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JOSEMARY SANTOS DE JESUS

LAÍS SILVA DOS SANTOS

PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE O


MAL-ESTAR DOCENTE

Feira de Santana, BA
2018
JOSEMARY SANTOS DE JESUS
LAÍS SILVA DOS SANTOS

Trabalho de Conclusão de Curso, solicitado pela


orientadora Luciana Rios, como trabalho avaliativo
da disciplina Trabalho de conclusão de curso do 8º
semestre de Pedagogia da Faculdade Anísio
Teixeira.

Feira de Santana, BA
2018
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos a saúde dos professores vem sendo alvo de muitas
pesquisas, devido aos desafios enfrentados todos os dias por eles no contexto da
sala de aula, a exemplo de indisciplina, desrespeito, agressividade e desmotivação
em aprender que partem dos estudantes. Além disso, existem as questões
extraclasse como a desvalorização como profissional, condições precárias de
trabalho, a falta de reconhecimento social da profissão, baixos salários e carga
horária excessiva.
Além dessas questões objetivas, de um modo geral tem-se a impressão que a
sociedade vem transferindo apenas para a escola a responsabilidade de ensinar
valores morais e éticos para as crianças, quando na verdade esta deveria ser uma
tarefa compartilhada entre a família e a escola. Uma consequência dessa
transferência de responsabilidades é a crescente atribuição de tarefas ao docente,
fator que acarreta em sua rotina, obrigando-o a vivenciar os diversos conflitos já
relacionados.
De acordo com Menezes(2014, p.105) estudos realizados pela Confederação
de Trabalhadores da educação da Argentina “[...] demonstram que a profissão
docente acarreta elevado desgaste físico e psíquico, em decorrência de situações
próprias do ambiente e do exercício profissional”. Apesar da profissão de professor
ser considerada um função intelectual, eles têm que enfrentar outras atividades
ligadas à sua profissão ou não como esforços físicos, emocionais e cognitivos que
causam muito desgaste.
Ainda segundo o autor, o trabalho docente está entre os trabalhos mais
desgastantes e sugadores do contexto realístico dos trabalhadores. O resultado
desse desgaste pode ser revelado através de sintomas e doenças como pressão
alta, ansiedade, dores de cabeça, stress, doenças cardiorrespiratórias, perturbações
do sono, calos nas cordas vocais, dentre outras, que refletem diretamente na
qualidade do processo ensino-aprendizagem.
Frente a esse contexto, percebe-se que os professores são cobrados e
vivenciam em seu cotidiano situações conflituosas dentro e fora do espaço escolar,
que lhes exigem constantemente tomada de decisões, postura assertiva, equilíbrio
emocional, boa condição física que nem sempre é proporcionado pelas condições
de trabalho, constituindo assim um paradoxo para o profissional.
Logo entende-se que o mal-estar docente está interligado ao sofrimento do
trabalhador, acerca das condições objetivas do seu trabalho. Muitos professores, por
não conseguirem executar as práticas docentes de acordo com seus preceitos,
podem adoecer ou até desistirem da profissão. Diante desse contexto, o presente
artigo elegeu como questão norteadora: Qual a compreensão que professores que
atuam no ensino fundamental da rede pública de ensino de Feira de Santana têm,
acerca do mal-estar docente?
A pesquisa tem por objetivo geral analisar o que os professores
compreendem sobre o mal-estar docente, buscando investigar fatores que levam os
profissionais da educação adquirirem tal condição, refletindo sobre a relação entre a
rotina desses profissionais no exercício da docência e a condição do mal-estar.
A temática em questão se faz necessária, tendo em vista que o adoecimento
de professores muitas vezes apresenta-se de forma sutil, acarretando ao profissional
sensações desagradáveis diante do seu exercício laboral como insatisfação,
inquietação, aflição, indisposição e ansiedade. Esses sintomas são considerados por
muitos como característica normal do exercício da profissão, quando na verdade
podem estar revelando um quadro patológico que tem influência direta na qualidade
da educação.
.
O estudo é de predominância qualitativa, porque vamos fazer uma
compreensão e buscaremos identificar o que contribui para a manifestação do mal-
estar docente. Serão utilizadas pesquisas bibliográficas de teóricos cujos
pensamentos contribuirão para o esclarecimento e resoluções dos nossos
questionamentos, além de idas a campo e entrevistas com a finalidade de colaborar
com indagações acerca do mal-estar docente.

