Sunteți pe pagina 1din 6

HEG II Monitoria de 2015.

1 Monitor: Leonid Garnitskiy

Questões para discussão - P2

1a Questão.

Ao responder esta questão, dividimos a resposta em três partes:


1) Intervenção do Estado na economia nos países europeus e 3
principais políticas associadas a isso. Seu papel na recuperação
econômica; 2) Funcionamento do Sistema Internacional de Bretton
Woods e seu papel na recuperação econômica mundial e da Europa
Ocidental; 3) Condicionantes do crescimento econômico da Europa
em termos técnicos, da distribuição de renda, da prioridade do
emprego e da capacidade ociosa da economia. 4) Causas da crise do
sistema de Bretton Woods e seu fim em 1971, razões das crises
econômicas nas décadas 1970 e 1980.

Respondemos cada parte em detalhes, comparando com o período


1919-1939.

1) Durante a II GM, toda a economia nos países europeus foi


redesenhada para fins militares. Finda a guerra, surgiu, na
Europa, sistema de intervenção estatal na economia, que se
caracterizou por 3 principais elementos:

 Políticas macroeconômicas ativas de curto prazo;

 Planejamento econômico de longo prazo: metas;

 Estado de bem-estar social.

Políticas macroeconômicas ativas de curto prazo pressupõem


realização de Política Fiscal e Política monetária expansionistas
pelo Estado a fim de completar a insuficiência da Demanda
agregada que o setor privado não seria capaz de suprir no período
da crise. Assim, eleva-se o nível de gasto agregado da economia
via aumento do componente G (da equação do produto), que
corresponde aos gastos do governo líquidos dos impostos. Política
fiscal expansionista eleva gasto público, e política monetária
expansionista aumenta oferta monetária. Como resultado, obteve-
se, em 1950-1975 na Europa, aquecimento permanente da economia e
evitaram-se recessões. Contudo, aumento do emprego ocorreu às
custas da inflação (curva de Phillips: trade-off inflação-
desemprego): os anos 1950-1975 eram inflacionários na Europa.

Planejamento econômico de longo prazo visa modificar os custos


dos agentes econômicos para induzir as políticas que o Estado
precisa implementar, como, por exemplo, investimento em
infraestrutura destruída no decorrer da guerra. O planejamento
econômico se deu nos setores da indústria pesada, na siderurgia e
em outros setores estratégicos para o Estado. É importante
mencionar diferença entre economia soviética centralmente
planejada e planejamento econômico com metas: na economia
soviética socialista, quem decidia alocação de recursos era o
Estado, o Comitê do Planejamento Estatal; não havia agentes
privados, e unidades produtivas (fábricas, construtoras etc.) não
dispunham de autonomia (só com reformas econômicas da
Perestroika, em 1985-1990, passaram a tê-la). Já o planejamento
ocidental é uma sinalização que o Estado faz para o mercado, é
indução do investimento em determinadas áreas. No Ocidente, o
Estado mexia nos sinais de preços, fazendo, assim, intervenção na
economia, na definição de Mises, ou seja, fazendo com que agente
privado aloque seus recursos de maneira diferente da que alocaria
se não houvesse esta intervenção.

Estado de bem-estar social significou universalização dos


direitos do cidadão. Na medida em que a miséria do período entre-
guerras foi sendo compensada pela mobilização da II GM, havia
medo de que no pós-II GM a miséria pudesse voltar a ocorrer.
Política de bem-estar social era assentada em dois pressupostos:
a) economia não é autorregulada => há desemprego voluntário que
decorre da conjuntura macroeconômica => isso precisa ser
corrigido por políticas sociais; b) pobreza absoluta tem que
desaparecer; acesso à saúde e à educação são direitos básicos do
cidadão.

Comparando com período entre-guerras, vale dizer que naquela


época havia pouca presença do Estado na economia (8-18%),
comparando com período depois da II GM. Além disso, no período do
padrão-ouro, o governo não podia realizar PM expansionista, pois
o câmbio era fixo e havia liberdade da conta capital: no trade-
off inflação-desemprego, priorizava-se inflação, mantendo-a sob
controle, às custas do desemprego mais elevado. Em terceiro
lugar, como as políticas econômicas eram pró-cíclicas em 1919-
1939, economias viviam recessões; ao passo que em 1950-1975 as
políticas eram anti-cíclicas, e economias europeias tinham
crescimento do produto.

