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ESCOLA DE DISCÍPULOS
MÓDULO III
Textos: Gn. 1.1; Hebreus 11.6; João 4.24; - Oração - Duração do Estudo: 2 horas
O fato mais primário das Escrituras é a menção da existência de Deus. A Bíblia não se
preocupa em provar a existência de Deus, apenas expô-Ia, posto ser ela explicitamente auto-
evidente.
Deus é Espírito, perfeitamente bom, que, em santo amor, criou, sustenta e governa
tudo. Portanto o nosso objetivo não é provar a existência de um deus qualquer, mas a
existência de um Deus Soberano, revelado por Jesus Cristo.
Alguém poderá dizer que a prova da existência de Deus é desnecessária. Mas não é
assim, porque muitos poderão duvidar da existência de um Espírito Pessoal, perfeitamente
bom, que, em santo amor, criou, sustenta e governa todas as coisas. Heb. 1.3. Os cegos de
nascença podem negar a existência da luz, e teríamos muita razão em lhes provar que a luz é
uma realidade. Da mesma maneira, somos justificados em apresentar as razões porque
acreditamos em Deus tal como foi revelado por Jesus Cristo.
universo como o que temos hoje. Haveria somente estes 92 elementos simples e irredutíveis.
Note que, esses elementos são irracionais, cegos, surdos, mudos e sem poder algum de
comunicação entre si.
O universo do ponto de vista da Criação. O mundo que hoje existe foi criado por Deus,
pois, como já observamos no princípio, há apenas duas alternativas: ou Deus criou tudo, ou
tudo é resultado dos esforços dos átomos .. Já vimos que não nos é possível aceitar esta última
idéia, que considera o universo como resultado duma força irracional. Se afirmarmos que a
matéria em algum tempo começou a existir, teremos de afirmar também que a existência lhe
foi dada por outro ser já existente. Isto significa que teremos de considerar a matéria como
efeito, e não como causa primária.
É um princípio por todos aceito que cada efeito tem a sua causa correspondente e que
a causa não pode ser menor que O efeito. Tudo o que se encontra no efeito acha-se também
na causa. Que efeito maravilhoso é o universo, pense na sua ordem, na sua beleza, na sua
adaptação à vida dos homens, como dos animais e das plantas! Que efeito estupendo é esse
universo imenso, composto de milhões de mundos distribuídos no espaço infinito; a grandeza
do universo ultrapassa a nossa imaginação. Se o efeito é tão extraordinário, que dizer da causa
então? A causa que originou é superior ao efeito. Deus é a grande Causa do universo: grande
Deus!
c) Fazendo parte do universo está o homem, que é um ser moral. Todo homem sente na
consciência uma lei que lhe impõe fazer o bem e fugir do mal. Toda lei supõe um legislador.
Esse legislador não pode ser o próprio homem, porque a nossa natureza mal, não suporta essa
lei. A lei vem de um legislador. Esse legislador é Deus.
Sabe-se que em todos os lugares, em todos os tempos, entre todos os povos, tem
havido uma crença na existência de Deus. A história universal não fala de uma só tribo, ainda
das menores e das mais insignificantes, que não tivesse alguma crença na existência dum Ser
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Supremo. Desde os primórdios da história as idéias acerca de Deus têm sido uma realidade na
vida dos homens. Os egípcios tinham convicções tão fortes da realidade do mundo espiritual
que todas as outras coisas se subordinavam às idéias religiosas. Tinham pesados impostos
visando a manutenção do culto. Gastavam mais com a religião do que com as próprias
necessidades da vida terrena. Os babilônios também nos fornecem através das descobertas
realizadas pelos arqueólogos e exploradores, inúmeras provas da sua crença em Deus.
Milhares de tijolos e tabuletas de barro, que estão sendo desenterrados, nos dão a conhecer
as idéias religiosas daquele povo e a influência que tais idéias exerciam na sua vida e
costumes. Os israelitas, podem se ver quão poderosa era a influência que sobre eles exercia a
fé que tinha em Deus.
Toda percepção tem elementos essenciais, indispensáveis: quem percebe, uma coisa
percebida, e um ato de perceber. Se não há nada diante da mente, nada se percebe. Não se
pode ter percepção do nada. Só podemos ter percepção daquilo que existe, do que vimos em
algum tempo passado ou vemos no presente, porque todas as percepções dependem dos
objetos que as produzem. Se não existisse a árvore, não poderíamos ter percepções duma
árvore. A percepção duma árvore prova que ela existe. Assim são também as percepções em
relação a Deus. Todas as nossas percepções de Deus provam que há Deus. Ele é o objeto que
produz estas percepções no homem. Ele é a causa, a percepção é o efeito. Se ele não existe,
temos um efeito sem causa, uma percepção sem o percebido, é simples absurdo. Para provar
de que isto é absurdo, basta que procuremos pensar nalguma coisa que não existe. É
impossível ao homem pensar, ter percepção do que existe. As percepções que temos de Deus
dão-nos a teologia; e esta ciência prova a existência de Deus; da mesma maneira que a
geologia prova a existência da terra; a astronomia, a dos astros; psicologia a do homem.
Depois que Deus criou uma série de coisas ele criou o homem à sua própria imagem,
portanto esse homem pode revelar-nos alguma coisa acerca do seu Criador. Na fé temos esta
prova, que abrange o homem em seu todo. Desde que o homem foi feito à imagem de Deus,
nele encontramos a maior prova de que Deus existe.
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Tudo quanto existe pode ser dividido em duas classes: o que está em nós e o que está
fora de nós. Mundo subjetivo é como chamamos tudo o que está em nós; e mundo objetivo o
que está fora de nós. O mundo objetivo é composto do céu, da terra e de tudo quanto para
nós é objeto. O mundo subjetivo, é o que está em nós e é mui pouco conhecido. São as
aspirações, desejos, apetites e as necessidades. Ninguém jamais ousou traçar um mapa da
alma humana. Nunca homem algum conseguiu sondar as profundezas da alma feita à imagem
de Deus.
