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TÍTULO DO PROJETO:
Contraste na Microscopia Fototérmica de trilhas resistivas – laser de Argônio
como feixe de prova
ESTUDANTE:
Cassiano Rezende Pagliarini
ORIENTADOR:
Prof. Dr. Antonio Manoel Mansanares
Julho de 2004
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1. Resumo
iii) Repetição das medidas do item (ii) usando os vários comprimentos de onda do
laser de Ar+. Análise dos resultados à luz de modelagem que leva em conta a
interferência optotérmica.
Foram realizados mapas térmicos em trilhas de alumínio que haviam sido submetidos
a simulações de condições adversas (descargas eletrostáticas, altas densidades de corrente e
temperaturas). Nestas amostras observamos um efeito de borda que, como vimos, se deve ao
fato da expansão térmica da trilha fazendo com que o sinal lido nas bordas fosse maior.
Também nestas trilhas foi possível fazer a caracterização térmica dos defeitos obtidos nas
simulações e com isto verificar seu comportamento quando postos em operação.
Já nas trilhas de polissilício foi possível obter o comportamento das linhas de corrente
em trilhas com estreitamento, verificando um maior sinal nestas partes mais estreitas, que,
como vimos, é atribuído à maior dissipação de energia por unidade de volume, já que a
densidade de corrente elétrica aumenta.
Verificamos também que nestas trilhas resistivas o processo dominante de geração de
sinal se dá por efeito Joule, uma vez que o sinal de fotorefletância modulada (R/R) é
proporcional ao quadrado da corrente que passa na trilha, fato característico do efeito Joule.
Assim vimos que a técnica de microscopia fototérmica de reflexão é uma importante
ferramenta na caracterização de dispositivos eletrônicos por se tratar de uma técnica não
destrutiva, e também pelo fato desta caracterização poder ser obtida com o dispositivo em
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Desta forma, na segunda parte do projeto foram realizadas medidas de MFR usando as
diferentes linhas de um laser de Ar+ (514.5, 501.7, 496.5, 488.0, 476.5, 457.9 nm) como feixe
de prova a fim de se obter uma maior sensibilidade da técnica. Será feita a análise dos
resultados obtidos levando em conta a interferência optotérmica nas diferentes camadas da
trilha resistiva.
2. Introdução
3. Metodologia
Nesta segunda metade do projeto um laser de Ar+ é utilizado como feixe de prova.
Usando a configuração de espelhos para o caso em que o laser de Ar+ é utilizado como feixe
bomba, o feixe passa pelo modulador acústico-óptico onde é difratado continuamente e sua
primeira ordem de difração selecionada por um diafragma. Passa por um cubo divisor de feixe
e uma torre de espelhos até entrar no tubo fotográfico do microscópio. Na volta, após a
reflexão na superfície da amostra, ele passa novamente pela torre de espelhos e é desviado
pelo cubo divisor de feixe para um fotodiodo rápido de Si (New Focus, mod. 1801, DC a 125
MHz). O sinal do fotodiodo é analisado por um lock-in de alta freqüência (EG&G, mod.
5202).
Para a aplicação de tensão modulada na amostra é utilizado um gerador de áudio
(PHILIPS, mod. PM5139). O sinal deste gerador de áudio é enviado a um osciloscópio
(Tektronix, mod. 7623A) para verificar a eficiência da modulação, e é também enviado como
sinal de referência para o amplificador lock-in.
Um sistema de translação x-y (Microcontrole, mod. ITL09.2 (menor passo de 0,1 m)
é utilizado na varredura da amostra. Este sistema é controlado por um microcomputador, que
também lê o lock-in e armazena a amplitude e a fase, e lê também a parte DC do sinal
proveniente do fotodiodo, pois este é proporcional à refletividade estática da amostra (no
comprimento de onda do feixe de prova). Um conversor analógico digital (STD, mod.
AD850) é responsável pela leitura do lock-in e do fotodiodo. Uma placa controladora
GPIB/IEEE liga o computador ao sistema de translação, ao conversor e ao gerador de áudio.
Todo o conjunto é montado em uma mesa pneumática (Melles Griot, mod.
07OTR001/07OTI035).
O feixe de prova é focalizado na superfície da amostra através de objetivas com
diferentes aberturas numéricas (NA=0,10, 0,25, 0,40 e 0,75). Com a máxima abertura os
feixes ficam com diâmetros da ordem de 1,0 m. Esta é a ordem de grandeza da resolução do
instrumento, visto que o posicionamento da amostra e dos feixes é feito com passos menores
que este (0,1 m de passo para os transladores da amostra). Outro parâmetro importante na
resolução do instrumento é o comprimento da onda térmica (e da onda de plasma), que fica na
faixa de micrometros para freqüências da ordem de megahertz. Daí o uso de um lock-in de
alta freqüência (100 kHz a 50 MHz). A sensibilidade da montagem está na faixa de 10-7-10-6
em R/R, e é limitada em altas freqüências pelo ruído de fótons. Em baixas freqüências o
ruído mecânico é predominante.
5
90 (a) prova=514,5 nm
80 prova=501,7 nm
70
60
R/R0 (10 )
50
-6
40
30
20
10
0 20 40 60 80 100
Posição (m)
320
(b)
280
240
200
Fase (deg)
160
120
80
40
prova=514,5 nm
0 prova=501,7 nm
0 20 40 60 80
Posição (m)
2,0
prova=514,5 nm
1,8
(c) prova=501,7 nm
1,6
1,4
1,2
R0 (V)
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
0 20 40 60 80 100
Posição (m)
Fig. 2: (a) Amplitude normalizada, (b) fase e (c) componente DC do sinal para uma trilha de polissilício. A
corrente elétrica foi modulada na trilha de 0 a 6,3 mA em 100 kHz.
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100
80
60
40
20
R/R (10 )
-6
-20
-40
-60
-80
-100
450 500 550 600 650
prova (nm)
Fig. 3: Amplitude normalizada do sinal como função do comprimento de onda do feixe de prova para uma trilha
de polissilício. Em todas as medidas a corrente elétrica foi modulada na trilha de 0 a 6,3 mA em 100 kHz.
2nd
2 m (1)
onde n é o índice de refração da trilha, d sua espessura, o comprimento de onda do feixe
incidente e m é um número inteiro ou semi-inteiro.
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Fig. 4: Interferência óptica na trilha dos feixes refletidos em sua superfície e no substrato. Expansão térmica da
trilha (linha pontilhada) responsável pela mudança da fase do sinal sobre a trilha.
Fig. 5: Comportamento do sinal com o comprimento de onda (linha azul). Quando a trilha expande existe um
deslocamento da curva (curva verde) devido a sua nova espessura. Assim vemos que a mudança do sinal da fase
de negativo para positivo de um comprimento de onda para outro se deve a interferência optotérmica.
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5. Conclusões
6. Referências