2) Ao responder como a estrutura do Sistema Internacional de


Bretton Woods, criado em 1944 e vigente até 1971, propiciou o
crescimento econômico e recuperação europeia em 1950-1975,
destacamos 3 pontos principais:
 controle de Conta Capital;

 papel dos EUA a partir de 1947: IED e Plano Marshall;

 instituições do Bretton Woods e seu papel: FMI, BIRD, GATT.

O Sistema Monetário Internacional de Bretton Woods (1944-1971)


combinou 3 características: taxa de câmbio fixa (para evitar
desvalorizações competitivas, como aquelas ocorridas na década de
1930, e garantir estabilidade para investimentos estrangeiros),
controle de conta capital (para evitar especulações de capital
internacional privado que pudessem abalar políticas
macroeconômicas ativas dos governos) e política monetária
independente, ou seja, possibilidade de o governo fazer PM
expansionista quando for necessário para estabilização. O
controle de conta capital foi fundamental para a recuperação e
crescimento econômico da Europa no pós-II GM: o governo
controlava IEI (Investimento Externo Indireto, ou seja,
especulativo de curto prazo), ao passo que podia-se fazer IED
(Investimento Externo Direto, no setor real). Comparando com
período entre-guerras, vale dizer que no entre-guerras a conta
capital não sofria intervenções do governo, e negócios privados
eram força motriz dos movimentos internacionais de capital (por
exemplo, Plano Dawes nos anos 1920).

O papel dos EUA na recuperação econômica da Europa no pós-II GM


foi fundamental: EUA fazem grandes transferências para Europa em
forma de IED e de donativos, como no âmbito do Programa de
Recuperação Europeia, conhecido como Plano Marshall (1947-1951).

As instituições do sistema monetário internacional de Bretton


Woods, criadas em 1944-1947, também desempenharam papel
importante para recuperação econômica da Europa no pós-1945. FMI
foi criado em 1944 para garantir a estabilidade das taxas de
câmbio: para fazer desvalorização cambial acima de 10%, os
governos agora deveriam solicitar a autorização do FMI para tal.
Além disso, o FMI foi criado para que os governos, quando
precisarem fazer ajuste macroeconômico, não sejam compelidos a
incorrer em custos sociais tão altos quanto tinham na época do
Padrão Ouro: agora, o FMI emprestava recursos para amenizar os
custos do ajuste. BIRD, por sua vez, foi importante para
emprestar recursos para reconstrução da Europa e da capacidade
instalada nestes países, que havia sido ou danificada ou
completamente destruída durante a guerra. A terceira organização
importante foi criada em 1947 - GATT - que tinha por objetivo
promover comércio internacional. Comparando com o período entre-
guerras, vale lembrar que no entre-guerras o cenário econômico
internacional, em vez da estabilidade cambial, era dominado por
desvalorizações competitivas e políticas beggar-thy-neighbour; em
vez da cooperação comercial internacional, era dominado por
criação de blocos monetários regionais. Todas estas deficiências
foram corrigidas no pós-II GM, a fim de evitar erros cometidos no
período entre-guerras, o que permitiu recuperação dos países e
crescimento econômico.

3) Os condicionantes do crescimento econômico da Europa em 1950-


1975, além dos apontados nos itens acima, eram:

 técnicas de produção fordistas são transportadas em 1950-1960


dos EUA para a Europa: surge, no Velho Continente, a sociedade
de consumo em massa;

 melhora a distribuição de renda na Europa porque aumenta


arrecadação do governo via impostos diretos;

 no trade-off inflação-desemprego, a prioridade era dada ao


emprego, tolerando uma inflação de 4-5%: esta época é
inflacionária;

 a Europa cresce mais rápido do que os EUA, porque possui


capacidade ociosa, está abaixo da fronteira tecnológica => há
convergência entre o crescimento dos EUA e da Europa.

