelas
Cartilagens Costais
João Pedro C. M. 59
2.1 Osteologia
Osso Coxal
Em número de 2. Em conjunto com o Sacro constituem a Bacia.
• Ílion:
o Constitui os 2/3 superiores do Osso Coxal.
o Localiza-se acima do Acetábulo.
o Possui uma Faceta Articular que se articula com a superfície articular lateral do
Sacro.
o É no Ílion que se localiza a Tuberosidade Ilíaca.
o Apresenta o Corpo (mais volumoso e inferior) e a Asa (mais superior e espalmada).
• Ísquion:
o Constitui o 1/3 inferior e Posterior, estando atrás do Forâmen Obturador (Pág. 62).
o É constituído por um Corpo e um Ramo:
Corpo do Ísquion – é a porção mais superior do Ísquion e une-se ao Ílion e
ao Ramo Superior do Púbis.
Ramo do Ísquion – estende-se desde o Corpo do Ísquion até ao Ramo
Inferior do Púbis.
o A margem posterior do Ísquion apresenta a Espinha Isquiática, proeminência que
separa as Grande Incisura Ciática da Pequena Incisura Ciática.
• Púbis:
o Constitui o 1/3 inferior e anterior, estando à frente do Forâmen Obturador.
Tuberosidade Ilíaca o É constituído por um Corpo e 2 Ramos:
Faceta Articular Corpo do Púbis:
(Para o Sacro) • É achatado.
Ilíon • Articula-se com o Púbis do outro Osso Coxal através da Sínfise Púbica.
Asa do
Ílion • Apresenta a Crista Púbica que termina lateralmente no Tubérculo
Púbico.
Corpo
Ramo Superior ou Horizontal do Púbis:
do Ílion
Corpo do • Localiza-se póstero-lateralmente ao Corpo do Púbis e une-o ao Ílion e ao
Púbis Corpo do Ísquion (numa região que, na Face Externa do Osso Coxal,
Ísquion
corresponde ao Acetábulo).
• A margem superior do Ramo Superior é denominada Crista Pectínea e é
Ísquion
uma das referências que delimita a Abertura Pélvica Superior.
Ramo do Ísquion
Ramo Inferior do Púbis • A Crista Pectínea continua-se ântero-medialmente pela Crista Púbica
(pertencente ao Corpo do Púbis).
Corpo do Púbis
Ramo Superior do Púbis
Apresenta o Sulco Obturador que resulta do afastamento dos bordos anterior
e posterior do Forâmen Obturador a nível superior.
Ramo Inferior ou Obliquo do Púbis:
• Tem uma localização latero-inferior em relação ao Corpo do Púbis.
• Termina em união com o Ramo do Ísquion.
60 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
Faces
A matéria referente a esta secção
O Osso Coxal apresenta 2 faces: das Faces do Osso Coxal não é
grande importância em Anatomia I.
• Face Interna:
o Linha Arqueada – saliência obliqua que se estende desde a Crista Ilíaca até ao
Púbis, dividindo a Face Interna em 2 partes:
1. Superior – constituída pela Fossa Ilíaca, dá inserção ao Músculo Ilíaco.
2. Inferior – apresenta de cima para baixo;
1. Tuberosidade Ilíaca;
3. Linha
2. Faceta Articular para o Sacro;
Arqueada
4. 3. Superfície plana e quadrilátera;
4. Buraco Obturado.
• Face Externa:
o Acetábulo – localizado na porção média da Face Externa do Osso Coxal, é
responsável por receber a Cabeça do Fémur constituindo assim a Articulação
Coxo-Femoral. Apresenta diversos acidentes anatómicos:
1. Superfície Lunata – porção articular do Acetábulo, em forma de semi-
lua, que circunda a Fossa Acetabular. Articula-se com a Cabeça do
Fémur
2. Fossa Acetabular – porção não articular do Acetábulo que apresenta
uma posição central na estrutura. Constitui o Fundo da Cavidade
Superfície Glútea
Acetabular.
3. Margem/Limbo do Acetábulo – corresponde ao rebordo circular,
saliente e irregular que delimita o Acetábulo. Apresenta 3 incisuras
II. que correspondem aos pontos de fusão das 3 porções do Osso Coxal:
I.
• Incisura Ísquio-Púbica /Acetabular – situa-se entre o Ísquion e
III. 3. o Púbis (inferiormente). É a maior e mais constante das 3
1. Incisura incisuras. É preenchida pelo Ligamento Transverso Acetabular.
2.
Acetabular • Incisura Ílio-Púbica – situa-se anteriormente e resulta da fusão
do Ílion e do Púbis no desenvolvimento embrionário.
• Incisura Ílio-Ísquiática – situa-se posteriormente e resulta da
Acetábulo fusão do Ílion e do Ísquion no desenvolvimento embrionário.
Buraco Obturador o Superfície Glútea – localizada acima do Acetábulo. Apresenta 3 linhas
salientes:
I. Linha Glútea Posterior;
II. Linha Glútea Anterior;
III. Linha Glútea Inferior.
Estas separam os locais de Inserção dos Músculos Glúteos.
João Pedro C. M. 61
2.1 Osteologia
Buraco Obturador
62 João Pedro C. M.
Osteologia 2.1
Peculiaridades da Bacia:
• A Bacia pode ser dividida em Grande Bacia e Pequena Bacia: Bacia=Pelve
o Grande Bacia – delimitada pelas fossas ilíacas e pelas asas do Sacro;
o Pequena Bacia – delimitada pelas restantes estruturas da bacia e por 2
Orifícios/ Estreitos da Bacia. Grande Bacia
Pequena Bacia/Escavação Pélvica Orifício Superior da
Orifício Inferior da Escavação Pélvica
Escavação Pélvica
• Cóccix;
• Ligamento Sacrotuberoso;
• Tuberosidade Isquiática;
• Ramo Ísquio-Púbico;
• Sínfise Púbica.
João Pedro C. M. 63
2.1 Osteologia
64 João Pedro C. M.
Anatomia I
2.2 Artrologia
Lecionado por: Dr. Armando Medeiros
Para uma descrição mais detalhada deste capítulo, consultar o Livro Esperança Pina da
Locomoção.
Gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos à aluna Ana Sofia Viveiros por
amavelmente ceder os seus apontamentos relativos ao tema de Artrologia e sem os quais a
conceção deste capítulo não seria possível.
Conteúdo
• Introdução Inicial à Artrologia ............................................................................. 66
• Articulações do Tronco........................................................................................... 67
o Artrologia da Coluna Vertebral..................................................................... 67
o Artrologia do Tórax .......................................................................................... 71
o Artrologia da Bacia .......................................................................................... 73
2.2 Artrologia
• Superfícies Articulares;
• Cartilagem Articular (pode ser do tipo Hialina, Fibrocartilagem ou Elástica);
• Labrum ou Debrum Articular – estrutura cartilagínea que serve de expansão para as
superfícies articulares, com o intuito que permitir um melhor encaixe entre os ossos
(existe por exemplo na Articulação Coxo-Femoral);
• Menisco ou Disco;
• Meios de União – cápsula e ligamentos;
• Membrana Sinovial – membrana serosa que reveste interiormente a articulação e
permite não só a melhor mobilidade da mesma como também a nutre, lubrifica e
fornece oxigénio.
(Não é obrigatória a presença de todos os elementos supramencionados numa
articulação. Algumas apresentam alguns, outras apresentam outros.)
Tipos de Articulações:
• Articulações Imóveis/Sinartroses/Assinoviais/Adiartroses:
o Fibrosas ou Sinfibroses:
Suturas:
• Dentadas;
• Escamadas;
• Planas;
• Esquindileses.
Gonfoses;
Sindesmoses.
o Cartilaginosas:
Sincondroses – a estrutura básica é: Osso-Cartilagem-Osso;
Sínfises ou Anfiartroses- a estrutura básica é: Osso-Cartilagem-Disco-
Cartilagem-Osso.
