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CAPÍTULO 33

Pasquale Galluppi foi o responsável por introduzir a filosofia alemã no debate


filosófico italiano, isto por que considerava que a filosofia kantiana não podia responder a
grandes questões críticas, por ter se prendido demais à esfera do subjetivismo. Por meio da
consciência do eu Galluppi tentou formar um sistema filosófico objetivo, apesar de seus
antípodas, sobretudo Antonio Rosmini, acusarem-no de ter instaurado um sutil
subjetivismo, onde o “eu” é transformado em substância.
Apesar de ter tido o grande mérito de incluir o legado da filosofia italiana no
conjunto de sistemas filosóficos europeus, as teses de Galluppi, no que diz respeito à crítica
subjetivista a Descartes e Kant, foram consideradas insuficientes por Rosmini. Num mais
profundo tipo de objetivismo, Rosmini buscou unificar as diversas ciências e formas de
saber, que na sua época eram tidas simplesmente como saberes independentes. E isto fez
por meio da Idéia do Ser, tese que abarca a ontologia e a teologia. Tal tese de Rosmini em
nada se assemelha às categorias kantianas, estando mais próximas da concepção
agostiniana de Deus, da essência infinita que habita em nossa mente e nos torna aptos para
todo o conhecer. A Idéia do Ser combate tanto o racionalismo como o empirismo, duas
idéias que foram consideradas insuficientes, identificando o bem como o ser. Vê-se aí a
grande valorização individual, onde a pessoa é vista como superior ao Estado e toda ordem
política deve ser dirigida para o bem de cada criatura.
Vincenzo Gioberti se uniu aos esforços de lutar contra o subjetivismo e
psicologismo que se instaurou depois das filosofias kantiana, cartesiana e hegeliana. Num
processo unificador, por meio de Deus, Absoluto, Gioberti reunifica a filosofia e a teologia.
Contrário a todo este conjunto de filosofias anti-subjetivistas marcadas pelo
catolicismo foi o neo-positivismo de Carlo Cattaneo e Roberto Ardigò. Ambos propunham
tese psicologistas que envolviam um relacionamento coletivo de mentes, na verdade de
toda a humanidade, abrangendo temas como o evolucionismo e a pedagogia.

CAPÍTULO 34

Benedetto Croce foi um dos expoentes do neo-idealismo italiano surgido no século


XIX. Sua filosofia se estrutura em volta de dois grande pólos: a arte e a história.
Frequentemente relaciona estes dois pólos, que considera como aspectos de uma mesma
realidade.
O espírito, para Croce, existe sob quatro formas essenciais: bom, belo, verdadeiro e
útil, o que muito se assemelha aos transcendentais da filosofia clássica. A arte é o
conhecimento do particular, do individual, enquanto o conhecimento universal e
totalitário é dado pela filosofia. A economia e a moral parecem como os correspondentes
do útil e do bom, respectivamente.
Concordando com Vico, ainda em seus dois grandes pólos, Croce considera a
filosofia como a história ideal eterna. E concordando com Hegel, Croce põe cada uma das
quatro formas essenciais do espírito num confronto, ou melhor, debate, dialético. Já os
conceitos das ciências exatas e empíricas são chamados de pseudoconceitos, por não
encontrarem correspondência com a realidade.
Giovanni Gentile concordava com as teses de Croce, Rosmini e Gioberti. Num neo-
idealismo ele busca superar aporias criadas por Hegel e insuficientemente respondidas pelo
mesmo. E isto faz pela concepção da realidade como ato puro. A abordagem da História
é abarcada pelo cognoscível: a história se apreende no eterno ato de pensar, assim como a
natureza, formando assim a unidade de espírito, onde não há diferenciação entre sujeito
pensante e objeto pensado.
Enquanto a obra de arte é vista como livre criação do arbítrio subjetivo, sem
pretensões práticas e materiais, é livre fruição da própria alma. Historiar a arte é algo de
impensável, pois nenhum processo histórico é capaz de abarcá-la. A religião tem de
objetivo o que a arte tem de subjetivo, e a esta também se torna impensável um processo
historiográfico, pois a religião se constitui de um processo único, e não de processos
sucessivos. A relação entre filosofia e história leva esta primeira a ser sempre mais do que
pura reflexão, mas também práxis, uma vez que, desde a concepção cristão, o espírito não
é só intelecto, mas também vontade, e a filosofia como expressão do espírito deve
manifestar-se também numa vontade prática.

