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AGROTECHS:

Como as startups estão revolucionando


o agronegócio.

As agrotechs prometem potencializar o


agronegócio melhorando fatores como
genética, logística, ferramentas e mais!
Por: Isabela Borrelli
O agronegócio está sob os holofotes: de 23% do PIB nacional. Um dos mo-
o setor vem crescendo em ritmos ace- tivos para isso é a extensão territorial
lerados - salvou o Brasil de uma crise do país, que resulta em uma abundân-
agressiva e tem potencial para cres- cia de terras e diferentes climas, o que
cer ainda mais. Entre os motivos para permite uma vasta produção com con-
isso acontecer entram fatores como os siderável variedade. Segundo o Portal
avanços em biotecnologia, internet das Brasil, a agropecuária é essencial para
coisas, big data e robótica. Com eles, o o país, podendo chegar a ser o setor
cultivo passa a ser mais especializado, com maior crescimento no ano, à fren-
rápido e produtivo. Como exemplo, se- te da indústria e serviços.
gundo a SciDev.Net, a agricultura glo-
bal cresceu 2,5 a 3 vezes nos últimos Apesar da grande relevância para a
50 anos, o que permitiu que fossem economia brasileira, o agronegócio
produzidas calorias o suficiente por ainda não é visto com o entusiasmo
pessoa. que merece. Segundo Luiz Eduardo
Ramos, diretor de TI da RBS: “Todo
Não só a agricultura cresceu, como mundo sabe o peso que a agricultura
também os investimentos no setor re- tem para o PIB do país, mas cultural-
velam que é preciso prestar atenção a mente a agricultura ainda não é uma
ele: em 2015, segundo o AgTech Fun- coisa cool. Isso é diferente do que eu
ding Report, investimentos globais vi nos EUA, no meio oeste onde a agri-
chegaram a US$ 4,6 bilhões, equiva- cultura também é muito presente, e
lente a quase 10 vezes o ano de 2012. do que eu vi na Europa”. Como conse-
Por sinal, essa tendência é uma óti- quência, muitos empreendedores de
ma notícia para o Brasil, que além de tecnologia nas cidades não veem o
também demonstrar um crescimento potencial do setor.
nos agronegócios, também tem a área
como uma das partes mais importan- Dessa forma, nada melhor do que co-
tes da economia. nhecer os principais temas sobre agro-
tech, tais como o mercado, as maiores
De fato, a agropecuária é um dos tendências e startups e os desafios da
principais pilares da economia brasi- área.
leira, chegando a ter uma participação
Mercado
As agrotechs estão no radar do mer-
cado global: "É nítido que antigamen-
te as agrotechs eram patinho feio do
mundo da inovação, mas isso vem mu-
dando de uma forma extraordinária. Os
grandes fundos e players colocaram
todos os holofotes no agronegócio",
afirma Marco Aurélio Oliveira, fundador
da AlluAgro.
Fonte: AgTech Funding Report
Como já visto, os investimentos na
área tiveram um boom em 2015, al- o setor. A aproximação mais cautelosa
cançando a marca de US$ 4,6 bilhões. dos investidores pode ser muito mais
Apesar desse crescimento, no ano se- uma questão de observar os próximos
guinte os investimentos tiveram uma andamentos do mercado do que um
queda de 30%, o que ainda resulta em descrédito nele.
um número positivo e bem acima do
ano de 2014: Isso não significa que o setor não es-
teja crescendo: o número de acordos
Segundo a YoStartups, os motivos subiu 10%, o que pode indicar uma ex-
para a queda se dão a fatores como pansão de inovações. Além disso, du-
uma baixa nos investimentos volta- rante a primeira metade de 2016, o nú-
dos para robótica, equipamentos ru- mero de investidores indo para o setor
rais, delivery de comida e bioenergia, de agrotech cresceu, tendo 52% a mais
além de um olhar mais cuidadoso para que o ano anterior.

Fonte: AgTech Funding Report


Outro gráfico interessante do estudo 2050, podendo chegar a 8,9 bilhões.
é o que revela uma mudança na por- Consequentemente, a demanda do
centagem dos tipos de investimento mercado global de alimentos vai ser
em agrotech nos últimos três anos. O cada vez maior, o que significa mais e
aumento de investimento do tipo seed mais oportunidades.
se deve a uma proliferação de acele-
radoras de agrotech e também uma Além disso, Carroll aponta para ou-
aposta maior em novos negócios. Já o tros dois fatores essenciais: a agricul-
investimento Series A teve uma queda tura global terá que dobrar nos pró-
em 2016, uma vez que as rodadas glo- ximos anos para conseguir atender à
bais na categoria foram mais baixas, população e a terra cultivável do pla-
resultando em um olhar mais cautelo- neta é limitada. Em outras palavras,
so para a área. será preciso o surgimento de soluções
que consigam potencializar a produ-
Quanto às oportunidades nos agrone- ção de forma inteligente e melhora-
gócios, segundo Jim Carroll, expert de da, o que, sem dúvida, é um espaço
tendências e inovações, a população que tem tudo para ser preenchido por
mundial vai aumentar cerca de 47% até agrotechs.