O mal estar docente


O mal-estar docente é um problema que se manifesta quando professores
são afetados por vivenciarem sofrimento humano e consequentemente atinge a
qualidade do trabalho e de vida desses profissionais. De acordo com o pensamento
de Pereira, (2011, p.19) “assim, o professor em seu exercício profissional, vivencia
as insatisfações, as tensões, os conflitos da contemporaneidade; e o seu mal-estar
pessoal encontra terreno fértil”. Sendo assim, o mal-estar docente nos professores
vem sendo cada vez mais comum impulsionado pelos sentimentos de
desvalorização, ansiedade, pressões por parte dos pais dos alunos e gestores
escolares, ou pelas condições impostas pela sociedade. Segundo a autora, o mal-
estar dos professores se dá pela forma como eles vêm reagindo diante de tantas
transformações e pactos sociais dirigidos ao exercício docente. Esteve (Apud.
Nóvoa, 1995, p. 95) descreve o que chama de mal-estar docente, como conjunto de
reações dos professores, como grupo profissional que se desajusta frente à
mudança social. No entanto, nota-se a complexibilidade e demonstrações visíveis de
esgotamentos e cansaço excessivos faz com que professores não suportem mais a
função que lhes cabem.
Essas mudanças trazem muita insegurança aos professores que, mesmo
sem estrutura emocional e profissional têm que se adequar aos novos padrões
educacionais. Dentro dessa perspectiva, Laele Yoshida,(2009, p.8 e 9) afirma que os
sistemas educacionais sempre revelaram-se insatisfatórios para a formação de
educadores em determinado momento segundo as necessidades da
sociedade.Dessa forma, durante a entrevista, pudemos constatar a partir das
respostas das professoras interrogadas que a maioria delas desconhecia o termo
utilizado para caracterizar os problemas físicos e psíquicos enfrentados por causa
dos desgaste no exercício da profissão, apesar de serem recorrentes. Quando
questionadas se já tinham ouvido falar sobre o mal estar docente elas, que
receberam nome de flores, responderam;

"Não, nunca ouvi falar.".(Camélia)

"Não, com esse nome não. Eu acredito que deve ser cansaço, falta da
valorização do professor e essa minha perda auditiva também, eu acho que
é uma conseqüência da atuação da profissão." (Girassol)

"Nunca pesquisei nada, só ouvi falar.Há uns2 anos atrás eu vi uma revista
falando sobre o assunto mas não me interessei em ler". (Rosa)

Já ouvi falar algumas vezes mas presenciar, ver, nunca.Esse mal-estar se


refere ao cansaço, ao estresse do dia a dia. (Margarida)

Já sim, inclusive quando eu estava fazendo a minha graduação foi um tema


abordado pela minha professora e trouxe vídeos mostrando sobre o
assunto.São vários os fatores, o dia a dia do professor na sala de aula, e
também envolve a questão de salário que muitos não são bem remunerados,
a violência, estresse, em cada profissão tem os seus desafios. (Lírio)
A partir daí podemos perceber a importância de se falar sobre esse assunto,
já que tanto as suas causas quanto as consequências estão intrisecamente ligadas
à profissão docente. Conforme o posicionamento de Camana (2007, p. 96) “O
sofrimento do professor é um fato social importante, pois além de afetar um número
significativo de pessoas, traz consequências como: absenteísmo, diminuição da
qualidade pedagógica e sofrimento humano”. Assim sendo, é necessário que os
envolvidos tenham conhecimento sobre o problema a fim de conseguirem pensar em
possíveis formas de evitál-lo e solucões quando esse drama já estiver instalado em
sua vida profissional e social. Isso refletirá de forma positiva em em todo o contexto
da sala de aula principalmente na vida e na qualidade do trabalho docente.