Comparando com o período 1919-1939, vale dizer que no entre-


guerras não havia ainda na Europa técnicas fordistas de produção,
nem consumo em massa (isso surge nos EUA na década de 1920); além
disso, a época de entre-guerras era dominada por deflação ou
inflação perto de zero.

4) Razões da crise do sistema de Bretton Woods e causas iniciais


das crises das décadas 1970 e 1980.

Podemos destacar 4 causas principais:

 incompatibilidade entre papel internacional e doméstico do


dólar norte-americano, conhecida como "Dilema de Triffin". A
estabilidade da taxa de câmbio, essencial para o sistema
monetário de Bretton Woods, era garantida pela estabilidade de
conversão entre dólar e ouro nos EUA; ao passo que todas as
outras moedas eram atreladas, a taxa fixa, ao dólar e não ao
ouro. Durante as décadas de 1950 e 1960, os EUA transferiram
quantidade maciça de dólares para o exterior, tanto a título
de donativos e IED, quanto para pagar seus déficits em
transações correntes após a recuperação da Europa e Japão na
década de 1960, quando produtos japoneses ganham enorme
competitividade internacional e inundam mercado americano
(exemplo: carros japoneses). Aumento dos negócios e do
comércio internacional precisou ser acompanhado por aumento da
liquidez internacional, ou seja, por aumento da oferta de
divisa (dólar). Ao atender a este aumento, os EUA
inviabilizaram paridade fixa entre USD e reservas em ouro.
Isto gerou dificuldades de conversão, e em 1971 presidente
Nixon cancelou a conversão => o sistema de Bretton Woods
chegou ao fim. O sistema monetário internacional que passou a
vigorar desde 1971 e está em vigor até os dias de hoje está
baseado em: câmbio flutuante, liberdade de conta capital e
política monetária independente. A partir de 1971, os EUA
tentam impor à Alemanha e ao Japão revalorização de suas
moedas, o que leva à queda do crescimento econômico e à queda
dos superávits com os EUA. O fim do sistema de Bretton Woods
gera crescente instabilidade internacional.

 crise na esfera real: no início da década de 1970, a


capacidade ociosa das economias europeias chegou ao seu
limite, de forma que aumento da demanda começou a gerar
inflação.

 choque de juros nos EUA em 1979-81: os EUA estavam com


déficits no Balanço de Pagamentos em 1971 devido ao
financiamento da Guerra no Vietnã, balança comercial
deficitária etc, o que leva ao questionamento acerca da
posição do dólar no mercado; além disso, dólar sofre pressão
inflacionária doméstica => Banco Central americano começa a
responder a isto com elevação da taxa de juros até 21% => isto
gera fluxo de dólares para os EUA e desencadeia uma grave
crise de dívida nos países subdesenvolvidos.

 choques de petróleo: 1° Choque de Petróleo de 1973 e 2° Choque


de Petróleo de 1979: provocam inflação de custos nos países
dependentes da importação de petróleo.

2a Questão.

As respostas já estão contidas na resposta à 1a Questão.

3a Questão.
Crise da dívida externa dos países latino-americanos na década de
1980 ocorreu por causa da crise de juros nos EUA em 1979-81.
Alguns países subdesenvolvidos haviam tomado, na década de 1970,
crédito externo para financiar seu processo de desenvolvimento,
pois as taxas de juros internacionais eram baixas. Quando ocorreu
choque de juros nos EUA, a dívida dos países subdesenvolvidos
cresceu muito, gerando crise da dívida. (Exemplo: o Brasil
financiou II PND (1976-79) com crédito externo). Já as crises da
década de 1990, notadamente crise do México (1995), crise dos
países asiáticos (1997), crise na Rússia (1998) e crise no Brasil
(1999), foram crises provocadas por ataques especulativos de
capitais de curto prazo. Ataque especulativo é quando há uma
saída maciça e rápida das divisas, gerando forte desvalorização
cambial (crise cambial), queda abrupta das reservas
internacionais, seguida de grave crise política, econômica e
institucional, que pode resultar no default do país (suspensão de
pagamento da dívida externa, falência do país).

S-ar putea să vă placă și