Em relação às coisas materiais. A fé nas coisas materiais pode dar bom testemunho quanto à
existência delas pela necessidade que delas sentimos. A fé nos dá a certeza tanto das nossas
necessidades como da satisfação delas. Pela fé o homem é levado a buscar no mundo objetivo
a satisfação das suas necessidades.
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6. Considerações Finais
O homem que ousa negar a Deus é um néscio. SI. 14.1; 10.4; 5.1-3.
Senhor, tu tens sido o nosso refugio de geração em geração. Antes que os montes
nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade em eternidade tu és
Deus. Salmos 90.1,2.
3. Abordagem Racional. O primeiro capítulo de Romanos reconhece que a razão humana pode
chegar a obter certo conhecimento de Deus (vs. 19,10).
Os filósofos têm afirmado que Deus é o Grande Intelecto, e que o homem é um intelecto que
se deriva de Deus, o que explica a afinidade existente entre Deus e o homem.
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Questionário
1. Por que a Doutrina da Existência de Deus é importante?
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LIÇÃO 22
Há dois mil anos atrás, um homem entrou no cenário da história. Ele nasceu no mundo
e cresceu até alcançar a maturidade, exatamente igual a todos os seres humanos, mas este
homem era diferente de qualquer outra pessoa. Ele era o filho de Deus.
A história do mundo, desde a queda da raça até a vinda de Jesus, revela este grande propósito
de Deus. Antes da vinda de Jesus, todas as correntes da história convergiam para este grande
evento da mais alta significação para a história humana. E depois da vinda de Jesus as
correntes da história partem deste grande acontecimento, que é o nascimento do Messias.
Esta preparação do mundo feita por Deus para a vinda de Jesus é uma preparação de sentido
duplo, isto é, preparação negativa e preparação positiva.
É fato inegável que a mão de Deus tem guiado os destinos das nações pagãs desde o
princípio do mundo. "E de um sangue fez toda a geração dos homens para habitar sobre a face
da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação". Atos
D.26. Desde o inicio da história humana, Deus começou a guiar e dirigir todas as coisas de
acordo com sua vontade. Esta preparação revela-se também na política e nas religiões dos
povos pagãos.
Até certos homens do paganismo, como Ciro, foi escolhido por Deus para realizar o seu
plano a respeito da vinda de seu Filho ao mundo. Ler Esdras 1 2.3.
Uma das particularidades mais interessantes a respeito destes povos pagãos é que a
religião entre eles se ia esgotando cada vez mais, de sorte que, quando Jesus veio, já tinham as
religiões perdido quase completamente a confiança de seus adeptos. As religiões já não
satisfaziam às necessidades espirituais do povo, por isso mesmo, estava à espera de Alguém
que viesse de cima e o salvasse.
Além do que já mencionamos, aparecem-nos mais dois fatos nesta preparação para a
vinda de Jesus. Primeiro: a verdadeira natureza do pecado foi uma das primeiras verdades
reveladas por Deus a seu povo. Parece que Deus deixou os homens pecarem até o limite para
que eles reconhecessem a depravação moral a que podia chegar o homem corrompido. Antes
da vinda de Jesus, a raça humana chegou à beira do abismo. Os homens viram o destino
terrível que os aguardava, caso continuassem no pecado. Romanos 1.18-32. Segundo: Deus fez
a raça compreender que pela filosofia e pela arte não poderia salvar-se. Muitos dos filósofos
não tem feito nova criação nem novas descobertas; não passam, aliás, de copiadores da
filosofia dos antigos. Na verdade, Deus estava guiando os pagãos com sua poderosa mão para
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o grande evento histórico da vinda de seu Filho amado, e, ao mesmo tempo, preparava o
coração dos homens para aceitá-Io como Salvador.
2. Preparação Positiva.
Esta é a que se realizou entre o próprio povo de Israel. Desde os dias de Abraão Deus
escolheu um povo e ensinou-lhe três grandes verdades, pelas quais procurou prepará-Io para a
vinda de Jesus. Estas verdades são:
b) A perversidade do homem e a sua impotência moral para tomar qualquer iniciativa tocante
a própria salvação.
Para ensinar estas três grandes verdades ao povo, Deus usou de três grandes meios:
1. A Lei. O Decálogo ou os dez mandamentos dados por Deus a Moisés constitui um dos meios
usados por Deus a fim de ensinar ao povo aquelas grandes e preciosas verdades já
mencionadas, despertando-lhe, assim, a consciência em relação ao pecado. E a mesma lei, por
meio de seus sacrifícios e de seu sacerdócio, deu ao povo a esperança de paz com Deus
mediante o perdão, e de um livre acesso à sua presença.
2. A Profecia. O segundo grande meio usado por Deus para ensinar aquelas verdades foi a
profecia, quer verbal quer escrita. Em Gn. 3.15 encontramos a palavra profética: "E porei
inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente: este te ferirá a cabeça; e
tu lhe ferirás o calcanhar".
3. O Cativeiro. O terceiro meio que Deus fez uso para ensinar o povo e prepará-lo para a vinda
de Jesus foi o cativeiro na Babilônia. Através do cativeiro Deus trouxe dois grandes e
apreciáveis resultados na vida dos israelitas, a saber: O primeiro foi o estabelecimento firme,
de uma vez para sempre do monoteísmo. Muitas vezes, na sua história, Israel caíra em
idolatria. O segundo resultado foi o de converter os judeus de um povo agrícola numa nação
mercantil e comercial. Desta maneira ia Deus preparando os seus mensageiros, aquele que
levariam o seu evangelho a toda parte. O simples fato de os israelitas se tornarem um povo
comercial já foi um grande passo na preparação para a vinda de Jesus.
2. A Pessoa de Jesus
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Vale a pena conhecer as opiniões que surgiram no transcorrer dos séculos a respeito da pessoa
de Jesus. Ele tem sido objeto dos mais profundos e prolonga-dos estudos. É nosso desejo
conhecer o que os homens têm pensado a seu respeito no decorrer dos anos especialmente
durante os primeiros séculos do cristianismo.