CAPÍTULO 35

Sigmund Freud, por meio de estudos médicos neuropatológicos, inaugura a escola


de reflexão filosófica baseada no inconsciente. Assim fez por meio de processos de hipnose,
que lhe garantiram a existência de causas espirituais para os problemas físicos. Enquanto
os sonhos e os lapsos são as realidades que mostram aquilo que está além do processo
consciente.
Assim, todo o mundo cognoscível é encarado como constituindo-se de dois pólos:
um consciente e outro, mais profundo, inconsciente, cada um com sua linguagem e sua
lógica. De forma que as manifestações do consciente são sempre, absolutamente,
manifestações da libido sexual, ou, em outras palavras, de uma pulsão. E é de acordo com
os processos de remoção e sublimação da libido que surgem as patologias neurológicas.
O Id, Ego e Superego constituem as camadas da vida psíquica, sendo o primeiro o
que se relaciona ao inconsciente, o segundo ao estado consciente e o terceiro àquilo que é
exterior à consciência e de alguma forma a oprime. As pulsões da libido são identificadas
com Eros e Tânatos, que correspondem ao bem e ao mal, em luta recíproca, dentro da
psique.
Mesmo no tempo de vida de Freud surgem linhas divergentes de dentro de seu
pensamente psicanalítico, lideradas por Adler e Jung. Sobretudo, as críticas se baseiam no
relacionamento das camadas da vida psíquica entre si mesmas e entre as pulsões
originárias. Mas se tomar-se um sentido profundo, percebe-se que o equilíbrio entre estas
pulsões constitui a normalidade, no âmbito individual e social.

CAPÍTULO 36

Desde Hegel a concepção da filosofia como um sistema entrou em crise, pois jamais
se concebeu, nem seria possível tal intento, um sistema filosófico abrangente que incluísse
todos os âmbitos e perspectivas individuais e sociais da nova época. Segue-se então uma
série de sistemas direcionamos com especificidade, sem pretensões de abrangência
universal.
Maurice Blondel liderou uma destas correntes, que é a antipositivista, que buscou
renovar as concepções de espiritualidade e religiosidade tão atacadas pelo mundo
modernista. Considera que Deus é o fim da vontade humana, e que é na união entre a
intenção e o fato que o homem se realiza. Retoma-se conceitos agostinianos, do Infinito e
Perfeito sendo visto como proporcionador de repouso e liberdade à vontade humana.
Charles Peirce liderou a corrente pragmatista, que migrou da América para a
Europa. É uma corrente, sobretudo, cultural, que combate os ideais cartesianos que
abordam as idéias como coisas claras e distintas, antes colocando-as em dúvida e buscando
esclarecer a verdade das coisas, que se manifesta sempre em âmbito prático e real. James
foi o responsável por deslocar este sistema para o âmbito ético-religioso, além de simplificá-
lo, abrangendo não mais somente o âmbito científico. O pragmatismo teve algumas
influências futuras, como o surgimento de ciências dos símbolos e sinais, tal qual a
semiótica.
Outra influência do pragmatismo foi abrir correntes interessadas pelo estudo da
linguagem, onde figuram nomes como os de Carnap, que despreza o conhecimento
metafísico, e Neurath, mais radical que aquele, que coloca a sede de todo conhecimento
verdadeiro unicamente no dado físico, criando assim o fisicalismo.
Wilhelm Dilthey buscou fazer com a ciência histórica aquilo que Kant fez com a
ciência da natureza: racionalizá-la e abordá-la de forma total, obtendo um conhecimento
quase que exato dos processos históricos. Dentro desta análise, surge a reflexão sobre o
juízo da realidade, e com ela a concepção de valor. Daí que surge a filosofia de Max
Scheler. Este se antepôs fortemente à concepção moralista kantiana, tendo-a a como vazia
e sem nenhuma riqueza, ao passo que estruturou um sistema hierárquico de valores que
em nada feriam a autonomia do indivíduo.
Edmund Husserl é o pai fundador e maior nome da fenomenologia, nascida da
influência de Brentano que considerava o papel da intencionalidade no processo de
conhecimento. A fenomenologia surgiu polemicamente contra as concepções psicologistas
de sua época, revalorizando o homem na sua individualidade. O método fenomenológico
iniciou uma série de discussões temas que não puderam ser resolvidos apenas com tais
aparatos, culminando no surgimento do existencialismo.
Karl Jaspers foi um médico que definiu a filosofia como reflexão sobre a existência,
ligando profundamente este dois pólos (razão e existência), retomando temas da filosofia
de Kierkegaard. Para ele, a redução da verdade a um dado é algo própria da metodologia
científica, enquanto a existência é algo demasiado problemático, sendo abordado pela
filosofia.
No embate entre objetivismo e subjetivismo aparece a filosofia metafísico-religiosa
de Gabriel Marcel, como conceito de participação, onde devemos abandonar a dimensão
da posse para adentrarmos na dimensão do “ser”, no Tu de Deus. Em suma, Marcel
buscou analisar a função do “meu corpo” no relacionamento com os outros.
O existencialismo teve também sua vertente imanentista, atéia, marcada pela
angústia diante da existência. Donde sobressai seu maior expoente: Jean-Paul Sartre. Sua
filosofia é marcada pelo tema da liberdade em confronto com a existência relacional.
Possui grandes influências marxistas, sobretudo na concepção dialética.
Max Horkheimer, Teodor Adorno e Hebert Marcuse integram a chamda Escola de
Frankfurt, onde são assimiladas as filosofias de Hegel, Marx e Freud. De cunho
extremamente sociológico, esta corrente filosófica buscou “desmistificar” as “ideologias”
segundo as quais a sociedade oprimia o indivíduo, a começar pelos ideais racionalistas
iluministas.

