Sunteți pe pagina 1din 10

Roberta Carvalho Torres

ANÁLISE DE ATIVIDADE E OCUPAÇÃO HUMANA


PORTFÓLIO

Belo Horizonte,
Escola de Educação Física Fisioterapia e Terapia Ocupacional/UFMG
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2

AULA 1 ........................................................................................................................ 2

AULA 2 ........................................................................................................................ 3

AULA 3 ........................................................................................................................ 3

AULA 4 ........................................................................................................................ 4

AULA 5.........................................................................................................................5
OFICINA DE PULSEIRAS............................................................................................5
OFICINA DE FILTRO DOS SONHOS ......................................................................... 6

OFICINA DE RECICLAGEM (GARRAFAS) ................................................................ 7

OFICINA DE RECICLAGEM (PORTA OBJETOS) ...................................................... 8

CONCLUSÃO.............................................................................................................. 9

ANEXOS ................................................................................................................... 10
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo registrar as experiências, o


aprendizado e as análises de atividade realizadas nas oficinas e durante as aulas de
análise de atividade e ocupação humana.

07 de agosto de 2017.

No dia 7 de agosto deu-se início a matéria de "análise de atividades". A primeira


aula foi uma aula introdutória, foi nos apresentado a disciplina, a distribuição de
pontos e cada um teve a oportunidade de falar como se sentia em relação ao
semestre, ao curso e à faculdade.

Todas as alunas presentes relatavam estarem ansiosas ou preocupadas com o


excesso de matérias do quarto período, com conciliar a faculdade e os outros
afazeres da vida. Com isso, fica a indagação: se isso é um sentimento geral da sala
e muito provavelmente aluno de outras salas sentem a mesma coisa, o que há na
faculdade que tem gerado esses sentimentos aos alunos?

Os alunos se veem sobrecarregados com disciplinas, iniciações científicas e


outros projetos acadêmicos e acabam não cuidando da saúde mental deles próprios.
A ansiedade, crise de pânico e doenças mentais relacionadas têm sido uma forte
onda que toma os universitários. Muito mais do que uma escola, a faculdade precisa
ser um ponto de apoio ao aluno que passa o seu maior tempo ali.

Hoje, vejo estudantes de terapia ocupacional que aprendem a prezar por um


equilíbrio nas ocupações, da importância do lazer, de ter um tempo seu, sem saber
viver isso, vendo na teoria e muitas vezes não vivendo na prática por uma cobrança
indireta da faculdade de cargas horárias pesadas e um sentimento por parte dos
alunos de que eles são obrigados a dar conta de tudo.

14 de agosto de 2017.

2
Na segunda aula, houve uma retomada da história da Terapia Ocupacional com
foco nas análises de atividades realizadas nas épocas anteriores, para o
entendimento do processo de construção da análise e de como ela é feita hoje.

Na primeira guerra mundial, o objetivo da terapia ocupacional era reabilitar os


soldados para que eles pudessem voltar a trabalhar, seja no antigo ou novo ofício.
Por isso, o foco da análise era no ofício. Na segunda guerra, a terapia ocupacional
buscava especialização em áreas afins, como por exemplo, ortopedia e neurologia,
o que levou os profissionais da TO a focarem na patologia. Com isso, a ênfase da
análise estava nos componentes de desempenho. Atualmente, temos uma análise
da atividade voltada para a ocupação, para o contexto e para o sujeito. Afinal,
entende-se que isso é uma relação: a pessoa em sua ocupação nos diferentes
contextos.

Com essa aula, chego à conclusão que não podemos menosprezar a forma de
se realizar as análises anteriormente, afinal, a visão mais ampla que se tem hoje do
cliente com a ocupação, foi uma construção a partir do que se havia anteriormente.

Quando se olha a história por trás da análise, também se entende o porquê de


serem vistas daquela forma, o que estava em questão naquele momento se tornava
o foco dos profissionais. Se o objetivo é o soldado voltar ao seu ofício, então o ofício
se torna o mais importante.

Não devemos ignorar a história, mas aprender com ela para que não vejamos o
cliente, a atividade e o contexto como dissociáveis, mas interligados. Para que
possamos acompanhar na nossa prática a evolução da teoria, construindo uma
análise a partir da demanda do cliente. Afinal, como muito falado em sala, a
atividade que deve ser analisada é aquele que tem significado para o cliente.

21 de agosto de 2017.

Na terceira aula houve uma leitura em conjunto dos textos de Spakman e


Silmara para um conhecimento mais profundo da análise de atividades. O que mais
se destacou na leitura dos textos, foram os conceitos de graduação, adaptação e

3
seleção. Ao ver a importância desses conceitos no processo terapêutico, a análise
da atividade se mostra primordial como base.

Para a seleção de uma atividade dentre outras, é necessário um conhecimento


dessas atividades para que se decida qual a mais adequada para o objetivo que se
almeja conquistar, lembrando sempre daquilo que traz significado ao cliente.