• Articulações Móveis/Sinoviais/Diartroses:
o Concordantes:
Artródias ou planas;
Enartroses ou Esferoides;
Trocartroses ou Trocoides;
Trocleartroses ou Gínglimos (em forma de roldana);
Condilartroses ou Elípticas (em forma de côndilo – saliência elíptica);
Efipiartroses ou Sela (de cavalo).
o Discordantes:
Meniscartroses (apresentam um menisco);
Heteroartroses.
66 João Pedro C. M.
Artrologia 2.2
Articulações do Tronco
Artrologia da Coluna Vertebral
Articulações entre os Corpos Vertebrais:
Tipo: Sínfises/Anfiartroses
Meios de União:
Meios de União:
• Cápsula Articular – envolve a Articulação;
• Ligamento Anterior;
Exceto nas Vértebras Cervicais
• Ligamento Posterior .
(Apenas o Ligamento Posterior é bem desenvolvido.)
João Pedro C. M. 67
2.2 Artrologia
Articulações Sacrovertebrais:
68 João Pedro C. M.
Artrologia 2.2
Ligamento Ílio-lombar
Articulação Sacrococcígea:
Tipo: Sínfise/Anfiartrose (Pág. 73) Ligamento Sacroilíaco Anterior
Superfícies Articulares: (Pág. 73) Grande Forâmen Ciático
• Faceta Inferior (Ápex) do Sacro; (Pág. 73) Ligamento Sacro-Espinhoso
• Faceta Superior (Base) do Cóccix. (Pág. 73) Pequeno Forâmen Ciático
Meios de União: (Pág. 73) Ligamento Sacro-Tuberoso
Ligamentos Sacrococcígeos Anteriores
• Ligamento Interósseo; Ligamento Sacrococcígeo Lateral
• Ligamentos Sacrococcígeos Anteriores – unem as Faces Anteriores do Sacro e do
Cóccix.
• Ligamentos Sacrococcígeos Posteriores – unem as Extremidade Inferior da Crista
Sagrada Mediana e dos Hiatos Sagrados às Faces Posteriores da 2ª e 3ª Vértebras
Coccígeas.
• Ligamentos Sacrococcígeos Laterais – apresentam 2 feixes:
o Feixe Medial – une o Corpo do Sacro ao Corno Vertical do Cóccix.
o Feixe Lateral – estende-se da margem lateral do Sacro ao ápice do Corno
Lateral do Cóccix.
• Articulação Atlanto-Odontoideia:
Tipo: Trocartrose
Superfícies Articulares:
o Facetas Articulares Anterior e Posterior do Dente do Áxis;
o Anel Osteofibroso Arco Anterior do Atlas
Ligamento Transverso do Atlas
João Pedro C. M. 69
2.2 Artrologia
Meios de União:
o Ligamento Transverso Occipital (superior) – insere-se no
Bordo Anterior do Forâmen Occipital.
o Ligamento Transverso do Atlas – insere-se nas Faces
Ligamento Cruciforme Internas das Massas Laterais do Atlas, estando em
contato com a Faceta Articular Posterior do Dente do Áxis.
o Ligamento Transverso Axoideu (inferior) – insere-se na
Face Posterior do Corpo do Áxis. (Visível ao remover a Membrana Tectória)
o Capsula Articular.
• Ligamentos Atlanto-Occipitais:
o Anterior (1) – estende-se da margem anterior do Forâmen Occipital à margem
superior do Arco Anterior do Atlas.
o Posterior (1) – estende-se da margem posterior do Forâmen Occipital à
margem superior do Arco Posterior do Atlas.
o Laterais (2) – inserem-se superiormente no contorno dos Côndilos Occipitais e,
inferiormente, no rebordo das Superfícies Articulares do Atlas.
• Ligamentos Occipito-Axoideus:
o Membrana Tectória – prolongamento superior do Ligamento
Longitudinal Posterior. Vai desde a Face Posterior do Dente
do Áxis até ao Bordo Anterior do Forâmen Occipital.
o Ligamentos Occipito-Odontoideus:
Ligamento Apical/suspensor – insere-se no Vértice do Dente do Áxis e
no Bordo Anterior do Forâmen Occipital. Ocupa uma posição mediana.
Ligamentos Alares – limitam o movimento da articulação. Inserem-se
na Face Interna dos Côndilos Occipitais e no contorno do Dente do
Áxis.
70 João Pedro C. M.
Artrologia 2.2
Artrologia do Tórax
Articulações Costovertebrais:
• Articulações Costovertebrais Propriamente Ditas:
Tipo: Artródias
Superfícies Articulares:
o “Faceta Articular”/”2 Semifacetas Articulares e uma Crista Mediana”
localizadas na Cabeça da Costela (dependendo da Costela em questão);
o “Faceta Articular Completa no Corpo de uma Vértebra”/”2 Semifacetas
Articulares em Vértebras adjacentes separadas pelo Disco Intervertebral”
(dependendo da(s) Vértebra(s) em questão).
Meios de União:
o Capsula Articular (Pouco Desenvolvida).
o Ligamento Costovertebral Anterior/Radiário – insere-se em
redor da Face Anterior da Cabeça e em redor da(s) (Semi)Facetas.
o Ligamento Costovertebral Posterior – insere-se na Face Posterior
do Colo da Costela e no Corpo Vertebral suprajacente, atrás da(s)
(Semi)Faceta(s).
o Ligamento Interósseo – insere-se entre a Crista Mediana e o
Disco Intervertebral.
Apresentam Membrana Sinovial.
• Articulações Costotransversárias:
Tipo: Artródias
Superfícies Articulares:
o Faceta Articular do Tubérculo da Costela;
o Faceta Articular do Processo Transverso da Vértebra correspondente.
Meios de União:
o Capsula Articular (Pouco Desenvolvida).
o Ligamento Costo-Transversário Posterior – insere-se na
extremidade do Processo Transverso e no Tubérculo da Costela.
o Ligamento Costo-Transversário Superior – insere-se na
margem superior do Colo da Costela e na margem inferior do
Processo Transverso da Vértebra suprajacente.
o Ligamento Costo-Transversário Inferior – insere-se no bordo
inferior do Processo Transverso e no Bordo Inferior da
Tuberosidade/Tubérculo Costal.
o Ligamento Costo-Transversário Interósseo
Apresentam Membrana Sinovial.
João Pedro C. M. 71
2.2 Artrologia
Articulações Esterno-Condro-Costais:
• Articulações Condro-Costais:
Tipo: Gonfoses
Superfícies Articulares:
o Faceta Articular escavada/côncava na Extremidade Anterior da Costela;
o Saliência que penetra na Faceta Costal, na Extremidade Lateral da Cartilagem
Costal.
Meios de União:
o A fixação destas 2 estruturas resulta da união entre o pericôndrio que reveste
a Cartilagem Costal e o periósteo que reveste a Costela.
• Articulações Condro-Esternais:
Tipo: Sincondrose (1ª articulação)
Artródias (2ª à 7ª articulações)
Superfícies Articulares:
o Incisuras Articulares Condrais, nos Bordos Laterais do Esterno;
o Extremidades Anteriores das Cartilagens Costais.
Meios de União:
o Capsula Articular – insere-se em redor das superfícies
articulares.
o Ligamento Radiário Anterior – reforça a Cápsula
anteriormente, inserindo-se na Cartilagem Costal e na
Face Anterior do Esterno
o Ligamento Radiário Posterior – reforça a Cápsula
posteriormente e insere-se na Cartilagem Costal e na
Face Posterior do Esterno.
o Ligamento Interósseo – insere-se entre a Cartilagem
Costal e na Incisura Articular do Esterno.
72 João Pedro C. M.
Artrologia 2.2
Artrologia da Bacia
Articulação Sacroilíaca:
Tipo: Sínfise/Anfiartrose Ligamento Sacroilíaco Posterior
Superfícies Articulares:
Ligamento Sacro-Tuberoso
• Faceta Articular Lateral do Sacro; Ligamento Sacro-Espinhoso
• Faceta Articular (do Ílion) no Osso Coxal.
Meios de União: Nesta secção estão apenas mencionadas as inserções mais importantes dos ligamentos.
• Capsula Articular – insere-se em redor das superfícies articulares do Sacro e do Osso
Coxal.
