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Pós-modernidade

LYOTARD, Jean-François (2008). A condição pós-moderna. 10. ed. Rio de Janeiro, José Olympio.

Jean-François Lyotard nasceu a 10 de agosto de 1924 e morreu em 21 de abril de 1988 em Paris. O


filósofo francês foi um dos mais importantes pensadores na discussão sobre a pós-modernidade. É
autor de livros como: A Fenomenologia, A Condição Pós-Moderna e O Inumano. Vejamos
especificamente sobre o livro ‘A condição pós-moderna’.
O livro ‘A condição pós-moderna’ foi escrito em 1970. Ele trabalha com a modificação do estatuto
do saber científico datado da década 1950, período no qual se começou a denominar de período
‘pós-industrial’. ‘A condição pós-moderna’ traz como tema central a questão epistemológica
abordando temas ligados aos problemas ligados à informática como argumentos subsidiários de
reforço a seus argumentos.
A obra toma como premissa o tema da modernidade e dois relatos de legitimação do saber. A)
‘relato de emancipação’ e B) ‘relato especulativo’.
O primeiro tem origem no Iluminismo e teve críticas iniciais ao longo do governo de Napoleão. Por
meio desse relato se defende que o saber se legitima como instrumento para que a nação possa
alcançar dignidade, autonomia e liberdade. Portanto se estabelece uma relação em que, “o
conhecimento é o meio” enquanto “Estado e sociedade são os fins”.
De acordo com Lyotard, o conhecimento especulativo é um ‘saber dos saberes’. Lyotard então se
debruça sobre a questão da legitimação do saber. Para o pensador francês, o conhecimento não se
legitima por ajudar o povo a encontrar liberdade, dignidade, autonomia. Ao contrário, o saber se
legitima em si porque ele é o saber dos saberes, portanto ele em si é o suficiente para compreende o
que é: Estado? Sociedade? Povo? Verdade? Autonomia? etc.
Lyotard defende a tese de que os dois relatos, tanto emancipação como especulativo, faliram e
argumenta acerca das causa que proporcionaram a falência dos mesmos, vejamos:
A crise do ‘relato de emancipação’ se deu pela diferenciação entre ‘denotação’ e ‘prescrição’. Mas
o que seria esse jogo denotativo ou o jogo de linguagem cognitiva?
O ‘jogo denotativo’ diz o que é, por exemplo: ‘isto é um lápis’. Isso segundo Lyotard isso é fazer
ciência. A crise do ‘relato especulativo’ estabelece requisitos para determinar o que é ou não
ciência. Se esse relato diz ‘isso é um lápis’ ele também é responsável por dizer ‘isso é ciência’, ‘isso
é ideologia’ etc.
No ‘jogo prescritivo’ ou o jogo de linguagem prática ele diz o que deve ser feito com relação ao
lápis, por exemplo: “devemos apontá-lo”. “usá-lo para escrever” etc. Lyotard argumenta que, em
especial no ‘jogo prescritivo’, não cabe a ciência uma busca por um ideal ético.
A crise do ‘relato especulativo’ estabelece requisitos para determinar o que é ou não ciência, mas ao
fazê-lo ela coloca a própria ciência em crise ou em cheque mate. E por que isso acontece?
Para Lyotard, se a ciência não cumprir seus requisitos ela não é legítima. Por sua vez, se ela cumpre
os requisitos, ela cumpre os requisitos de um relato (de um relato especulativo ou prescritivo),
portanto e isso é uma narrativa e ciência.
Outra confusão apontada por Lyotard é a distinção entre ciência e técnica. Ele então ressalta que a
Ciência é o ‘jogo denotativo’ que busca a verdade. A Técnica, por sua vez, compreende o jogo
técnico procedimental que busca e persegui a eficiência.
Quando ocorre a mistura entre saber e técnica, a ciência passa a ser reconhecida por produzir
resultados. Perceba que uma diz o que é enquanto a outra diz as etapas a ser perseguida, os
procedimentos. Quando saber e técnica são introjetados no mercado, esse amálgama se torna força
produtiva na forma de máquinas, equipamentos científicos, tecnológicos etc.