Fonte: AgTech Funding Report


Brasil
O Brasil é muito afortunado em ter- para plantar desde uvas finas até fru-
mos de agricultura, pois, como explica tas que são típicas de regimes climáti-
Luiz Eduardo Ramos: "O país tem uma cos mais áridos".
série de peculiaridades e o conjunto
delas é único no mundo. Para começar Dessa forma, não é surpresa que em
com o óbvio: extensão. A gente tem 2010 o Brasil tenha se tornado o ter-
uma disponibilidade de terra enor- ceiro maior exportador agrícola do
me para a agricultura, e quando eu mundo, atrás somente dos EUA e da
digo isso é porque a terra é realmente União Europeia. Como já abordado, a
agricultável, não é derrubar floresta. A agropecuária tem uma participação de
gente também tem uma disponibilida- 23% no PIB nacional, somando R$ 1.178
de geográfica e climática absurda: dá trilhão:

Fonte: StartAgro

“ A gente tem uma disponibilidade


de terra enorme para a agricultu-
ra,e quando eu digo isso é porque
a terra é realmente agricultável,
não é derrubar floresta.”
Com um mercado tão relevante de demonstram um mindset errado. No
agronegócios, é importante saber caso, os números revelam que há uma
como está o setor de agrotech. Segun- tendência de investidores favorecerem
do o 1º Censo AgTech Startups Brasil, inovações em TI. Consequentemente,
que coletou um total de 76 respostas o setor de agrotech como um todo é
ao longo de quatro meses em 2016, as prejudicado, já que outras iniciativas fi-
principais áreas de atuação são: tec- cam em desvantagem.
nologias de suporte a decisões (56%),
softwares para gestão (50%), agricul- Ao mesmo tempo em que há essa
tura de precisão (24%) e equipamentos falta de investimentos, o potencial das
inteligentes (IoT) & hardware (25%). No empresas é alto: 17% das startups afir-
caso, como cada startup poderia es- maram terem crescido 50% no último
colher mais de uma área, as porcenta- ano e 9%, entre 31% e 50%. Delas, 23%
gens ultrapassaram 100%. tem faturamento acima de R$ 100 mil.

Fonte: StartAgro

Ainda assim, o estudo chama a aten- Apesar de serem números um pou-


ção para setores importantes que não co tímidos, existem mercados na área
apareceram no radar, alguns dos quais com potencial de R$ 860 bilhões, sen-
exigem investimentos a longo prazo, do que na pesquisa nenhum empre-
como é o caso de biotecnologia e ge- endedor apontou que seu negócio
nética. está em um mercado menor que R$
500 milhões.
Por sinal, segundo os resultados da
pesquisa, os investimentos em agro-
negócios no Brasil ainda são baixos e
Tendências
De fato, oportunidades não faltam para quem quer empreender e investir no
setor de agropecuária, ainda mais no Brasil. Como já visto, não é segredo que
o setor está em alta e seu mercado, não só nacional como global, está amadu-
recendo cada vez mais e promete despontar nos próximos anos. Portanto, para
saber quais inovações acompanhar, é bom saber quais as tendências mais dis-
ruptivas que estão surgindo:

Automação Drones

Ao mesmo tempo em que a Tesla Entre tantos usos que os drones trou-
está trazendo os carros autônomos xeram para o mundo, alguns deles
para as ruas, a automação promete certamente se encaixaram com ne-
ser uma das grandes disrupções nas cessidades da agropecuária. No mun-
plantações. Tratores autônomos estão do das agrotechs, os drones podem
começando a ser uma possibilidade ter funções variadas: desde escanear
real no mundo das agrotechs, trazen- o terreno até irrigar a plantação, mas
do mais eficiência e economia para os não só isso. Recentemente, algumas
produtores. "Acredito que em poucos pesquisas e testes provaram que é
anos, menos de 10, certamente a gen- possível usar drones para polinizar flo-
te já vai ter começado a enxergar os res: por meio da ajuda de mini drones,
carros autônomos como uma realida- o trabalho das abelhas seria potencia-
de, assim como os equipamentos de lizado.
agricultura autônomos", afirma Fabiano Enquanto os drones polinizadores não
Chaves. chegam ao Brasil, há várias startups
Apesar da tecnologia ainda ser muito que tratam do tema. Uma delas é a
embrionária e estar começando a dar Horus Aeronaves, que oferece drones
os primeiros passos, já existem em- de diferentes modelos, que podem fa-
presas focadas nisso. A Autonomous zer um mapeamento aéreo e oferece
Tractor Corp., localizada em Minneso- processamento de imagens via plata-
ta, EUA, está desenvolvendo tratores forma da startup.
autônomos eletrônicos para trabalhos
como lavoura, colheita e transporte no
setor agrícola.
Biotecnologia Big data