• Ligamento Sacroilíaco Anterior (Imagem da Página 69) – insere-se na Asa do Sacro e
no Osso Coxal (no Ílion).
• Ligamento Sacroilíaco Posterior – disposto em 4 feixes que unem a Face Posterior do
Sacro ao Ílion.
• Ligamento Ílio-Lombar – insere-se nos Processos Transversos de L4 e L5 e na Crista
Ilíaca, Fossa Ilíaca e Asa do Sacro. (A classificação deste ligamento como Meio de União
é polémica no entanto este serve indubitavelmente de reforço à articulação.)
• Ligamento Interósseo – insere-se na Tuberosidade Ilíaca e na Tuberosidade Sagrada.
Ligamentos da Bacia:
Ligamento Sacro-Tuberoso (Imagem da página 69) – estende-se do Ísquion e Ílion à região
Sacrococcígea da Coluna Vertebral. Superiormente insere-se nas Espinhas Ilíacas Póstero-
Superior e Póstero-Inferior, na porção mais posterior da Superfície Glútea (atrás da Linha
Glútea Posterior), medialmente insere-se nos Bordos Laterais do Sacro e do Cóccix e
inferiormente na Tuberosidade Isquiática.
Ligamento Sacro-Espinhoso (Imagem da página 69) – apresenta uma forma triangular e situa-
se anteriormente ao Ligamento Sacro-Tuberoso. A base do triângulo insere-se nas margens
laterais do Sacro e do Cóccix e o vértice insere-se na Espinha Isquiática.
A Interseção destes dois ligamentos origina 2 Orifícios:
João Pedro C. M. 73
2.2 Artrologia
Membrana Obturadora
Tecido fibroso que encerra o Buraco Obturador na sua quase totalidade, sendo que apenas o
Sulco Obturador não se encontra “tapado”. Assim sendo este sulco converte-se num canal, o
Canal Obturador por onde passam os Vasos e Nervos Obturadores.
Canal Obturador
Membrana Obturadora
74 João Pedro C. M.
Anatomia I
2.3 Miologia
Lecionado por: Professor António Bernardes
Neste capítulo, para determinados músculos são feitas referências às páginas do Netter (6ª
Edição) onde os mesmos se encontram, bem como o seu nome em inglês para uma pesquisa
mais eficiente.
Conteúdo
• Introdução Inicial à Miologia ................................................................................ 76
• Miologia do Pescoço ................................................................................................ 77
• Fáscias do Pescoço.................................................................................................. 84
• Músculos do Tronco ............................................................................................... 85
o Músculos da Região Posterior....................................................................... 85
o Músculos que unem a Parede do Tórax ao Membro Superior .............. 90
o Músculos Costais ............................................................................................. 91
o Diafragma .......................................................................................................... 92
o Músculos da Parede Antero-Lateral do Abdómen.................................... 93
• Aponevroses dos Músculos da Parede Antero-Lateral do Abdómen........... 95
• Fáscias e Aponevroses da Paredes Antero-Lateral e Posterior do Abdómen
..................................................................................................................................... 97
• Pontos Fracos da Parede Abdominal .................................................................. 99
• Pregas Umbilicais e Fossas Inguinais .............................................................. 102
2.3 Miologia
Nota: Uma mesma aponevrose pode servir de revestimento para um músculo e de inserção
para outro mas, nunca serve de ambos para um só músculo.
Bainhas Fibrosas – espessamento localizado da fáscia superficial que faz com que os tendões
se relacionem com os ossos (não ficando soltos).
76 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Miologia do Pescoço
O pescoço divide-se em 4 regiões:
• Região Lateral:
o Plano Superficial:
Músculo Platisma;
Músculo Esternocleidomastóideu.
o Plano Profundo:
Músculos Escalenos;
Músculo Elevador da Escápula;
Músculo Reto Lateral da Cabeça.
• Região Anterior:
o Músculos Supra-hioideus:
Músculo Digástrico;
Músculo Estilo-Hioideu;
Músculo Milo-Hioideu;
Músculo Geni-Hioideu.
o Músculos Infra-hioideus:
o Plano Superficial:
Músculo Esterno-Hioideu;
Músculo Omo-Hioideu.
o Plano Profundo:
Músculo Tiro-Hioideu;
Músculo Esterno-Tiroideu.
• Região Pré-vertebral:
Músculo Longo do Pescoço;
Músculo Longo da Cabeça;
Músculo Reto Anterior da Cabeça.
• Região da Nuca:
o Grupo Superficial:
Músculo Trapézio;
Músculo Esplénio da Cabeça;
Músculo Esplénio Cervical;
Músculo Semi-Espinhoso da Cabeça;
Músculo Longíssimo da Cabeça;
o Grupo Profundo:
Músculo Grande Reto Posterior da Cabeça;
Músculo Pequeno Reto Posterior da Cabeça;
Músculo Oblíquo Superior da Cabeça;
Músculo Obliquo Inferior da Cabeça.
João Pedro C. M. 77
2.3 Miologia
Região Lateral
Inserções:
• Região Infra-Clavicular, na pele profunda;
• Margem inferior da Mandibula.
Ação:
• Baixar a pele do Mento.
Músculo Esternocleidomastoideu
Inserções:
• Superior: Processo Mastoideu (do Osso Temporal);
• Inferior: Manúbrio Esternal e Clavícula.
Trajeto das Fibras: obliquo, dirigindo-se para baixo, para dentro e para a frente.
Ações:
• Inclinação Lateral;
• Rotação;
• Inspiração (acessório);
• Flexão da Cabeça (os 2 em simultâneo).
Inserções:
• C3-C6;
• 1ª Costela (separando a Artéria da Veia Subclávia).
Ações:
• Flexão Lateral do Pescoço;
• Rotação;
• Inspiração.
Inserções:
• C2-C7;
• 1ª Costela (posteriormente à Artéria Subclávia) e 2ª Costela (inconstante).
Ações:
• Flexão Lateral do Pescoço;
• Inspiração.
78 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Inserções:
• C4-C6;
• 2ª Costela e 1ª Costela (inconstante).
Ações:
• Flexão Lateral do Pescoço;
• Inspiração.
M. Esternocleidomastoideu
Músculo Elevador da Escápula
Inserções:
• Processos transversos de C1-C4;
• Ângulo Superior da Escápula.
Ações:
• Flexão do Pescoço;
• Elevação da Escápula.
Região Anterior
• Músculos Supra-Hioideus
Inserções:
• Incisura Mastoide;
• Fossas Digástricas, no bordo inferior da Face Interna da Mandibula.
Trajeto das Fibras: oblíquo, dirigindo-se para baixo, para dentro e para a frente até ao
Anel Fibroso (que se fixa no Osso Hioide) e a partir dai é oblíquo antero-medialmente
até às Fossas.
Ações:
• Feixe Anterior: Baixa a Mandibula;
• Feixe Posterior: Eleva o Osso Hioide.
João Pedro C. M. 79
2.3 Miologia
Músculo Estilo-Hioideu
M. Digástrico
Inserções:
• Processo Estiloide do Osso Temporal;
• Bordo Superior do Osso Hioide.
M. Estilo-Hioideu
Inserções:
• Espinhas Mentonianas da Face interna da Mandíbula;
• Face Anterior (in Adolfo) do Osso Hióide.
M. Milo-Hioideus
Músculo Esterno-Hioideu
Inserções:
• Bordo Inferior do Osso Hioide;
• Manúbrio Esternal e Clavícula.
Músculo Omo-Hioideu
M. Omo-Hioideu
Inserções:
M. Tiro-Hioideu
• Bordo Inferior do Osso Hioide (lateralmente ao Esterno-Hioideu);
• Bordo Superior da Escápula.
Músculo Tiro-Hioideu
Inserções:
• Bordo Inferior do Osso Hioide;
• Cartilagem Tiroideia (acima da Linha Oblíqua).
M. Esterno-Tiroideu
Músculo Esterno-Tiroideu M. Esterno-Hioideu
Inserções:
• Cartilagem Tiroideia (abaixo da Linha Oblíqua);
• Face Posterior do Manúbrio Esternal.
