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ARQUITETURA AÇO
ARQUITETURA AÇO
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 50 novembro de 2017

CENTRO-OESTE
CONSTRUÇÃO EM AÇO
AVANÇA E CONQUISTA
NOVOS MERCADOS
O Centro Brasileiro da Construção em Aço – CBCA, entidade sem fins lucrativos gerida pelo
Instituto Aço Brasil, procura ampliar e promover a participação da construção em aço no mercado
nacional por meio de ações de incentivo ao conhecimento, divulgação, normalização e apoio
tecnológico. Conheça o CBCA!

Principais ações do CBCA

Cursos online e presenciais

Desenvolvimento de material técnico e didático, como as videoaulas e os


manuais de construção em aço, disponibilizados gratuitamente em seu site

Pesquisas anuais junto aos fabricantes do setor, traçando um


panorama da evolução e expectativas para o futuro desse sistema no País

Promoção de palestras e Road Shows por diversas cidades brasileiras

Realização do Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura, que


anualmente incentiva a investigação das possibilidades da construção em
aço e a manifestação criativa de alunos de arquitetura de todo o Brasil

Acesse o site
www.cbca-acobrasil.org.br
e descubra tudo que o CBCA tem a oferecer!
EDITORIAL

CONQUISTANDO NOVOS TERRITÓRIOS


CHEGAMOS AO NÚMERO 50 DA REVISTA ARQUITETURA & AÇO! Uma marca emble-
mática, motivo de satisfação e, principalmente, de estímulo para todos que contribuem
para sua realização e no fomento da construção em aço no Brasil. É notória a ampliação
da presença desse sistema construtivo no mercado brasileiro, como registramos a cada
número da revista desde o lançamento, em 2004.
Nos vem à lembrança a produção das primeiras edições, quando garimpávamos bons
exemplos de obras em aço para compor seu conteúdo. Hoje, até aumentamos o número
de páginas da publicação, tantos são os casos interessantes a destacar. Podemos, inclu-
sive, dedicar uma edição inteira para mostrar apenas uma região do país, como fazemos
agora, abordando a construção em aço no Centro-Oeste brasileiro.
Uma das áreas de ocupação territorial mais recente no Brasil, a região apresenta dois
vetores de desenvolvimento distintos. Por um lado, a riqueza gerada pela atividade agro-
pecuária, base da sua economia; de outro, o dinamismo de Brasília, a cidade construída
no final dos anos 1950 para ser a capital da República e que se tornou uma metrópole com
mais de 4 milhões de habitantes, além de apresentar a maior renda per capita do país.
Para atender aos prazos extremamente exíguos na instalação da nova capital, o aço foi
um importante aliado. O emblemático conjunto do Congresso Nacional foi estruturado
com aço importado dos Estados Unidos, assim como os prédios dos Ministérios; também
em Brasília está um dos primeiros edifícios erguidos com estruturas em aço fabricadas
no Brasil, o Hotel Palace – que apresentamos nesta edição –, todos eles projetados por
Oscar Niemayer.
Assim, seguindo as demandas da região, o desenvolvimento da construção em aço no
Centro-Oeste brasileiro seguiu por essas duas vias: tanto respondendo à grande demanda
por galpões e armazéns, para os quais o aço oferece soluções construtivas rápidas, flexíveis
e duráveis, como atendendo às necessidades típicas dos centros urbanos em crescimento
– com edificações para atividades comerciais e de serviços até instalações industriais, de
residências a grandes prédios públicos e institucionais, além de obras de infraestrutura.
Nesta edição, trazemos 25 casos de obras que, além de mostrar uma grande variedade de
soluções criativas, demonstram que o setor da construção em aço na região Centro-Oeste
está pronto para atender às necessidades de uma região que cresce em ritmo acelerado.

Boa leitura!

ARQUITETURA&AÇO 1
06. 10. 14.

28. 30. 34.

sumário
Leonardo Finotti

Arquitetura & Aço nº 50


novembro 2017

ENTREVISTA 22

Cezar Valmor Mortari, engenheiro e diretor da Irontec Construção Metálica, fala sobre
o uso do aço em obras no Centro-Oeste do Brasil

REFERÊNCIAS 42

Estruturas metálicas são destaque em 12 projetos já publicados por Arquitetura & Aço
nos últimos anos. Confira!

ACONTECE 50

Estruturas em aço agregam velocidade construtiva e conferem


Foto da capa: Confederação design moderno à academia do Clube de Engenharia de Goiás
Nacional dos Municípios,
em Brasília (DF) CONTATOS 52
16. 20. 24.

36. 38. 40.

06. Universidade do Distrito Federal, Brasília, DF: estruturas metálicas transformam layout de centro universitário projetado
na década de 1960 10. Fabrika Filmes, Brasília, DF: aço confere apelo estético, velocidade construtiva e layouts flexíveis à nova

sede de produtora de audiovisual 14. União Química, Brasília, DF: indústria farmacêutica adota estruturas de aço, com projeto de

Ruy Ohtake 16. Confederação Nacional dos Municípios, DF: beleza e modernidade na nova sede da entidade 20. Brasília

Palace Hotel, Brasília, DF: projeto de Oscar Niemeyer foi pioneiro ao ser construído com aço 100% nacional 24. Shopping
Flamboyant, GO: centro comercial recorre ao aço para viabilizar sucessivas ampliações 28. Sesc, Goiânia, GO: aço possibilita
integração perfeita de novo edifício à sede já existente 30. Restaurante Coco Bambu, Goiânia, GO: tradicional rede de restaurantes

ganha identidade sofisticada e elegante com o uso de estruturas em aço 34. Ginásio Poliesportivo Professor Aecim Tocantins,

Cuiabá, MT: grandes arcos em aço compõem a estrutura da cobertura e aceleram prazo de execução da obra 36. Atacadão,
Várzea Grande, MT: aço contribui para vencer vãos de até 25 m e atender a cronograma enxuto; obra ficou pronta em nove meses
38. Shopping Center Bosque dos Ipês, Campo Grande, MS: com uma cúpula central e pilares em formato de árvore, centro
comercial tira partido do aço em prol da plasticidade e sustentabilidade 40. Pontes metálicas, MT: leves, fáceis de serem transporta-

das e capazes de vencer grandes vãos, pontes em aço oferecem soluções às demandas da região
Cada projeto
pede uma solução.
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EXPANSÃO HARMONIOSA
Estruturas metálicas vencem vãos de até 30 m e garantem
ampliação de centro universitário em prazo inferior a dois anos

QUEM OBSERVA A VOLUMETRIA modular da universidade por novos espaços: um incre-


e multifacetada do prédio da Universidade do mento de 5.000 m2 de área construída sobre o
Distrito Federal, em Brasília (DF), não imagina, centro educacional já existente. E para viabilizar
em um primeiro momento, que a harmôni- o novo conjunto de salas de aulas, áreas de circu-
ca construção que alia painéis em concreto, lação verticais e auditório no pavimento térreo,
estruturas em aço, transparências e nuances tudo em um período inferior a dois anos, o aço
de luz seja, na verdade, a extensão de um pro- se mostrou um importante aliado.
grama construído na década de 1960, tama- Segundo o arquiteto Samuel Kruchin, que
nha a unicidade do novo projeto. assina o projeto com sua equipe de arquitetura,
A ampliação, que ficou a cargo da Kruchin somente com o material foi possível vencer
Arquitetura, teve como premissa a execução de vãos de até 30 m e, ainda, alcançar a plastici-
três novos pavimentos para atender à demanda dade desejada. “Várias foram as premissas que

6 ARQUITETURA&AÇO
Daniel Ducci
Brises metálicos instalados
na fachada associados
a placas de concreto
coloridas formam uma
elegante composição

ARQUITETURA&AÇO 7
Fotos Daniel Ducci
nos levaram a essa opção, como a presença de
grandes vãos associados a um número reduzido
de pilares; a restrição de altura imposta pela Pre-
feitura, que exigiu peças de vigamento esbeltas;
a velocidade de construção e montagem; e a exe-
cução, que precisou ser realizada com o edifício
em funcionamento”, exemplifica Kruchin.
Na obra, tanto os pilares como as vigas são
em aço. Já as lajes foram executadas em steel
deck. “Temos uma estrutura principal compos-
ta por 12 pilares em perfis de aço do tipo I, vigas
de até 55 x 94 cm, além de seis treliças externas
e duas treliças internas com 20 x 3,90 m”, deta-
lha o arquiteto.
Para conferir rigidez ao conjunto, as treliças
foram dimensionadas como pórticos e ajuda-
ram a contornar parte das restrições do projeto.
“As estruturas do segundo e terceiro pavimen-
tos tiveram de ser atirantadas. Também houve Execução de três novos > Projeto arquitetônico: Kruchin Arquitetura
a necessidade de limitar a altura máxima pavimentos na construção > Área construída: 5.000 m²
já existente garantiu um
das vigas em 55 cm para atender ao gabarito ganho de 5.000 m2 de
> Aço empregado: perfis laminados em
imposto pela Prefeitura”, explica o engenheiro área à universidade aço ASTM 572 GR50
Ernesto Tarnoczy Jr., autor do projeto estrutural > Volume de aço: 420 t
da universidade. Para Kruchin, esse foi um dos > Projeto estrutural: Ernesto Tarnockzy
> Fornecimento da estrutura de aço: CPC Estruturas
> Execução da obra: Construtora Costa Feitosa Ltda.
> Local: Brasília, DF
> Conclusão da obra: 2016

etapa 1 etapa 2 etapa 3

8 ARQUITETURA&AÇO
pontos mais complexos. “Atender às restrições

Fotos Daniel Ducci


de altura em Brasília e resolver os grandes vãos
por meio de treliças foi um grande desafio.”
E a presença do aço não ficou restrita unica-
mente aos elementos estruturais da obra. Para
conferir um aspecto mais esbelto à edificação e
ainda agregar ventilação e iluminação naturais,
brises metálicos foram instalados na fachada
da universidade. Associados a placas de con-
creto coloridas e vidros reflexivos, formam uma
composição elegante que confere identidade
ao conjunto.
“Queríamos um edifício ventilado e aberto,
com ambientes integrados, dos corredores às
salas de aula. Tudo para que a beleza pudesse
ser fluida desde o interior da edificação”, finali-
za Kruchin. (E.Q.) M

Brises em aço protegem o interior da incidência direta de


raios solares, ao mesmo tempo que mantêm a iluminação
natural e proporcionam boa ventilação ao edifício

ARQUITETURA&AÇO 9
FORMA E FUNÇÃO
Projeto em aço une estética e funcionalidade em sede de produtora em Brasília

A NOVA SEDE DA PRODUTORA de audiovisual Fabrika Filmes, em Brasília, celebra o


casamento harmonioso entre forma e função. Para cada elemento, há uma justificativa
funcional relacionada ao cotidiano da empresa. E para a execução do projeto o sistema
construtivo em aço foi o que melhor atendeu à necessidade de, no menor prazo possí-
vel, viabilizar uma obra contemporânea, com planta flexível, modulação eficiente, com
um grande vão no hall de entrada.
“O aço foi empregado em todo o prédio, à exceção do estúdio de filmagens, localizado
no subsolo”, conta o arquiteto Pedro Grillo, sócio-diretor da CoDa Arquitetos, que responde
pela autoria do projeto.
A decisão pela construção em aço foi resultado de um amplo processo de avaliação.
“Nossa cultura projetual e formação brasiliense foi sempre focada no concreto armado.
A opção pelo sistema estrutural em aço veio das discussões com o cliente, em parte pela
velocidade da execução, mas principalmente pelos aspectos estético e funcional da solu-
ção. O sistema permitiu ao projeto vãos maiores e total flexibilidade no espaço interno,
tanto em planta como em altura. Além disso, o caráter industrial da estrutura remete à
própria concepção da empresa, uma ‘fábrica’ de filmes”, reflete Grillo.