Biotecnologia é uma aplicação que Big data é um grande volume de da-


tem como base sistemas biológicos, dos coletados frequentemente e dis-
organismos vivos, entre outros, para ponibilizados de forma inteligente para
modificar ou fabricar produtos e pro- análise. Especificamente no setor de
cessos. Em outras palavras, por meio agrotech, o big data vem como uma
dessa inovação é possível mudar ge- ferramenta essencial para potenciali-
neticamente plantações ou insetos, zar a produção, uma vez que é possí-
assim como fazer o controle de pra- vel coletar informações específicas da
gas, por exemplo. plantação, como se precisa de mais ou
A Promip é uma startup que tem como menos irrigação, entre outros.
principal inovação o controle biológi- No caso, a AgroSmart é uma startup
co para manejo de pragas em siste- brasileira que monitora diversas variá-
mas de produção orgânica ou cultivos veis ambientais que envolvem a plan-
convencionais. Entre alguns de seus tação, coleta os dados e gera infor-
produtos estão o uso de predadores e mações relevantes sobre o cultivo e,
microvespas que podem ser aplicados como consequência, ajuda o produtor
manualmente ou com o uso de drones em decisões para melhorar a produti-
em grandes áreas de cultivo de cere- vidade, entre outros fatores.
ais e cana-de-açúcar.

Internet das Coisas (IoT)


Nanotecnologia A internet das coisas tem como pre-
missa conectar itens usados no dia-
A nanotecnologia é um dos setores -a-dia, como eletrodomésticos, auto-
que promete ter um grande cresci- móveis e meios de transporte, entre
mento, uma vez que já movimenta US$ outros, à internet ou a smartphones
50 bilhões no Brasil. Sua aplicação na e computadores. As vantagens dessa
agricultura tem como objetivo reduzir tecnologia vão desde controlar o dis-
a utilização de produtos voltados para positivo em questão até acumular da-
proteges as plantas, minimizar as per- dos e tornar possível um uso mais per-
das em fertilização e otimizar o plantio. sonalizado de cada coisa.
A iniciativa mais marcante no Brasil Em relação a agrotech, a tecnolo-
focada em nanotecnologia para agro- gia pode ajudar no controle de vários
pecuária é a da Embrapa, por meio do setores do campo. Como exemplo,
Laboratório Nacional de Nanotecno- Agrusdata é uma startup especializa-
logia para o Agronegócio (LNNA). Al- da na implantação de infraestrutura e
gumas das pesquisas do LNNA já re- sistemas de Internet das Coisas (IoT)
sultou em produtos como a ureia com no agronegócio, procurando desen-
nanopartículas, que fornece nitrogênio volver a agricultura digital e a ajudar na
por mais tempo na lavoura, evitando redução dos custos de produção.
desperdício e reduzindo trabalho.
Desafios
Com um mercado promissor e várias oportunidades, o mundo das agrotechs
ainda apresenta desafios que são particulares da área. Um deles é que a área
surge como uma solução para outro grande desafio: o de alimentar a crescente
população mundial. Fabiano Chaves, da AGCO, é categórico: “Isso só vai aconte-
cer de forma sustentável com a ajuda da tecnologia”.

Assim, procurar potencializar a produção ao máximo é um dos principais obje-


tivos da área. “Sempre o maior desafio é aumentar a produtividade: menor perda
e consumo. A disputa hoje é para ver se é produtivo”, afirma Chaves. Para solu-
cionar essa questão, as inovações trazidas pelas agrotechs se mostram como o
melhor caminho para o agronegócio, uma vez que, como já visto, as iniciativas
trazem grande aumento de produtividade.

Outro grande desafio foi a distância entre agricultores pequenos e donos das
novas iniciativas, uma vez que a falta de diálogo entre os dois extremos faz com
que nem sempre as inovações atendam às dores dos produtores.

A solução, segundo Luiz Ramos, é a aproximação e o diálogo: “Para funcionar


bem, é preciso juntar as pessoas que vivem nesse meio e que conhecem as difi-
culdades e as pessoas que tem o aporte técnico e tecnológico para encaminhar
essas dificuldades”. Para Marco Aurélio Oliveira, não se pode ter frescura: é pre-
ciso que o empreendedor vá atrás do homem do campo, vivenciar o dia-a-dia e
ouvir as pessoas que trabalham com isso.

PRINCIPAIS PONTOS PARA LEMBRAR


As agrotechs surgem como uma forma de poten-
cializar o setor de agronegócios, ajudando a combater
problemas futuros, como a fome
O mercado internacional e nacional de agrotech
está crescendo e é uma aposta certeira para os próxi-
mos anos
As tecnologias mais disruptivas da área são au-
tomação de tratores, drones, biotecnologia, big data,
nanotecnologia e IoT
Alguns desafios que as agrotechs podem enfren-
tar se devem principalmente à distância com o homem
do campo e, por isso, devem procurar fomentar esse
diálogo

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