CAPÍTULO 37

Henri Bergson estruturou sua filosofia unindo religiosidade e metodologia


científica. Partindo de uma visão evolucionista, nega um mecanicismo-determinista até
então incontestável neste campo, formulando o conceito de evolução criadora, muito mais
compatível com a compreensão do processo vital do que as dadas pelo finalismo e
mecanicismo.
O ponto capital de sua filosofia é o conceito de tempo, que é em si mesmo
incalculável, imedível, enquanto o tempo comumente aceito é aquele quantificado. O
tempo vivido é duração. Estes pensamentos foram então aprofundados e jogados no
âmbito da psicologia, combatendo o psicologismo positivista. O tempo vivido se
manifesta, sobretudo, na memória, e esta é a mais evidente e radical crítica ao tempo
espacializado. Serve isto para exemplificar o conceito de “tempo vivido” como
incomensurável. Se junta a este os conceitos de vida e de intuição: a vida não pode ser
apreendida pelo conhecimento, pois este só apreende o que é imóvel, e a vida está sempre
em contínua expansão e é em si mesma incomensurável. Só pode ser captada pela intuição,
que para Bergson é o próprio instrumento da metafísica.
Bergson atribui a moral aberta à caridade evangélica e a imoral fechada às normas
e hábitos codificados. Assim também há uma religião dinâmica, aberta à uma alta
espiritualidade, e religião estática, baseada no medo da morte. A sociedade aberta é a
capaz de efetivar uma democracia universal e a sociedade fechada é a que se assemelha
com a vida animal.
John Dewey Afirmou ser o universo uma funcionalidade objetiva na relação entre
ação e conhecimento. Para ele a moral visa sempre uma problemática pessoal, intrínseca
à cada pessoa. Por meio da pedagogia, sua filosofia buscava estruturar uma forma de
educar a mente a fim de ser capaz de responder aos problemas impostos pela realidade.
Para Dewey, a democracia não pode ser rebaixada a uma simples estrutura
constitucional, mas deve ser capaz de harmonizar as exigências com a liberdade do
indivíduo. Considera-se que o indivíduo é totalmente relacional, que sua existência
dissociada é pura abstração, ele só existe em sociedade. Tal tese aproximou muito as
filosofias do espírito com as filosofias da natureza. E estas duas, afinal, não possuem mais
uma dicotomia, mas formam um único pólo.