10 ARQUITETURA&AÇO
Uso do aço contribuiu para
reforçar a identidade da
empresa e, ainda, viabilizou
vãos de grandes dimensões

Fotos Joana França/divulgação

ARQUITETURA&AÇO 11
> Projeto arquitetônico: CoDA Arquitetos
> Área construída: 1.700 m²
> Aço empregado: perfis laminados
ASTM A-572 GR50; perfis soldados de abas
planas e chapas de ligação ASTM A-572 GR50
> Volume de aço: 100 t
> Projeto estrutural: Paulo Resende e Sander
Nascimento
> Fornecimento da estrutura de aço: Medabil
Sistemas Construtivos S.A.
> Execução da obra: Medabil Sistemas
Construtivos S.A.
> Local: Brasília, DF
> Conclusão da obra: 2011

Na foto abaixo, átrio com pé-direito


triplo, funciona como uma espécie de
espinha dorsal que interliga os dois
lados do edifício e favorece a integração
das equipes. Ao lado, área de reuniões e
trabalho das equipes de produção

Integrando pessoas
O cotidiano de uma produtora de audiovisual
consiste em uma intensa interação entre
diversas equipes: produção, logística, direção,
edição, montagem, iluminação, sonorização,
Fotos Joana França/divulgação

roteiro, redação, casting, atendimento aos


clientes, filmagem, manutenção e limpeza.
Quanto mais harmonia entre elas, maiores
as chances de sucesso. E o projeto da sede da
Fabrika Filmes foi idealizado para atender a
esse perfil. Em seu núcleo, um átrio com pé-
-direito triplo, com 11,1 m de altura, integra
passarelas suspensas, de circulação vertical.
O local, considerado o coração da convivência,
interliga os dois lados do edifício e favorece a
integração das equipes. “Para reforçar o dina-
mismo desse espaço, utilizamos um recurso
plástico pouco usual: um cubo torcido, como
uma espinha dorsal, criando vazios irregula-
res a partir de recortes nas passarelas”, explica
o arquiteto. A integração também é propi-
ciada nas varandas longitudinais, formadas
pelos amplos balanços do edifício ao longo
dos pavimentos de escritórios, fechadas com
chapas metálicas perfuradas.

12 ARQUITETURA&AÇO
Fotos Joana França/divulgação

Na foto abaixo,
a montagem das
estruturas metálicas
foi realizada com
precisão por meio de
ligações parafusadas

Outra característica marcante nos pavi- Divulgação

mentos é a abundância de luz natural aliada


à ventilação cruzada, dispensando, em gran-
de parte do dia, o uso de recursos artificiais.
Uma produtora, muitas vezes, precisa acomo-
dar equipes inteiras de empresas parceiras,
o que demanda espaços flexíveis. Assim, os
vãos livres transversais com mais de 10 m,
possíveis devido à estrutura metálica empre-
gada, aliados ao piso elevado, permitem rápi-
das mudanças de layout. “O prédio serve a
uma empresa em constante transformação,
na qual a intensa convivência nos espaços
comuns é um dos seus principais destaques”,
diz Grillo. (A.L.) M

ARQUITETURA&AÇO 13
CORES E CURVAS
Instalação industrial estruturada em aço leva a assinatura de Ruy Ohtake

UMA DAS MAIORES INDÚSTRIAS farma- O extenso programa da fábrica farmacêu- Projeto marcado por cores
cêuticas do Brasil, a União Química inaugu- tica se distribui em um amplo volume retan- intensas e vibrantes foi
executado em menos de
rou sua unidade de produção em Brasília, em gular, tipicamente industrial, revestido com
um ano, com o uso de
2006, para a fabricação de medicamentos painéis térmicos constituídos por núcleos estruturas em aço
humanos não estéreis, com destaque para isolantes e placas de aço, além de telhas ter-
cremes, pomadas, drágeas, soluções eferves- moisolantes, também em aço.
centes e líquidos. A fachada principal, contudo, se sobres-
Implantada no distrito industrial JK, a uni- sai muito em função do pórtico com formas
dade chama a atenção pelas curvas arrojadas orgânicas, revestido com painéis metálicos
e pelos volumes revestidos com tons marcan- em azul anil e dos dois volumes circulares
tes, característicos da obra do arquiteto Ruy vermelhos posicionados na periferia do edi-
Ohtake, autor do projeto de arquitetura. fício. Sob o elemento azul foi disposto um
A unidade ocupa um terreno de 220 mil m2 longo hall de convivência, com 6 m de largu-
de área total e abriga edificações para produção, ra, faces envidraçadas e cobertura semitrans-
estocagem, administração e construções auxi- parente em vidro.
liares, como refeitório, auditório, portaria, grê- As cores intensas e vibrantes, em detri-
mio, utilidades e áreas externas. No local, traba- mento do concreto cinza, deixam clara a assi-
lham aproximadamente 1.400 colaboradores. natura de Ohtake.
Fotos divulgação

14 ARQUITETURA&AÇO
Leonardo Finotti
Ganhos financeiros cindíveis a instalações industriais dessa natureza. > Projeto arquitetônico:
De acordo com o engenheiro e projetista de De acordo com o engenheiro, foram registrados, Ruy Ohtake
estruturas Marco Antônio Mendonça Pedroza, ainda, ganhos financeiros em função da maior > Área construída: 39 mil m²
diretor da Metta Construções Tecnológicas, o agilidade na construção, o que permitiu antecipar > Aços empregados:
grande desafio por trás da construção da União ao máximo o início de operação da fábrica. Além ASTM A-709 GR 50W
Química foi compatibilizar o cumprimento do disso, a estrutura em aço, mais leve, dispensou a > Volume de aço: 700 t
prazo exíguo – menos de um ano – à necessida- necessidade de se utilizar fundações profundas, > Projeto estrutural:
de de se manter fiel à arquitetura nas partes cur- mais complexas e caras.
engenheiros Marco Pedroza
vas, com qualidade de execução e acabamento. Na fábrica da União Química, o esquema
e Marco Aurélio Ribeiro
Ele conta que a opção pelo aço se revelou a estrutural previu a combinação de pilares de
> Estrutura de aço: Metta
mais vantajosa pela necessidade de vencer gran- concreto pré-fabricado, vigas em aço de seção
Construções Tecnológicas
des vãos, que chegam a 30 m, com pé-direito de variável em chapas soldadas e terças em perfis
Ltda. e Medabil Sistemas
12 m de altura. “Era fundamental que tivéssemos formados a frio tipo Z para suporte da cober-
elementos que oferecessem precisão na execu- tura. As ligações foram 100% parafusadas com Construtivos S.A.

ção e a melhor relação custo-benefício”, acrescen- contraventamentos em K. > Construtora: HTB

ta Pedroza, destacando entre outros benefícios Para a proteção contra a corrosão, as peças de Engenharia e Construção

dessa escolha a liberdade de layout e a melhor aço receberam tratamento com jato padrão SA 21/2, > Local: Brasília, DF
adequação de pé-direito, características impres- com pintura eletrostática a pó de 60 micras. (J.N.) M > Conclusão da obra: 2005

Leonardo Finotti
BELEZA ORTOGONAL
Estruturas em aço sobre base de concreto formam
conjunto de grande impacto e plasticidade

INAUGURADO EM 2016, o edifício da com a ajuda de estruturas metálicas – e a Andares superiores


Confederação Nacional dos Municípios transparência presente na fachada são des- estruturados a partir de
treliças longitudinais em aço
(CNM), em Brasília (DF), chama atenção por taques. “A opção pela estrutura metálica nos se apoiam em dois pilares de
sua plasticidade e forma. O edifício, projetado pisos superiores se deu pela modulação da concreto no térreo do edifício,
pela equipe do Mira Arquitetos, serve de sede estrutura e pelos grandes vãos. Optamos contribuindo para a formação
de um vão central de 45 m e
ao movimento municipalista e conta com ele- pelo aproveitamento do sistema misto em de balanços de 15 m
mentos em aço, concreto e vidro, que confe- aço e concreto, com uso de conectores do tipo
rem leveza e modernidade ao conjunto. stud bolts, implicando em vigas com altura
No projeto, formado por três subsolos, de 80 cm”, explica o engenheiro Jairo Fruch-
térreo, pavimentos superiores e cobertura, tengarten, da Kurkdjian e Fruchtengarten
a presença de vãos de até 18 m – vencidos Engenheiros Associados.

16 ARQUITETURA&AÇO
Fotos Leonardo Finotti

ARQUITETURA&AÇO
17
NÚCLEO DE CIRCULAÇÃO

No programa, o terceiro e segundo subso-


TRELIÇA METÁLICA

COBERTURA AJARDINADA
los, reservados ao estacionamento de veículos,
são em concreto, assim como o primeiro sub-
PROTEÇÃO TÉRMICA EM RÉGUAS PERFURADAS
solo, que abriga o foyer, a praça cívica e uma
PRAÇA NO TÉRREO INFERIOR área para exposições e eventos. No térreo, a
estrutura é suportada por vigas protendidas,

ESPELHO D'ÁGUA
se convertendo para o aço a partir do primei-
ro andar do edifício. “A partir deste ponto, ela
RAMPAS DE ACESSO ÀS GARAGENS
passa a ser toda em perfis metálicos, exceto
pelo núcleo, composto pelas caixas do elevador
e escadas, que são em concreto. As vigas em
aço se apoiam apenas em duas treliças longi-
tudinais nas extremidades de cada pavimento,
que, por sua vez, estão apoiados em dois pilares
de concreto formando um vão central de 45 m
e balanços de 15 m”, detalha Fruchtengarten.
Os pórticos formados pelas treliças e vigas
vinculadas aos montantes verticais foram
cruciais para assegurar a resistência dos esfor-
ços horizontais. Conforme explica o arquiteto
Luis Eduardo Loiola, do Mira Arquitetos, escri-
tório que responde pelo projeto arquitetôni-
co da CNM, a partir do térreo esses esforços
são transferidos às cortinas de contenção, em
tubulões justapostos, aliviando, assim, a carga
das estruturas.
O aço também está presente em uma pas-
sarela localizada no vazio central, mais preci-
samente na interligação junto à caixa dos ele-
vadores e na fachada do edifício. “A passarela
Fotos Joana França

conta com vigas metálicas que vencem 22,5 m


de extensão”, relata Loiola. Já na fachada, estru-
turas metálicas atuam para conferir mais
transparência ao volume, seguindo a lingua-
gem arquitetônica adotada no projeto. “Distin-
ta, a estrutura do fechamento é constituída por
perfis verticais espaçados a cada 1,25 m, que se
apoiam nas treliças da fachada. A ligação da
estrutura se dá, em alguns pontos específicos,
por meio de consolos metálicos sobre as réguas
perfuradas”, diz Fruchtengarten. A solução ado-
tada favoreceu a incidência da luz e ventilação
naturais no edifício, reduzindo o uso de ar-con-
dicionado em seu interior.

