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A organização das áreas urbanas.

A forma como a população ocupa o espaço origina uma multiplicidade de paisagens, com
características distintas, distinguindo-se o espaço rural de espaço urbano, através da
intensidade da concentração demográfica, das suas actividades e acessibilidades.

No decurso da expansão, a dicotomia espaço rural/espaço urbano é difícil de estabelecer. O


crescimento populacional e o aumento da mobilidade têm conduzido à difusão espacial da
população, das actividades económicas e do modo de vida urbano. A progressiva expansão dos
espaços urbanos define espaços de transição, suportes de populações urbano-rurais.

Contudo, as cidades destacam-se no espaço geográfico por um conjunto de características:

Uma forte concentração de imóveis e infra-estruturas;


Estão dotadas de equipamentos sociais e culturais;
Preços do solo elevados;
Um intenso movimento de pessoas e veículos;
Exercem influência económica, cultural, social e política a grandes escalas.

(Estes critérios não são universais, variam de país para país e sofrem alterações com o tempo).

Critério demográfico:

População absoluta: cada país determina um nº mínimo de habitantes, a partir do


qual um aglomerado pode ser considerado cidade. Não permite comparações
universais porque varia de país para país.
Densidade populacional: de maneira geral, este factor é elevado contudo, também
não é universal, registando-se disparidades entre países.

O critério demográfico é de difícil aplicação já que muitos aglomerados constituem,


essencialmente, áreas residenciais, revelando uma capacidade pouco significativa de
dinamização das áreas envolventes.

Critério funcional:

Segundo este critério, um aglomerado populacional só pode ser considerado cidade se a maior
parte da sua população estiver empregada nos sectores secundário e terciário.
Critério jurídico-administrativo:

Neste, os aglomerados populacionais são classificados como cidade por decisão legislativa. Em
Portugal, a designação e determinação da categoria das povoações são da responsabilidade da
Assembleia da República e das Assembleias Regionais dos Açores e da Madeira.

A categoria de cidade é conferida aos aglomerados que combinem com o total de 8000
eleitores com um determinado conjunto de equipamentos e infra-estruturas. Salienta-se,
contudo, que nem sempre estes critérios são seguidos, seja por razão histórica ou outros.

A melhoria dos transportes conduziu ao aumento da mobilidade da população e à expansão


territorial das áreas residenciais e actividades económicas, tornando difícil a delimitação
geográfica das cidades. Para além deste processo de urbanização, assiste-se à difusão do modo
de vida urbano, dificultando o estabelecimento da fronteira que separa a cidade de espaços
urbanizados na sua periferia.

Noções:

Urbanização: processo de desenvolvimento das cidades, quer em número de


população quer em extensão, como resultado de alterações na actividade económica e
no modo de vida da população.

No nosso país, tendência geral, tem sido a concentração populacional em lugares urbanos.

O aumento da taxa de urbanização traduz-se pelo crescimento populacional em territórios


com características urbanas, assim como pela formação de novas centralidades dispersas.

Noções:

Lugar urbano: aglomeração com 2000 ou mais habitantes, segundo o INE.

Taxa de urbanização: relação entre o nº de pessoas a residir em lugares


População Urbana
urbanos e a população total, expressa em percentagem. 𝑇𝑈 = População Total
X100.

No espaço urbano, as várias actividades económicas, assim como a residência da população,


não se distribuem ao acaso. É possível identificar regularidades espaciais nessa distribuição,
podendo individualizar-se áreas funcionais. A individualização destas áreas resulta da variação
da renda locativa, a qual, por seu lado, é condicionada pela acessibilidade.

O preço do solo varia com a distância ao centro, diminuindo com o seu afastamento. O centro
constitui a área com maior acessibilidade no espaço urbano, por ser aí que convergem os
principiais eixos de transporte, com particular relevância os dos transportes públicos. Por isso,
é a área mais atractiva para a instalação de variadas actividades do sector terciários, cuja
rentabilidade depende da proximidade de uma vasta clientela. Desta situação resulta uma
forte competição pelo espaço, o que conduz a elevados preços do solo e à especulação
fundiária, já que a procura é superior à oferta.

