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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE QUIXADÁ - UNICATÓLICA

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA DE DIREITO CIVIL IV (DAS COISAS)

PROF. ME. SANDRO NOVAIS (sandronovais@unicatolicaquixada.edu.br)

Nota de aula 03

Unidade III – Propriedade

3.1 Noções gerais

3.1.1 Análise histórica da propriedade

No Período Romano, a propriedade coletiva foi dando lugar à individual;


Na Idade Média, havia distinção entre os fundos nobres e os do povo. Estes
últimos deveriam contribuir onerosamente em favor daqueles; na Era
Contemporânea, tem-se que a configuração da propriedade dependeu do
regime político (antiga URSS e bloco dos países ocidentais).

3.1.2 Fundamento jurídico do domínio

a) Teoria da ocupação de Grócio.

b) Teoria que funda o domínio na lei (Montesquieu, Bentham, Hobbes).

c) Teoria da especificação (Locke, Guyot, Mac Culloch), para a qual o


trabalho seria o único criador de bens, consistindo no título legítimo
da propriedade.

d) Teoria da natureza humana, segundo a qual o fundamento da


propriedade é a natureza humana, pois é o instinto de conservação
que leva o homem a se apropriar de bens para saciar sua fome e
para satisfazer suas necessidades de ordem física e moral. É esta
teria a que melhor fornece o fundamento da propriedade.
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3.1.3 Conceito, elementos constitutivos, caracteres e objeto da


propriedade

Direito de propriedade é o direito que a pessoa física ou jurídica tem,


dentro dos limites normativos, de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou
incorpóreo, bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha.

A propriedade tem como elemento constitutivos: o jus utendi (direito de


tirar do bem todos os serviços que ele pode prestar, sem que haja alteração em
sua substância); o jus fruendi (direito de perceber os frutos e de utilizar os
produtos da coisa); o jus abutendi (direito de dispor da coisa ou de poder
aliená-la a título oneroso ou gratuito, abrangendo o poder de consumi-la e o
poder de gravá-la de ônus ou submetê-la ao serviço de outrem); e o
reivindicatio (poder que tem o proprietário de mover ação para obter o bem de
quem injustamente o detenha).

Para TARTUCE (2014, p. 110), os atributos da propriedade,


compreendidos a partir dos elementos declinados – classicamente – acima,
são: Gozar ou fruir; Reaver ou buscar; Usar ou utilizar; e Dispor ou alienar.

Quanto aos caracteres, ou caraterísticas da propriedade, tem-se que ela


possui (a) caráter absoluto, devido a sua oponibilidade erga omnes; (b) caráter
exclusivo, em razão do princípio de que a mesma coisa não pode pertencer
com exclusividade e simultaneamente a duas ou mais pessoas; (c) caráter
perpétuo, porque o domínio subsiste independentemente de exercício,
enquanto não sobrevier causa extintiva legal ou oriunda da própria vontade do
titular; (d) caráter elástico, porque a propriedade pode ser distendida ou
contraída no seu exercício, conforme se lhe adicionem ou subtraiam poderes
destacáveis; (e) direito complexo, em relação a possuir quatro atributos:
GRUD; e (f) direito fundamental, conforme art. 5º, XXII e XXIII, da CF/88.

Por derradeiro, o objeto da propriedade será composto dos bens móveis


e imóveis (arts. 1.229 e 1.232 do CC/02) e dos bens incorpóreos (art. 5º, XXIX
e XXVII, da CF/88 e Lei 9.610/98).
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3.1.4 Espécies de propriedade

Em face da extensão do direito do seu titular, a propriedade pode ser:

a) Plena ou alodial, quando todos os seus elementos constitutivos se


acham reunidos na pessoa do proprietário, ou seja, quando seu
titular pode usar, gozar e dispor do bem de modo absoluto, exclusivo
e perpétuo, bem como reivindica-lo de que, injustamente, o detenha
(gozar, usar, reaver e dispor da coisa);

b) Restrita ou limitada, quando se desmembra um ou alguns de seus


poderes que passa a ser de outrem (direito real sobre coisa alheia),
isto é, quando recai sobre a propriedade algum ônus, como quando
se constitui o direito real sobre coisa alheia (no usufruto, por
exemplo, o usufrutuário tem sobre a coisa apenas o uso e o gozo,
restando privado do direito de dispor do bem usufruído), ou, ainda,
em caso de hipoteca.