18 ARQUITETURA&AÇO
Telhado verde
O aço também contribuiu para a adoção de
uma outra solução que busca ampliar o cará-
ter sustentável da edificação. O material foi
especificado para a cobertura do salão nobre
do edifício, sobre a qual foi instalado um eco-
telhado. No local, além dos pilares em aço, é
possível observar vigas atirantadas do mesmo
material em um dos apoios, no banzo infe-
rior da treliça, que vencem vãos de até 20 m.
Segundo o engenheiro estrutural do projeto,
neste ponto, a modulação dos pilares é de
3,75 x 6,25 m, enquanto as vigas têm um vão
de 6,25 m e balanço de 2,5 m. “Não há contra-
ventamentos, apenas pórticos formados por
ligações rígidas do tipo viga-pilar”, detalha o
profissional. (E.Q.) M

Haruo Mikami
Vigas metálicas na
passarela vencem
um vão de 22,5 m no
interior do edifício

> Projeto arquitetônico: Mira Arquitetos


Leonardo Finotti
> Área construída: 10.488 m²
> Aço empregado: perfil soldado e laminado
ASTM A572 GR50, chapas e cantoneiras de
ligações ASTM A36 e parafusos especiais A325
> Volume de aço: 440 t
> Projeto estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten
Engenheiros Associados S/S Ltda.
> Fornecimento da estrutura de aço: CPC
Estruturas
> Execução da obra: Soltec Engenharia Ltda.
> Local: Brasília, DF
> Conclusão da obra: 2016
PIONEIRO NACIONAL
Histórico, hotel Brasília Palace segue como exemplar em aço
da arquitetura moderna de Oscar Niemeyer

A CIDADE DE BRASÍLIA era ainda um gran- sagismo e à presença de obras de arte – neste
de canteiro de obras quando o hotel Brasília caso, do artista Athos Bulcão, que criou um
Palace foi oficialmente inaugurado, em 30 painel de azulejos e um grande afresco para o
de junho de 1958, com uma antecedência salão principal, com 3,25 m de altura e 26 m de
proposital e estratégica: o então presidente comprimento. Algumas dessas características,
Juscelino Kubitschek necessitava de acomo- notadamente o funcionalismo exacerbado,
dações para as ilustres caravanas, nacionais e já estavam, à época, sendo abandonados por
estrangeiras, que visitariam a capital federal Niemeyer, que se entregava às formas curvilí-
em construção. Apenas o sistema construtivo neas, como sinaliza a piscina em formato oval
em aço, ainda embrionário no país, viabili- se contrapondo aos ângulos retos do hotel.
zaria o cronograma e a marcante expressão O hotel foi, muitas vezes, a hospedaria ofi-
arquitetônica pretendidos. Assim, a obra foi cial do presidente Juscelino Kubitschek, tendo
iniciada em setembro de 1957, às margens do sido utilizado como gabinete de despachos e
Lago Paranoá, cercado por uma extensa área palco de cerimônias oficiais. Com amplos vãos,
Erguido no período da construção
verde, nos arredores do Palácio da Alvorada. o hotel transpirava um ar moderno, de con- de Brasília para atender ao fluxo
A concepção do edifício segue a cartilha forto e exclusividade. Sua entrada, localizada de visitantes e autoridades à nova
da escola moderna: um projeto marcado pelo em piso semienterrado, permitia total inde- capital, o hotel foi pioneiro no uso
do aço produzido no Brasil, com
racionalismo e funcionalismo, de forma geo- pendência entre os hóspedes recém-chegados estruturas fornecidas pela FEM –
métrica definida que busca integrar-se ao pai- e os que já estavam circulando pela edificação. Fábrica de Estruturas Metálicas

Fotos divulgação

20 ARQUITETURA&AÇO
MEMÓRIA

Fotos divulgação
Essa separação permitia a acomodação rápi- projetado por Oscar Niemeyer: 13.500 m2 de Acima, salão principal do hotel,
da e discreta dos que não desejavam, naquele área construída, 135 quartos, acervo artístico, conforme projeto original.
Abaixo, edifício aparece
momento, o convívio social. tudo destruído. Não restou alternativa a não restaurado, 30 anos após o
Mais do que um exemplar arquitetônico, ser sua interdição. E, fechado, o Brasília Palace incêndio que o destruiu. Na
o Brasília Palace é um verdadeiro testemu- permaneceu por longos 28 anos. reconstrução, as estruturas em
aço foram mantidas
nho do que representou o espírito da década Esta realidade só seria enfrentada no final
de 1950 para o país. Os chamados Anos dos anos 1990, quando o Governo do Distrito
Dourados emanavam os ideais de um Brasil Federal abriu uma licitação para a recupera-
moderno, industrial, urbano. A política desen- ção do hotel. O escritório de Oscar Niemeyer
volvimentista de Juscelino Kubitschek – da foi envolvido na supervisão da reconstrução,
qual a construção de Brasília é o principal que manteve as estruturas em aço. O próprio
estandarte – fomentava o fortalecimento artista Athos Bulcão foi convocado para o res-
da nação, sob o lema de “50 anos em 5”. O tauro das suas obras de arte. Em setembro de
Plano de Metas visava conduzir o país a um 2006, após quase dez anos de obras, o Brasília
crescimento econômico expressivo, apoiado Palace foi reinaugurado. (A.L.) M
no fortalecimento de três pilares: indústria,
transporte e energia. E a indústria nacional do
aço foi uma das impulsionadas.
Em 1953, foi instalada em Volta Redonda (RJ)

Divulgação
a Fábrica de Estruturas Metálicas (FEM), uma
subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional,
dedicada a fornecer estruturas de aço para o
mercado interno. As estruturas metálicas uti-
lizadas no hotel Brasília Palace – com volume
total estimado em pouco mais de 900 toneladas
– foram produzidas pela FEM e transportadas
de trem e rodovia até Brasília. Ou seja, o hotel
é uma das construções pioneiras a utilizar aço
100% nacional, contribuindo para a difusão da
tecnologia da construção em aço.
Contudo, na madrugada de 5 de agosto
de 1978, uma sobrecarga elétrica em uma das
cafeteiras provocou um curto circuito no tercei-
ro andar, iniciando um incêndio. Fogo e pânico
alastraram-se rapidamente. Por sorte, todas as
pessoas escaparam ilesas, mas não o edifício

ARQUITETURA&AÇO 21
AÇO: DESENVOLVENDO O CENTRO-OESTE
Graduado em engenharia civil pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Cezar Valmor
Mortari iniciou sua carreira em 1984 e participou do
planejamento de importantes obras de infraestrutura
portuária na região Sul do país. Sua atuação exclusiva
com o aço e em obras industriais no Centro-Oeste,
entretanto, se deu apenas alguns anos depois,
a princípio com a Arquitrave e mais tarde com a
Irontec Construção Metálica, empresa especializada
na fabricação de estruturas metálicas, a qual dirige
atualmente e que está sediada em Goiânia (GO). Em
três décadas, Mortari atuou em mais de 200 obras que
levam estruturas metálicas em sua concepção: uma
estimativa de 18 mil toneladas do material aplicadas
no período em questão. Em entrevista, o engenheiro,
que também é diretor de construção metálica do
Acervo pessoal

Sinduscon-GO e ministra palestras no Brasil e no


exterior, fala sobre o mercado do aço na região.

Arquitetura&Aço – As características culturais e econômicas AA – Quais são, entre essas vantagens, as que o senhor destacaria
da região Centro-Oeste, contando também com a influência da como mais importantes, considerando as particularidades do
construção de Brasília, fortemente associada ao concreto a partir mercado do Centro-Oeste?
das concepções de Lúcio Costa e Oscar Niemayer, representaram CVM – A questão da velocidade é a vantagem que mais agre-
alguma barreira ao desenvolvimento da construção em aço na ga valor ao uso da estrutura metálica no Centro-Oeste, com
região? seus evidentes ganhos de antecipação de receita, diminuição
Cezar Valmor Mortari – Sem dúvida, esses fatos tiveram uma de custos fixos e menor incidência de juros sobre o capital
importância cultural significativa, principalmente porque o investido. Quando se precifica estas diversas vantagens chega-
meio técnico superestimou as obras monumentais em con- -se a um custo-benefício muito favorável à construção em aço.
creto armado, deixando em segundo plano as dezenas de Ultimamente, outras vantagens menos evidentes, porém tão
construções em aço feitas à época. Lembremos, por exemplo, importantes quanto, começam a prevalecer. O menor consumo
que todos os Ministérios e as duas torres do Congresso Nacio- de energia, de água e de transportes, todos itens importantes
nal são em aço, fabricado nos Estados Unidos e montado por para as certificações LEED (Leadership in Energy and Environ-
engenheiros brasileiros. mental Design), são algumas delas. Outra questão importante
é a necessidade que as construtoras passaram a ter de evitar
AA – E quando esse cenário mudou e o aço passou a merecer grandes contratações de pessoal, tanto pela escassez de mão
maior atenção dos arquitetos e construtores da região? de obra entrante no mercado como pelos riscos com passivos
CVM – O assunto começou a circular com mais desenvoltura no trabalhistas. Assim, a construção industrializada passou a ser a
meio técnico a partir do ano de 2000, quando passaram a existir resposta natural para essas demandas.
congressos e seminários específicos sobre construção metálica.
Nossa atuação, desde essa época, tem sido intensa no sentido do AA – No mercado da região, quais as tipologias de obra apresen-
desenvolvimento deste mercado. Gradativamente, os agentes tam maior demanda?
estão reconhecendo as vantagens do sistema. CVM – Os galpões, tanto industriais como os de logística, já há

22 ARQUITETURA&AÇO
“Todo país que enriquece tem como consequência natural um uso mais
intenso da construção industrializada, e isso inclui as obras em aço

bastante tempo têm sido o nosso mercado cativo. O que mudou plataforma BIM. E como temos um bom canal com as univer-
foi a gradativa introdução do sistema nas obras comerciais de sidades, especialmente com a Universidade de Brasília (UNB)
grande porte, como shopping centers. Também o setor de servi- e PUC de Goiânia, estamos contribuindo para a formação de
ços demonstrou vigor, com dezenas de universidades sendo edi- profissionais melhor capacitados, e que, certamente, ajudarão a
ficadas em aço. Por último, posso citar os prédios multiandares, ampliar esse mercado no futuro.
que começam a surgir, especialmente para uso comercial, devi-
do às evidentes vantagens agregadas e que até pouco tempo AA – Mas ainda há desafios a ser vencidos, não?
não eram consideradas em construções. CVM – Desde 2007, também estou à frente da diretoria de
construção metálica do Sinduscon-GO e, com base em minha
AA – Como devemos encarar a distância entre o grande número atuação no setor, acredito que o maior desafio que enfrenta-
de obras em aço que vemos em Brasília comparativamente ao mos ainda é a resistência do meio técnico – dos engenheiros e
que ocorre nas outras grandes cidades da região? arquitetos – ao uso intenso da estrutura metálica em edifícios
CVM – Não esqueçamos que o mercado imobiliário de Brasília multiandares. O nosso market share somente será significativo,
é pujante, em função da alta renda per capita, a maior do Brasil, a exemplo dos 50% que vemos no mercado norte-americano,
e da maior receptividade às construções não convencionais, em quando houver o uso maciço da estruturação de prédios em
razão das características do nascimento da cidade. Importante andares múltiplos.
lembrar a profusão de prédio públicos, que também passaram
a ser estruturados em aço. Mas essa situação está mudando. AA – E por que isso ainda não ocorre?
Recentemente, foram executados grandes shoppings em Cuia- CVM – Existem alguns fatores, sendo a barreira do financiamen-
bá e em Campo Grande, como o Várzea Grande Shopping e o to, que exige um desembolso alto no início das obras, o mais sig-
Shopping Bosque dos Ipês, respectivamente, ambos com intenso nificativo. Mas a questão cultural ainda persiste e não por causa
uso do aço. Em Goiânia, também tivemos outras intervenções do comprador, como se faz parecer, mas pela própria resistência
em aço, como a expansão do Flamboyant Shopping, o novo dos atores das obras. Isso advém de um círculo vicioso no qual
Shopping Mega Moda, a sede da Unimed, além de um edifício não se ensina na academia porque não se usa e, dessa forma,
de 14 pavimentos em estruturas mistas em aço e concreto. A tanto engenheiros como arquitetos impõem restrições devido
demanda está crescendo. ao pouco domínio que têm da matéria.