80 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Região Pré-Vertebral
Inserções:
• Corpos Vertebrais de C1 (Atlas) até T3;
• Margem inferior da Mandibula.
Apresenta 3 Porções:
• Porção Oblíqua Descendente;
• Porção Oblíqua Ascendente;
• Porção Longitudinal.
Ação:
• Flexão Anterior e Lateral do Pescoço. M. Longo da
Cabeça M. Reto Anterior
Músculo Longo da Cabeça da Cabeça
Inserções:
• Processo Basilar do Osso Occipital;
• Processos Transversos de C3-C6.
Ação:
Inserções:
• Processo Basilar do Osso Occipital;
M. Longo do Pescoço
• Processo Transverso do Atlas.
Ações:
• Flexão da Cabeça (os 2 em simultâneo);
• Lateralização da Cabeça.
Região da Nuca
• Grupo Superficial
Músculo Trapézio
João Pedro C. M. 81
2.3 Miologia
Músculo Esplénio da Cabeça (N. 29, 171, 172, 175 – “Splenius Capitis Muscle”)
Inserções:
• Processo Mastoideu;
• C7-T5.
Trajeto das Fibras: obliquo, dirigindo-se para baixo, para dentro e para trás. As suas
ações são contrárias às do Músculo Esternocleidomastoideu uma vez que a direção das
fibras é oposta.
Ações:
• Extensão da Cabeça;
• Lateralização da Cabeça;
• Rotação da Cabeça.
Músculo Esplénio Cervical (N. 171, 172, 175 – “Splenius Cervicis Muscle”)
Inserções:
• Processo Transverso do Atlas;
• C7-T5.
Ações:
• Extensão do Pescoço;
• Rotação do Pescoço.
Músculo Semi-Espinhoso da Cabeça (N. 172, 173, 175 – “Semispinalis Capitis Muscle”)
Inserções:
• Osso Occipital;
• Processos Transversos de C3-T5.
Ações:
• Extensão da Cabeça;
• Rotação da Cabeça.
Inserções:
• Processo Mastoide;
• Processos transversos de C4-C7.
Ações:
• Extensão da Cabeça;
• Rotação da Cabeça;
• Inclinação Lateral da Cabeça.
82 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Inserções:
• Processos Transversos de C3-T5.
Ação:
• Extensão do Pescoço.
• Grupo Profundo:
Ações:
• Extensão, Inclinação e Rotação da Cabeça;
Ação:
• Extensão da Cabeça.
Músculo Oblíquo Superior da Cabeça (N. 172, 173, 175 – “Obliquus Capitis Superior Muscle”)
Inserções:
• Osso Occipital;
• Processo Transverso do Atlas.
Ações:
• Lateralização (individualmente) e extensão (os 2 em simultâneo) da Cabeça.
Músculo Oblíquo Inferior da Cabeça (N. 172, 173, 175 – “Obliquus Capitis Inferior Muscle”)
Inserções:
• Processo Transverso do Atlas;
• Processo Espinhoso do Áxis.
Ação:
• Auxiliar da Rotação do Pescoço.
João Pedro C. M. 83
2.3 Miologia
Fáscias do Pescoço
Fáscia Pré-Traqueal
Fáscia Bucofarígea
Fáscia Carotídea
84 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Músculos do Tronco
Músculos da Região Posterior
• Plano Superficial:
Inserções:
• Base do Trapézio:
o Osso Occipital;
o Ligamento da Nuca;
o Processos Espinhosos de C7-T12;
• Vértice do Trapézio:
o Clavícula; M. Trapézio
o Acrómio da Escápula.
Ações:
• Elevação dos Ombros;
M. Latissimus Dorsal
• Retração da Escápula;
• Inclinação Lateral da Cabeça;
• Extensão da Cabeça e do Pescoço;
• Rotação da Escápula.
Ações:
• Adução do Membro Superior;
• Extensão do Úmero;
• Rotação Medial do Membro Superior.
João Pedro C. M. 85
2.3 Miologia
Músculo Romboide
Inserções:
• Mediais: M. Pequeno Romboide
o Ligamento da Nuca; M. Grande Romboide
o Processo Espinhoso de C7;
o Processos Espinhosos de T1-T5.
• Laterais:
o Bordo Medial da Escápula.
Ações:
• Adução da Escápula;
• Elevação da Escápula.
O M. Romboide pode ser dividido em:
• Grande Romboide • Pequeno Romboide
o Inserções Mediais: o Inserções Mediais:
Ligamento da Nuca Processo Espinhoso de T1-T5
Processo Espinhoso de C7
Ambos se inserem lateralmente no Bordo Medial da Escápula.
Inserções:
• Mediais:
o Ligamento da Nuca;
o Processos espinhosos de C7-T3;
• Laterais:
o Primeiras 4 Costelas – através de 4 tendões individuais, um para cada (não
se inserindo nos espaços intercostais), o que dá ao músculo uma forma
serrilhada.
Ações: M. Serratus
• Elevação das Costelas; Posterior Superior
• Inspiração.
M. Serratus
Músculo Serratus Posterior Inferior
Posterior Inferior
Inserções:
• Mediais: T11-L3;
• Laterais: Últimas 4 Costelas – através de 4 tendões individuais, um para cada
(não se inserindo nos espaços intercostais), o que dá ao músculo uma forma
serrilhada.
Ações:
• Baixa as Costelas;
• Expiração.
86 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Inserções Particulares:
• Ângulos Posteriores das Costelas.
Estende-se do Sacro até C3-C6.
Inserções Particulares:
• Processos Transversos das Vértebras Lombares e Torácicas;
• Costelas.
Ações:
• Extensão do Tronco;
• Inclinação Lateral.
Músculos Espinhais
Inserções Particulares:
• Processos Espinhosos de todas as Vértebras;
Ações:
• Extensão do Tronco;
• Inclinação Lateral.
João Pedro C. M. 87
2.3 Miologia
Inserções:
o Bordo Inferior da 12ª Costela;
o Processos Transversos de L1-L4;
o Ligamento Ílio-Lombar e Crista Ilíaca.
Ações:
• Expiração (ao baixar a 12ª Costela);
• Lateralização da Coluna.
Músculo Psoas
Inserções:
• Discos Intervertebrais, Corpos Vertebrais e Processos Transversos de T12-L5;
• Pequeno Trocânter do Fémur inserção partilhada com o Músculo Ilíaco por
constituir ,em conjunto com este, o M. Psoas-Ilíaco.
Trajeto das Fibras: descendente, unindo-se ao Músculo Ilíaco para formar o Músculo
Psoas-Íliaco (o que ocorre abaixo da Espinha Ilíaca Ântero-Inferior).
Ações:
• Flexão da Coxa;
• Rotação Lateral da Coxa.
:
Nota: No caso de uma fratura no colo do Fémur, a coxa posiciona-se “rodada para
fora” uma vez que só atua sobre esta o Músculo Psoas (responsável por este
movimento). Tal acontece porque os Músculos que contrariam a ação do Músculo
Psoas perdem a capacidade de exercer a sua função devido ao local onde se inserem.
88 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Inserções:
• T12-L1;
• Eminência Ílio-Púbica.
Músculo Ilíaco
Inserções:
• 2/3 superiores da Fossa Ilíaca;
• Pequeno Trocânter do Fémur inserção partilhada com o Músculo Psoas ao
constituir o M. Psoas-Íliaco.
Músculo Psoas-Ilíaco
M. Quadrado Lombar
M. Pequeno Psoas
M. Psoas
M. Ilíaco
M. Psoas-Ilíaco
João Pedro C. M. 89
2.3 Miologia
Inserções:
• Mediais:
o Clavícula;
o Esterno;
o Primeiras 5 Cartilagens Costais;
o Fáscia do Músculo Reto Abdominal.
• Lateral:
o Crista do Grande Tubérculo do Úmero.
90 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Músculos Costais
Músculos Intercostais (como o nome indica, ocupam os Espaços Intercostais)
Inserções:
• Bordo Inferior da Costela;
• Bordo Superior da Costela seguinte.