1.1. Os ebionitas.
1.2. Os docetas.
Esta palavra vem do grego doketes, de dokein, que significa "parecer", "crer numa
aparência". Os docetas apareceram no ano 70 da era cristã, e existiram até o ano 170. Eles
negavam a humanidade de Cristo. Segundo a filosofia dos docetas, as coisas materiais eram,
por natureza, más. O mal residia na matéria, e visto que Jesus não tinha pecado, logo, não
tinha também corpo material. Para os docetas toda a matéria era corrupta. Era a sede do
pecado e do mal. Jesus não podia ter corpo material, porque era inteiramente puro. Julgavam
que o corpo de Jesus era aparente, e não real. Os docetas negavam a humanidade de Jesus.
Esta doutrina não era mais do que a filosofia grega e pagã, que se introduzira na igreja de
Cristo.
1.3. O arianismo.
Esta teoria apareceu no ano 381 da era cristã, negando a integridade da natureza
humana de Cristo. Segundo os ensinos de Apolinário, Cristo não tinha mente humana. O que
ele tinha de humano era o corpo e o espírito. O Verbo que se fez carne tomou o lugar da
mente, e por isso Cristo não era homem perfeito. Cristo era, constituído de corpo, de verbo e
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de espírito. E, como acabemos de ver desta teoria, este era o argumento em que se afirmava o
seu fundador para negar a integridade da natureza humana de Cristo.
Esta teoria apareceu no ano 431. Nestório, seu fundador, negava a união verdadeira
entre as duas naturezas de Cristo. Ele atribuía a Cristo duas partes, uma humana, outra divina.
Quando Jesus estava dormindo, era a parte humana que dormia. Mas quando acordava e
repreendia os ventos, era a parte divina que estava em ação. Assim explicava Nestório a
Pessoa de Jesus. Esta idéia, é muito errônea. Jesus não se divide em duas partes. Ele não opera
parceladamente. Não é que ele agisse ora por meio da natureza humana, ora por meio da
natureza divina. Quando agia, fazia-o com toda a sua personalidade, e não só com a natureza
divina ou com a humana.
Jesus não só tinha duas naturezas, divina e humana, mas também que cada uma
destas era real e perfeita.
a) Jesus chamou-se e foi chamado homem. "Porém agora, procurais matar-me, a mim, um
homem, que vos tenho falado a verdade que de Deus tenho ouvido" João 8.40. "Porque há um
só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem". I Tm. 2.5; Rm. 5.15.
b) Jesus possui os elementos essenciais da natureza humana. Um corpo natural e uma alma
racional: "Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai
comigo" Mt. 26.38. "Jesus, pois, vendo-a chorar, e os judeus que com ela vinham também
chorando, moveu-se muito em espfrito, e perturbou-se" João 11.33. "Vede as minhas mãos e
os meus pés, que sou eu mesmo: apalpai-rne e vede; pois um espírito não tem carne nem
ossos, como vedes que eu tenho". Lucas 24.39
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c) Jesus tinha poderes e característicos Que pertenciam à natureza humana. Ele sentia fome:
"E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome". Mt. 4.2. Sentiu cansaço:
"E estava ali a fonte de Jacó, Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da
fonte". João 4.6
e) Jesus padeceu e morreu. "E posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor fez-se
como grandes gotas de sangue, que corriam até o chão". Lc. 22.44: João 19.30,33.
a) A natureza humana de Cristo foi sobrenaturalmente concebida: "E disse Maria ao anjo:
Como se fará isto? Pois não conheço varão. E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti
o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; pelo que também o
Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus". Lc. 1.34,35.
"Quem dentre vós me convence de pecado? E, se digo a verdade, por que não credes?". João
8.46. "Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas
fraquezas, mas um que, como nós, em tudo foi tentado, exceto no pecado" H b. 4.14.
3.2.1. Mostrando que Jesus tinha conhecimento da sua própria deidade. " E disse-lhes
Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão fosse feito eu sou". João 8.58.
João 3.12,13; João 14.9,10.
3.2.2. Mostrando que Jesus exercia poderes e prerrogativas divinas. "Mas o mesmo
Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia e não necessitava de que alguém
testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem". João 2.24,25. "Sabendo,
pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem
buscais"? João 18.4; Marcos 2.7; 4.39
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Devemos notar em primeiro lugar, a grande importância da união das duas naturezas, divina e
humana, em Cristo Jesus. O cristianismo é união espiritual entre Deus e o homem, e, para que
se realizasse esta união, Deus, na Pessoa de Jesus Cristo, uniu-se à humanidade. Assim Cristo
tomou-se o coração do cristianismo; e na sua própria Pessoa foram resolvidos todos os
problemas religiosos.
Existem várias teorias a respeito da humilhação de Jesus Cristo. A passagem mais importante,
sobre este assunto é a seguinte: "O qual, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser
igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens; e, achando em forma como homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até a morte, e morte de cruz". FI. 2.6-8.
a) O Verbo preexistente fez-se homem, deixando a sua glória divina para tomar o lugar de
servo. Jesus declara isto em João 17.5 "E agora glorifica-me, ó Pai, junto de ti mesmo, com
aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse".
b) A Submissão do Verbo ao Espírito Santo. "Então foi conduzido Jesus pelo Espírito Santo ao
deserto, para ser tentado pelo diabo" Mt. 4.1 "Até o dia em que foi recebido em cima, depois
de ter dado mandamento, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera" At. 1.2. Atos 10.38
c) A humilhação é vista pelo fato de Jesus deixar de usar dos poderes lhe eram inerentes por
sua natureza divina. "E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se
transforme em pão. E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o
homem, mas de toda palavra de Deus" Lc. 4.3,4 "Ou pensas tu que não poderia eu agora orar a
meu Pai, e ele não me daria mais de doze legiões de anjos?". Mt. 26.53 Lc. 10.17,18
a) A primeira época da humilhação de Jesus foi quando o Verbo preexiste se fez carne.
Épocas da sua exaltação: Depois da sua morte, Jesus voltou para a destra do Pai,
recebeu novamente aquela glória que tinha antes que o mundo existisse, e entrou em pleno
uso daqueles poderes que tivera antes do período de humilhação.
