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Guilherme de Ockham

O pensamento de Ockham

Plat�o acreditava que existiam dois mundos, um mundo invis�vel ao homem constitu�do
de id�ias ou formas e o nosso pr�prio mundo constitu�do de objetos e coisas. As
propriedades de um objeto em nosso mundo (cor, consist�ncia, brilho, beleza, etc) seriam
conseq��ncias da forma deste objeto no mundo das formas ou id�ias. Por exemplo, uma
cadeira poderia possuir algumas ou todas as propriedades da forma "cadeira" (serve para
sentar, possui encosto, tem quatro pernas, etc) existente no universo das id�ias. O homem
somente poderia apreciar e tocar os objetos e coisas, mas deveria se lembrar que este n�o
� o universo real. � sobre isso que trata a famosa alegoria da Caverna de Plat�o, onde
pessoas acorrentadas numa caverna de costas para a entrada s�o capazes de ver somente
as sombras projetadas pelo mundo externo e por isso acreditam que estas sombras s�o as
coisas reais e que n�o h� nada al�m da caverna. Como conseq��ncia, Plat�o acreditava
que as coisas em nosso mundo eram irreais e imperfeitas, tanto mais irreais e imperfeitas
quanto mais se distanciassem de sua forma do mundo das id�ias (� f�cil entender assim, o
sentido original da palavra "ideal"). Da�, Plat�o negava que qualquer conhecimento
verdadeiro pudesse advir da observa��o da natureza e da experi�ncia, e que tentar
aprender com o que os nossos sentidos nos mostram seria o mesmo que tentar aprender
algo a partir das sombras na caverna. A raz�o e somente ela, segundo Plat�o, possibilitaria
o conhecimento.

Arist�teles, disc�pulo de Plat�o, manteve em sua filosofia os universais (como eram


conhecidas as formas) de seu mestre, mas acreditava que estas podiam ser alcan�adas pelo
exame e compara��o das coisas em nosso mundo. Gra�as principalmente a Tom�s de
Aquino, que tomou a filosofia de Arist�teles e a conformou segundo a �tica crist�, esta
vis�o prevaleceu no mundo medieval.

Ockham por outro lado era um Nominalista, ou seja, acreditava que os universais dos quais
falavam Plat�o e Arist�teles n�o passavam de nomes, palavras, defini��es. O que
importava para Ockham era o concreto, o palp�vel, o objeto pass�vel de experimenta��o.
O conhecimento deveria vir da experi�ncia, dos sentidos, pois n�o poderia existir uma id�ia
sem que uma experi�ncia sens�vel a gerasse. Este foi o nascedouro de uma discuss�o que
se arrastou por s�culos e ainda se arrasta dividindo empiristas e racionalistas.

Como decorr�ncia de seu empirismo, Ockham acreditava que n�o se poderia produzir
nenhuma prova racional da exist�ncia de Deus. Deus seria uma experi�ncia sensorial e
acreditar Nele dependeria da f�, e da f� somente. Divorciando a raz�o e a f�, Ockham
prestou um inestim�vel servi�o � filosofia e as ci�ncias que dela nasceriam. Mas visto que
o principal papel da filosofia na Idade M�dia era o de fornecer uma base l�gica para a
teologia, Ockham tamb�m prestou um igual servi�o � teologia, que livre da obriga��o de
tentar justificar-se racionalmente, pode al�ar v�os mais extravagantes. Em nome da f�
tudo passaria a ser poss�vel e o c�u (literalmente) seria o limite.

Como franciscano, Ockham acreditava na tese de que Jesus em vida n�o havia tido posses e
que portanto a Igreja e seus seguidores deveriam despojar-se de todos os bens materiais e
viver na pobreza. Ockham, que se bom franciscano s� devia possuir a t�nica que vestia
(tudo al�m disso seria uma extravag�ncia), parece ter aplicado este ideal franciscano �
filosofia e prop�s retirar dela toda redund�ncia, todo o peso extra, tudo o que lhe fosse
sup�rfluo. Ockham em suas obras escreveu: "Pluralitas non est ponenda sine neccesitate"
(Entidades n�o devem ser multiplicadas al�m do necess�rio), ou seja, � in�til fazer com
mais o que pode ser feito com menos. Os estudiosos dos s�culos posteriores aplicaram este
pensamento ao m�todo cient�fico e uma vers�o modificada desta frase se tornou
conhecida por "Navalha de Ockham".

Sobre a Navalha de Ockham

A Navalha de Ockham da maneira como foi popularizada pela ci�ncia (um tanto diversa da
sua formula��o original) diz que entre duas teorias que explicam igualmente os mesmos
fatos, a mais simples � a correta. Em outras palavras, se uma explica��o simples basta,
n�o h� necessidade de buscar outra mais complicada. A Navalha tamb�m � conhecida por
"Princ�pio da Economia".