CAPÍTULO 38

Ludwig Wittgenstein foi o sucessor de Carnap e Neurath na análise filosófica da


linguagem. Para ele, a realidade é constituída de objetos simples que se manifestam na
linguagem que por sua vez também é constituída de objetos simples: as palavras.
Wittgenstein procura então, por meio da matemática e da lógica, fazer o que Hegel
e Platão faziam pela metafísica. Pensamento e linguagem coincidem.Todo o sistema
filosófico deste filósofo nada mais é do que uma conjunto de símbolos correspondentes às
partículas elementares de linguagem. Assim, a lógica simbólica e a filosofia matemática
são os únicos aparatos de sua reflexão, ma nenhuma destas possui sentido em si mesma,
razão pela qual a filosofia não pode pretender fornecer conhecimento, pois ela mesma é
destituída de sentido.
Todas as afirmações filosóficas são falsas, ilusórias, e o papel da filosofia nada é
além de elucidar aquilo que lhe pertence e elaborar proposições que são sem i mesmas
incriticáveis. Com tal tese, ataca enfaticamente a metafísica, considerando-a simplesmente
um erro linguístico. Tanto o seu tractatus quanto a filosofia são escadas que depois de
usadas podem ser jogadas fora, pois não serão mais necessárias e poderão reinar, enfim,
as ciências naturais.
Na fase do “segundo Wittgenstein” ele afirma que não há correspondência total
entre as coisas e as palavras, abordando em seu sistema o convencionalismo linguístico.
Toda a série de problemas que a filosofia abordou ao longo de sua história são meros jogos
linguísticos, convenções que se referem a realidades menores e mais imanentes, que devem
ser rastreadas e elucidadas.
Na fase do “terceiro Wittgenstein” há uma abertura para a transcendência, para o
sentido de todas as coisas, que não pode estar dentro das mesmas, mas externo à toda
realidade. Assim ele conclui que diante do Alter, deste Mistério, as palavras devem calar-
se.
Max Weber formula o método das ciências histórico-sociais, confrontando tanto o
objetivismo positivista quanto o intuicionismo, de modo que se torna impossível analisar
os valores de cada sociedade, sejam de ordem política, moral, religiosa ou cultural, pois
todos se baseiam num oportunismo e racionalidade condizente com cada sociedade.
Weber considera de fundamental importância o papel dos indivíduos na histórica
social, que não se move por “fatos”, mas sim por aqueles, para tal considera a
racionalidade como meio mais adequado de abordagem, porém não absoluto.
Influenciado pelo protestantismo, que muito admirava, Weber “liberta” a vivência
individual e consciente de valores objetivos, afirmando que cada consciência é capaz de
criticamente analisar e reger a própria existência social, alcançando os “tipos ideais”. Há
porém uma grande dicotomia entre esta análise e a concretude da existência, razão pela
qual o homem contemporâneo é dividido entre os meios racionais que interpretam o agir
social e a liberdade da consciência. A solução é compreender a liberdade como sinônimo
de racionalidade, esta se realiza conforme os ditames da razão.

CAPÍTULO 39

Por meio da fenomenologia, Edmund Husserl buscou elevar a filosofia acima das
ciências, tanto as do espírito quanto as da natureza. Com seu método fenomenológico,
institui a filosofia como uma ciência rigorosa.
A fenomenologia pode ser definida como um “ir às coisas”, isto é, a descrição dos
fenômenos, a fim de revelar suas essências. Para tal, é necessário abordar os processos
cognoscitivos, o estudo da consciência, a “vida pré-categorial”, que nada tem da postura
psicologista positivista. Ao invés, a filosofia se ergue como antípoda da psicologia, pois
enquanto a primeira é a ciência dos dados de fato, a segunda é a ciência dos fenômenos
reduzidos ao seu caráter de essências.
Para Husserl, a forma atual de se pensar as coisas em nada corresponde à forma
original e primária, na verdade a forma de pensar foi sendo pouco a pouco viciada até se
constituir simplesmente de reducionismos considerados indiscutíveis. Para se chegar a
uma evidência é necessário suspender a o juízo sobre a percepção de um sujeito e um
objeto, o que é chamado de epoché. Pois, o que nos leva a captar o universal é a intuição.
Tal tese se contrapõe àquela positivista de que a experiência é condição necessária para
justificar a objetividade, muito mais do que uma prudência metodológica.
O conceito fenomenológico de Eidos, das idéias, essências não empíricas das
coisas, se assemelha muito ao platonismo, que em certa medida marca toda a filosofia de
Husserl. Para Husserl a consciência não é mero conjunto de fatores psíquicos, mas sim um
ato intencional, o que ao fim acaba identificando a lógica com a ontologia.
Outro ponto filosófico é a concepção do a priori kantiano, presente no conceito de
consciência intencional, assim como a presença de uma concepção cartesiana, que na
suspensão da consciência acaba ignorando o sum no cogito, isto é, acentuam grande
caráter solipsista, onde tudo é suspenso, exceto o próprio eu.
Husserl considera ainda que a existência humana sempre se dá de forma encarnada,
de modo que o ser humano só se conhece na relação com o outro. Valoriza enormemente
a filosofia clássica grega, pois foram eles os primeiros a saírem do âmbito de necessidades
práticas para abarcar temas de relevância universal, é exatamente por esta ausência de
objetivo individualizado que a filosofia grega tem universalidade de pensamente e cultura,
onde tudo foi encarado como um atarefa infinita. A filosofia moderna é uma crise por que
considerou como universo apenas aquilo que a ciência identifica como mundo objetivo,
daí que venha o objetivismo naturalista e o subjetivismo transcendental. A fenomenologia,
como filosofia do espírito pelo espírito, é uma possibilidade de renascimento da cultura
filosófica européia.