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"Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e
JESUS, que estava à direita de Deus". At. 7.55
"E foi-lhe dado um nome que é sobre todo o nome, para que no nome de Jesus se dobre todo
joelho, dos que estão no céu, na terra e debaixo da terra". F1.2.11
Neste Nome Os Enfermos são curados, Mt. 4.24. Neste nome os demônios são
expulsos, Me. 5.1-17. Neste nome Milagres são realizados, McA.7-41. Neste nome os Mortos
são ressuscitados. João 11.43-44.
Questionário
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LIÇÃO 23
Texto: Gn. 1.2; I Co. 3.16; 6.19; - Oração - Duração do Estudo: 2 horas
Nomes e títulos dados ao Espírito Santo nos revelam muita coisa a respeito dele.
Embora o nome "Espírito Santo" não ocorra no Velho Testamento, mas a sua ação está
bastante explícita nas páginas das Sagradas Escrituras.
Respondendo ao ataque dos críticos modernos quanto à presença do Espírito Santo no Antigo
Testamento, afirmamos que o Espírito Santo é revelado no Velho Testamento de três
maneiras: primeira, como Espírito criador, por cujo poder o universo e todos os seres foram
criados; segunda, como o Espírito dinâmico ou doador de poder; terceira, como Espírito
regenerador, pelo qual a natureza humana é transformada.
1. 1. Espírito criador.
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade por cujo poder o universo foi criado.
Ele pairava por sobre a face das águas e participou da glória da criação. Gn. 1.2; JÓ. 26.13;
Sa1.33.6
O Espírito Santo criou e sustenta o homem. Gn. 2.7; Jó 33.4. Toda pessoa, seja ou não
servo de Deus, é sustentada pelo poder criador do Espírito de Deus. Dn. 5.23; Atos 17.28. O
homem deve a sua existência ao Verbo João 1.1,3 e ao Espírito. Foi a esses que Deus dirigiu
dizendo: "Façamos o homem ... ".
a) Obreiros para Deus. Como exemplo de obreiros inspirados pelo Espírito Santo,
mencionamos Josué. Num. 27.8-21; Otoniel, Juizes 3.9-10; José, Gn. 41.38-40; Moisés, Nm.
11.16-17; Gideão.Juízes 6.34; Sansão, Juizes 23.24,25; etc.
b) Locutores de Deus. O profeta de Israel, podemos dizer, era um locutor de Deus, um que
recebia mensagens de Deus e as entregava ao povo. Ele estava cônscio do poder celestial que
descia sobre ele de tempos em tempos capacitando-o para pronunciar mensagens não
concebidas por sua própria mente. Ezequiel. Ez . 8.1-3; Isaias, J eremias, Daniel e tantos outros.
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a) O uso do pronome neutro no grego. Com referência ao Espírito Santo faz-se uso do
pronome no masculino, embora no grego apareça o gênero neutro. "Ele me glorificará, porque
há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar". João 16.14.
b) O termo Consolador significa uma pessoa. "Porém, digo-vos a verdade, que convém que eu
vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá para vos ... " João 16.7
c) Seu nome é mencionado com outras pessoas, o que indica sua personalidade. "Porque
pareceu bem, ao Espírito e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas
necessárias". At. 15.28
d) O Espírito Santo pratica atos próprios de uma pessoa. "Então disse o Senhor: não
contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne". Gn. 3.3;
Lc. 12.12; Atos. 8.29; 10.19
a) A primeira coisa que precisamos compreender sobre o Espírito Santo é que Ele é Deus.
"Disse então Pedro: Ananias, por que Satanás encheu teu coração de forma que você mentiu
Ao Espírito Santo ... Você não mentiu aos homens, mas a Deus. At. 5.3,4
b) O Espírito Santo é Eterno. "E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do
abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas". Gn. 1.2. "Quanto mais o sangue
de Cristo, que, pelo Espírito Eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a
vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo". Hb.9.14
d) As obras que o Espírito Santo realiza, testificam que ele tem os mesmos atributos de Deus.
Criação, regeneração, ressurreição. Gn. 1.2; Jó 33.4; João 3.5- 8; Rm. 8.11
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Desde o princípio até o fim de sua vida terrena, o Senhor Jesus esteve intimamente
ligado ao Espírito Santo. Tão íntima foi esta relação que Paulo descreve a Cristo como "um
Espírito vivificante". Vejamos:
a) No Seu Nascimento
O Espírito Santo é descrito como o agente na milagrosa concepção de Jesus. Mat. 1.20;
Lc. 1.35. Jesus esteve relacionado com o Espírito de Deus desde o primeiro momento da sua
existência humana. O Espírito Santo desceu sobre Maria, o Poder do Altíssimo cobriu-a com
sua sombra, e àquele que dela nasceu foi dado o direito de ser chamado santo, Filho de Deus.
O efeito dessa intervenção divina revela-se no estado imaculado de Cristo, sua perfeita
consagração ao Pai. O poder do pecado foi destruído, e Um nascido de mulher, ao mesmo
tempo que era homem e santo, era também o Filho de Deus. O segundo Homem é do céu. I
Co. 15.47. Sua vida era de cima, João 8.23; sua passagem pelo mundo representa a vitória
sobre o pecado. Aquele que nenhum pecado cometera e que salva o seu povo dos seus
pecados, necessariamente teria de ser gerado pelo Espírito.
b) No Seu Batismo.
Com o passar dos anos, começou uma nova relação com o Espírito. Aquele que havia
sido concebido pelo Espírito foi ungido com o Espírito. Assim como o Espírito desceu sobre
Maria na concepção, assim também no batismo o Espírito desceu sobre o Filho, ungindo-o
como Profeta, Sacerdote e Rei.
c) No Seu Ministério.
Logo foi levado pelo Espírito ao deserto Me. 1.12 para ser tentado por Satanás. Ali ele
venceu as sugestões do príncipe deste mundo.