Para se graduar uma atividade, é necessário que se saiba o que é exigido por
aquela atividade, quais os componentes mais e menos importantes, além de quais
tipos de graduação podem ser feitas.

Assim como na adaptação, só pode-se definir se a adaptação deve ser feita no


ambiente, no equipamento etc., se há um conhecimento da atividade.

Todo esse conhecimento se dá através da análise da atividade. O profissional


que ignora o processo de análise reduz efetivamente as chances de sucesso do
processo terapêutico, podendo até mesmo prejudicar o tratamento.

O terapeuta ocupacional precisa ser zeloso em casa processo, ao indicar ou


contraindicar uma atividade no processo de seleção, ao definir o que vai ser
graduado e optar por uma adaptação final apenas no momento em que essa é a
melhor alternativa para a independência daquele cliente. Se os interesses do
profissional sobressaem ao que é o melhor para o cliente em algum momento, o
cliente é prejudicado.

28 de agosto de 2017.

Na quarta aula, os alunos, seguindo o roteiro do livro do Spakman para análise


de atividades, analisaram a elaboração de uma resenha crítica, atividade bem
presente no contexto dos estudantes.

Talvez no nosso dia-a-dia, por não termos nenhuma dificuldade pulsante em


realizar essa atividade, não nos damos conta da complexidade para dar início,

4
continuidade e completar tal atividade, mas quando essa é analisada, a
complexidade se torna aparente.

Para a elaboração de uma resenha crítica é necessário atenção, memória,


capacidade de crítica em relação ao texto lido, e outros componentes que ao
analisar a atividade, deixam claro o caráter cognitivo que ela apresenta. Então, se eu
quero trabalhar aspectos psicossociais com o meu cliente, essa atividade não seria
a indicada. Esse pensamento só é obtido através da análise.

Com isso, mais uma da vez a importância da análise foi notável. Quando
analisamos uma atividade, entendemos sua exigência e ao conhecer as demandas
do nosso cliente, entendemos onde está a sua dificuldade para realizar aquela
atividade. Quais as funções que precisam ser adquiridas, melhoradas ou adaptadas
para a realização da atividade em questão. Sem a análise, uma graduação,
adaptação, indicação ou contraindicação da atividade não se torna tão eficiente,
afinal, não se sabe o que é de demanda da atividade, quais os seus riscos, seus pós
e contras.

04 de setembro de 2017.

Na quinta aula, terminou-se de comentar a análise da resenha crítica. Um ponto


importante levantado foi a diferença entre riscos e solução de problemas. A solução
de problemas envolve a maneira como a pessoa vai lidar com os problemas que
ocorrem durante a realização de uma atividade e os riscos, são os inerentes à
atividade.

Entender esses conceitos e todos os outros que compõem uma análise,


contribui para uma maior eficácia da análise. Conhecer os riscos de uma atividade é
crucial para saber se o nosso cliente pode realizá-la sem grandes problemas, se ela
tem chances de trazer mais benefícios ou maiores riscos para ele. Igualmente a
solução de problemas, uma atividade que envolve muita solução de problemas não
é adequada para um paciente com dificuldade nessa área, se não for trabalhado
uma graduação.

5
11 de setembro de 2017.

Na sexta aula, deu-se início às oficinas para que pudéssemos analisar a


atividade ofertada nessas. O primeiro grupo responsável pelo primeiro dia de oficina
era composto por e mim e pela Izabela.

Em outubro, farei um trabalho voluntário em Moçambique, em uma região de


extrema pobreza. O atendimento realizado pela ONG é voltado principalmente para
as crianças e, pensando nisso, optamos por oferecer uma oficina em que o produto
obtido nela pudesse ser destinado a essas crianças. Propusemos para a turma uma
oficina de confecção de pulseiras de miçangas para as crianças moçambicanas,
mas deixamos livre para quem quisesse ficar com a pulseira para si.

Os alunos da disciplina abraçaram a causa e durante a oficina demonstraram


entusiasmo em confeccionar as pulseiras quando pensavam nas crianças que iam
recebê-las, mostravam com satisfação as que já haviam feito e queriam construir
várias pulseiras pensando na quantidade de crianças que haveria lá. Cada um
deixava a sua marca pessoal em cada pulseira confeccionada. Ao final da oficina,
mais de cinquenta pulseiras tinham sido feitas.

Com essa oficina, notei o que se fala muito no curso de Terapia Ocupacional,
sobre atividades que trazem significado para a nossa vida. Ao final da oficina, vários
alunos relatavam que se fosse para eles as pulseiras, talvez tivessem feito apenas
uma, mas pensando no propósito, queriam construir várias e o objetivo fez com que
se engajassem na atividade.

A atividade que nos traz sentido, motiva o nosso engajamento. Isso é muito
importante no processo terapêutico. Se buscarmos atividades que dão significado
para os nossos clientes, aumentam-se as chances de efetividade do tratamento,
pois este, muito possivelmente, se engajará no processo.