Os desafios de ser professor na contemporaneidade

Seguir a profissão docente tem sido uma tarefa cada vez mais difícil, ao
passo que os professores estão vivenciando modelos de educação imprevisíveis,
inovadores, que os deixam tensos e ao mesmo tempo ansiosos na busca constante
por qualificações, sempre preocupados com as diversas imposições estabelecidas
no meio educacional, social, econômico e político. Em conformidade com Menezes
2014, p.27, “O docente, principal agente de provocação do debate crítico acerca da
realidade, é forçado a participar de um modelo alienado e desqualificado de
educação”.
Essas imposições educacionais impostas à docência proporcionam nos
professores alienações na forma de sensações diversas como o medo de se
tornarem absoletos no meio da educação, o receio de ficarem desempregados, s e
sem perspectivas de reconhecimento profissional no cotidiano de uma sociedade
cada vez mais capitalista à qual estão submetidos. Nesses novos parâmetros de
educação inovadora, tecnológica e de extremas cobranças, os professores são
submetidos cotidianamente a desgastes que os afetam em todos os aspectos da
vida. Nesse contexto, mais visualizamos o cosnas respostas das intrevistadas pois
afirmam gostar da profissão, mesmo deixando claro o sofrimento com relação à falta
de estrutura educacional, desinteresse dos discentes, entre outras questôes, como
podemos ver a seguir:
O agir docente: Multiatribuições
Com tamanha intensidadede transformações significativas, os professores
são mais cobrados com exigências e responsabilidades fora dos limites cognitivos,
pois passarão a executar trabalhos que lhes exijam mais conhecimentos passando a
ser pedagogo eficiente, facilitador de aprendizado, equilibrador cognitivo mental e
afetivo, além de tudo isso precisa ser orientador sexual e dedicadores de alunos
especiais que são integrados na sala de aula.Percebe-se que os valores
fundamentais que eram passados pelos familiares passam também a ser de
responsabilidade da escola.
A medida que o aceleramento das tecnologias avançam as exigências já
citadas estão sobrecarregando esses profissionaise provocando esses sofrimentos,
ou seja, o mal-estar. Consoante com alguns teóricos como Menezes, Camana e
Libanêo podemos constatar que o professor tem um tempo muito curto para
desenvolver tantas tarefas que vão das aulas até os planejamentos, pois é
compreensível que o docente também reserve um tempo para se manter atualizado,
consequentemente orientar melhor os seus alunos e organizar atividades variadas.
Em contrapartida tem que saber lidar com as críticas que são feitas pela sociedade
ou até mesmo pela gestão, participar de seminários e reuniões da coordenação e
isso tudo faz com que esses educadores fiquem cada vez mais esgotados. De
acordo com Libanêo (2000, p.28)“uma nova escola exige dos docentes
novasatitudes, desenvolver comportamento ético e saber orientar os alunos em
valores e atitudes em relação à vida, ao ambiente, às relações humanas, a si
próprios”.
Diante disso, professores aplicados e envolvidos com o trabalho pedagógico
percebem visivelmente os desafios e contradições enfrentados diariamente no
espaço escolar, ou seja, tendo uma real visão do que é ser professor, do que é a
escola e os alunos, e de como exercer elaboração de um plano didático.
Outro itemanalisado é a sua identidade, que muitas vezes por conta do
sofrimento do trabalho laboral acabam se perdendo, dando lugar a várias
nomenclaturas, como: herói, dom divino, senhor do saber. Deixando o trabalho cada
vez mais exaustivo e impedindo que possam construir uma identidade profissional
cada vez mais sólida.
De acordo com Cardoso, Batista e Graça (2016, p. 373)
No mundo profissional, nomeadamente no respeitante a profissão docente,
o panorama também é de transformação profunda, sendo varias as
questões que se colocam no nível da reconfiguração das identidades
profissionais dos professores. Desse modo, na tentativa de procurar
perceber melhor as identidades emergentes, importa procurar esclarecer,
de antemão, as perspectivas de identidade que sobressaem na atualidade,
bem como as implicações que isso aporta para as práticas profissionais dos
professores.