Ele exerceu seu ministério com o conhecimento "íntimo de que o poder divino habitava nele.
Sabia que o Espírito do Senhor Deus estava sobre ele para cumprir o ministério predito acerca
do Messias Lc. 4.18; e pelo dedo de Deus expulsou demônios. Luc. 11.20, At. 10.38.
d) Na Sua Crucificação
O mesmo Espírito que o conduziu ao deserto e o sustentou ali também lhe deu força
para consumar seu ministério sobre a cruz, onde, "pelo Espírito eterno se ofereceu a si
mesmo, imaculado a Deus" Hb. 9.14. Ele foi à cruz com a unção ainda sobre ele. O Espírito
manteve diante dele as exigências inflexíveis de Deus. O Espírito Santo encheu-lhe a mente de
ardor, zelo e amor persistentes, os quais o conduziram a completar seu sacrifício. Seu espírito
humano estava de tal modo saturado pelo Espírito de Deus que vivia no eterno e invisível, e
pôde "suportar a cruz, desprezando a afronta". Hb. 12.2.
e) Na Sua Ressurreição.
O Espírito Santo foi o agente vivificador na ressurreição de Cristo. Rom. 1.4; 8.11.
Alguns dias depois desse evento, Cristo apareceu a seus discípulos, soprou sobre eles, e disse:
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"Recebei o Espírito Santo"João 20.22; At. 1.2. Essas palavras não podem significar um símbolo
daquilo que havia de ocorrer cinqüenta dias depois, isto é, um lembrete do Pentecostes
vindouro.
f) Na Sua Ascensão.
Depois da ascensão o Senhor Jesus exerceu a grande prerrogativa messiânica que lhe
foi concedida - enviar o Espírito sobre outros. At. 2.33; Apoc. 5.6
Falando sobre o Espírito Santo, vejamos suas várias operações em relação com os
homens.
a) Operando Convicção.
b) Do Pecado de Incredulidade
Quando Pedro pregou, no dia de Pentecostes ele nada disse acerca da vida licenciosa
do povo, do seu mundanismo, ou de sua cobiça; ele não entrou em detalhes sobre sua
depravação para os envergonhar. O pecado do qual os culpou, e do qual mandou que se
arrependesse, foi a crucificação de Cristo; o perigo do qual os avisou foi o de se recusarem a
crer em Jesus.
c) Do Justiça de Cristo.
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Da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais. João 16.10. Jesus Cristo foi
crucificado como malfeitor e impostor. Mas depois do dia de Pentecostes, o derramamento do
Espírito e realização do milagre em sua nome convenceram a milhares de judeus de que não
somente ele era justo, mas também era a fonte única e o caminho da justiça. O Espírito Santo
não somente convenceu os judeus de que haviam crucificado o Senhor da Justiça, At. 2.36,37,
mas também ele lhes assegurou que havia perdão e salvação em seu nome. At. 2.38
"É do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado"João 16.11. Como se
convencerão as pessoas na atualidade de que o crime será castigado? Pela descoberta do
crime e seu subseqüente castigo; em outras palavras, pela demonstração da justiça. A cruz foi
uma demonstração da verdade de que o poder de Satanás sobre a vida dos homens foi
destruído, e de que sua completa ruína foi decretada. Heb. 2.14,15; I João 3.8. Pela morte de
Cristo todos os homens são resgatados do domínio de Satanás. Cabe ao homem ser
convencido pelo Espírito Santo de que na verdade já estão livres. João 8.32; 8.36.
a) Ele Testifica Sobre o Nosso Relacionamento Com Deus. "O próprio Espírito testifica com o
nosso espírito que somos filhos de Deus". Rom. 8.1; I João 3.24.
b) Ele Ensina. "Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, lhes
ensinará todas as coisas e lhes lembrará de tudo o que Eu Ihes disse". João 14.26.
c) Ele nos Guia. " ... porque os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus". Rom.
8.14
d) Ele nos ajuda Na Oração. "Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossas fraquezas. Não
sabemos o que deveríamos orar, mas o Próprio Espírito intercede por nós com gemidos que as
palavras não conseguem exprimir". Rom. 8.26
e) Ele Vivifica os Nossos Corpos. "E se o Espírito de Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos.
Aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também vivificará os seus corpos mortais
através do Seu Espírito, o Qual habita em vocês". Rom. 8.11
f) Ele Dar Poder e Intrepidez. "Mas recebereis poder e sereis minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judéia, e Samaria e em todos os confins da terra". At. 1.8; 2.14-40
O Novo Testamento fala do Espírito Santo como uma Pessoa, e nunca como uma
influência. Suas referências a Ele são sempre com o pronome masculino e nunca neutro.
Billy Graham, ao escrever para a revista "Decision', disse: "A maior necessidade do
mundo hoje é de cristãos espiritualmente maduros que não somente tenham professado sua
fé em Cristo, mas que vivam essa fé cada dia". E conclui: “Por que não entregas a tua vida ao
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Senhor para deixá-Ia mudar a direção, rumo à maturidade espiritual”? Esta é a maior
necessidade atual.
Questionário
2. Quais as três maneiras pelas quais o Espírito Santo é Revelado no Novo Testamento?
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LIÇÃO 24
De acordo com a Bíblia, o homem foi criado à imagem de Deus. Os primeiros Pais da
Igreja concordavam plenamente de que o homem fora criado à imagem e semelhança de
Deus.
Ao criar o homem, Deus tinha um maravilhoso plano e propósito para ele. Ele desejava
ter seres que pensassem e sentissem como Ele, seres com os quais Ele pudesse compartilhar a
sua vida e que dominassem sobre a terra. Assim sendo, Ele criou o homem - à Sua própria
imagem.
Em que consiste a imagem de Deus no homem? Que efeito teve a queda do homem
sobre a imagem de Deus? O que realmente significa "imagem e semelhança" de Deus?
1. Consciência própria
Este é o segundo ponto que separa o homem dos outros animais. Qualquer animal
pode ser ensinado a pensar numa cor, será uma cor identificada com algum objeto. O homem
tem a capacidade de pensar não só na cor independente de qualquer objeto colorido, como
também em outras coisas abstratas, tais como: ódio, amor, prazer, etc.