A ocupação do solo urbano, traduz um modelo teórico de organização espacial que, com
frequência pode ser alterado por diversos factores, como por exemplo:

Congestionamento e degradação dos centros antigos;


Modernização das infra-estruturas em áreas não centrais;
Valorização do solo junto dos acessos à rede de auto-estradas;
Valorização paisagística e turística de áreas não centrais.

Assim, a variação da renda locativa com a distância ao centro nem sempre é uniforme,
podendo, no espaço urbano, surgir áreas que, pela sua aptidão para determinadas actividades
terciárias, apresentam custos elevados.

Nesta organização interna do espaço urbano, distinguem-se 3 tipos de áreas funcionais:

Áreas terciárias: dominam actividades liadas a comércio e serviços;


Áreas residenciais: vocacionadas para a habitação;
Áreas industriais: predominam actividades ligadas à indústria.

Noções:

Renda locativa: preço do solo, determinando por um conjunto de factores:


acessibilidade, proximidade de equipamentos sociais, qualidade ambiental, etc.

Acessibilidade: grau relativo de facilidade (medido em custo e em tempo) com


que se alcança determinado lugar, a partir de outro.

Especulação fundiária: sobrevalorização do preço do solo em resultado da


elevada procura face a uma oferta reduzida.

As áreas terciárias:

Independentemente da sua dimensão, a área central das cidades destaca-se pelo dinamismo
que apresenta e pela elevada terciarização das actividades que aí se desenvolvem, destacando:

O comércio especializado;
Os serviços de nível superior e mais especializados.

A procura destas áreas por actividades do sector, acompanhada pelo aumento do preço do
solo, tem conduzido ao decréscimo da fundação residencial, que tende a tornar-se residual.
Essas áreas, onde o imobiliário é antigo, caracterizam-se por uma forte degradação dos
edifícios, ocupados, essencialmente, por população mais idosa e de baixos recursos.
Outro aspecto característico das áreas centrais é a existência de uma população flutuante,
oriunda de áreas mais periféricas, que converge para o centro durante o dia, em busca de bens
e serviços ou porque aí se localizam os seus postos de trabalho. Esta situação acaba por
explicar a intensidade do tráfego durante o dia nos dias úteis da semana, em contraste com o
reduzido nº de pessoas durante a noite e ao fim de semana.

Diferenciação funcional das áreas centrais:


Nas áreas centrais a distribuição das diferentes actividades apresenta uma diferenciação
funcional caracterizada por um zonamento. Assim:
Zonamento vertical: pisos térreos ocupados por actividades que exigem grande
proximidade aos consumidores, como o comércio; pisos superiores ocupados
geralmente com armazéns e escritórios e, os últimos, com habitação.
Zonamento horizontal: existem áreas de forte especialização, destacando-se a área de
comércio a retalho, a área de comércio grossista, a área de hotéis e a área de lazer.

As novas centralidades:
Em muitas cidades, assiste-se à descentralização de diversas actividades do sector terciário.
Na realidade, a expansão do sector terciário é condicionada pelos constrangimentos impostos
pelas áreas centrais:
Falta de infra-estruturas compatíveis com as exigências das actividades terciárias;
Elevado preço do solo;
Dificuldade de deslocação e de estacionamento.
Em alternativa ao centro, têm surgido novas centralidades resultantes da:
Melhoria do sistema de transportes públicos;
Construção de novas vias de comunicação;
Redução do preço do solo;
Maior oferta de espaço disponível.

Declínio das áreas centrais:


A descentralização das actividades fragilizou as áreas centrais, não só como centros
económicos e sociais, mas também como locais de encontro e intercâmbio de informação.

O desenvolvimento dos factores de descentralização determinou a alteração das suas


características, nomeadamente:
Criação de ruas e praças para facilitar a circulação e fruição do espaço;
Implementação de projectos que potenciem a afluência de turistas ao centro;
Desenvolvimento de transportes e estacionamento mais eficiente;
Renovação do edificado e atracção de novas actividades;
Implementação de programas e estratégias de revitalização do comércio, lazer…

As áreas residenciais:

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