Essas especulações ao tema identidade tem desvalorizado ou desconstruído


o conceito de identidade em torno de concepções e construções sociais, dando a
maior influencia ao poder, conhecimento e da auto reflexão. Nesse cenário da
reavaliação da crise de identidade, Bendle (2002) equaciona quatro problemas inter-
relacionados com os quais se debate e se caracteriza a sociedade contemporânea:
1) A problematização do autoconhecimento (decorrente da não
transparência do sujeito a si mesmo);
2) A valorização da auto-realização neste mundo (em linha com a
secularização da sociedade);
3) O aumento do individualismo e da mobilidade social (possibilidade de
acesso a novas identidades);
4) A flexibilidade na autodefinição (fundamentos mutáveis e moldáveis
da identidade).

Aliada a esses problemas corroborados a construções e a reconstruções


acerca da identidade desses profissionais e dos seus processos de formações
considerando que identidade profissional é um processo de desenvolvimento que
ocorre durante toda a vida do individuo que são influenciados interna e
externamente na relação com o outro e com a sociedade. Embora esse processo de
identidade tenha as suas complexibilidades incorporada em dimensões individuais,
entendidas muitas vezes como parte de personalidades, seja ele em grupos ou em
coletividade, ou seja, a identidade não é feita só para si, “...quer isso dizer que a
identidade pessoal incorpora já o social...” Cardoso, Batista e Graça, (2006, p.65).
Levando em consideração as pesquisas de boa parte dos autores já citados
averiguamosquão grandes e difíceis se tornam a vida profissional e pedagógica do
mestre, pois é sabido que ter saberes e formações em si não é garantia de um
trabalho cotidianamente melhor, porém sem elas as execuções dos seus
planejamentos reduzem as possibilidades de realizações. Tendo como base a
sociedade em que vivemos podemos citar algumas características, pensadas por
Antunes, (2009, p. 110).

Uma das características da sociedade que vivemos tem relação com o fato
de que o conhecimento é um dos principais valores de seus cidadãos. O
valor das sociedades atuais está diretamente relacionado com o nível de
formação de seus cidadãos e da capacidade de inovação e
empreendimentos que eles possuam. Mas, em nossos dias, o conhecimento
tem data de validade, e isso nos obriga, agora mais que nunca a
estabelecer garantias formais e informais para que os cidadãos e
profissionais atualizem constantemente sua competência. Ingressamos
numa sociedade que exige dos profissionais uma permanente atividade de
formação e aprendizagem.

Uma vez que o ato de ensinar é uma labuta minuciosa cada vez maior
principalmente para o exercício do magistério e de pessoas cuja escolha é integrar-
se no meio educacional mantendo-se eficaz ao longo dos anos. Todavia, a profissão
de educador é muito atraente e importante, pois está sempre formando cidadãos em
diversas áreas do conhecimento científico e na própria formação pessoal, tendo
essa responsabilidade que muitas vezes é pesada, por serem profissionais de
referências e por estar formando sujeitos que irão enfrentar inúmeros desafios
durante sua vida, seja ele dentro ou fora da escola.
Podemos ver isso quando o professor se depara dentro da sala de aula com
uma diversidade de estudantes, cada um com suas dificuldades, culturas diferentes
e eles tem que se adaptarem ao currículo e as solicitações impostas pela gestão
escolar. Ainda segundo Saviani, (1991, p.19) “Cabe à escola a identificação dos
elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos,
concomitantemente à descoberta das formas mais adequadas para atingir este
objetivo”. Deste modo, é possível observar que mais uma vez o professor se
distancia do seu papel passando a ir além de suas obrigações como educadores
muitas vezes são obrigados a desenvolverem papeis distantes da sua formação
como pedagogo, passando a ser até mesmo agentes públicos, enfermeiros,
psicólogos, etc. Demonstrando assim, que o ensinar as vezes não é mais
importante. Na opinião de Hagemeyer(2004, p.80)
É fundamental reafirmar, ainda, que o saber docente não é formado apenas
da prática, mas é nutrido pelas teorias da educação. O professor
desenvolve-se como intelectual crítico no próprio processo de
profissionalização, nos cursos de aperfeiçoamento e na prática cotidiana,
quando incorpora a análise do âmbito escolar no contexto mais amplo,
buscando respostas para o trato da desigualdade e diversidade com que
trabalha hoje.
Sendo assim, o professor não é mais tido como o dono do saber passando a
trocar conhecimentos com seus alunos e a comunidade que os integram,
percebendo dessa maneira, uma forma desigual de adquirir e passar conhecimento
tendo como posicionamento a crítica e a reflexão no seu papel social de criar novos
intelectuais.
Como já citamos, o professor passa por inúmeros desafios os quais é
necessário ele manter o controle e sempre mostrar uma imagem paciente,
instigadora e criativa para a sociedade. Assim, para Pereira (2017, p.71):
Trata-se de algo muito alardeado, mas nunca profunda ou suficiente
esclarecido sobre o padecimento psíquico de professores que se dizem
cada vez mais deprimidos, estressados, esgotados, angustiados,
hipermedicalizados, em pânico ou desistentes.