3. A lei moral
Em terceiro lugar, queremos chamar a atenção para o fato de que o homem reconhece
a existência de uma lei moral a que ele está sujeito. Por meio dela, o homem tem ciência da
diferença entre o bem e o mal, e compreende o dever de obedecer à lei moral, não somente
pelo respeito de qualquer autoridade exterior, como também por um constrangimento
interior.
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a) Intelecto que é a capacidade que o homem tem de julgar, recordar, imaginar e raciocinar.
A capacidade intelectual que o homem tem o faz semelhante a Deus. Se não houvesse
conformidade, na estrutura mental, seria impossível a comunicação de um com outro. O fato
de Deus manifestar-se ao homem prova que o homem pode receber e compreender tal
revelação.
Há ainda a semelhança moral, porque assim foi o homem criado por Deus. Essa
semelhança moral consistia nas qualidades morais que faziam, e ainda hoje fazem parte do
caráter de Deus.
O homem não somente possui a imagem de Deus. A imagem de Deus não é algo
acidental, é algo essencial a natureza humana.
6.3. Outro elemento que faz parte da imagem de Deus é o da espiritualidade. Deus é
espírito, e é simplesmente natural esperar que este elemento de espiritualidade também se
ache no homem.
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6.4. Antes do cair em pecado, ele refletia perfeitamente a imagem de Deus, vejamos:
6.4.1. O homem reflete a imagem de Deus como um ser que é relacional. Ele não vive
isolado, assim como Deus não vive só. Deus é tri-pessoal. Gen. 1.26.
6.4.2. O homem reflete a imagem de Deus pela sua capacidade de dominar sobre as
outras coisas criadas. Gen. 1.26-28.
6.4.3. O homem reflete a imagem de Deus por ter atributos que são inerentes a sua
própria natureza.
a) Poder intelectual: É a faculdade de raciocinar, inteligência e outras que refletem aquilo que
Deus tem.
O que significa ser criado à imagem e semelhança? Significa que o homem foi criado
para refletir, espelhar e representar Deus. Agostinho diz que o homem foi criado "capaz de
não pecar". Berkhof diz que a imagem de Deus consiste na integridade original da natureza do
homem, que se expressa:
a) No conhecimento Verdadeiro - Col. 3.10 "E vos revestistes do novo homem, que se refaz
para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que ' o criou".
b) Na justiça - Ef. 4.24 "E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e
retidão procedentes da verdade".
c) Na santidade - Ef. 4.24 "E vos revistais do novo homem, que, segundo Deus, é criado em
verdadeira justiça e santidade".
O estado original não foi mantido pelos nossos primeiros pais. Veio a desobediência e
consequentemente a queda. Foram criados para refletir Deus e não passaram no teste.
Provados, caíram e deformaram a imagem de Deus neles.
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permanece no homem. Note que o homem mesmo após a queda, é apresentado como
imagem de Deus. Gen. 9.6; I Cor. 1l.7; Tiago 3.9
Para Calvino, a imagem de Deus não foi totalmente aniquilada com a queda, mas foi
terrivelmente deformada. Ele descreveu esta imagem depois da queda como "uma imagem
deformada, doentia e desfigurada". Rom. 3.10-19
O homem antes criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa ter esta
condição restaurada. Restauração esta que se estenderá por todo o processo da redenção.
Esta restauração da imagem só é possível através de Cristo, porque Cristo é a imagem perfeita
de Deus, e o pecador precisa agora tomar-se mais semelhante a Cristo. Col. 1.15 "Ele é a
imagem do Deus invisível" e em Rom. 8.29 diz que Deus nos predestinou para sermos
"Conforme a imagem de Seu Filho". I João 3.2; II Cor. 3.18.
A glorificação é voltar à perfeição com a qual fomos criados por Deus, é voltar a
imagem de Deus. Este é o propósito final da redenção. E isto só é possível em Cristo. Em Cristo,
o cristão não apenas volta ao que era Adão antes de pecar, mas vai um pouco mais além.
Adão ainda podia perder a impecabilidade, mas aos santos glorificados isso não poderá
mais ocorrer. Os santos na glória não serão capazes de pecar nem de morrer. Isaias 25.8; I Cor.
15.42,54; Ef. 5.27; Apoc. 21,4
Questionário.
1. O que você entende por Consciência Própria?
LIÇÃO 25
Apesar do homem admitir a realidade do pecado, ele não é capaz de explicar a sua
origem e sua presença na natureza humana. Neste estudo iremos considerar o pecado e suas
consequências na vida de nossos primeiros pais.
1. A Origem do Pecado
Rejeitamos esta teoria porque ela faz de Deus um ser finito e dependente. Não pode
duas coisas infinitas na mesma categoria, e Deus não pode ser ao mesmo tempo soberano e
limitado por algo que nem criou e nem pode evitar. Esta idéia elimina o conceito do pecado
como um mal moral. Se o pecado é uma parte inseparáve1 da nossa natureza, fica sem efeito
o sentido de responsabilidade ou culpabilidade humana.
Leibnitz e Spinoza afirmavam que o pecado tem sua origem na limitação humana.
Portanto não é mais do que um resultado necessário das limitações de nosso ser.
Esta teoria significa dizer que o mal moral é o antecedente e a condição necessária
para o bem moral. Não poderíamos conhecer o bem moral se não existisse o mal moral.
Rejeitamos esta teoria porque ela ignora a distinção entre o elemento físico e moral.
Mesmo que o homem tenha sido criado com algumas fraquezas e limitações físicas, ele não foi
criado com fraquezas e limitações morais. Ele poderia ter obedecido a Deus, se tivesse
escolhido fazer. I Co. 3.10
Com sensualidade queremos dizer o que é dos sentidos ou se refere aos sentidos.
Schleiermancher afirmou que o pecado se originava em nossa natureza sensual, que portanto,
seria ela mesma má. Seguidores desta linha de pensamento traçam o mal moral como uma
herança que o homem recebeu de seus antepassados animais. Alguns teólogos antigos
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chegaram a afirmar que esta natureza sensual é resultado da ligação da alma com um
organismo físico.