Obs.: Nua-propriedade corresponde à titularidade do domínio, a ser


proprietário e a ter a propriedade em seu nome; Domínio-útil
corresponde à situação em que uma pessoa detém um dos atributos da
propriedade (gozar, usar, reaver e dispor da coisa), recebendo tal
pessoa denominação diferente de acordo com qual destes atributos
detiver (usufrutuário, promitente comprador, habitante etc.)

Quanto à perpetuidade do domínio, temos:

a) Propriedade perpétua, que á a que tem duração ilimitada, ou seja,


durará enquanto o proprietário tiver interesse por ela; e

b) Propriedade resolúvel ou revogável, tida como a que encontra, no seu


título constitutivo, uma razão de sua extinção, ou seja, as próprias partes
estabelecem uma condição resolutiva ou um termo final (arts. 1.359 e
1.360 do CC/02).
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3.2 Aquisição

3.2.1 Aquisição da propriedade imóvel

De bom alvitre, antes de adentar o tema em estudo, trazer o conceito de


aquisição da propriedade, pelo qual, esta consiste na personalização do direito
em um titular.

Ademais, importa citar que há formas originárias de aquisição da


propriedade (acessões e usucapião); e formas derivadas (registro do título e
sucessão hereditária).

3.2.1.1 Pela transcrição. Acessão e usucapião

Transcrição

No que toca à transcrição, tem-se que estão sujeitos ao registro no


respectivo Cartório de Registro de Imóveis os títulos translativos da
propriedade por ato inter vivos, porque os negócios jurídicos não são hábeis
para transferir o domínio do bem imóvel, sendo necessária a participação do
Estado, por intermédio do serventuário, que faz esse registro público, sem o
qual não há transferência da propriedade.

O registro produz efeitos a partir da data em que se apresenta o título ao


oficial do Registro e este o prenota no protocolo (art. 1.246 do CC/02, arts. 174
e 182 da Lei 6.015/73 – Lei de Registros Públicos).

Em caso de falência ou insolvência do alienante, observar-se-á o


disposto no art. 215 da Lei 6.015/73 e art. 129 da Lei 11.101/2005 (Lei de
Falências).

Assinala-se que o processo de registro está previsto nos arts 182 e


seguintes da Lei 6.015/73 (Lei de Registros Públicos).

Cumpre elencar também os efeitos do registro do título, sendo estes:

a) Publicidade;
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b) Legalidade;

c) Força probante (art. 1.245, § 2º, CC/02);

d) Continuidade;

e) Obrigatoriedade (arts. 1.227 e 1.245, CC/02);

f) Retificação ou anulação (arts. 213 e 216, Lei 6.015/73; e art. 1.247,


CC/02).

Acessão

Já quanto à acessão, tem-se que esta pode ser conceituada como o


modo originário de adquirir, em virtude do qual fica pertencendo ao proprietário
tudo quanto se une ou se incorpora ao seu bem (art. 1.248 do CC/02).

É possível também distinguir dois tipos de acessão: as (a) naturais, que


ocorrem quando a união ou incorporação da coisa acessória à principal advém
de acontecimento natural, como nos casos de formação de ilhas (arts. 1.248, I,
e 1.249, I a III, do CC/02); aluvião (arts. 1.248, II, e 1.250 e parágrafo único);
avulsão (arts. 1.248, III, e 1.251 e par. único do CC/02); e abandono de álveo
(arts. 1.248, IV, e 1.252 do CC/02); e (b) e as artificiais, que são aquelas que se
processam de móvel a imóvel (arts. 1.253 a 1.259 do CC/02), resultando de
trabalho humano, como plantações e construções (art. 1.248, V, do CC/02),
tendo caráter oneroso, e submetendo-se à regra de que tudo aquilo que se
incorpora ao bem, em razão de uma ação qualquer, cai sob o domínio do seu
proprietário ante presunção juris tantum, contida no art. 1.253 do CC/02.

Por fim, a usucapião (de bens imóveis e móveis) será estudada,


detidamente, em nota de aula específica, a qual conterá, ainda, as formas de
aquisição da propriedade móvel.

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