François Lyotard argumenta que isso não é legítimo, por que representam relatos diferentes.
Diálogos e interfaces do livro:
Mike Featherstone (no livro ‘cultura de consumo e pós-modernismo’, p. 111) cita Lyotard para
definir o pós moderno, vejamos:
“O pós moderno não é o modernismo em seu final, mas no estado nascente e constante” (Lyotard,
1984, p. 72).
Ainda de acordo com Mike Featherstone, Lyotard está se referindo nesse momento ao modernismo
artístico e para tal adota uma perspectiva Kantiana sobre a pós-modernidade. Ao que parece
Lyotard, ao tomar essa postura, adota ao seu pensamento a ideia de subjetivação do mundo, isso
significa que tudo é subjetivado e ao mesmo tempo humanizado. Por esse viés a própria verdade
seria também subjetiva. E esse parece ser o cerne dos tempos hodiernos.
O que seria então a pós-modernidade segundo o próprio Jean-François Lyotard?
A pós-modernidade é a crise da ideia na filosofia como construtora de verdades. Nesse sentido a
filosofia deixa de ser pensada como produtora de paradigmas, decorre daí a crise de utopias. Isso
significa o abandono de projetos ou de modelos, e sua inviabilidade se daria pela não existência de
universalidades.
De acordo com Lyotard nós vivemos um tempo onde:
A – “Relativismo”: tudo é relativo: vivemos uma crise das certezas. A sua verdade é tão somente
sua;
B – “Subjetivismo”: Como consequência, se tudo é relativo, sua verdade é somente sua, temos aí
um subjetivismo.
C – “Individualismo”: se tudo é relativo e ao mesmo tempo subjetivo, como consequência, cada
pessoa busca sua felicidade do modo que melhor lhe convir. Sim, ao que parece estamos assistindo
a uma proposta de retorno ao hedonismo.
Esse retorno ao hedonismo estaria fundamentado nas leituras e recuperação que os pós modernos
fizeram acerca Nietzsche. Para o filósofo alemão, no período clássico o homem esteve na
encruzilhada entre Apolo e Dionísio e, erroneamente, escolheu a Apolo. Erroneamente pois essa
escolha desembocou, segundo Nietzsche em uma moral religiosa que desencoraja os fortes e
enaltece os fracos.
A proposta pós-moderna compreende dois elementos
1 – ‘Bom’ e ‘Mau’ sendo substituído pelo ‘Belo’ e ‘Feio’;
2 – a ‘ética’ sendo substituída pela ‘estética’
Diálogos e interfaces do livro:
Lembremo-nos que os laços que unem as pessoas no debate das “Tribos Urbanas” de Michel
Maffesoli, são laços estéticos e não são políticos.
Ainda de acordo com o Michel Maffesoli nas comunidades tradicionais modernas, regidas por uma
“ética”, a convivência se dá por laços políticos e religiosos. Por sua vez, nas comunidades pós-
modernas esse elo ocorre pela “estética” e o convívio se dá corpo através da moda, do fitness, os
produtos manipuláveis etc.
Em Bauman os laços éticos constituem “comunidades”, enquanto os laços estéticos constituem
“redes” de convivência, de convívio.
Diante do relativismo, subjetivismo e individualismo, a característica central da pós-modernidade
seria fracasso da filosofia em produzir paradigmas universais. Isso ocorre principalmente pela
impossibilidade de se produzir histórias universais, que atravessem todas as sociedades. A isso
iremos denominar de fim das meta-narrativas e o foco principal de parece ser Marx.
Marx ao analisar a sociedade capitalista, desenvolve através do método diacrônico e busca
compreender o capitalismo através de um período de longuíssima duração. Os diferentes períodos
históricos serão explicados através do Marx denominou de “modos de produção”. Esses modos se
estendem da caça e coleta, passam pelo escravismo das sociedades hidráulicas, feudalismo
capitalismo. Marx ao decompor seu trabalho ele o apresenta como a sociedade foi ao longo dos
séculos para projetar o que ela pode vir a ser, a saber, o socialismo utópico científico.