Recusamos esta teoria porque os sentidos não são eles próprios as fontes de pecado,
mas frequentemente se transformam em instrumentos da natureza carnal. Além do mais essa
doutrina leva ao asceticismo, no qual o poder dos sentidos deve ser enfraquecido. Ao invés de
explicar a origem do pecado como uma escolha livre e deliberada do homem, afirmam que o
pecado foi resultado da constituição original da natureza humana; assim sendo, o homem
passa a ser a pena um infeliz e que não tem culpa alguma nesta questão de pecado.
A narrativa da queda em Gn. 3.1-8 não é uma narração alegórica, mas sim histórica,
isto fica evidenciado pelo contexto de fatos históricos e por escritores posteriores
considerarem como histórica. Prova disto é que os nomes Adão e Eva não são simbólicos.
Também o Jardim, os rios, as árvores e os animais são claramente fatos históricos, literais. Não
podemos aceitar a hipótese da queda alegórica, pois o próprio Jesus e os apóstolos trataram a
narrativa do Gênesis como histórica. João 8.44; II Cor. 11.3; Apoc. 20.2.
Antes da queda, Deus e Adão estavam em comunhão um com o outro; após a queda,
essa comunhão foi quebrada. Nossos primeiros pais sentiram o peso do aborrecimento de
Deus sobre si; haviam desobedecido sua ordem explícita para não comer da árvore do
conhecimento do bem e do mal, eram culpados. Sabiam que haviam perdido seu lugar diante
de Deus, e que sua condenação repousava sobre eles. Portanto, ao invés de buscar sua
comunhão, eles agora tentavam fugir dEle. Suas consciências culpadas não lhes davam
sossego, por isso tentaram se livrar da responsabilidade. Adão disse que Eva, a mulher que
Deus ha via dado, o havia levado ao pecado; Eva acusou a serpente. Eram culpados, mas
tentaram jogar a responsabilidade por seu pecado sobre outrem.
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Quando saíram das mãos do Criador, eles eram não apenas inocentes, mas também
santos. Sua natureza não era pecaminosa. Agora tinham uma sensação de vergonha,
degradação e poluição. Havia algo a esconder. Estavam nus e não poderiam comparecer diante
de Deus em sua condição decaída. Foi esta sensação de impropriedade que os levou a fazer
para si mesmos vestes de folhas de figueira. Estavam moralmente arruinados. Deus havia dito
a Adão a respeito da árvore proibida: "No dia em que dela comeres, certamente morrerás".
Gn. 2.17. Portanto, por um só homem entrou o pecado no mundo. Rom.5.12
3. A Imputação do Pecado
A Teoria Traduciana mostra que a alma é derivada de Adão tanto quanto o corpo.
Acredito que esta teoria responde a questão da imputação do pecado sobre a raça humana.
Entretanto, os homens têm proposto outras teorias, e iremos examinar e refutar as principais
delas, e daí estabelecer aquilo que consideramos como a doutrina bíblica de maneira mais
detalhada.
3.1. A Teoria Pelagiana. Pelágio foi um monge inglês, que nasceu mais ou menos em
370 AD. Ele expôs uma teoria, onde afirma que o pecado de Adão afetou apenas a ele; que
toda a alma humana é criada por Deus imediatamente, e criada inocente, livre de tendências
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depravadas e capaz de obedecer a Deus como o era Adão; que Deus imputa aos homens
apenas aos que eles fizerem pessoal e conscientemente; e que o único efeito de pecado de
Adão sobre sua posteridade é o de ser um mau exemplo.
Na verdade esta teoria nunca foi conhecida como bíblica, nem formulada em uma
confissão por qualquer ramo da igreja; que as Escrituras, pelo contrário, mostram que todo o
ser humano herdou uma natureza pecaminosa. Rm. 5.12; SI. 51.5; Ef. 2.3; Jó 14.4 que os
homens se tomam culpados de atos pecaminosos tão logo entrem de posse da consciência
moral. Sal. 58.3; Is. 48.8
3.3. A Teoria Federativa. A teoria federativa parece ter começado com Coceceius
(1603-1669). Catedrático na Holanda, mas foi elaborada mais detalhadamente por Francis
Turretin (1623-1669), também catedrático holandês. Esta teoria diz que Deus fez Adão o
representante da raça humana e entrou em uma aliança com ele. Pelos termos desta aliança,
Deus prometeu conceder vida eterna a Adão e sua posteridade se ele, como o cabeça
representativo, obedecesse a Deus, e denunciou o castigo de morte, caso desobedecesse.
Como Adão pecou, Deus considera todos os seus descendentes como pecadores, e os condena
por causa da transgressão de Adão. Portanto, Ele cria imediatamente cada alma da
posteridade de Adão com uma natureza corrupta, que leva a atos de pecado.
Rejeitamos tal teoria, porque não há nenhuma menção de uma tal aliança com Adão; a
palavra hebraica traduzida "Adão" em Oséias 6.7 deve mais provavelmente ser traduzida como
"homem". Esta idéia contradiz à Escritura, por fazer do primeiro pecado de Adão o fato de
Deus considerar e tratar a raça como pecadores. A Escritura, pelo contrário, declara que a
ofensa se Adão nos constitui pecadores. Rom. 5.19. Não somos pecadores simplesmente
porque Deus nos considera e trate como tais, mas Deus nos considera como pecadores porque
o somos. Está escrito que a morte "passou a todos os homens", não porque foram
considerados e tratados como pecadores, mas "porque todos pecaram". Rom. 5.12.
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4.1. Significado de Depravação. Com depravação queremos dizer a falta que o homem
tem de justiça original e de afeições santas para com Deus, e também a corrupção de sua
natureza moral e sua tendência para o mal. O ensinamento bíblico é claro sobre este assunto:
"Não há ninguém que não peque". I Reis 8.46; "porque a tua vista não há justo nenhum
vivente". SI. 143.2. "Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado".