AA – O senhor considera que a cadeia construtiva da região está AA – Como o setor espera contornar essas questões para
preparada para atender ao crescimento da demanda por obras ampliar a popularidade dos sistemas em aço na região? O que
em aço de grandes dimensões? está sendo feito?
CVM – Sim, certamente. Hoje, não temos dificuldades com CVM – Temos de atuar em todas as frentes para o desenvolvi-
insumos. Tínhamos sérias indisponibilidades de mão de obra mento desse mercado. A nossa missão institucional é viabilizar,
especializada, mas agora estão sendo equacionadas. Os fabri- cada vez mais, o sistema construtivo metálico como uma das
cantes locais estão muito bem equipados e os montadores e opções mais viáveis para o meio técnico. Imaginamos que uma
projetistas estão preparados. Em Goiânia, temos ao menos sete melhor formação dos arquitetos, com bom domínio dessa téc-
fabricantes médios bem tecnificados, com máquinas que ope- nica nas fases de projeto e pré-dimensionamento, seja um bom
ram com o sistema de Comando Numérico Computadorizado caminho. Claro, tem de haver a busca da melhoria contínua
(CNC). Em Cuiabá e Campo Grande são dois, e em Brasília temos mesmo onde, em tese, já estamos com a tecnologia dominada.
um grande fabricante. Dispomos, ainda, na região de ao menos Conseguir soluções para resolver o nó górdio do financiamento
15 projetistas especializados que utilizam programas 3D em das obras também é crucial. (E.Q.) M

ARQUITETURA&AÇO 23
Nos últimos 14 anos,
shopping passou por
diversas reformas que
incluíram modificações
na praça da cúpula, na
praça de alimentação,
no estacionamento e
nas alas norte e sul
Divulgação

TRANSFORMAR COM AÇO


Nas diversas reformas de centro comercial em Goiânia, o aço aparece como protagonista

Divulgação/Arquitrave

24 ARQUITETURA&AÇO
Sidnei Palatnik

INAUGURADO EM 1981, o Flamboyant é tivo de revitalizar a identidade visual do con- Estacionamento com
o mais antigo shopping center de Goiás. Ao junto comercial e, para isso, 1.200 toneladas capacidade para
abrigar 800 veículos foi
longo da sua existência, passou por diversas de aço foram utilizadas. O terceiro piso da ala dimensionado a partir
etapas de ampliação e modernização, tornan- sul foi ampliado e uma grande cúpula foi ins- de pilares e vigas
do-se um importante centro de compras e talada, espaço que hoje é chamado de Praça laminados em aço

lazer para a população de Goiânia, com mais da Cúpula e recebe exposições. Com 26 m de
de 138 mil m2 de área construída. diâmetro e 8 m de altura, a cúpula foi estrutu-
Apesar de a construção original ter sido rada a partir de perfis em aço tubulares retan-
realizada em concreto, o aço gradativamen- gulares. Também foram construídas outras
te passou a ter um papel de maior destaque duas abóbadas ao longo do shopping, com
na edificação, contribuindo para viabilizar as estrutura em aço, recebendo fechamento com
sucessivas transformações, que sempre conta- vidros laminados.
ram com as estruturas em aço para reconfigu- Já em 2006, uma nova ampliação acrescen-
rar o espaço. tou 48 mil m2 à área construída do empreen-
A necessidade de realizar as obras sem dimento, incluindo um novo estacionamento
comprometer o funcionamento normal do com quatro pavimentos e capacidade para 800
shopping, além da versatilidade do material, veículos. Nesse período, também houve uma
sua leveza e a velocidade na execução, foram os expansão na ala norte do shopping. Para o sis-
fatores essenciais que determinaram a opção tema estrutural, pilares e vigas em aço foram
pelo material. especificados, além das rampas de acesso ao
Entre as diversas reformas, uma grande estacionamento, com um consumo de mais de
expansão foi realizada em 2003, com o obje- 2 mil toneladas do material.

ARQUITETURA&AÇO 25
Acervo MK Estruturas Metálica
A mais recente
Por fim, a última grande ampliação em aço
aconteceu em 2014, quando a ala norte foi revi-
talizada e passou a contar com mais 11,3 mil m2
de área construída. O projeto completou o
piso 3 e revitalizou os pisos 1 e 2 da ala norte e
a praça de alimentação da ala oeste. “Com as
estruturas metálicas usadas no terceiro andar,
não tivemos de realizar reforços nas fundações”,
explica o engenheiro Cezar Valmor Mortari, da
Irontec Construção Metálica, empresa especia-
lizada na fabricação de estruturas metálicas e
também responsável pelas alterações. A infor-
mação é enfatizada pelo engenheiro Angelos
Katopodis, da MK Estruturas Metálicas.
Segundo ele, o uso de pilares em aço, de vigas
mistas em aço e concreto e de lajes em steel
deck, dispensou os escoramentos e foram fun-
damentais para trazer mais velocidade e quali-
dade construtiva à obra.
Executar toda a obra em oito meses, sem-
Fotos divulgação/Arquitrave

pre com o shopping funcionando, com res-


trições de horário, barulho e espaço para tra-
balho; fazer reforços estruturais de pilares e
fundações sem interromper a operação das
lojas; manter a estanqueidade do prédio;

26 ARQUITETURA&AÇO
atender às rigorosas normas de segurança
foram os principais desafios, “que conseguimos
superar com muito sucesso, já que estas são
exatamente algumas das vantagens do uso do
aço”, complementa Mortari.

Montagem planejada
A montagem das peças, apesar de ocorrer sem
entraves, exigiu uma atenção maior da equipe
de engenharia na área da praça de alimen-
tação, localizada em uma região central da
construção e muito distante das fachadas. “Foi
feita a troca da cobertura da praça de alimen-
tação, onde foram instaladas vigas em aço
sobre 35 m de vão livre e 12 toneladas de peso,

Fotos divulgação/Arquitrave
projetadas para receberem fechamento em
vidro”, explica Mortari. Para realizar a troca da
cobertura, a estrutura antiga foi desmontada
e um mezanino em painel wall foi adotado
para servir de estrutura provisória e possibili-
tar o acesso à cobertura pelo lado interno. As
peças foram içadas por guindastes e equipa-
mentos de movimentação horizontal do tipo
ponte rolante, junto a uma estrutura mecâni-
ca de trolleys rolantes laterais possibilitaram
a movimentação das vigas mais pesadas até o
local de montagem definitiva.
Nos andares inferiores houve uma rea-
dequação das áreas, que consistiu na demo-
lição de escadas rolantes, elevadores e uma > Projeto arquitetônico: Arquitetura A cúpula em aço,
instalada no espaço
nova configuração de circulação, mais aber- Espacial e CDC Arquitetos
que recebe exposições,
ta, de dimensões e visual mais impactan- > Área construída: 71.311 m² tem 26 m de diâmetro
tes, introduzindo um conceito arquitetônico > Aço empregado: ASTM A36, ASTM A-572 e 8 m de altura
mais contemporâneo. “A estrutura metálica GR42, ASTM A572 GR50, ASTM A-709 GR
projetada assume um papel preponderante, 50W, ASTM A345 GR50
clássico e marcante na nova imagem do pré- > Volume de aço: 4.080 t
dio”, explica o arquiteto Antônio Cordeiro, da > Projeto estrutural: Guiper Engenharia
CDC Arquitetos. Ltda., Irontec Construção Metálica Ltda.,
O uso da estrutura metálica também trou- MK Estruturas Metálica Ltda. e Colmeia
xe ganhos em termos de sustentabilidade. O Consultoria e Projetos Ltda.
arquiteto concebeu lanternins e claraboias > Fornecimento da estrutura de aço: Irontec
generosos com vidros, que diminuíram sen- Construção Metálica Ltda. e Pedra Grande
sivelmente a incidência de raios ultravioletas Engenharia Ltda.
e infravermelhos, sem prejuízo à iluminação > Execução da obra: Toctao Engenharia Ltda.
natural. A alteração, além dos ganhos energé- e Dan Hebert Engenharia S.A.
ticos, também trouxe reduções significativas > Local: Goiânia, Goiás
nos custos com condicionamento de ar. (N.L.) M > Conclusão da obra: 2014

ARQUITETURA&AÇO 27
UNIÃO PERFEITA
Aço viabiliza integração precisa de um novo edifício à unidade
já existente do Sesc em Goiânia

INCORPORAR TEATRO, salão de eventos, salas resistente à flexão. O sistema de contraventa-


multiuso, consultórios odontológicos, banheiros mentos, também executado em aço, garantiu
e vestiários em um edifício já existente foi a estabilidade às cargas horizontais. Para as lajes,
demanda do programa de expansão do Sesc adotamos o sistema steel deck, o que dispensou
Goiânia (GO), em 2014. Os espaços deveriam ser qualquer tipo de escoramento durante a cons-
distribuídos de modo racional em uma nova trução”, detalha Paulo Sérgio de Souza Ribeiro,
construção de quatro pavimentos, localizada diretor técnico da Ferenge Estruturas Metálicas.
em uma área marcada por um tráfego intenso.
Como o edifício projetado se integraria a Sem transtornos
outro bloco de cinco andares, também perten- Além de atender ao dimensionamento e às
cente ao Sesc, a construção deveria ter medi- características peculiares do projeto, o siste-
das geométricas precisas para evitar ajustes ma construtivo conferiu precisão e velocidade
improvisados. E para tanto, o aço se mostrou a construtiva à obra, que ficou pronta em um
melhor solução. período inferior a dois anos.
Na obra, tanto os perfis usados na cravação “A opção pelo aço também foi essencial
para a contenção do subsolo como toda a estru- para viabilizar uma execução sem os transtor-
tura do prédio, desde a cobertura, lajes em steel nos de ruído e logística dos caminhões beto-
deck e até os complementos como escadas, mar- neiras, comuns na construção convencional
Novo edifício de quatro
quises, pergolados e estrutura da pele de vidro, em concreto”, lembra o engenheiro Gustavo pavimentos foi construído em
contam com o material. Ao todo, 327 toneladas Henrique de Lima e Silva, assessor técnico do aço ao lado da unidade do Sesc
de aço foram empregadas no local. “Usamos Sesc Goiás. Dessa forma, a ampliação pôde ser já existente. Nele, pilares, vigas,
lajes, escadas, marquises,
colunas em aço, além de vigas mistas em perfis I realizada ao lado do prédio já existente, que pergolados e cobertura
solidarizadas às lajes, formando um conjunto manteve suas atividades normalmente. O uso contam com o material

Fotos divulgação
Fotos divulgação

da estrutura metálica também minimizou ao local prontas para montagem, reduzindo Colunas em aço e vigas em
impactos na rotina dos usuários dos prédios a necessidade de canteiros e o trânsito nas perfis I solidarizados às
lajes em steel deck foram
públicos e dos moradores do entorno. imediações”, explica Ribeiro. especificadas para a obra,
Com o aço, as marquises e pérgolas cur- Já no que diz respeito à montagem das localizada em um terreno de
vas projetadas para as fachadas puderam ser estruturas, a alternativa para contornar a pequenas dimensões

executadas sem grandes dificuldades, dispen- ausência de espaços amplos foi utilizar uma
sando formas e escoramento, integrando-se pequena área anexa ao prédio existente para
à estrutura principal por meio de parafusos. realizar a expansão da unidade. Por conta da
Aproveitando as características do aço, a estru- indisponibilidade de área para estoque, as
tura metálica permite que as vigas sejam mais peças eram entregues no canteiro a cada dois
esbeltas, em comparação com estruturas em dias, na quantidade necessária para o período.
concreto, o que resultou em maior leveza e Uma rampa foi executada no início da obra
amplitude à nova edificação. para facilitar a entrada dos equipamentos.
O uso da estrutura em aço viabilizou, ainda, Como o guindaste usado na montagem foi
a instalação do teatro entre o térreo e o primei- posicionado no nível do subsolo e não podia
ro pavimento, de modo racional e simples. Para sair do local com a estrutura já montada, > Projeto arquitetônico: Griffe
executá-lo, a alternativa foi criar uma treliça- outros dois guindastes tiveram de ser usa- Arquitetura Ltda.
-pavimento no nível do segundo pavimento. dos para retirá-lo do local. “Os últimos ajustes > Área construída:
Assim, foi possível vencer o grande vão de da estrutura foram feitos com o guindaste já 6.116,76 m²
16 m e ainda contemplar as necessidades téc- do lado de fora da obra”, relembra Gustavo > Aço empregado: ASTM A572
nicas do espaço. “Tínhamos de atender às altas Mendonça dos Santos, proprietário da Enge- GR50 nas vigas, colunas e
cargas da instalação que atuam na cobertura, seg, empresa responsável pela montagem da contraventamentos; chapas
disponibilizar espaço para a passagem de gran- estrutura metálica. ASTM A-572 GR 42
des dutos de ar-condicionado e também tratar Além dos perfis I laminados com ligações > Volume de aço: 327 t
a carga vibratória das atividades de dança na parafusadas, lajes em steel deck e escadas em > Projeto estrutural: Ferenge
laje que cobre o teatro”, lembra Ribeiro. aço, a estrutura também contou com estacas Soluções em Estruturas
metálicas utilizadas para a contenção da esca- Metálicas
Desafio construtivo vação. A laje do térreo acabou se fundindo às > Estrutura de aço: Dagnese
Por estar situado na região central da cida- estacas resultando em uma solução que tam- Estruturas Metálicas
de, com ruas estreitas, trânsito intenso e uma bém serviu como travamento da contenção. > Montagem da estrutura:
densa ocupação, a preocupação com a instala- “O novo prédio tem ambientes mais Engeseg Estrutural Ltda.
ção do canteiro de obras e com o impacto no amplos, maior número de garagens, hall com > Execução da obra: Âncora
entorno foi muito grande. “A escolha do aço pé-direito duplo e fachadas de vidro. Isso só Engenharia Ltda.
reduziu os inconvenientes gerados pela obra. foi possível em função da opção pela estrutura > Local: Goiânia, GO
As peças produzidas em fábrica chegavam metálica”, diz Santos. (G.C.) M > Conclusão da obra: 2014