Inserções:
João Pedro C. M. 91
2.3 Miologia
Porção Muscular/Periférica
• As Inserções Lombares do diafragma fazem-se pela Porção Muscular através de
Ligamentos Arqueados:
o Ligamentos Arqueados Laterais (2) – passam à frente do M. Quadrado
Lombar. Vão da 12ª Costela ao respetivo Processo Transverso de L1;
o Ligamentos Arqueados Mediais (2) – passam à frente do Músculo Psoas.
Vão do Processo Transverso de L1 ao Corpo de L2;
o Ligamento Arqueado Mediano (1) – deixa passar atrás a Artéria Aorta
Abdominal. Insere-se nas Vertebras Lombares sob a forma de Pilares:
Pilar Direito – vai de L1-L3;
Pilar Esquerdo – vai de L1 a L2.
92 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
Inserções:
• Face anterior da 5ª, 6ª e 7ª Cartilagens Costais;
• Bordo Superior do Púbis entre o Tubérculo Púbico e o Ângulo do Púbis.
M. Oblíquo Externo (cortado)
Dimensões:
• Largura ao nível da Inserção Superior: 7-8 cm;
• Largura ao nível da Inserção Inferior: 3-4 cm.
Inserções:
• Últimas 8 Costelas;
• Aponevrose do Oblíquo Externo;
• Crista Ilíaca.
Ações:
• Flexão e Rotação Contralateral do Tronco;
• Flexão Anterior do Tronco (os 2 em simultâneo).
João Pedro C. M. 93
2.3 Miologia
Músculo Obliquo Externo
Ações:
• Flexão e Rotação Homolateral do Tronco;
• Flexão Anterior do Tronco (os 2 em simultâneo).
Inserções:
• Aponevrose Lombar;
• Últimas 5 Costelas;
• Crista Ilíaca e Ligamento Inguinal;
• Aponevrose do Músculo Transverso;
• Bainha do Reto;
• Crista Pectínea (inconstante – 12% dos casos*2).
Ações:
• Redução do Perímetro Abdominal levando ao aumento da pressão intra-
abdominal;
• Expiração Forçada.
*2 – As fibras do Músculo Transverso Abdominal descem para a Crista Pectínea (em 12%
da população) constituindo a Foice Inguinal. Sempre que as fibras do Músculo Oblíquo
Interno se inserem na Crista Pectínea (nos 6% da população) - *1 – então estas unem-se
às que formam a Foice Inguinal formando uma estrutura chamada de Tendão
Conjunto. Este tendão reforça a região onde se encontra.
94 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
João Pedro C. M. 95
2.3 Miologia
Posterior
Músculo Reto Abdominal
Aponevrose do Transverso Abdominal
Músculo Transverso Abdominal
Corte Transversal da Parede Abdominal Anterior no ¼ Inferior:
Posterior
Músculo Reto Abdominal
Aponevrose do Transverso Abdominal
Músculo Transverso Abdominal
96 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
João Pedro C. M. 97
2.3 Miologia
Lig. Interfoveolar
Lig. Ílio-Púbico
Lig. Pectíneo
98 João Pedro C. M.
Miologia 2.3
• Orifício por onde passam, de dentro para fora, a Veia e a Artéria Femorais.
Limites:
• Anteriores:
o Ligamento Ílio-Púbico (mais profundamente);
o Ligamento Inguinal (mais superficialmente).
• Posterior:
o Aponevrose do Músculo Pectíneo.
• Medial:
o Ligamento Lacunar.
• Lateral:
o Ligamento Ílio-Pectíneo.
Delimitado por:
• Músculo Oblíquo Externo;
• Crista Ilíaca;
• Músculo Latissimus Dorsal.
Limites:
• Posterior:
o Músculo Eretor da Espinha.
• Inferior:
o Músculo Oblíquo Interno.
• Superiores:
o 12ª Costela;
o Músculo Serratus Posterior Inferior
João Pedro C. M. 99
2.3 Miologia
Canal Inguinal
Hérnias Inguinais:
Umbigo
Conteúdo
• Artérias .................................................................................................................... 104
o Introdução inicial às Artérias ..................................................................... 104
o Estruturas Fetais que Degeneram............................................................. 105
o Artérias do Tronco ......................................................................................... 106
• Veias ......................................................................................................................... 115
o Introdução inicial às Veias .......................................................................... 115
o Veias do Tronco .............................................................................................. 116
• Linfáticos ................................................................................................................. 123
o Introdução inicial aos Linfáticos ................................................................ 123
o Vasos Linfáticos do Tronco .......................................................................... 124
o Grupos Ganglionares do Tronco ................................................................ 126
2.4 Artérias | Angiologia
Artérias
Introdução inicial às Artérias
Artérias – Canal Músculo-Membranoso, que transporta sangue do coração para a periferia.
• Intima – endotélio;
• Média – músculo-elástica;
• Adventícia – Tecido conjuntivo.
• Inosculação;
• Transversal;
• Convergência;
• Longitudinal;
• Por Vaso Aberrante.
• Veia Umbilical – estrutura que vai desde o umbigo até à Face Inferior do Fígado. Por
este vaso circula sangue arterial para o feto. Degenera formando o Ligamento Teres
Hepático.
• Canal Venoso – estende-se da Face Inferior do Fígado à Veia Cava Inferior. Degenera
formando o Ligamento Venoso.
Canal Arterial
Veia Umbilical
Artérias Umbilicais
• Artérias do Tórax;
Artérias do Tronco • Artérias do Abdómen;
• Artérias da Escavação Pélvica.
Artéria Aorta
Origem:
• Base do Ventrículo Esquerdo.
Trajeto:
• Inicialmente é oblíqua para cima e para a direita (Aorta Ascendente);
• Depois muda de direção para a esquerda e para trás, descrevendo uma
curvatura de concavidade voltada para baixo (Aorta Horizontal/Crossa da
Aorta);
• Torna-se descendente (nesta porção descendente inicial encontra-se afastada
para a esquerda da linha média) e percorre o Tórax, aproximando-se da linha
média. Atravessa o Orifício Aórtico do Diafragma à frente da Coluna Vertebral
(Aorta Descendente);
• Termina ao nível do Disco Intervertebral que separa a 4ª e 5ª Vértebras
Lombares.
A Artéria Aorta é denominada de Artéria
Relações:
Aorta Torácica ou Artéria Aorta Abdominal
• Aorta Ascendente: dependendo da sua localização:
o Anteriores:
Esterno; Artéria Aorta Torácica – Porção da Artéria
Timo; Aorta que vai do Ventrículo Esquerdo até ao
Pericárdio. Orifício Aórtico do Diafragma. Compreende a
o Laterais Esquerdas: Aorta Ascendente, a Horizontal e a Torácica
Artéria Pulmonar. Descendente.
o Laterais Direitas:
Artéria Aorta Abdominal – Porção da Artéria
Veia Cava Superior.
Aorta que tem início no Orifício Aórtico do
o Posteriores:
Diafragma e Termina na bifurcação da Aorta
Aurícula Direita;
a nível do Disco Intervertebral entre L4 e L5.
Artéria Pulmonar Direita.
• Aorta Horizontal:
o Superiores:
Tronco Braquiocefálico Venoso Esquerdo;
Tronco Braquiocefálico Arterial;
Artéria Carótida Comum Esquerda;
Artéria Subclávia Esquerda.
o Inferiores:
Brônquio Principal Esquerdo;
Nervo Recorrente Esquerdo (inicialmente contorna a AH por baixo);
Ligamento Arterial.
o Anteriores:
Nervo Frénico Esquerdo;
Nervo Vago Esquerdo;
Pulmão Esquerdo;
Pleura Esquerda.
o Posteriores:
Traqueia;
Nervo Laríngeo Recorrente Esquerdo;
Esófago;
Canal Torácico.