Na visão pós moderna, a emancipação moderna parece ter sequestrado a subjetividade. Essa
situação pode de crítica ao projeto de emancipação moderna pode-se traduzir na seguinte frase:
- “Não basta amar o outro é preciso que o outro me sinta amado”.
O que os pós modernos estão alertando é para o que pode ser chamado de “sequestro da
subjetividade”. Aí cabem as perguntas:
1 – Esse projeto de emancipação do qual eu participo é mesmo meu ou eu sou refém do desejo de
outro?
2 – nesse debate eu sou sujeito ou predicado?
Poderíamos então refletir se, esse sujeito relativista, subjetivo e individual, ao adotar para si as
praticas hedonistas, orientados por uma estética e abandonando a orientação ética, estaria sim se
libertando de orientações intelectuais, partidárias etc. e passando sim, a ele ser o sujeito da ação?
Pós-modernidade
HARVEY, David. (2002). Condição pós-moderna. 11. ed. São Paulo, Loyola.
David Harvey é um geógrafo britânico, de formação marxista. Professor de diversas universidades
norte-americanas, Harvey tem como preocupação as pesquisas sobre as novas formas de
manifestações capitalistas. Harvey tem se debruçado de modo particular sobre o estudo das cidades
e de como as implicações econômicas, têm recaído sobre a arquitetura das cidades.
O livro Condição Pós-Moderna é o seu terceiro livro de Harvey traduzido para o português e
lançado no Brasil. Ele está dividido em quatro partes.
a) Parte I, “A Passagem da Modernidade à Pós-Modernidade na Cultura Contemporânea”;
b) Parte II, “A Transformação Político-Econômica do Capitalismo do Final do séc. XX”;
c) Parte III, “A experiências do espaço e do tempo”;
d) Parte IV, “A condição pós-moderna”.
Condição Pós-Moderna é uma obra na qual se apresenta uma análise pautada na condição histórico-
geográfico do significado dialético acerca da arte, arquitetura, filosofia dos tempos hodiernos. Os
tempos pós modernos, por assim dizer, surgem nos idos de 1968 a 1972. Esses novos tempos são
caracterizados pelo rompimento com as ideias modernas no urbanismo, na tecnologia e na
arquitetura diferenciada.
O Livro Condição Pós-Moderna inicia-se pela relevância do tema, para isso Harvey argumenta
sobre a contemporaneidade dos debates nos quais circundam temas como espaço urbano, arte,
publicidade etc. Entre as páginas 22, 23 Harvey alerta acerca da incompletude do projeto de
emancipação iluministas e que esse teria desembocado nos ideias científicos de domínio da
natureza, com uma ciência objetiva, uma arte autônoma etc. O iluminismo trazia em si uma ideia de
progresso, lembremo-nos por exemplo do ‘otimismo iluminista’, que consistia na crença da saída da
menor idade para a maior idade (Vivian Schelling. “A presença do povo na cultura brasileira:
ensaio sobre o pensamento de Mário de Andrade e Paulo Freire”).
“O projeto iluminista abraçou a idéia de progresso e buscou ativamente a ruptura com a história e a
tradição esposada pela modernidade” (HARVEY, 2002, p. 23). Mas o século XX demonstrou a
impossibilidade desse progresso linear. As guerras mundiais, decorrente de teorias positivistas que
desembocaram em eugenia, levantaram a “suspueita de que o projeto do Iluminismo estava fadado a
voltar-se contra si mesmo e transformar a busca de emancipação humana num sistema de opressão
universal em nome da libertação humana” (HARVEY, 2002, p. 23).
Harvey salienta que mesmo no ápice do Iluminismo, pensadores como Rousseau que era iluminista,
< nada de modo contrário ao progresso Iluminista, ao se atrelar ao passado livre e heroico,
romântico, do cavaleiro medieval > (Grifo nosso). Para Harvey, “a humanidade vai ter de ser
forçada a ser livre, disse Rousseau; [...]. Francis Bacon, um dos percussores do pensamento
iluminista, concebeu em seu tratado utópico Nova Atlântida uma casa de sábios que seriam
guardiães do conhecimento, os juízes éticos e os verdadeiros cientistas, [...], eles exerceriam sobre
esta (a comunidade) uma extraordinária força moral” (HARVEY, 2002, p. 24).
