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Emoção e motivação na aprendizagem

A compreensão ao invés da memorização

Emoção e motivação na aprendizagem


A compreensão ao invés da memorização
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Emoção e motivação na aprendizagem
A compreensão ao invés da memorização

Unidade 3
A compreensão ao invés da
memorização
Uma das muitas concepções de como se dá a aprendizagem consiste
em considerar que os alunos aprendem os conteúdos escolares graças a um
processo de construção pessoal dos mesmos. Nesse caso, o que nos permite
discutir a construção de conhecimento e não de “cópia” ou de “reprodução da
realidade” é, precisamente, a ideia de que aprender algo equivale a elaborar uma
representação pessoal do conteúdo objeto de aprendizagem. Essa
representação não se realiza em uma mente em branco, mas em alunos com
conhecimentos que lhes servem para “ancorar” o novo conteúdo e lhes
permitem atribuir-lhe algum grau de significado. A ancoragem ou vinculação
não é um fenômeno automático, mas resulta de um processo ativo do aluno e
da aluna, que lhes permitirá reorganizar e enriquecer o próprio conhecimento
(Coll et al., 2009).
Para a concepção construtivista, quando ocorre o processo acima, diz-
se que se aprendeu significativamente, construindo um significado próprio e
pessoal para um objeto de conhecimento que existe objetivamente. De acordo
com o exposto, fica claro que não é um processo que conduz à acumulação de
novos conhecimentos, mas à integração, modificação, estabelecimento de
relações e coordenação entre esquemas de conhecimento que já está no
escopo da pessoa, dotados de uma certa estrutura e organização que varia, em
vínculos e relações, a cada aprendizagem que é realizada.

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O construtivismo deu à escola uma nova forma de aprender: não quer
mais a simples transmissão de conhecimento feita pelo professor. É o aluno
quem prepara a sua caminhada do saber: observa, analisa, manipula, raciocina
e conclui. É um conhecimento que vem de dentro para fora, que leva à
formulação de conceitos. Afasta o simples sentido de memorização. A escola
não despreza a memorização, especialmente quando se trata de tabuada, mas
a memorização vem depois da compreensão. Os alunos, através de jogos, de
brincadeiras, passam a entender o conceito de multiplicação. Usa a
multiplicação, em diversas situações do cotidiano, contextualizando o
conhecimento.
A aprendizagem, nessa perspectiva, torna-se melhor quando a matéria é
organizada às voltas de princípios gerais e explicações, mais do que quando é
baseada na memorização de fatos e procedimentos isolados. Todos os
professores querem que os seus alunos compreendam o que estão aprendendo
e não memorizem fatos de forma superficial.
A investigação mostra que quando a informação é superficialmente
memorizada é facilmente esquecida. Pelo contrário, quando algo é
compreendido, não é esquecido com facilidade e pode ser transferido para
outras situações. De forma a compreender o que lhes está sendo ensinado,
deve ser dada aos alunos a oportunidade de pensar sobre o que estão fazendo,
falando sobre isso com os outros alunos e com os professores, para clarificar
e para compreender como se aplica em muitas situações.
Como é que se ensina para a compreensão? Aprender torna-se mais
significativo quando as lições são aplicadas a situações da vida real. Os alunos
muitas vezes não conseguem aplicar o que aprenderam na escola para resolver
problemas do mundo real. Por exemplo, eles podem aprender sobre as leis de

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Newton na escola, mas não conseguem ver como eles se aplicam em situações
da vida real. A transferência torna-se, assim, muito importante. Para muitos
alunos o que resta é memorizar os conteúdos para que ao menos se saiam bem
nas avaliações.
Por que alguém deveria querer ir para a escola se o que é aprendido lá
não se transfere para outras situações e não pode ser usado fora da escola?
À diversidade de alunos e de situações, a escola tende a responder por
meio de atitudes e práticas uniformes. Se é verdade que a autonomia do aluno
se enquadra hoje num conceito mais abrangente e atual de educação, não é
menos verdade que isso está mais presente nos discursos do que nas práticas.
Temos, ainda, uma escola com poucas capacidades de intervir e de
ajudar os alunos a estudar, a aprender e a pensar. Dessa maneira, a crença
atual na modificação cognitiva e a consciência geral de que a escola se deve
preocupar com o ensinar a aprender e a pensar acabarão por introduzir
mudanças significativas na lógica funcional e nas práticas escolares.
A escola não pode fechar-se somente em suas atividades tipicamente
letivas e, nem essas atividades devem se reduzir a métodos passivos de ensino-
aprendizagem. Sem uma alteração substancial dessa postura torna-se difícil
entender o sentido educacional e de desenvolvimento da pessoa na escola no
presente. Tudo isso, no entanto, necessita de professores preparados e
munidos de algumas ferramentas nesse sentido.
Da mesma forma, é importante que a escola diversifique os seus
profissionais, passando a incluir mais sistematicamente os psicólogos
escolares. Não teremos escola sem professores, mas ela estará empobrecida
e comprometida se o seu quadro profissional for composto apenas por
professores.

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