Atividade de Pesquisa – Aula 2

Walacy Maciel de Oliveira

Essa atividade é somente de fixação e não vale nota.

Pesquise no Regulamento Aduaneiro Decreto nº 6759/2009 quais as penalidades impostas ao

importador caso este importe mercadoria sem o licenciamento de importação e no caso de
reclassificação fiscal. Com base em sua pesquisa estabeleça uma relação entre as penas nos dois
casos e a relevância do despachante aduaneiro para evitar essas situações.

Com respeito às penalidades impostas ao importador para o caso de importações sem o

Licenciamento de Importação, o Decreto n° 6759/2009 destaca:
Art. 706. Aplicam-se, na ocorrência das hipóteses abaixo tipificadas, por constituírem infrações
administrativas ao controle das importações, as seguintes multas (Decreto Lei nº 37, de 1966,
art. 169, caput e § 6º, com a redação dada pela Lei nº 6.562, de 1978, art. 2º):
I – de trinta por cento sobre o valor aduaneiro:
a) pela importação de mercadoria sem licença de importação ou documento de efeito
equivalente, inclusive no caso de remessa postal internacional e de bens conduzidos por viajante,
desembaraçados no regime comum de importação (Decreto Lei nº 37, de 1966, art. 169, inciso I,
alínea “b”, e § 6º, com a redação dada pela Lei nº 6.562, de 1978, art. 2º) ; e
b) pelo embarque de mercadoria antes de emitida a licença de importação ou documento de
efeito equivalente (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 169, inciso III, alínea “b”, e § 6º, com a redação
dada pela Lei nº 6.562, de 1978, art. 2º) ;
A hipótese levantada pela alínea “b” foi levada em consideração para a resposta pois representa
também uma das formas de se realizar a importação (pelo menos o embarque da mercadoria)
sem o Licenciamento de Importação, embora esse documento possa ter sido aprontado após o
embarque da mercadoria. Como informa o parágrafo § 1º, art. 706, do mesmo Decreto,
“considera-se importada sem licença de importação ou documento de efeito equivalente, a
mercadoria cujo embarque tenha se efetivado depois de decorridos mais de quarenta dias do
respectivo prazo de validade”.
____
Com respeito às penalidades impostas ao importador para o caso de Reclassificação Fiscal, o
Decreto n° 6759/2009 apresenta:
Art. 711. Aplica-se a multa de um por cento sobre o valor aduaneiro da mercadoria (Medida
Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 84, caput; e Lei nº 10.833, de 2003, art. 69, § 1º):
I – classificada incorretamente na Nomenclatura Comum do Mercosul, nas nomenclaturas
complementares ou em outros detalhamentos instituídos para a identificação da mercadoria;
II – quantificada incorretamente na unidade de medida estatística estabelecida pela Secretaria
da Receita Federal do Brasil; ou
III – quando o importador ou beneficiário de regime aduaneiro omitir ou prestar de forma
inexata ou incompleta informação de natureza administrativo-tributária, cambial ou comercial
necessária à determinação do procedimento de controle aduaneiro apropriado.
Alguns pontos a se levantar acerca do valor da multa referida no caput deste artigo são:
I. que o valor da multa referida no caput será de R$ 500,00 (quinhentos reais), quando do seu
cálculo resultar valor inferior (§ 3º, do mesmo artigo); e
II. O somatório do valor das multas aplicadas com fundamento neste artigo não poderá ser
superior a dez por cento do valor total das mercadorias constantes da declaração de importação
(§ 5º, do mesmo artigo).

Em termos da relação entre as penas nos dois casos e a relevância do despachante aduaneiro para
evitar essas situações, observa-se que para ambos os casos as penalidades são pecuniárias e
dependem do valor aduaneiro em questão e de características específicas do processo.
Para o caso de importação de mercadoria sem Licenciamento de Importação, os valores das
multas tendem a ser maiores em virtude do tipo de infração cometida. Ou seja, por constituírem-
se infrações administrativas ao controle das importações. Já no caso das importações com
Classificação Fiscal incorreta, as multas são mais brandas se comparadas ao primeiro caso.
A relevância do Despachante Aduaneiro nesse processo é de fundamental importância por ser o
agente responsável pela elaboração, preenchimento e envio dos documentos em questão: o
Licenciamento de Importação, com todas as informações contidas de forma acertada e em prazo
válido, e documento que conste os dados de Classificação Fiscal, que precisa estar de acordo com
todas as normas em vigência e, também, ser enviado em prazo válido.