ARQUITETURA&AÇO 29
SOFISTICADO E MODERNO
Rede de restaurantes aposta em novo visual ao inaugurar casa em Goiânia

Fachadas envidraçadas
exibem contraventamento
em aço aparente. Outras
estruturas metálicas,
como escadas, pilares
e vigas de alma cheia
podem ser observadas
do interior do local

Leandro Moura/divulgação

COM MAIS DE 20 UNIDADES no Brasil, o aspecto moderno ao local, os elementos em


restaurante Coco Bambu chegou a Goiânia em madeira adotados no projeto conferem um ar
2014. Instalado na área externa do shopping aconchegante ao ambiente.
Flamboyant, o espaço idealizado pela arqui- Segundo a arquiteta responsável pelo pro-
teta Rachel Fechina apresenta arquitetura jeto, além do aspecto estrutural, o aço foi esco-
moderna e elegante. Apesar das primeiras lhido também como uma forma de expressão
casas da rede cearense seguirem uma arqui- da linguagem arquitetônica. “Exploramos a
tetura praiana e tropical, a expansão da marca estrutura metálica aparente e o uso de reves-
permitiu a flexibilização da proposta original, timentos que remetem ao natural e orgânico.
incluindo criações mais sofisticadas. A unida- Na face externa, é possível avistar um sistema
de de Goiânia segue essa premissa, em um de contraventamento em uma das fachadas
projeto no qual o aço, o vidro e a madeira têm envidraçadas. As estruturas em aço, como
papel de destaque. escadas, pilares e vigas de alma cheia, podem
Construído totalmente em aço em uma ser observadas do interior do restaurante”,
área de quase 2 mil m2, o restaurante, com acrescenta a profissional.
capacidade para 500 pessoas, conta com qua- A opção pelo material permite que as
tro pavimentos e está dividido em subsolo, estruturas possam ser desmontadas e reuti-
térreo e dois andares superiores – estes supor- lizadas pelo estabelecimento no futuro, caso
tados por pilares, vigas e contraventamentos o mesmo opte por transferir a unidade de
em aço aparentes. Enquanto a combinação endereço. Outras características desse siste-
de estruturas metálicas e vidro garantem um ma construtivo, reconhecido por proporcionar

30 ARQUITETURA&AÇO
Fotos Ricardo Lima/divulgação

ARQUITETURA&AÇO
31
uma obra mais limpa, veloz e com apelo esté- As vigas em aço vencem vãos de até 10 m > Projeto arquitetônico:
tico marcante, também foram importantes e, na avaliação do engenheiro Ribeiro, tra- Rachel Fechina
para a decisão. “O restaurante foi concluído balhar com esses vãos em pavimentos com > Área construída:
em apenas oito meses. E isso entre contenção, 3 m de altura, permitindo a passagem das 1.974,89 m²
escavação, execução da estrutura, obra civil e instalações necessárias sem comprometer o > Aço empregado:
acabamentos. Apenas com o aço conseguirí- pé-direito útil da edificação, foi o maior desa- laminados ASTM A36 e
amos realizar essa obra de forma tão rápida”, fio do projeto. “Trabalhar com alturas de vigas ASTM 572 GR50
diz o sócio do Coco Bambu de Goiânia, Bruno não naturais para o vão poderia implicar em > Volume de aço: 94 t
Vasconcelos. deformações e vibrações inaceitáveis. Por > Projeto estrutural: Ferenge
O engenheiro estrutural Paulo Sérgio Ribei- isso, técnicas como o rearranjo da disposi- Soluções em Estruturas
ro, que participou do projeto, reforça: “a neces- ção das vigas e o uso de treliça-pavimento e Metálicas
sidade era por algo moderno e que permitisse a de contraflechas possibilitaram o sucesso da > Fornecimento da estrutura
redução dos custos com revestimentos.” Segun- obra”, afirma o engenheiro. As lajes são em de aço: Globsteel
do ele, a solução adotada contribuiu, ainda, para steel deck, unidas às vigas metálicas por meio Engenharia Ltda.
reduzir riscos, uma vez que a obra em aço, por se de conectores do tipo stud bolt, com estabili- > Execução da obra:
tratar de um sistema industrializado, tem preço, dade horizontal garantida por meio de con- Globsteel Engenharia
prazo e qualidade definidos e controlados. traventamentos. O sistema foi fundamental Ltda.e Conenge
“Usamos perfis laminados e soldados nas para proporcionar rapidez construtiva, pois, Construções e
colunas em função das cargas de até 170 tonela- ao dispensar escoramentos, permitiu que o Engenharia Ltda.
das de compressão. Já as chapas e acessórios de trabalho fosse realizado de forma simultânea > Local: Goiânia, GO
ligações utilizaram o aço ASTM A36”, diz Ribeiro. em vários pavimentos. (N.L.) M > Conclusão da obra: 2014

Uso de estruturas metálicas totalmente desmontáveis conferem flexibilidade ao


projeto, que pode ser montado em outro local, em caso de necessidade

32 ARQUITETURA&AÇO
Fotos Bruno Vasconcelos/divulgação

28/06/2013

03/07/2013
Fotos Leandro Moura/divulgação

10/07/2013

26/07/2013

26/07/2013

ARQUITETURA&AÇO 33
Divulgação
DOMO DE AÇO
Arcos metálicos permitem execução simultânea da cobertura e demais
elementos de ginásio de esportes, reduzindo o prazo da obra pela metade

PARA ACELERAR AO MÁXIMO a constru- to compreendia um ginásio que atendesse à Grandes arcos em aço
ção do ginásio poliesportivo Professor Aecim demanda de esportes indoor – sobretudo o suportam a cobertura
do ginásio e os tirantes
Tocantins, em Cuiabá (MT), os responsáveis voleibol, já que a intenção, na época, era sediar que sustentam as
pelo projeto arquitetônico optaram por disso- alguns jogos da Liga Mundial de Vôlei. Portan- rampas de acesso
ciar a cobertura metálica das edificações em to, era fundamental satisfazer toda a norma-
concreto – como arquibancadas e vestiários, tização internacional do esporte e, principal-
além da quadra de esportes propriamente dita mente, entregar a obra sem atrasos.
–, de modo que esses dois componentes fos- “Decidi trabalhar com um domo, uma cober-
sem completamente autônomos. tura em formato de cúpula, apoiada em quatro
“Toda a estrutura da cobertura e das ram- grandes arcos metálicos – dois arcos principais e
pas de acesso foi projetada, fabricada e mon- dois laterais”, lembra Andrade. A ideia, de acordo
tada em paralelo ao processo construtivo dos com o arquiteto, era tirar partido dos arcos de
demais elementos do ginásio, o que reduziu maneira que sua percepção externa evidencias-
o nosso cronograma pela metade”, explica o se sua volumetria. Em parceria com a Multime-
arquiteto José Roberto Andrade, do escritório tal, empresa responsável pelo projeto de estrutu-
Arqprojet Arquitetura e Planejamento, que ela- ra metálica, foi possível dimensionar as seções
borou o projeto arquitetônico do ginásio. dos arcos e viabilizar a solução arquitetônica.
Contratado pela Secretaria de Esportes do O acesso ao ginásio se dá por rampas metá-
Governo do Mato Grosso, o empreendimen- licas atirantadas aos arcos laterais. Os tirantes

34 ARQUITETURA&AÇO
JLSiqueira/ALMT

> Projeto arquitetônico: metálicos, fixados no bordo externo das ram- res para evitar movimentações. O projeto
Arqprojet Arquitetura & Pla- pas, contribuem para o preenchimento visual feito pela Multimetal previu o comporta-
nejamento Ltda. das laterais da construção. “As rampas metáli- mento das estruturas durante a execução
> Área construída: cas atirantadas uniram, desse modo, a solução dos serviços de içamento e montagem.Ao
15.430,83 m² (área total) estrutural e o equilíbrio estético.” todo, foram empregadas 780 toneladas de
> Aço empregado: ASTM A-709 O projeto arquitetônico previu que os aço. Concluído o travamento, telhas duplas
GR50W arcos se encontrassem em dois momentos, de perfil trapezoidal, do tipo sanduíche e preen-
> Volume de aço: 780 t apoiados em blocos de fundação aparentes, chidas com isolante termoacústico, foram
> Projeto estrutural: Multime- executados em concreto, que revelam o apoio posicionadas sobre os arcos. Por fim, foram
tal Engenharia e Montagem da estrutura da cobertura. “Essas fundações, instaladas as rampas metálicas atirantadas.
de Estruturas Ltda. vale destacar, são independentes do restante Simultaneamente, outra equipe executava as
> Fornecimento da estrutura das fundações do ginásio.” edificações em concreto, com o uso intensivo de
de aço: Multimetal pré-fabricados. Os fechamentos foram efetuados
Engenharia e Montagem Execução simultânea com blocos de concreto aparente e elementos
de Estruturas Ltda. Com vão livre principal de cerca de 135 m, vazados compuseram o sistema de ventilação.
> Execução da obra: Lotufo Enge- a instalação dos arcos exigiu duas torres “Trabalhamos muito pouco com reboco.
nharia e Construções Ltda. de montagem. Cada um dos arcos prin- Estruturas aparentes geralmente demandam
> Local: Cuiabá, MT cipais foi composto por três segmentos, maiores cuidados de manutençao”, comple-
> Conclusão da obra: 2007 apoiados e travados com o auxílio das tor- menta Andrade. (E.C.L.) M

ARQUITETURA&AÇO 35
RAPIDEZ E BAIXO CUSTO
Aço vence vãos de até 25 m e possibilita entrega de loja em apenas nove meses

A LOJA DA REDE de supermercados Atacadão, mercadorias e a locomoção dos clientes pode > Projeto arquitetônico: Rede
em Várzea Grande (MT), ficou pronta em acontecer com mais facilidade. Atacadão
apenas nove meses graças ao uso do aço. O Para garantir um rígido controle de custos > Área construída: 14.052 m²
material, que divide a cena com lajes e alguns – um ponto crítico para o cliente –, foi preciso > Aço empregado: terças
pilares em concreto, foi crucial para atender empenho de todos os envolvidos na obra na Z, perfis formados a frio
não apenas a um cronograma enxuto, mas busca de soluções que ajudassem a reduzir ASTM A-572 GR42 e
também para viabilizar o layout do empreen- os gastos com material. Neste ponto, Ribeiro perfis laminados ASTM
dimento, que tradicionalmente apresenta relata a contribuição do projeto arquitetônico. A572 GR50
amplas áreas livres, marcadas por grandes “Algumas diretrizes na arquitetura facilita- > Volume de aço: 205 t
vãos, destinadas à operação da loja. ram para que tivéssemos uma obra econômi- > Projeto estrutural: Projesul
No projeto, que conta com vãos de 25 m, lon- ca e com pouca variação de tipos de peças. O Soluções em Estrutura
garinas e tesouras treliçadas foram posicionadas fato de optarmos por terças contínuas tam- Metálica
a cada 8,33 m para reduzir a quantidade de pila- bém foi importante para reduzir os custos da > Estrutura de aço: Engeseg
res dentro da loja, assegurando, com isso, ampli- obra”, explica. Estrutural Ltda.
tude e leveza ao interior da construção. “Com a Segundo ele, o uso de terças contínuas em > Execução da obra: Orca
solução estrutural adotada na cobertura, conse- perfis Z reduziram o consumo de aço em 18%, Construtora Ltda.
guimos reduzir em 25% a quantidade de pila- em comparação às terças metálicas convencio- > Local: Várzea Grande, MT
res utilizados na obra”, afirma Rafael Hoffmann nais. “A diferença de peso entre um sistema e > Conclusão da obra:
Ribeiro, diretor técnico da Projesul Engenharia. outro para essa obra foi de aproximadamente setembro de 2015
Ao todo, foram utilizados apenas seis pila- 14 mil quilos, o que se refletiu em uma econo-
res internos, viabilizando a execução de uma mia de aproximadamente R$ 120 mil em mate- Solução estrutural adotada na
área de loja ampla e livre, com 6.255 m2. A rial e mão de obra”. cobertura permitiu reduzir em
25% a quantidade de pilares
redução do número de pilares resultou em um Ao todo, 205 toneladas de aço foram usadas utilizados, liberando mais
espaço onde a movimentação dos paletes de nas vigas de transição e nos perfis formados espaço para a operação da loja

36 ARQUITETURA&AÇO
a frio das terças, treliças e chapas do projeto.

Divulgação
Como as peças são pré-fabricadas e chegam
direto à obra no momento da montagem, a
solução estrutural em aço também trouxe
reduções significativas nos custos com trans-
porte e armazenagem em canteiro.