Um exemplo cl�ssico do uso deste principio pode ser visto na discuss�o hist�rica em torno
da estabilidade do Universo. Isaac Newton, um g�nio da f�sica mas tamb�m um homem
profundamente m�stico, estava convencido de que os planetas n�o poderiam permanecer
imutavelmente em suas �rbitas sem a interfer�ncia de Deus. Imaginava o Universo como
um rel�gio (uma inven��o relativamente moderna em sua �poca), o qual Deus teria posto
em movimento na Cria��o e que precisava ser corrigido de tempos em tempos, tal qual um
rel�gio que precisa de corda para continuar funcionando. Sem Deus agindo como um
relojoeiro celeste, calculara Newton, os planetas, acabariam arrefecendo seu movimento
devido �s m�tuas influ�ncias gravitacionais, desviando-se de suas �rbitas at� colidirem
entre si. Foi somente um s�culo depois de Newton, que Pierre Simon de Laplace mostrou,
com a ajuda de m�todos matem�ticos de aproxima��o, que se os planetas n�o se
desviavam de suas �rbitas era porque as interfer�ncias gravitacionais entre eles se
compensavam e anulavam-se a longo prazo. Quando indagado por Napole�o sobre por que
Deus estava ausente de sua teoria, Laplace respondeu: "Sire, n�o precisei desta hip�tese".

Laplace havia aplicado a "Navalha de Ockham" � sua cosmologia: entre duas teorias, uma
que exigia a exist�ncia de uma superentidade vigilante para criar e manter o universo em
movimento e outra que podia conter os fen�menos observados sem incluir hip�teses
adicionais, Laplace escolheu a segunda, aquela com o m�nimo de suposi��es necess�rias
para explicar todos os fatos observados, ou seja, aquela com o menor n�mero de "raz�es
suficientes".

Logicamente Isaac Newton n�o desconhecia a Navalha de Ockham, at� mesmo tinha sua
pr�pria vers�o dela: "N�o se deve admitir mais causas �s coisas da natureza que aquelas
que forem tanto verdadeiras quanto suficientes para explicar sua apar�ncia."

Utilizando a Navalha de Ockham no estudo do paranormal.

Todas as alega��es de fen�menos paranormais t�m algo em comum: entre duas


hip�teses que explicam igualmente os fatos "paranormais" observados, uma baseada em
conhecimento bem fundamentado pela ci�ncia e outra envolvendo seres de outros planetas,
esp�ritos, anjos, dem�nios, magia, campos de energia misteriosos, ou simplesmente
for�as f�sicas desconhecidas, muitos preferem a segunda, mais "complicada", do que a
primeira, mais "simples".

Um exemplo (dos mais pitorescos): Muitos querem crer que os c�rculos nas planta��es
inglesas (crop circles) t�m sido feitos por alien�genas interessados em se comunicar
conosco. Em 2001 foi encontrado na Inglaterra um c�rculo que reproduzia a mensagem
enviada pelo radiotel�sc�pio de Arecibo ao espa�o em 1974 como parte do programa SETI
(Search for Extraterrestrian Intelligence). A mensagem reproduzida no c�rculo era id�ntica
� original, exceto que os dados relativos � ra�a humana, como o DNA e uma figura
humana, tinham sido trocados por dados e uma figura supostamente alien�genas. Enquanto
os uf�logos ficaram exultantes, os cientistas do programa SETI disseram que o tempo
necess�rio para que o sinal enviado em 1974 chegasse � estrela mais pr�xima (na
dire��o em que o sinal foi enviado) mais o tempo que uma suposta ra�a inteligente levaria
para vir desta estrela at� a Terra seria muito maior do que o tempo decorrido desde a
transmiss�o. Ou seja, mesmo que exista uma ra�a extraterrestre inteligente (o que �
justamente o que quer descobrir o projeto SETI), ainda � cedo para que respondam a
transmiss�o iniciada em 74. Seria mais f�cil, disseram os cientistas, aceitar o fato de que
aquele c�rculo, como outros, havia sido feito por pessoas em busca de aventura ou
reconhecimento. Mas ent�o os uf�logos replicaram
(5thworld.com/Chilbolton/ChilboltonCode.html) dizendo que isto � apenas uma prova de que
os alien�genas j� est�o entre n�s h� muito mais tempo do que supomos, provavelmente
desde o in�cio da vida humana. Bem, isso n�o � realmente um impedimento l�gico, mas
vemos que se aceitamos a hip�tese dos aliens, somos obrigados tamb�m a incorporar o
fato de que eles existem entre n�s e que podem estar disfar�ados como nossos vizinhos
(ou isso, ou reformulamos as leis da f�sica para que seja poss�vel viajar numa velocidade
maior do que a da luz). Mais adiante quando confrontados com a dificuldade de que, dada a
diversidade que a vida pode assumir, seria uma coincid�ncia incr�vel que estes aliens se
parecessem com a figura human�ide retratada no c�rculo, os uf�logos responderam que
uma ra�a suficientemente avan�ada para viajar pelo espa�o, e que j� se encontra na
Terra h� milhares de anos, certamente dominaria a engenharia gen�tica necess�ria para
alterar conforme seu desejo a vida local (n�s). Resumindo: empurrados pela l�gica atrav�s
do tortuoso pensamento ufol�gico, a "hip�tese alien" nos deixou nas m�os, n�o apenas
alien�genas casuais, mas alien�genas vivendo entre n�s, que alteraram geneticamente a
vida na Terra para que nos desenvolvessemos � sua imagem e semelhan�a, e que a
despeito de tanta tecnologia e disposi��o se comunicam com a ra�a humana atrav�s de
c�digos em planta��es.

