Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
ANÁLISE CRÍTICA
“Existe uma crise em curso no Brasil. ” Assim inicia o artigo de Thiago Nóbrega Tavares
– Crise Tributária brasileira: apontamentos reflexivos. De um modo geral, os dois textos
tratam sobre a situação crítica da economia brasileira, sob a ótica dos tributos, ou seja, de um
dos pilares do desenvolvimento de qualquer Estado. Em primeiro plano, para articular um
raciocínio sobre o tema, não precisa muito pois vivenciamos isso na prática. Como cidadãos,
sentimos na pele a avassaladora cobrança de tributos e amargamos a triste realidade de
simplesmente não ter o retorno esperado de tal “contribuição”.
Ambos autores, ao explanar suas linhas introdutórias, nos deixa ciente da urgência em
“convidar” o setor privado para “retribuir” o impulso que foi dado pelo governo, décadas
atrás. Consequentemente, anulando a “injustiça fiscal” que está entranhada no seio tributário
do país, alimentando a concentração de riquezas. Em contrapartida, é necessário também
que haja um “alívio” em certos tributos, pois, atualmente o cenário tributário também é
desfavorável para a indústria e comércio. Essa “redução seletiva” de impostos visa ampliar
a competitividade da indústria, também é preciso reduzir os impostos sobre os investimentos
produtivos, além disto, os produtos da cesta básica não deveriam pagar nenhum tipo de
imposto.
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade
e quaisquer outras formas de discriminação".
Tudo isto é em decorrência de uma série de equívocos, dentre os quais se pode citar a
dilapidação do dinheiro público, a falta de transparência quanto às fontes e aplicações dos
recursos, o baixo retorno social, refletido na falta de atendimento às necessidades
preferenciais da sociedade, o agravo das desigualdades entre pessoas e regiões e escassez
nas informações simples sobre o Sistema Nacional Tributário. No decorrer do escrito de
Tavares, compreendemos que é imprescindível promover um conhecimento acerca dos
tributos pagos pela população, pois os cidadãos não sentem satisfação em pagar tributos,
desconhecem como e quanto deles é voltado para manter o funcionamento do Estado e
direcionado para as necessidades básicas da sociedade, como saúde e educação. Os
contribuintes por diversas vezes não cumprem com os seus encargos tributários e deixam de
fiscalizar o atendimento das mesmas pelos demais cidadãos.
O procedimento adotado no Brasil com os sonegadores, é muito grave, pois estes não
correm o risco de serem presos, basta pagarem os valores sonegados após o crime ser
constatado. É como se um ladrão de banco, após ser pego, fosse absolvido por restituir o
dinheiro. É inadmissível. Isso ocorre, principalmente, porque o legislador brasileiro nunca
se preocupou em penalizar de forma séria e implacável a sonegação. Além de extinguir a
punibilidade do crime pelo ressarcimento, é possível paralisa-la no decorrer do processo
administrativo e por outros meios.
“Nesse sentido, o novo sistema tributário deve desempenhar o papel de alicerce dos
recursos, para que possa agir como elemento ativo da política econômica do governo de
forma a estabelecer incentivos à atividade industrial e ao investimento, promovendo um
crescimento econômico mais permanente. ”
BIBLIOGRAFIA:
http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_0666.pdf
https://jus.com.br/artigos/46572/principios-e-requisitos-do-sistema-tributario
SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 9ªed. São Paulo: Saraiva, 2017.