Trabalho no canteiro
O curto espaço de tempo para executar a
montagem da estrutura exigiu que fosse rea-
lizada a pré-montagem de algumas peças no
canteiro. Por conta da dimensão do vão entre
pilares, de 25 m, as treliças e seus elemen-
tos complementares, como as terças, estabi-
lizadores e contraventamentos, tiveram de
ser interligados ainda no solo e içados como
um módulo, até a cobertura, com o auxílio de
guindastes de grande capacidade. “O padrão
adotado para o transporte é de peças com até
12 m. Portanto, para atender à necessidade
da obra, tivemos de executar as emendas no com a presença de grandes vãos, a estrutura No projeto, que conta com
canteiro”, explica o profissional. metálica mostrou-se economicamente mais vãos de 25 m, longarinas e
tesouras treliçadas foram
A estrutura metálica foi projetada e fabri- vantajosa do que construção em concreto pré-
posicionadas a cada 8,33 m
cada com vistas a obter-se a menor quantidade -moldado”, ressalta Gustavo Mendonça dos para reduzir a quantidade
possível de peças, o que otimizou o transporte Santos, proprietário da Engeseg, empresa res- de pilares dentro da loja
e, como consequência, aumentou a velocidade ponsável pelo fornecimento e montagem da
de execução da etapa de montagem, reduzindo estrutura metálica.
também a necessidade de ligações a ser exe- O resultado atendeu tão bem às expecta-
cutadas no canteiro de obra. Todas as ligações tivas do cliente que, desde então, outras oito
foram parafusadas, tanto nas estruturas prin- lojas da rede já foram executadas com a solu-
cipais como nas secundárias. “Para essa obra, ção estrutural projetada pela Projesul. (G.C.) M

Fotos divulgação

ARQUITETURA&AÇO 37
INSPIRADO NA NATUREZA
Árvores de aço que remetem à paisagem do Pantanal marcam a identidade de shopping center

INAUGURADO NO SEGUNDO semestre de que remetem à natureza local. Os painéis das


2013, o shopping Bosque dos Ipês, em Campo fachadas, por exemplo, trazem tons e textu-
Grande (MS), foi pensado para ser um impor- ras que evocam os solos avermelhados típicos
tante centro de compras e lazer na cidade. O da região Centro-Oeste do país. Internamente,
empreendimento deveria apresentar, em seus os granitos utilizados no piso receberam dese-
58 mil m2 de área construída, características nhos com representações dos rios do Pantanal.
como formas contemporâneas, referências Muitas das estruturas verticais, especialmente
às riquezas naturais da região do Pantanal, os pilares em Y, lembram a forma de árvores.
além de uma operação eficiente garantida “A estratégia foi construir um ambiente
pela certificação de sustentabilidade LEED que seja um pano de fundo interessante para
(Leadership in Energy and Environmental a experiência do varejo”, explica o arquiteto
Design), na categoria Silver. Dan Freed, da RTKL. De acordo com o arqui-
O projeto, de autoria dos arquitetos do teto, outro objetivo almejado foi garantir
escritório norte-americano RTKL Associates transparência e dar ênfase à luz do dia e à
Cúpula metálica em formato
em parceria com o escritório local Madeira & iluminação noturna, daí as amplas superfí- de cone envidraçado cobre
Madeira, preservou valores caros a esse tipo cies envidraçadas, com destaque para as três um vão livre de 40 m,
tem pé-direito de 25 m e
de construção, como boa circulação e ótima cúpulas distribuídas sobre cada uma das pra-
é o ponto alto do projeto.
visibilidade às lojas. Ao mesmo tempo, bus- ças do centro de compras e claraboias nos Elemento está estruturado
cou imprimir personalidade com elementos corredores de circulação. sobre pilares de aço em Y
Árvores de aço

Fotos Divulgação/Globsteel
O centro comercial com cerca de 160 lojas foi
construído com dois pavimentos e distribui-
-se por três blocos conectados por uma praça
principal, posicionada sob uma cúpula de
vidro. Composta por um cone envidraçado,
skylight lateral e 16 claraboias, a cúpula cobre
um vão livre de 40 m, tem pé-direito de 25 m
e é o principal ponto de destaque do projeto.
O elemento é estruturado sobre pilares
em aço em formato de Y, e tem atirantamento
radial convergindo em um pivô central.
Em todo o conjunto, o projeto do Bosque dos
Ipês priorizou o uso de estruturas em aço para
atender a três condições objetivas: a necessi-
dade de reduzir o prazo de execução da obra,
o interesse em mitigar desperdícios para favo-
recer a obtenção do selo de construção verde e,
especialmente, para alcançar a plasticidade e
a esbelteza exigidas no projeto arquitetônico.
“A tradução do conceito da arquitetura para
a estrutura metálica resultou em um proje-
to com muitas variáveis geométricas e, por
consequência, em alguns desafios”, comenta
a arquiteta Tainá Marra Batista, da Globsteel,
empresa responsável pela execução da estru-
tura metálica.
Ela cita como exemplos os pilares das mar-
quises de entrada do shopping, que se parecem
com troncos de árvores. Para produzir essas
peças de seções não convencionais, foram uti- > Projeto arquitetônico:
lizados alguns métodos de caldeiraria. “As três Dan Freed – Callison RTKL
coberturas dos malls e dos acessos possuem > Área construída: 58 mil m²
formato paraboloide. Para a perfeita execução, > Aços empregados: chapas ASTM
foi preciso criar peças especiais em aço, que A-709 GR50W e perfis
possibilitaram a angulação da estrutura de laminados ASTM A572 GR50
sustentação dos vidros”, acrescenta Tainá. > Volume de aço: 400 t
Na etapa de projeto, também foi necessário > Projeto estrutural: RCM
um esforço conjunto para a compatibilização Estruturas Metálicas
de possíveis conflitos entre os componentes. > Estrutura de aço: Globsteel
“À medida que as estruturas metálicas eram pilares em formato arbóreo das fachadas norte Engenharia Ltda. e Multimetal
detalhadas, seguiam para aprovação do clien- e sul foram pré-montadas para a visualização Engenharia e Montagem de
te, que verificava possíveis interferências com antecipada de possíveis interferências. Estruturas Ltda.
outros sistemas – cobertura, fechamento, redes Além da cobertura, o aço está presente no > Construção: MPC
elétricas, ar-condicionado, vidros, entre outros”, Bosque dos Ipês em pergolados, fechamentos Engenharia Ltda.
conta a arquiteta. Além disso, as estruturas das laterais do átrio central, marquises, escadas, > Local: Campo Grande, MS
claraboias nos malls, as cúpulas, bem como os guarda-corpos e esquadrias. (J.N.) M > Conclusão da obra: 2014

ARQUITETURA&AÇO 39
LOGÍSTICA EFICAZ
Aço é aliado na construção de pontes na região Centro-Oeste do país

PARA APOIAR O CONTÍNUO crescimento Transpantaneira, localizada em uma região Ponte de 20 m de


do agronegócio, base da economia da região que alterna períodos de seca e de cheia ao extensão pesa cerca de
10 toneladas e tem seu
Centro-Oeste, é indispensável o investimento longo do ano. transporte favorecido em
em infraestrutura, especialmente na melho- A Bimetal foi a empresa contratada para função do uso do aço
ria das condições de transporte para facilitar o fornecimento da estrutura em aço das pon-
o acesso às novas fronteiras de produção e tes, com extensão variável entre 10 e 30 m.
para o escoamento da riqueza produzida. “Naquela região pantaneira, estruturas mais
O governo do Mato Grosso, de acordo leves – como as construídas em aço – trazem
com informações da Secretaria de Estadu- muitas vantagens, sobretudo no que se refe-
al de Infraestrutura, vem contratando obras re ao transporte”, explica Abner Vieira Mar-
como, por exemplo, a execução de 31 pontes tins, coordenador de engenharia da empresa.
de estrutura mista para substituir as antigas Segundo ele, o peso da estrutura metáli-
construções em madeira em um trecho de ca de uma ponte de 20 m de extensão é de
cerca 100 quilômetros na rodovia MT-060, a cerca de 10 toneladas, de forma que um único

Divulgação

40 ARQUITETURA&AÇO
Fotos divulgação

Estruturas mais leves e


em aço levam vantagem
sobre o concreto nas
regiões pantaneiras

caminhão pode entregar as peças para até malmente, utilizam-se lajes pré-moldadas ou > Projeto arquitetônico: Construtora
três pontes nos seus respectivos canteiros. “E maciças, mas a solução empregada garantiu Santa Lúcia Ltda. e Construtora HG3
isso em uma única viagem, o que barateia e agilidade e trouxe mais praticidade.” > Área construída: 2473,8 m²
acelera o processo”, conclui. Executadas as fundações, as longarinas (nas 31 pontes)
O solo instável da região pantaneira é e transversinas – que foram montadas em > Aço empregado: perfis e chapas
outro ponto que soma a favor das estruturas solo, em terreno próximo à obra – foram lan- estruturais ASTM A572 GR50 e
em aço, já que exige longarinas e transver- çadas com guindaste. “Uma vez posicionada parafusos de alta resistência
sinas mais leves na hora do lançamento. “O a estrutura sobre a mesoestrutura, colocadas ASTM A325
concreto protendido ou pré-moldado tem um as lajes steel deck e feitos os arremates, insta- > Volume de aço: 296 t
peso muito mais elevado, o que inviabiliza a laram-se as armações necessárias [armadura (nas 31 pontes)
operação”, explica Martins. de fissuração e de reforço], para combater os > Projeto estrutural: Bimetal
As pontes contratadas para a região momentos negativos da estrutura”, descreve Indústria Metalúrgica Ltda.
foram projetadas com fundações em concre- o engenheiro. Em seguida, o concreto foi lan- > Estrutura de aço: Bimetal
to, tabuleiros em steel deck com 20 cm de çado em segmentos, já que foram previstas Indústria Metalúrgica Ltda.
altura e conectores de cisalhamento do tipo U juntas de dilatação a cada 5 m e, por fim, o > Execução da obra: Construtora
dobrado. Longarinas em perfis soldados com nivelamento do tabuleiro com a pista foi feito Santa Lúcia Ltda. e Construtora HG3
chapas estruturais em aço e transversinas para que a ponte pudesse ser liberada. Entre > Local: Rodovia Transpantaneira
em perfis do tipo cantoneira laminada dis- a data de projeto e a execução, a obra levou MT-060, MT
postas em X e K também foram usadas. “Nor- menos de um ano para ficar pronta. (E.C.L.) M > Conclusão da obra: 2016

ARQUITETURA&AÇO 41
ESPECIAL: REFERÊNCIAS CRIATIVAS

EXPANSÃO
EVIDENTE
Em franco crescimento no mercado da região Centro-Oeste do país, o uso de estruturas em aço
tem conquistado cada vez mais adeptos entre os profissionais e empresários da construção civil,
por suas características e vantagens construtivas. A variedade de projetos residenciais, comerciais
e de infraestrutura que fazem uso do material comprova esta realidade. Para exemplificar, trazemos,
a seguir, uma diversificada seleção de casos emblemáticos já publicados em edições anteriores de
Arquitetura & Aço, os quais fazem bom uso do aço em sua concepção. Confira!