Eis o problema em se ser pr�digo em pressupostos e ir al�m do estritamente cient�fico.

Algumas advert�ncias sobre o mau uso da Navalha

Como todo princ�pio cient�fico mal compreendido e vulgarizado pela repeti��o (E=mc 2,
entropia, caos, heran�a gen�tica, etc), a Navalha de Ockham se tornou um bord�o
utilizado indevidamente por leigos e por c�ticos ansiosos demais em descartar explica��es
incomuns.

Quando se diz que a teoria mais simples � a correta n�o se quer dizer que a teoria mais
f�cil de se entender � a correta. Em primeiro lugar porque simplicidade � um crit�rio
pessoal e subjetivo. Al�m disso a natureza certamente n�o tem voca��o para a
simplicidade; apesar de algumas leis fundamentais da f�sica serem expressas de forma
surpreendentemente simples (como as leis de Newton), isto n�o significa que a explica��o
mais simples seja sempre a correta, ou que seja correta num n�mero maior de vezes. Na
verdade, � medida que nos aprofundamos nos terrenos da f�sica qu�ntica ou da
cosmologia, ocorre justamente o contr�rio e as explica��es tornam-se cada vez mais
complexas. Por isso � preciso compreender que a Navalha de Ockham n�o trata de
descartar hip�teses s� porque s�o mais dif�ceis de entender. O que ela prop�e � que se
descarte as hip�teses que em igualdade de condi��es com outras, possuem mais
suposi��es ou mais pressupostos, j� que quanto mais suposi��es, maior a chance de que
alguma delas esteja errada.

Para Ockham a fé não pode fazer conhecer de maneira clara e inequívoca as suas verdades. A fé não pode
apresentar argumentos que possam ser demonstrados. A verdade manifesta por Deus não pertence ao
mundo racional. A filosofia não pode se submeter à teologia porque a teologia não é uma ciência, mas
uma série de afirmações e sentenças que não se relacionam lógica e racionalmente. O que une as
afirmações da teologia é a fé e não a razão.
A razão também não pode proporcionar assistência e apoio para a fé, pois para as coisas divinas a
razão é ineficaz. Somente a fé consegue esclarecer assuntos da revelação divina. O entendimento da
revelação divina vai além da capacidade humana e portanto não é racionalmente compreensível. A razão
humana trabalha em um território diverso do território da fé.

Não devemos multiplicar os entes se não for necessário" é a frase de Ockham que resume o que mais
tarde ficou conhecida como sendo A Navalha de Ockham. Como cada indivíduo é único, única também é
a sua capacidade intelectual, não existe um universal para o conhecimento. Fazer abstrações sobre a
essência de diversos entes é algo supérfluo e inútil. O conhecimento baseia-se no mundo empírico e
individual. A Navalha de Ockham exclui do conhecimento possível o conhecimento metafísico. Somente
podemos conhecer o que podemos experimentar.

O conceito de liberdade:
É um filósofo que deixa transparecer sua intensa luta pela liberdade e ao
longo de anos desenvolveu uma teoria de liberdade baseada no sujeito. O
indivíduo seria capaz de escolher e saber o que é certo e errado sem nenhuma
intervenção exterior. O homem teria o direito de decidir o seu fim e a
sociedade não deveria impor nada a ele. Para a ética, a liberdade é o assunto
por excelência. A liberdade é muito importante para a ética, porque se ocupa
do livre arbítrio, da finalidade de nossa vida e existência.
Para Ockham, a liberdade apresenta-se como a possibilidade que se tem de
escolher entre o sim ou o não, de poder escolher entre o que me convém ou
não e decidir e dar conta da decisão tomada ou de simplesmente deixar
acontecer. A preocupação de Guilherme de Ockham é com o fato de que o
poder organizado e moralizado é contrário à natureza e à liberdade a nós
concedida por Deus.

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