• Aorta Torácica Descendente metade superior):
o Anteriores:
Veias Pulmonares Esquerdas;
Brônquio Principal Esquerdo;
Artéria Pulmonar Esquerda.
o Posteriores (não mencionadas):
Cabeça das Costelas;
Cadeia Simpática Latero-Vertebral.
o Laterais Esquerdas (não mencionadas):
Pulmão Esquerdo;
Pleura Esquerda.
o Laterais Direitas (não mencionadas):
Esófago;
Canal Torácico;
Corpos Vertebrais.
• Aorta Torácica Descendente (metade inferior):
o Anteriores:
Esófago.
o Posteriores:
Corpos Vertebrais;
Veia Hemiázigos e Hemiázigos Acessória;
Canal Torácico.
o Laterais Esquerdas:
Pulmão e Pleura Esquerdos.
o Laterais Direitas:
Pulmão e Pleura Direitos.
• Aorta Abdominal:
o Anteriores:
Tronco Celíaco;
Corpo do Pâncreas;
Artéria Mesentérica Superior;
3ª Porção do Duodeno (D3);
Veia Renal Esquerda;
Plexo Celíaco.
o Posteriores:
Coluna Vertebral e Ligamento Longitudinal Anterior.
o Laterais Direitas:
Pilar Direito do Diafragma;
Cisterna Quilífera;
Ramos Terminais:
• Artérias Ilíacas Comuns (2) – Ver Página 112;
• Artéria Sagrada Média – desce em próxima relação com L5, Sacro e Cóccix. Pode
ser Ramo Terminal da Artéria Aorta ou Ramo Colateral da A. Ilíaca Comum Esq.
Tronco Braquiocefálico Arterial
Origem:
Trajeto:
Trajeto:
Relações:
Ramos Terminais:
• Artéria Axilar.
Origem:
• Ramo Colateral da 1ª Porção da Artéria Subclávia.
Trajeto:
• Ascendente Retilíneo, atravessa os Buracos Transversários das Vértebras
Cervicais, terminando na base do Crânio em anastomose com a Artéria
Vertebral do lado oposto.
Ramo Terminal:
• Tronco Basilar.
Origem:
• Ramo Colateral da 1ª Porção da Artéria Subclávia.
Trajeto:
• Dirige-se para baixo, longitudinalmente, e posição paramediana, ligeiramente
para fora relativamente ao Esterno, passando por trás das Cartilagens Costais,
em íntima relação com as mesmas.
Ramos Colaterais:
• Artérias Intercostais Anteriores – fazem um trajeto análogo à A. Intercostais
Posteriores mas iniciando-se na Parede Torácica Anterior. Terminam em
anastomose com as Artérias Intercostais Posteriores;
• Artéria Pericardicofrénica;
• Ramos Esternais.
Ramos Terminais:
• Artéria Musculofrénica;
• Artéria Epigástrica Superior.
Tronco Costo-Cervical (N. 137 – “Costocervical Trunk” – Imagem idêntica à da Pág. Anterior)
Origem:
• Ramo Colateral da 2ª Porção da Artéria Subclávia.
Ramos Terminais:
• Artéria Cervical Profunda;
• Artéria Intercostal Superior – é descendente e dá origem às primeiras 2
Artérias Intercostais Posteriores (para a 1ª e 2ª Costelas).
Origem:
Trajeto:
A. Ilíaca Externa
Origem:
Trajeto:
• Internas:
o Veia Ilíaca Externa.
• Externas:
o Direitas:
Cego;
Ansas Intestinais.
o Esquerdas:
Colon Sigmoide.
• Posteriores:
o Músculo Psoas;
o Veia Ilíaca Externa.
• Antero-Internas:
o Ambas:
Ureter;
Veia Circunflexa Comum;
Vasos Testiculares (♂)/Ováricos(♀);
Canal Deferente (♂)/Ligamento Redondo(♀).
o Esquerda:
Colon Sigmoide.
o Direita:
Ílio Terminal;
Cego.
Ramos Colaterais (N. 259)
• Artéria Femoral.
Artérias Ilíacas Internas - Vaso curto de grande calibre que se destina a vascularizar os
órgãos da Escavação Pélvica.
Origem:
• Intra-Pélvicos:
o Parietais:
Artéria Ilío-Lombar;
Artéria Sagrada Lateral Superior;
Artéria Sagrada Lateral Inferior.
o Viscerais:
Artéria Umbilical – vai para a Face Superior da Bexiga, originando a
Artéria Vesical Superior e só depois é que forma os Ligamentos
Umbilicais Intermédios, que têm um trajeto ascendente;
Artéria Vesical Inferior – origina a Artéria Prostática e a Artéria
Vesico-Deferencial (no homem);
Artéria Retal Média;
Artéria Uterina;
Artérias Vaginais.
• Extra-Pélvicos:
o Artéria Obturadora – sai pelo Forâmen Obturado, por cima da membrana
Obturadora (no Canal Obturador) dividindo-se em 2 ramos na Face Externa
da referida Membrana;
o Artéria Pudenda Interna;
o Artéria Glútea Superior – sai pelo Forâmen Grande Ciático, por cima do
Músculo Piriforme, e vasculariza os Músculos Glúteos;
o Artéria Glútea Inferior – sai pelo Forâmen Grande Ciático, por baixo do
Músculo Piriforme, e vasculariza os Músculos Glúteos.
Artérias Pudendas Internas (N. 376, 380, 381 – “Internal Pudendal Artery”)
Origem:
Trajeto:
Ramos Colaterais:
Veias
Introdução inicial às Veias
Veias – Canal Músculo-Membranoso, que transporta sangue da periferia para o Coração.
• Intima – endotélio;
• Média – músculo-elástica;
• Adventícia – Tecido conjuntivo.
Ao contrário das Artérias, as Veias resultam da anastomose de Veias de menor dimensão. Para
além disso chamam-se de Aferentes/Afluentes a Veias que se anastomosam a outras de
calibre maior no decorrer do seu percurso (ou seja quando as veias tem um posicionamento
semelhante à dos Ramos Colaterais nas Artérias, com a exceção que neste caso o sangue vem
dos afluentes para a Veia em questão e no caso das Artérias o sangue vai da Artéria em
questão para os Ramos Colaterais).
Varizes – varizes dilatadas e tortuosas que resultam de um possível mau funcionamento das
Válvula, o que leva a um aumento da pressão nas paredes das Veias causando assim a sua
dilatação.
Veias do Tronco
Veias Ilíacas Externas (N. 260 – “External Iliac Veins”)
Origem:
Trajeto:
Terminação:
Veias Aferentes:
Terminação:
• Intra-Pélvicas:
o Parietais:
Veias Ílio-Lombares;
Veias Sagradas Laterais Superiores e Inferiores.
o Viscerais:
Veias Vesicais – provêm do Plexo Venoso Pré-Vesical;
♂ Veias Prostáticas – provêm do Plexo Venoso Pré-Prostático;
Veias Retais Médias;
♀
Veias Uterinas;
Veias Vaginais.
• Extra-Pélvicos:
o Veia Obturadora;
o Veia Pudenda Interna;
o Veias Glúteas Superiores;
o Veias Glúteas Inferiores.
Origem:
Trajeto:
• Acompanham o trajeto das Artérias Ilíacas Comuns, sendo que a Veia Ilíaca Comum
Direita se encontra atrás da Artéria homónima mas, a Veia Ilíaca Comum Esquerda
se encontra mais próxima da linha média do que a Artéria de mesmo nome (isto
deve-se à descentralização da Veia Cava Inferior);
Terminação:
Veias Aferentes:
• Veia Ílio-Lombar;
• Veia Sagrada Média – ao contrário da Artéria homónima esta drena sempre para a
Veia Ilíaca Comum Esquerda.
Origem:
Trajeto:
• Laterais Esquerdas:
o Pilar Direito do Diafragma (ocupa uma posição póstero-esquerda);
o Artéria Aorta.
• Laterais Direitas:
o Rim Direito;
D2
o Glândula Suprarrenal Direita;
o Ureter Direito; D3
o 2ª Porção do Duodeno (D2).