Joana França

Ponte JK, Brasília, DF


> Projeto arquitetônico: Alexandre Chan • Aço empregado: patinável de maior resistência à corrosão • Conclusão da obra: 2002
EDIÇÃO 42

Sinuosa e com três arcos estaiados, a Ponte JK, de autoria do arquiteto Alexandre Chan, sobre o lago Paranoá, em Brasília, liga o Setor
Habitacional Individual Sul ao Centro do Plano Piloto e serve de marco arquitetônico da cidade. Com 720 m de extensão por 24 m de
largura, conta com quase 14 mil toneladas de aço em sua composição. Os arcos diagonais cumprem a função de sustentar o tabuleiro
central por meio de estais formados por cordoalhas metálicas, e conferem um aspecto arrojado e artístico à obra, inaugurada em
2002. Segundo o arquiteto, a escolha do aço como material predominante possibilitou a utilização de chapas em dimensões especiais,
minimizando as perdas e viabilizando a padronização do projeto.

42 ARQUITETURA&AÇO
BRASÍLIA

Fotos divulgação
Fórum do Meio Ambiente do
Distrito Federal, Brasília, DF
> Projeto arquitetônico: Zanettini Arquitetura e Sandra Henriques,
TJDFT • Área construída: 6.282 m² • Conclusão da obra: 2011
EDIÇÃO 28

Elaborado pela Zanettini Arquitetura, em coautoria com a arquiteta


Sandra Henriques, do TJDFT, o Fórum do Meio Ambiente do Distrito
Federal, em Brasília, demorou dois anos para ficar pronto e teve sua
estrutura projetada em aço. O material foi importante para trazer
dinamismo à construção, reduzir o tempo de obra e minimizar o uso
de fôrmas e escoramentos. Nos 6.282 m² de área construída, cinco
pavimentos abrigam oito varas da Fazenda Pública. A estrutura em
aço é aparente, com lajes em steel deck. O projeto conta com telas
de sombreamento em aço inoxidável instaladas a 80 cm da fachada.
Por fim, há na cobertura, simultaneamente ao sistema ajardinado, a
presença de telhas metálicas zipadas simples, com 1 mm de espessura.

ARQUITETURA&AÇO 43
ESPECIAL: REFERÊNCIAS CRIATIVAS

Estádio Nacional de Brasília (Mané Garrincha), Brasília, DF


> Projeto arquitetônico: Castro Mello Arquitetos • Área construída: 214 mil m² • Conclusão da obra: 2013

Divulgação
EDIÇÃO 37

De autoria do escritório Castro Mello


Arquitetos, o Estádio Nacional de
Brasília, antigo Mané Garrincha, tem
capacidade para 71 mil pessoas e teve
sua cobertura projetada em aço com
a ajuda de 6,5 km de cabos metálicos.
A estrutura tensionada encontra-se
apoiada sobre três linhas concêntricas
com 288 pilares cilíndricos de concreto,
de 36 m de altura. Para o acabamento
de 90 mil m², na porção mais central,
uma membrana especial de PTFE
(politetrafluoretileno), além de placas
de aço, concreto e vidro foram usados.
O aço inoxidável marca presença nos
peitoris da arquibancada, gradis e perfis
de fixação dos vidros de segurança.

Aeroporto Internacional de Brasília, Brasília, DF


> Projeto arquitetônico: Sérgio Roberto Parada • Ampliação: Corporación América e Engevix • Área construída: 110 mil m² •
Conclusão da obra: 2014 (última expansão)
Fotos cedidas por CPC ESTRUTURAS

EDIÇÃO 45

O aeroporto de Brasília é um dos três maiores


do país, com trânsito de 17,5 milhões de
passageiros em 2016. Para atender a esta
demanda, a utilização do aço foi essencial,
possibilitando a execução de grandes obras de
modernização e ampliação, sempre mantendo
o aeroporto em pleno funcionamento.
Inicialmente, o projeto do arquiteto Sérgio
Parada, executado a partir de 1990, conferiu
ao terminal a sua forma atual e promoveu uma
grande transformação, envolvendo o uso de
2.200 toneladas de aço. Já na última expansão,
conduzida pela Corporación América e
Engevix, o aço novamente aparece em grande
destaque, com consumo de 5.200 toneladas do
material. "Tínhamos 18 meses para executar
o projeto. Como também precisávamos vencer
grandes vãos, optamos pela solução que fazia
o uso de peças mais leves e com menores
dimensões, além da rapidez na execução",
explica a Inframerica, empresa que administra
o aeroporto.

44 ARQUITETURA&AÇO
BRASÍLIA

Sede Nacional Sebrae, Brasília, DF


> Projeto arquitetônico: Alvaro Puntoni, Luciano Margotto, João Sodré e Jonathan
Davies • Área construída: 25 mil m² • Conclusão da obra: 2010
EDIÇÃO 28

Com 25 mil m² distribuídos em seis pavimentos, incluindo dois subsolos, a Sede Nacional do Sebrae em Brasília (DF) adota
soluções mistas em concreto e aço em sua estrutura. “Sem o aço, seria impossível chegar a esse tipo de configuração”,
diz Luciano Margotto, da República Arquitetura. Ao todo, 550 toneladas de aço foram utilizadas no projeto. O pavimento
de escritórios conta com duas treliças longitudinais espaçadas 18 m entre si e apoiadas em pórticos transversais, com
modulação de 7,5 m. As treliças, vinculadas às empenas laterais, estão apoiadas a cada 15 m em pilares de concreto, que
saem dos níveis inferiores. O aço é destaque na fachada, onde chapas perfuradas protegem a edificação da iluminação direta
e ajudam a controlar a temperatura interna do edifício. O material também surge na cobertura do pátio, com duas vigas-
-vagão e vigamento secundário: as primeiras têm 3,6 m de altura e vencem o vão principal de 36 m de comprimento.

Fotos Nelson Kon

Casa pré-fabricada em aço, Brasília, DF


> Projeto arquitetônico: Sérgio Roberto Parada Arquitetos Associados • Área construída: 400 m² • Conclusão da obra: 2013
Edgard Cesar/divulgação
EDIÇÃO 42

Projetada pelo arquiteto Sérgio Roberto


Parada, a casa pré-fabricada foi idealizada
em aço, com fechamentos em vidro e painéis
industrializados. Na construção, os conceitos
da pré-fabricação e da sustentabilidade são
evidentes, podendo a mesma ser montada e
desmontada com completo aproveitamento
dos seus componentes. Para a vedação de
paredes, assim como o suporte dos pisos,
foram adotados painéis sanduíches com duas
placas cimentícias. As estruturas em aço
utilizadas somam 27,6 toneladas do material.

ARQUITETURA&AÇO 45
ESPECIAL: REFERÊNCIAS CRIATIVAS

Centro de Distribuição Pague Menos, Hidrolândia, GO


> Projeto arquitetônico: LDBW – Luiz Deusdara Building Workshop • Área construída: 19.856 m² • Conclusão da obra: 2013

Fotos Marko/divulgação
EDIÇÃO 44

Totalmente desmontável, o centro de distribuição da rede Pague Menos, em Hidrolândia (GO), foi concebido
com estruturas e fechamentos em aço."Optamos pela solução metálica porque queríamos que o edifício
fosse inteiramente reciclável e, também, que ficasse pronto em um ano", explica o arquiteto Luiz Deusdara,
do escritório LDBW – Luiz Deusdara Building Workshop. O centro de distribuição tem pé-direito de 12,2 m.
Os pilares de aço, em perfis I, foram distribuídos conforme a modulação projetada, contemplando vãos de
até 28 m. "Queríamos o mínimo possível de pilares para garantir a distribuição mais eficaz dos corredores
de abastecimento", explica Deusdara. Ao todo, 867 toneladas de aço galvanizado foram usadas no projeto.

Agências Caixa, Posse, GO


> Projeto arquitetônico: Fox Engenharia • Área construída: 640 m² • Conclusão da obra: 2012
Fotos Divulgação

EDIÇÃO 42

Com uma área útil de 640 m2, a agência da Caixa


Econômica Federal no município de Posse (GO), a
400 km de Brasília, levou apenas 60 dias para ficar
pronta. A rapidez na execução do projeto se deu pelo
sistema construtivo empregado, o light steel frame,
composto por perfis leves conformados a frio em aço
galvanizado, cujas paredes estruturais suportam o
peso da cobertura dispensando o uso de pilares e vigas.
Na agência, junto às paredes, foram instaladas treliças
verticais a cada 6 m para ajudar no contraventamento.
As paredes e tesouras são formadas por perfis U
enrijecidos, em aço, com espessuras que variam
entre 0,80, 0,95 e 1,25 mm. No total, são 12 m de vão
livre para a estrutura das tesouras, com 85 kg de
sobrecarga sobre elas, e paredes com 5 m de altura. A
altura máxima da agência chega a 7 m. Paredes, laje
e cobertura são constituídas com os mesmos perfis.

46 ARQUITETURA&AÇO
GOIÁS

Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO


> Projeto arquitetônico: Fernando Simon e Suzy Simon • Área construída: 2.800 m² • Conclusão da obra: 2010

EDIÇÃO 29
Para oferecer atividades como música, dança, artes
cênicas, artes plásticas e oficinas experimentais
à comunidade universitária, o Centro Cultural da
Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia (GO),
passou por uma revitalização em 2010, na qual o aço
teve um importante papel. Dele, a estrutura original
em concreto pré-moldado e alvenaria cerâmica foi
mantida, mas novas estruturas metálicas foram
planejadas para as fachadas, mezaninos, passarelas,
forros, painéis e demais instalações. O conjunto é
formado por cubos diagonais inseridos nas laterais
de um prisma retangular apoiado no solo. “Temos
um cubo vermelho, um amarelo e um prisma
retangular com envelopamento metálico cinza”,
Helio Sperandio

afirma o arquiteto Fernando Simon. O sistema tem


fechamento com telhas em aço , evidenciando a
volumetria simples do conjunto.

Escultura em aço na Praça Latif Sebba, Goiânia, GO


> Projeto arquitetônico: Marco Antônio Amaral • Aço empregado: patinável de maior resistência
à corrosão • Conclusão da obra: 2007
EDIÇÃO 14

Implantada na Praça Latif Sebba, a Praça


do Ratinho, a escultura projetada pelo
arquiteto Marco Antônio Amaral foi feita
com perfis formados a frio revestidos com
chapas metálicas perfuradas. Seus três
elementos em forma de lança apontam
para diferentes sentidos – Leste, Sul e
Oeste – em uma referência às direções do
crescimento da cidade. Na obra, que pesa
20 toneladas e mede 56 m de altura, cada
uma das torres pontiagudas se apoia em
outras duas, em intersecção. A opção pelo
aço veio, em grande parte, para reduzir
o transtorno nas vias públicas durante a
obra. Contando com a escavação, a fase
mais trabalhosa, toda a execução pôde
ser realizada em apenas 120 dias. Para
Amaral, porém, as questões estéticas
também foram decisivas na escolha do
material: “o aço possibilitou a criação de
Divulgação

efeitos visuais distintos, de acordo com o


período do dia”.