Nietzsche foi quem radicalizou submergindo no argumento inverso ao que era proposto pelo
Iluminismo. Para Nietzsche o projeto iluminista podia ser traduzido em uma “energia vital, a
vontade de viver e de poder, nadando num mar de desordem, anarquia, destruição, alienação
individual e desespero” (HARVEY, 2002, p. 25).
Na página 28 o autor assinala para o que Kant propôs: a estética tem um juízo que age
independentemente da razão prática, entenda-se juízo moral e da compreensão científica, mas que
essa, a estética, constitui um elo problemático entre juízo moral e ciência. Harvey relata que “o
modernismo só podia falar do eterno ao congelar o tempo e todas as suas qualidades transitórias”
(p. 30), essa é uma passagem interessante por que o IPHAN, por exemplo, foi criado em 1937 e,
dessa data até 2001, travaram-se fortes discussões acerca do patrimônio imaterial <grifo nosso>.
No bojo dessas discussões discutia-se como conservar o imaterial? Lembre-se que falar do eterno é
congelar o tempo e suas qualidades transitórias ou que em si já me parece problemático pois se é
transitório não pode estar congelado (confesso que não entendi). Mas um debate que se tinha no
IPHAN era: a) de como tombar uma quadrilha junina? Se essa acrescentar um passo ou modificar a
indumentária, deixaria de ser quadrilha junina, já que no livro de Tombo ela não está registrada
desse jeito. b) e uma música? Uma música é um registro auditivo. Classificar-se-ia o disco, não
porque isso é um objeto e não uma música. Então seria plausível registrar a partitura? Também não
pois a partitura é representação gráfica da música e não a música em si. <grifo nosso>. Todo esse
debate no sentido da apropriação dos atores sociais e de “mercadificação e comercialização de
produtos culturais” (p. 31)
Na parte II Harvey irá se ater às novas dinâmicas do capital, especialmente a partir dos anos 70.
Através de diversos gráficos o autor alerta para a transição do modelo fordista-tylorista para o
modelo assim denominado de acumulação flexível.
A acumulação flexível refere-se a uma nomeclatura de um modelo produtivo desenvolvido na
fabrica da Toyota, no Japão, na década de 50. Ela remete a setores produtivos inteiramente novos,
com a introdução de novas maneiras de fornecimento de serviços financeiros, de mercados e de
taxas de no que tange a inovação comercial, tecnológica e organizacional (HARVEY, 2002)
Harvey apresenta um conceito importante que é o da “Compressão Tempo-espaço” e os
desdobramentos dessa realidade. Na Compressão tempo-espaço Harvey salienta para a importância
da tecnologia como um mecanismo que veio dinamizar a comunicação. Ele usa uma imagem de
uma propaganda e mostra como o mesmo trajeto que durava meses a ser percorrido, com o advento
da máquina a vapor irá durar dias, com o avião teremos algumas horas e se pensarmos hoje com a
internet, essa distancia pode ser percorrida em segundos. Harvey vê nesse dinamismo uma
possibilidade de maior circulação de pessoas, mercadorias e capital.
Diálogos e interfaces
É interessante perceber como esse fenômeno foi incorporado por diversos autores preocupados cada
um com suas temáticas. O Stuart Hall, no livro “A identidade cultural na pós-modernidade” irá falar
sobre a compressão tempo-espaço como algo que aproxima as culturas, permitindo um dialogo
muito mais rápido.
 Considerações finais
A condição pós moderna é acima de tudo uma condição espaço-temporal de reflexão acerca de como os
paradigmas construídos, em especial na filosofia com o Lyotard, mas não só, inclua-se aí a arquitetura, o
urbanismo, a tecnologia etc. Nesse modelo assisti-se ainda a uma reestruturação produtiva no que tange a
produção, distribuição e consumo, especialmente dinamizados com o processo de aceleração das
comunicações. Esse momento também fica marcado pelas criticas de gastos excessivos do Estado e de
apresentação de um modelo neoliberal, inicialmente na Inglaterra com Margaret Thatcher e nos Estados
Unidos com Ronald Reagan.

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