• Posteriores:
o Pilar Direito do Diafragma (ocupa uma posição póstero-esquerda);
o Corpos Vertebrais (e Discos Intervertebrais) ;
o Cadeia Simpática Latero-Vertebral;
o Músculo Psoas; Veia Cava Inferior
o Artérias Lombares. Cadeia Simpática Latero-Vertebral
Músculo Psoas
Veias Aferentes
• Parietais:
o Veias Lombares (4 de cada lado); Disco Intervertebral (entre L3 e L4)
o Veias Frénicas Inferiores. V. Frénicas Inferiores
• Viscerais:
V. Hepáticas
o Veia Testicular/Ovárica Direita (♂/♀);
V. Suprarrenal Dta.
o Veias Renais;
V. Renais
o Veias Hepáticas; V. Testicular/Ovárica
o Veia Suprarrenal Direita. V. Lombares (Dtas.)
Sistema Porta – Constituído por uma Veia existente entre 2 sistemas de Capilares.
Veia Porta
Origem:
Dimensões: V. Porta
• Calibre: 1cm
V. Gástrica Esquerda
• Comprimento: 8cm V. Gástrica Direita
V. Esplénica
Trajeto:
V. Mesentérica Sup.
• Oblíquo para cima e para a direita.
Terminação:
• Anteriores:
o Canal Hepático Comum (localizada mais à direita);
o Artéria Hepática Própria (localizada mais à esquerda).
• Posteriores: A. Hepática Própria
o Veia Cava Inferior. Canal Hepático Comum
Veias Aferentes:
Sistema Ázigos – Sistema de Veias que drena vários locais do organismo diretamente para
a Veia Cava Superior.
Veia Ázigos
Origem:
Trajeto:
Veias Aferentes:
V. Intercostais Direitas
• Veia Intercostal Superior Direita;
V. Azigos
• Veias Intercostais Direitas;
• Veia Hemiázigos;
• Veia (Hemi-)Ázigos Acessória*.
Veia Hemiázigos
Origem:
Trajeto:
Terminação:
Veias Aferentes:
Trajeto:
Terminação:
Anastomoses Porto-Cava – Sistema de Veias que caso necessário, serve de união entre
a Veia Porta e os Aferentes das Veias Cavas Superior e Inferior. No entanto, estas Veias em
situações normais não funcionam como Anastomoses Porto-Cava, tendo como função única a
drenagem dos órgãos associados.
Capilares intestinais
Esquemas das Anastomoses
Veia Porta
Porto Cava baseados nos da
Capilares Hepáticos Sebenta “O Martins”.
Veias Hepáticas
Veia Porta
Veia Esplénica
Veia Porta
Veias Cólicas
Veias Retro-Peritoneais
Veias Lombares
Linfáticos
Introdução inicial aos Linfáticos
Sistema Linfático – conjunto de Vasos e Gânglios Linfáticos com a função de defesa e
transporte de linfa intersticial e moléculas de grande Calibre que não conseguem ser
reabsorvidas pelos capilares sanguíneos e se mantêm no espaço intersticial.
• Medula – é central;
• Córtex – é periférico.
Os Gânglios são estruturas que apresentam vários aferentes (entradas), podendo ser 3 ou mais,
e apenas 1 eferente (saída).
Nos Gânglios ficam retidas células malignas e micro-organismos (evitando a sua propagação
pelo organismo), e por isso só é natural que dentro destas estruturas seja possível
encontrarem-se linfócitos. Se infetarem, os Gânglios Linfáticos podem aumentar de volume.
Origem:
Trajeto:
Terminação:
• Membros Inferiores;
• Abdómen;
• Metade Esquerda da Cabeça; Canal Torácico
• Metade Esquerda do Pescoço;
• Metade Esquerda do Tórax;
• Membro Superior Esquerdo.
Vasos Aferentes:
Terminação:
Vasos Aferentes:
Muitas Vezes o Canal Linfático
• Tronco Broncomediastinico Direito; Direito não existe uma vez que
o Drena a metade direita do Tórax. os seus afluentes drenam
• Tronco Jugular Direito; individualmente no local de
o Drena a metade direita da Cabeça e Pescoço. terminação da estrutura.
• Tronco Subclávio Direito.
o Drena o Membro Superior Direito.
2. Gânglios Abdominais
• Gânglios Pré-Aórticos:
o Gânglios Celíacos – Relacionados com o Tronco Celíaco.
Dividem-se em 3 grupos:
Gânglios Gástricos;
Gânglios Hepáticos;
Gânglios Pancreático-Esplénicos.
Drenam para:
Troncos Intestinais – Dirigem-se para a Cisterna Quilífera.
Gânglios Celíacos
G. Mesentéricos Sup.
G. Mesentérico Inf.
G. Látero-Aórticos
G. Ilíacos Comuns
G. Ilíacos Internos
G. Ilíacos Pré-Sagrados
G. Ilíacos Externos
Conteúdo
• Introdução inicial à Nevrologia .......................................................................... 130
• Nervos Encéfalo-Espinhais ................................................................................. 131
• Sistema Nervoso Vegetativo ................................................................................ 139
o Sistema Toraco-Abdomino-Pélvico ............................................................ 141
2.5 Nevrologia
O Sistema Nervoso é constituído por Neurónios (célula nervosa). Estas células apresentam:
Os Nervos podem ser classificados em: *Fazem parte do “Sensory-somatic nervous system” (ao contrário dos
neurovegetativos que pertencem ao “Autonomic nervous system”).
Nervos Encéfalo-Espinhais
Nervo Vago/X Par Craniano
Ramos:
• Nervo Vago Anterior:
o Ramo Hepático;
o Ramos Gástricos;
o Ramos Celíacos. Plexo Esofágico
• Nervo Vago Posterior: N. Vago Anterior
o Ramos Gástricos; N. Vago Posterior
o Ramos Celíacos. Ramo Celíaco
Ramos Gástricos
Inerva: Ramo Hepático
• Laringe e Faringe;
• Traqueia e Brônquios;
• Pulmões;
• Coração; Vista Anterior Vista Posterior
• Todas as Vísceras localizadas acima do Colon Transverso excetuando as
Glândulas Suprarrenais. O Cólon também é inervado pelo Nervo Vago (até ao
Ângulo Esplénico) bem como o Jejuno-Ílio.
Trajeto:
•
Ascendente (no caso do Recorrente Esquerdo contorna por baixo o Arco
Aórtico antes de iniciar o seu trajeto ascendente e no caso do Direito
Vista Posterior contorna por baixo a Artéria Subclávia Direita), entre a Traqueia e o
Esófago, em direção à Laringe;
O N. Recorrente Laríngeo • Ao atingir o Músculo Constritor Inferior da Faringe torna-se profundo.
M. Constritor Inferior da Faringe
Esquerdo é mais comprido Inervação:
N. Recorrente Laríngeo Direito
que o Direito.
• Músculos Laríngeos (à exceção do Músculo Crico-Tiroideu).
Nervo Frénico
Tipo: Nervo Misto Nervo Frénico Esquerdo
Origem: Nervo Frénico Direito
Trajeto:
Terminação:
Ramos Colaterais:
• Ramo Pericárdicos;
• Ramos para a Cúpula da Pleura;
• Ramos para a Região subdiafragmática do Peritoneu.
Inerva:
Devido à sua Localização e
• Diafragma – inervação motora;
Inervação quando há uma dor
• Pericárdio;
no Diafragma, esta tende a
• Cúpula da Pleura;
irradiar para o Ombro.
• Peritoneu (porção Subdiafragmática).
Nervos Espinhais
Nota: Cada Nervo Espinhal é responsável por
Origem: inervar um Dermátomo do Corpo.
• União das Raízes Anterior (ou Motora) e Posterior (ou Sensitiva) provenientes da
Medula Espinhal, ao nível do Buraco Intervertebral.
Raiz Anterior
Trajeto:
Nervo Espinhal
• Curto, na proximidade do Buraco Intervertebral. Raiz Posterior
Ramo Anterior
(Provida de
Terminação: Ramo Posterior Gânglio Espinhal)
• Em Bifurcação originando um Ramo Posterior (ou Dorsal) e um Ramo Anterior
(ou Ventral).
Inervação:
• Região Cervical (Sensitiva);
• Músculos da Região Cervical;
• Metade Superior da Região Escapular (sensitiva).