Quanto à análise da atividade, a confecção de pulseiras é recomendada para


crianças acima de 5 anos, visto que demanda de uma habilidade de coordenação

6
motora fina consolidada. É uma atividade que integra os componentes sensório-
motor, psicossocial e cognitivo de forma latente, visto que ao confeccionar uma
pulseira é necessária extrema habilidade sensorial (como por exemplo, o tato e a
visão para a escolha das miçangas), motora (como por exemplo, o uso da pinça fina
para habilidades com fio e a miçanga) e psicossocial (como por exemplo, a auto-
expressão, afinal ao construir uma pulseira escolhe-se miçangas que mais
combinam com seu estilo). Já a graduação e a adaptação dessa atividade precisam
ser pensadas a partir de um cliente.

18 de setembro de 2017.

A segunda oficina foi para a confecção de filtro dos sonhos. As alunas


responsáveis pela oficina, contaram a história da origem do filtro dos sonhos e em
seguida ensinaram a como construir.

A atividade, assim como a confecção de miçangas envolve os três componentes


(cognitivo, sensório-motor e psicossocial) de forma latente. É uma atividade
complexa, devido à necessidade de formação de uma teia de barbante que consiste
o filtro dos sonhos.

Nesse momento de construção da teia, diversos alunos tiveram dificuldade e


alguns pensavam em até mesmo desistir da confecção. Foi necessário que as
integrantes do grupo repetissem a explicação e até mesmo pensassem em formas
alternativas de explicar de uma maneira mais simples.

Isso gerou alguns comentários quanto à complexidade da atividade, até que


surgiu um comentário de que era “simples”, e então, todas as pessoas que estavam
com dificuldade questionaram essa afirmação.

Ao final, essa experiência fez o grupo refletir sobre a nossa conduta no


processo terapêutico, como seria para um paciente que está com dificuldade na
realização de uma atividade, ouvir que aquela atividade era simples. Isso poderia

7
acarretar em frustração, desânimo e até mesmo a desistência do cliente em
participar da atividade.

Ficou evidente a necessidade de um cuidado quanto à nossa fala, pois quando


se pensa na individualidade das pessoas, cada um tem seu ritmo e atividades que
tem mais facilidade e outras mais dificuldades. Quanto à escolha da atividade, um
cuidado por parte do terapeuta ocupacional na seleção, visto que há atividades em
que a possibilidade de frustração do cliente é maior e deve-se pensar no que isso
acarretaria no processo terapêutico.

25 de setembro de 2017.

A terceira oficina foi uma oficina de reciclagem e artesanato. Confeccionaram-se


garrafas com barbante e tecido para tornarem-se enfeites de mesa. Os
componentes latentes na atividade são os componentes sensório motor e
psicossocial.

O destaque da oficina se deu no ato da reciclagem. A importância de se pensar


no verbo reciclar. Reciclar significa dar um novo significado a algo já existente.
Quando o paciente chega com uma proposta de uma atividade de reciclagem, é
necessário que se pense na subjetividade que pode estar por trás disso, talvez ele
queira dar um novo significado às suas ocupações, um novo sentido à sua vida.

As atividades carregam mensagens e cada atividade tem um significado, às


vezes coletivo, às vezes individual, é necessário que o terapeuta esteja sensível a
essas mensagens para selecionar ou descartar uma atividade.

02 de outubro de 2017.

A quarta oficina ofertada foi para a confecção de porta objetos com rolos de
papel higiênico e/ou de guardar tecido. Os componentes latentes na atividade são os
componentes sensório motor e psicossocial.

8
No dia da oficina eu estava desanimada e cansada, isso influenciou no meu
desempenho, não estava tão entusiasmada na confecção e não me engajei muito no
processo apesar de realizar até o final.

Isso me fez refletir sobre o nosso papel como terapeutas ocupacionais,


precisamos estar atentos a como o nosso cliente chega na oficina e o seu
comportamento durante a realização, afinal, isso influenciará no seu desempenho.
Haverá dias em que esse paciente poderá estar mais desanimado e talvez seus
resultados não alcancem o esperado. Se estivermos atentos a esses detalhes,
saberemos que isso não significa necessariamente que o processo terapêutico não
está dando resultado.

Também se pode pensar em uma mudança na proposta da atividade e até


mesmo outras soluções conforme a situação do cliente, mas, somente com um olhar
atento do profissional isso se torna possível.

CONCLUSÃO

A realização das oficinas foi de suma importância para aprender-se a analisar


uma atividade. Através das oficinas, pôde-se vivenciar na prática o que foi visto na
teoria. Em um processo mais dinâmico, avaliava-se, pensava-se na graduação e na
adaptação de algo que vivenciamos. Além disso, ricas experiências foram obtidas
através das oficinas para ampliar a visão enquanto profissionais.

Através das oficinas, concluiu-se também a necessidade de uma análise da


atividade feita de forma eficaz para um melhor engajamento, desempenho e
resultado do cliente no processo terapêutico.

S-ar putea să vă placă și