Esses profissionais estão procurando cada vez mais estratégias para se


manter, visto que o custo de vida no nosso país está cada vez mais alto e isso faz
com que os professores corram atrás de outras alternativas, como: trabalhar em dois
ou três turnos, o que torna cansativo e dificulta compatibilizar a sua vida pessoal e
profissional e isso gera consequências, ou seja, vai interferir de forma negativa na
sala de aula. A dificuldades de conciliação da vida profissional e pessoal faz com
que o docente desenvolva esse mal-estar. (Passos, 2014, p. 3 e 4). “É possível que
se viva uma crise por falta de profissionais para o trabalho educacional pelo
desinteresse ou pela desistência da profissão. ”O profissional da educação deveria
ser um dos mais valorizados porda o ponto inicial para as outras formações, só que
em nosso pais esses profissionais não têm o devido reconhecimento, podendo
assim, leva-los a desistir do sistema de ensino, levando-o a uma falência desse
sistema educacional, devido a cada dia a mais professores apresentarem doenças e
assim desistir da sua carreira no magistério. Entrevemos que existe um desprestígio
imposto pela sociedade em se tornar um professor, muitos visam cursos de
referências como: Medicina e engenharia, pois são profissões valorizadas por ter um
bom retorno financeiro, considerado elevado, desta forma o papel do educador que
era de tanta referência no passado vai sendo deixado de lado, abrindo o espaço
para novas profissões.
Deste modo, certificamos que o ser humano é capaz de manifestar várias
reações em decorrência do que está vivendo e do que está sendo submetido
diariamente nesta sociedade cada vez mais mediocrátas que visam sempre mais o
trabalho laborativo e não a parte emocional dos sujeitos. Então o adoecimento passa
a ser uma integração na sua história de vida, deixando de ser apenas um fenômeno
casual. Assim como nos afirma Angelita (2014, p.111)
Podemos afirmar que o homem é capaz de responder as ameaças
simbólicas decorrente da interação social e não apenas as ameaças
concretas (biológicas-como os microrganismos – e / ou físicas e químicas).
Assim situações como insegurança no trabalho, quebra de laços familiares
e de estrutura social, privação de necessidades básicas, obstáculos na
realização pessoal, separação, perda de emprego, viuvez, aposentadoria,
entre outros são tão potencialmente danosos a pessoa quanto fatores
concretos.

Diante de todas as pesquisas e citações neste artigo, averiguamos que o


adoecimento dos profissionais da educação é um fator existentee que está ligado a
realidade dos mesmos, afetando não apenas o lado profissão, mas também a vida
familiar e emocional.“Quando o ambiente de trabalho não oferece espaço para que
as angustias do trabalhador sejam reconhecidas e elaboradas, o seu sofrimento
reflete-se nas suas relações familiares e em outros ambientes fora do contexto
laboral”. Angelita (2014, p.119).
Por outro lado, descobrimos que muitos profissionais se deixam abater por
não saber lidar com algumas situações, como as críticas.
Em seus estudos Angelita (2014, p. 112) nos diz “quando não existe um canal
que possibilite a expressão das emoções, o corpo “fala” de alguma forma e
manifesta as dores da alma” em concordância com seu pensamento, atentamos que
realmente o corpo emite sinais quando passa por alterações sentimentais e
contraditórias ferindo seus sentimentos e adoecendo seu corpo, sendo capaz de
abalar sua vida e seus esforços para continuar atuando na área a qual lutou tanto
para estar inserida com saúde e reconhecimento.
Como nos ressalta Angelita (2014, p. 154)
Manter-se saudável é um grande desafio para o homem que vive do
trabalho e a dinâmica do reconhecimento torna-se fundamental para a
homeostasia necessária à manutenção da saúde física e psíquica do
trabalhador, mais é preciso analisar sob quais alicerces estão fundadas as
relações de reconhecimentos nas organizações.