Inervação:
• Membro Superior (Sensitiva e Motora);
• Metade inferior da Região Escapular (Sensitiva);
• Diversos músculos da proximidade da Cintura Escapular.
Trajeto:
Localização: L1
L2
• Entre o Músculo Psoas e o Músculo Quadrado Lombar.
L3
N. Ílio-Hipogástrico
Ramos Colaterais: L4
N. Ílio-Inguinal
• Nervo Ílio-Hipogástrico; N. Genito-Femoral (cortado)
• Nervo Ílio-Inguinal; N. Cutâneo Femoral Lateral
N. Femoral
• Nervo Génito-Femoral;
N. Obturador
• Nervo Cutâneo Femoral Lateral.
Ramos Terminais:
• Nervo Obturador;
• Nervo Femoral.
• Nervo Ílio-Hipogástrico
Tipo: Nervo Misto
Origem:
• Ramo Colateral do Plexo Lombar – Ramo Anterior de L1;
Trajeto:
• Encontra-se inicialmente entre o M. Quadrado Lombar e o M. Psoas;
• Entra na espessura da Parede Abdominal Ântero-Lateral entre os
Músculos Oblíquo Interno e Transverso Abdominal;
• Passa por cima da Crista Ilíaca e perfura o Músculo Obliquo Interno ao
alcançar a Espinha Ilíaca Ântero-Superior, caminhado entre o Músculos
Oblíquo Externo e Interno;
• Passa por cima do Trajeto Inguinal (sem o percorrer);
• Na Região Hipogástrica perfura o Músculo Oblíquo Externo alcançando o
Tecido Celular Subcutâneo e a Pele.
Inervação:
• Região Hipogástrica.
• Nervo Ílio-Inguinal
Tipo: Nervo Misto
Origem:
• Ramo Colateral do Plexo Lombar – Ramo Anterior de L1;
Trajeto:
• Encontra-se inicialmente entre o M. Quadrado Lombar e o M. Psoas;
• Entra na espessura da Parede Abdominal Ântero-Lateral entre os
Músculos Oblíquo Interno e Transverso Abdominal;
• Ao alcançar o Orifício Inguinal Profundo, encontra o Cordão
Espermático/Ligamento Redondo do Útero (♂/♀), acompanha-o,
atravessando o Canal Inguinal até alcançar os Testículos/Grandes Lábios
(♂/♀).
Inervação:
• Bolsas Testiculares (♂);
• Raiz do Pénis (♂);
• Grandes Lábios (♀).
• Nervo Génito-Femoral
Tipo: Nervo Misto
Origem:
Trajeto:
Ramos Terminais:
Origem:
Trajeto:
Inervação:
Origem:
Trajeto:
Ramos Terminais:
• Ramo Anterior;
• Ramo Posterior.
Origem:
• Ramo Terminal do Plexo Lombar – Ramos Anteriores de L2, L3 e L4;
Trajeto:
• Passa entre o Músculo Psoas e o Músculo Quadrado Lombar;
• Desce junto ao Bordo Externo do Músculo Psoas;
• Passa por trás e por baixo do Ligamento Inguinal, ao nível do Anel
Femoral (separado deste pelo Ligamento Ílio-Pectíneo) onde termina.
Ramos Terminais:
• Nervo Cutâneo Femoral Anterior Medial; Inervam a Região Anterior
• Nervo Cutâneo Femoral Anterior Intermédio; da Coxa.
• Ramo para o M. Quadricípite Femoral – motor;
• Nervo Safeno – inerva as Regiões Antero-Interna da Perna e Interna do Pé.
5. Plexo Sagrado – apresenta uma forma triangular (vértice voltado para o Grande
Forâmen Ciático).
Origem:
• União dos Ramos Anteriores de L4-S3 (no caso das Vértebras Sagradas,
os Ramos Anteriores saem pelos Forâmen Sagrados Anteriores).
Localização:
• Na Escavação Pélvica, à frente do Músculo Piriforme.
Ramo Terminal:
• Nervo Ciático.
6. Plexo Pudendo
Origem:
• União dos Ramos Anteriores de S2-S4 (no caso das Vértebras Sagradas,
os Ramos Anteriores saem pelos Forâmen Sagrados Anteriores).
• Nervo Pudendo
Trajeto:
Ramos:
7. Plexo Coccígeo
Origem:
Inervação:
L2
Plexo Lombar L4
L3 L5
L4 S1
L5 S2
S1
Plexo Sagrado S3
S2
S3 S4
S4
S5 Plexo Coccígeo S5
Co1
Gânglio Espinhal
(Na Raiz Posterior)
Legenda:
Gânglios Aferentes; Cadeia Simpática
Raiz Anterior Latero-Vertebral
Gânglios Conetores;
Gânglios Eferentes. Sistema Nervoso Somático Sistema Nervoso Vegetativo
Localização dos Corpos Celulares dos Neurónios Conectores no Sistema Nervoso Vegetativo:
Neurónio da Víscera
Nervo Espinhal
Gânglio Espinhal
Sistema Toraco-Abdomino-Pélvico
Cadeia Simpática Latero-Vertebral
Cadeia Simpática Latero-Vertebral
Forma:
Trajeto:
• Plexo Celíaco;
• Plexo Intermesentérico;
• Plexo Mesentérico Inferior;
• Plexo Hipogástrico Superior;
• Plexos Hipogástricos Inferiores;
• Plexos Viscerais.
Plexo Intermientérico
Plexo Submucoso
Plexo Celíaco
Plexo Intermesentérico
Plexo Mesentérico Inferior
Gostaria de expressar os meus sinceros agradecimentos aos alunos Miguel Oliveira e Sara
Rodrigues por tão amavelmente cederem os apontamentos relativos a Tiroide e Mama
(respetivamente).
Conteúdo
• Tiroide ...................................................................................................................... 146
• Mama........................................................................................................................ 148
E Tiroide
Tiroide
Glândula Endócrina.
Conformação Externa:
A Tiroide apresenta:
Relações:
• Lobo Lateral:
o Face Ântero-Lateral:
Músculos Infra-Hioideus (mais diretamente com o M. Esterno-Tiroideu).
o Face Posterior:
Pedículo/Feixe Vasculonervoso do Pescoço.
o Face Medial:
Glândulas Paratiroides;
Nervo Laríngeo Recorrente;
Esófago;
Traqueia.
Irrigação Arterial:
• Artéria Tiroideia Superior – ramo da Artéria Carótida Externa ou da Comum;
• Artéria Tiroideia Inferior – ramo do Tronco Tiro-Cervical.
Drenagem Venosa:
• Veias Tiroideias Superiores – drenam para a Veia Jugular Interna;
• Veias Tiroideias Médias – drenam para a Veia Jugular Interna;
• Veias Tiroideias Inferiores – drenam para o Tronco Braquiocefálico Venoso.
Drenagem Linfática:
Istmo
Lobo Lateral Esq.
V. Tiroideias Inferiores
Mama
Saliência arredondada da Parede Abdominal Anterior derivada de glândulas sudoríparas
modificadas.
Localização:
• Parede Anterior do Tórax à frente da Fáscia do Músculo Grande Peitoral (ao qual está
fixa posteriormente).
Mamilo – saliência localizada na Face
Anterior da Mama, onde convergem os
Constituição Anatómica: Ductos Mamários. É uma estrutura com
A mama apresenta 3 tipos de estruturas distintas: muito pigmentada (assim como a Auréola).
Desenvolvimento Embrionário:
Cristas mamárias – espessamentos longitudinais que se estendem da Axila até à Região
Púbica, responsáveis pela formação da Mama. Estas estruturas atrofiam (pela 7ª semana
de gestação) em toda a sua extensão exceto na região do Tórax onde se formam os 2
mamilos.
Irrigação Arterial:
Drenagem Venosa:
• Veia Torácica Interna
Drenagem Linfática:
A drenagem da Mama faz-se de forma sequencial:
Nota: A drenagem também pode ser feita pela Face Posterior através do Músculo Grande
Peitoral mas é algo muito raro.