ARQUITETURA&AÇO 47
ESPECIAL: REFERÊNCIAS CRIATIVAS

MATO GROSSO

Arena Pantanal, Cuiabá, MT


> Projeto arquitetônico: GCP Arquitetos e Grupo Stadia • Área construída: 77 mil m² • Conclusão da obra: 2014

EDIÇÃO 37
A Arena Pantanal, de Cuiabá (MT), foi projetada para receber
apresentações esportivas, culturais e de entretenimento. Seus
autores, o GCP Arquitetos e Grupo Stadia, realizaram o projeto em
parceria com o escritório alemão GMP Architekten, especializado
em arquitetura esportiva para atender, principalmente, à Copa do
Mundo. Segundo o arquiteto Sérgio Coelho, da GCP Arquitetos,
o aço foi escolhido em razão das suas possibilidades estéticas
e por permitir a flexibilização de capacidade no estádio. “O aço
presente na cobertura metálica proporcionou leveza ao projeto.
A flexibilização da capacidade, de 44 mil lugares, para 30 mil
lugares, também foi um diferencial”, diz Coelho. Na Arena, as
arquibancadas são divididas em quatro módulos independentes,
com estruturas em aço revestidas com membranas perfura-
das, que podem ser parcialmente desmontadas para serem
reaproveitadas em outros locais.

Fotos Assessoria Secitec

48 ARQUITETURA&AÇO
MATO GROSSO DO SUL

Aquário do Pantanal, Campo Grande, MS


> Projeto arquitetônico: Ruy Ohtake Arquitetura e Urbanismo • Área construída: 17 mil m² • Conclusão da obra: 2015

Fotos Flávio D'Alambert


EDIÇÃO 42

Dentro do Parque das Nações Indígenas, o


Cepric (Centro de Pesquisa e Reabilitação
da Ictiofauna), mais conhecido como
Aquário do Pantanal, foi projetado pelo
arquiteto Ruy Ohtake em aço e conta com
16 grandes aquários em seu interior,
além de outros seis na área externa.
Elíptico e alongado, o volume abriga,
ainda, o lobby principal além de auditórios,
instalações administrativas e espaço para
eventos. Sobre a opção pelo aço, Ohtake
comenta: “Havia uma preocupação com a
sustentabilidade, desde a especificação
dos materiais e, também, com aspectos
como o reuso adequado de água e a
redução do consumo de energia”. No
projeto, 500 toneladas de aço foram
usadas. Fechamentos em painéis
metálicos também foram adotados nas
extremidades. A parte central, entretanto,
permaneceu translúcida com vidros.

ARQUITETURA&AÇO 49
FUNCIONAL E SUSTENTÁVEL
Academia projetada em aço agrega visual moderno
às instalações do clube de engenheiros em Goiânia

Conferir um layout moderno a um espaço dedi- “O cliente solicitou uma modificação que se
cado a atividades físicas e ainda executá-lo em integrasse à arquitetura atual a partir de sis-
um curto prazo foi o desafio da arquiteta Patrícia temas construtivos modernos, sustentáveis e
Domingues Ferreira da Silva ao idealizar a nova que valorizassem a beleza do local. A execução
academia do Clube de Engenharia de Goiás, em também deveria ser rápida, limpa e não causar
Goiânia (GO). A instalação, que funciona como transtornos. Foi assim que chegamos ao aço”,
uma extensão da área já existente no clube para conta Patrícia. A escolha pelo material teria se
a prática de exercícios físicos, começou a ser dado também em função de outras propriedades,
construída em maio e, em função das exigências como durabilidade e versatilidade em casos de
do cliente por uma obra limpa e rápida, está adaptações ou requalificação do espaço. Além
sendo executada totalmente em aço. da estrutura em aço, a obra receberá revesti-

> Projeto arquitetônico:


Patrícia Domingues Ferreira
da Silva
> Área construída: 197,41 m²
(prédio principal) e 28,56 m²
(passarela)
> Aço empregado: cantonei-
ras, perfis formados a frio
ASTM A36; laminados ASTM
A572 GR50 e parafusos
galvanizados ASTM A325
e ASTM A307
> Volume de aço: 14 t
> Projeto estrutural: Irontec
Construção Metálica Ltda.
> Fornecimento da estrutura
de aço: Irontec Construção
Metálica Ltda.
> Execução da obra: Irontec
Construção Metálica Ltda.
Divulgação

> Local: Goiânia, GO


> Conclusão da obra: 2018

50 ARQUITETURA&AÇO
ACONTECE
Divulgação

Fotos divulgação

“Com o aço,
conseguimos
executar um
projeto moderno,
mento em vidro laminado e cobertura curva rejuvenescer o layout do clube, optou-se por
em telha termoacústica. “Temos perfis em aço um desenho contemporâneo, de visual arrojado
sustentável e
leve. Também
nos pórticos e pilares, nas peças de até 9 m
para as vigas e nas estruturas que farão a
sustentação dos vidros. A cobertura também
será metálica e termoacústica, com telhas em
aço pré-pintado e cartolas separadoras para
instalação de midfelt do tipo poliéster”, detalha
o engenheiro Cezar Valmor Mortari, da Irontec
e com materiais que trouxessem um apelo sus-
tentável para que a obra possa obter, no futuro,
a certificação LEED”, diz Mortari.
Apesar de seguir sem entraves na execução
até esse momento, o projeto precisou passar
por algumas alterações para atender às novas
solicitações do cliente. “A princípio, a fachada

garantimos uma
obra limpa e
agilidade na
execução
Construção Metálica Ltda., que responde pela não teria elementos curvos, mas, quando soli-
execução do projeto. citaram um acréscimo no pé-direito, optamos
De acordo com o engenheiro, a estrutura pela execução de um elemento curvo não só
da academia consiste, basicamente, em um para ampliar o espaço, mas, também, para
reticulado de pórticos engastados concebidos trazer mais harmonia à concepção”, explica a
para ficarem à vista. “Como a intenção era arquiteta. (E.Q.)

ARQUITETURA&AÇO 51
CONTATOS

>E
 SCRITÓRIOS Patrícia Domingues Kurkdjian & Fruchtengarten Globsteel Engenharia Ltda. Construtora HG3 Eireli
DE ARQUITETURA Ferreira da Silva Engenheiros Associados S/S Ltda. www.globsteel.com.br www.construtorahg3.com.br
patricia@tciconstrutora.com.br www.kfprojetos.com.br
Arqprojet Arquitetura & Irontec Construção Metálica Ltda. Construtora Santa Lúcia Ltda.
Planejamento Ltda. Rachel Fechina Marco Pedroza e Marco www.irontec.com.br engenheiro@santalucialtda.com.br
arqprojet@terra.com.br fechinaarquiteta@gmail.com Aurélio Ribeiro
www.mettaeng.com.br Pedra Grande Engenharia Ltda. Dan Hebert Engenharia S.A.
CDC Arquitetos Rede Atacadão www.pedragrandeeng.com.br www.danhebert.com.br
apcordeiro@cdca.com.br www.atacadao.com.br MK Estruturas Metálica Ltda.
www.mkestruturasmetalicas.com.br Medabil Sistemas Globsteel Engenharia Ltda.
CoDA Arquitetos Ruy Ohtake Construtivos S.A. www.globsteel.com.br
www.coda.arq.br www.ruyohtake.com.br Multimetal Engenharia www.medabil.com.br
de Estruturas HTB Engenharia e Construção
Concessionária Rota do Oeste >P
 ROJETO ESTRUTURAL www.multimetal.com.br Metta Construções www.htb.eng.br
www.odebrecht.com Tecnológicas Ltda.
Beton Stahl Projesul Soluções em www.mettaeng.com.br Irontec Construção Metálica Ltda.
Construtora HG3 Eireli www.betonstahl.com.br Estrutura Metálica www.irontec.com.br
www.construtorahg3.com.br www.projesul.com Multimetal Engenharia e
Bimetal Indústria Montagem de Estruturas Ltda. Lotufo Engenharia e Construções
Construtora Santa Lúcia Ltda. Metalúrgica Ltda. RCM Estruturas Metálicas www.multimetal.com.br Ltda.
engenheiro@santalucialtda.com.br www.bimetal.eng.br rcm@rcmproj.com.br www.lotufoengenharia.com.br

Dan Freed – Callison RTKL Colmeia Consultoria e > ESTRUTURA METÁLICA > EXECUÇÃO DA OBRA Medabil Sistemas Construtivos S.A.
www.rtkl.com Projetos Ltda. www.medabil.com.br
www.colmeia.com.br Bimetal Indústria Âncora Engenharia Ltda.
Griffe Arquitetura Ltda. Metalúrgica Ltda. www.ancoraengenharia.com.br MPC Engenharia Ltda.
www.griffearquitetura.com.br Ernesto Tarnockzy www.bimetal.eng.br www.mpc-eng.com.br
etj@uol.com.br Conenge Construções e
Kruchin Arquitetura CPC Estruturas Engenharia Ltda. Orca Construtora Ltda.
www.kruchin.arq.br Ferenge Soluções em www.cpcestruturas.com.br www.conenge.com www.grupoorca.net
Estruturas Metálicas
Mira Arquitetos www.ferenge.com.br Dagnese Estruturas Metálicas Construtora Costa Feitosa Ltda. Soltec Engenharia Ltda.
www.miraarquitetos.com.br www.dagnese.com.br www.costafeitosa.com.br www.soltecengenharia.com.br
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Metálica Ltda. Engeseg Estrutural Ltda. Toctao Engenharia Ltda.
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Agradecemos a todos aqueles que contribuiram para a produção desta edição, fornecendo imagens, informações e comentários sobre as obras publicadas e os processos construtivos.

NÚMEROS ANTERIORES
Os números anteriores da revista Arquitetura & Aço estão disponíveis para download na área de biblioteca do site: www.cbca-acobrasil.org.br

A&A nº 01 - Edifícios Educacionais A&A nº 19 - Residências II A&A nº 34 - Shopping Centers


A&A nº 02 - Edifícios de Múltiplos Andares A&A nº 20 - Indústrias II A&A nº 35 - Hospitais e Edificações para a Saúde
A&A nº 03 - Terminais de Passageiros A&A Especial - Copa do Mundo 2014 A&A nº 36 - Pontes e passarelas
A&A nº 04 - Shopping Centers e Centros Comerciais A&A nº 21 - Aeroportos A&A nº 37 - Estádios da Copa 2014
A&A nº 05 - Pontes e Passarelas A&A nº 22 - Copa 2010 A&A nº 38 - Mobilidade Urbana
A&A nº 06 - Residências A&A nº 23 - Habitações de Interesse Social A&A nº 39 - Varandas, Mezaninos e Escadas
A&A nº 07 - Hospitais e Clínicas A&A nº 24 - Metrô A&A nº 40 - Residências
A&A nº 08 - Indústrias A&A nº 25 - Instituições de Ensino III A&A nº 41 - Centros de Pesquisa e Tecnologia
A&A nº 09 - Edificações para o Esporte A&A nº 26 - Mobilidade Urbana A&A nº 42 - Especial 10 anos
A&A nº 10 - Instalações Comerciais A&A nº 27 - Soluções Rápidas A&A nº 43 - Edifícios Multiandares
A&A nº 11 - Retrofit e Outras Intervenções A&A nº 28 - Edifícios Corporativos A&A nº 44 - Centros de Distribuição e Logística
A&A nº 12 - Lazer e Cultura A&A Especial - E stação Intermodal de Transporte A&A nº 45 - Aeroportos
A&A nº 13 - Edifícios de Múltiplos Andares Terrestre de Passageiros A&A nº 46 - Jogos Olímpicos Rio 2016
A&A nº 14 - Equipamentos Urbanos A&A nº 29 - Lazer e Cultura A&A nº 47 - Light Steel Framing
A&A nº 15 - Marquises e Escadas A&A nº 30 - Construção Sustentável A&A nº 48 - Porto Maravilha
A&A nº 16 - Coberturas A&A nº 31 - Construções para Olimpíadas A&A nº 49 - Região Nordeste
A&A nº 17 - Instituições de Ensino II A&A nº 32 - Instalações Comerciais II A&A nº 50 - Região Centro-Oeste
A&A nº 18 - Envelope A&A nº 33 - Hotéis

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