Sendo assim, salientamos que a condecoração tanto do docente como


pessoa e como profissional é de fundamental importância para a sua saúde mental e
física, pois a apreciação de um bom profissional que dedica anos de sua vida a
serviço da educação pode provocar um conforto e inibindo os sentimentos
desagradáveis e que tanto adoecem a classe docente.
COLETA DE DADOS

A presente investigação teve caráter descritivo e qualitativo e contou com a


participação de 6 professoras, sendo 5 de instituições privadas e 1 pública, atuando
na área a mais de 20 anos. O instrumento a qual utilizamos na coleta de dados foi a
entrevista, com os seguintes questionamentos: (Nome, idade, sexo); 1 - Gosta de
ser professora; 2- Porque escolheu essa profissão; 3 - Quanto tempo atua ou atuou
como regente; 4 - Que desafios enfrentam no cotidiano da sala de aula; 5 - Já teve
problemas de saúde durante o seu tempo de atuação como docente; 6 - Já ouviu
falar sobre o Mal-Estar docente; 7 - O que você pensa sobre esse Mal-Estar; 8 -
Que mensagem você pode deixar para nós futuras profissionais da pedagogia
(futuras pedagogas).

As duas escolas tanto pública quanto privada estão localizadas em um bairro


no município de Feira de Santana Bahia e possuem o Ensino de Educação Infantil e
Fundamental. Entregamos a carta de consentimento de livre esclarecimento, na qual
as professoras nos concederam a entrevista, respondendo todas as perguntas
solicitadas de forma clara e objetiva. Durante o processo da coleta de dados na
escola, buscamos a permissão da direção e a compreensão dos alunos, pois as
professoras estavam em horário de trabalho e tiveram que se ausentar por alguns
minutos da sala de aula.
REFERÊNCIAS

CARDOSO, Maria Inês, BATISTA, Paula Maria e GRAÇA Amândio. A identidade do


professor: desafios colocados pela globalização. Revista Brasileira de Educação
V.21, n.65, Abr/Jun.2016. Acesso em: 16 nov. 2017

GONÇALVES, Josiane, DRUKE, Anderléia, KLIEMANN, Marciana. et.al. O mal-estar


docente segundo a percepção de coordenadores pedagógicos da rede pública de
Cascavel. Disponível em
<:http:www.pucpr.br/eventos/educere2008/anais/pdf/830_607.pdf. Acesso em:15
nov. 2017

HAGEMEYER, Regina. Dilemas e desafios da função docente na sociedade atual:


os sentidos da mudança. Educar , Curitiba, n.24, p. 67-85, 2004. Ed. UFPR. Acesso
em: 15 nov.2017

MENEZES, Angelita Alaide Monteiro. O professor entre a luta e o luto – da paidéia


ao pandemônio: um estudo de caso sobre a precarização e o sofrimento psíquico do
docente de uma instituição de ensino superior privado em salvador / Angelita Alaide
Monteiro Menezes. – 2014.

PASSOS, Maurina, A silenciosa doença do professor: Burnout, ou mal-estar


docente. Disponível em <www.unaerp.br> edição-n-2-2014-1 > file. Acesso em: 13
de abril de 2017.

PEREIRA, Flaviane Farias Sudario. Indicadores de mal-estar docente em escolas


públicas municipais de Salvador [ recurso eletrônico] Flaviane Farias Sudario
Pereira, 2011. Acesso em: 27 de maio de 2017.

PEREIRA, Marcelo Ricardo. De que hoje padecem os professores da Educação


Básica?. Educar em Revista, Curitiba, Brasil, n.64.p.71-87. Acesso em: Abr/ Jun.
2017

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