CAPÍTULO 40

Martin Heidegger foi, inicialmente, próximo à Husserl, e como já foi acenado, da


fenomenologia nasceu a filosofia existencialista, que num primeiro momento caracterizou
a filosofia heideggeriana.
Heidegger caracteriza o homem como aquele que sempre se refere a si mesmo, ele
é o único que interroga sobre si, por isso ele é existente. Considera que a existência se
manifesta, sobretudo, na morte, é em face da morte, diante da total aniquilação existencial,
que o homem é capaz de compreender a própria existência e essência. E o próprio
Heidegger, numa crítica a toda a metafísica ocidental iniciada por Platão, diz que o passo
definitivo que deve ser dado é a eliminação da dicotomia entre essência e existência, pois
não existe pensamento atemporal sobre o Ser.
A crítica à metafísica ocidental também se manifesta pela concepção heideggeriana
de verdade. Para ele, a verdade não é algo de exato, matemático, e certo, como pretendeu
mostrar Platão no mito da caverna, contrapondo-a com a opinião. Ao invés, a verdade é
algo que só pode ser mostrada pela arte: a poesia diz o Ser, a arte é sempre hermenêutica,
daí que a linguagem ocupe um lugar fundamental na filosofia heideggeriana.
Em sua filosofia se veêm fortes influências de Kierkegaard, no que concerne à
aboradagem da angústia perante a morte, e de Nietzsche, no que concerne à crítica da
filosofia ocidental predecessora.

CAPÍTULO 41

A partir do pensamento de Heidegger, Hans Gadamer desenvolve a chamada


ontologia hermenêutica, em confrontação com o conhecimento científico e as pretensões
materialistas empíricas de por meio dele alcançar a verdade.
Na crítica à ciência moderna, Gadamer acusa de ter ela jogado a atividade estética
e a criatividade de espírito a um plano secundário, enquanto o fato é que a verdade está
presente na arte, ela é a verdadeira realidade. Arte não é só expressão, como todos os
predecessores, quase que unânimemente consideraram, ela é, antes de tudo,
acontecimento verdade, pois a verdade, segundo o conceito heideggeriano, não é uma
identidade fixa e abstrata, mas sim um evento ontológico.
Ricoer faz observações a filosofia fenomenológica de Husserl, sobre o papel do
cogito no processo de conhecimento, revelando grande equiparação com as teses de
Gadamer.
Para Ricoer, a atividade filosófica não sempre relacionada a dimensão simbólica,
pois o símbolo sempre possui valor ontológico. Dai que venha a afinidade deste com a
psicanálise, devido a toda reflexão freudiana quanto ao papel de simbologia no processo
intrapsíquico.
Das teses de Gadamer e Heidegger sobre a alteridade que Lévinas. Da relação com
a alteridade Lévinas critica Parmênides em sua concepção do o tempo, valorizando a
essência do tempo de acordo com a intensidade da presença da alteridade, do outro. É na
relação com o outro que o tempo se estrutura, de modo que a proximidade da morte é
proximidade do outro.
Para Lévinas, a arte não assume o papel de linguagem da realidade, antes é algo de
delirante, e ao mesmo tempo fascinante. E muito perigosa, pois, ao não mostrar a
realidade, a arte não revela o Outro, nos afasta dele.
O coração da filosofia de Lévinas é o Outro, é a relação do mesmo com o outro,
com Deus, com o Infinito. Daí que fique tão fortes as implicações éticas, no conceito de
intersubjetividade, a responsabilidade é vista como coisa anárquica. A responsabilidade
diante do Outro é o fundamento da vida humana.

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