Pv. 20.9 "Não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e que não peque". Ec. 20.9 "Não
há justo, nem sequer um ... não há quem faça o bem, não há nenhum sequer". Rm.3.19. "Pois
todos pecaram e carecem da glória de Deus". Rm. 3.23.
4.2. Culpa. O fato de considerarmos a culpa depois da depravação não significa que ela
venha mais tarde. Todas estas conseqüências caem sobre o homem simultaneamente como o
resultado da queda.
4.2.2.a) Pecado de Natureza. A natureza pecaminosa que existe dentro de cada ser
humano o leva cometer atos de transgressão. As palavras de Jesus "porque dos tais é o reino
dos céus" Mt.l9.14, falam da inocência relativa da criança; enquanto que suas palavras aos
escribas e fariseus: "Enchei-vos, pois, à medida de vossos pais" Mt. 23.32, se referem a
transgressão pessoal acrescentada à depravação herdada.
4.3.1. O Significado do Castigo. Castigo é aquela dor ou perda que é infligida pelo
Legislador em vindicação de sua justiça que foi ultrajada pela violação da lei. Em todo castigo
existe um elemento pessoal, a sabe, a ira santa do Legislador. À vista disto, é fácil ver que a
intenção essencial do castigo não é de produzir a reforma do transgressor. Existe uma
diferença entre correção e punição. A correção procede do amor e é dada como corretivo. Jer.
10.24; Heb. 12.6; mas castigo procede da justiça e portanto não tem a intenção de reformar o
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transgressor. Ez.28.22; 36.21,22; Apoc. 15.1,4[ 16,5; 19.2. O castigo infligido pela lei não é unia
correção mas sim uma justa retribuição, não é um meio, mas um fim.
4.3.2. O Caráter do Castigo. Uma só palavra basta para declarar o castigo do pecado, e
assim é dada nas Escrituras: morte. E uma morte tríplice: física, espiritual e eterna.
4.3.2.a) Morte Física. A morte física é a separação entre a alma e o corpo. Gen.2.17;
3.19; Num. 16.29; 27.3; SI. 90.7-11; Is. 38.17,18 João. 8.44; Rm.5.12,14,16-17. Para o cristão, a
morte não é mais um castigo, pois Cristo sofreu a morte como castigo do pecado. Para ele, ela
se torna como um sono para o corpo, um portal para a alma, através do qual ele entra em
plena comunhão com seu Senhor. II Cor. 5.8; F1.l.21-23
Questionário
1. O que você entende por "o pecado não é eterno"?
2. O que você entende por "o pecado não é Resultado da Limitação humana"?
3. O que você entende por "o pecado não tem origem na sensualidade"?
4. O que você entende por "o pecado originou no Ato da Livre Escolha de Adão"?
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LIÇÃO 26
A Nova Vida em Cristo está resumida nas palavras do apóstolo Paulo: "Pelo que, se
alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo"
li Cor. 5.17. Este versículo fala de uma experiência subjetiva, isto é. Todos os desejos e apetites
deste homem não-regenerado passaram e foram substituídos por um conjunto de desejos e
apetites inteiramente novo.
Os profetas ansiavam pelo dia em que Deus faria algo de novo. Is. 43.19; Jer. 31.22.
Quando Deus completar sua obra redentora, fará um novo trato com seu povo. Jer. 31.31; Ez.
34.25; 37.27; ele implantará um novo coração e um novo espírito dentro deles. Ez. 11.19;
36.26. A afirmação, de que, "em Cristo", o que é velho já passou e tudo se fez novo é um
enunciado escatológico, que teve seu cumprimento com a vinda de Cristo. Com ele veio a nova
criação, a criação de um novo homem. Em Cristo, os homens não precisam mais se conformar
com o século antigo. Rm. 12.2. O novo pacto com deus já existe. I Co. 11.25. Deus forjou uma
nova criação em Cristo, que deve se expressar em boas obras. Ef. 2.10. Ele criou um novo
homem, que é constituído de todos aqueles que estão em Cristo, sejam judeus ou gentios. Ef.
2.15.
Em Cristo, os homens não precisam mais se conformar com o velho sistema. Rm. 12.2.
O novo pacto com Deus já existe. I cor. 11.25. Esta nova criação é uma nova natureza interior
que capacita a viver em justiça, porque já se despiram do velho homem e estão revestidos do
novo homem, "que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o
criou". Cal. 3.9-10.
Em Cristo, significa comunhão consciente com ele. Nada poderá nos separar do amor
de Deus em Cristo Jesus. Rom. 8.39. A nova vida significa justiça, paz e alegria no Espírito
Santo. Rm. 14.17. Em Cristo, equivale a estar no corpo de Cristo. Rm. 12.5. Todos os crentes
são um em Cristo Jesus. Gl. 3.28. Deus nos escolheu em Cristo. Ef. 1.4, e nos predestinou Ef.
1.7. Tanto a redenção Rm. 3.2 como a santificação I Co. 1.2 foram forjadas em Jesus Cristo. A
reconciliação do mundo se deu em Cristo. II Co. 5.19. A justificação chega aos homens em
Cristo. Ef. 4.32.
O apóstolo Paulo fala de duas raças de homens. Os homens naturais estão em Adão; os
homens renovados, em Cristo. Como Adão é o chefe e representante da velha raça, Cristo é o
chefe e representante da nova humanidade. Em Adão vieram o pecado, a desobediência, a
condenação e a morte; em Cristo, a justiça, a obediência, e a vida. Rm. 5.12. Aqueles que estão
em Adão pertencem a velha raça, que é escravidão ao pecado e a morte; aqueles que estão
em Cristo pertencem a nova humanidade que é liberdade e vida.
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O homem em Cristo está também "no Espírito". Se o oposto de "em Cristo" é estar em
Adão, o oposto de "no Espírito" é estar "na carne". Rm. 8.9. Aqueles que estão "em Adão"
estão também "na carne". Por outro lado, o homem que está "em Cristo", está também no
Espírito.
Em I Co. 6.11 estar escrito: "mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes
justificados ... no Espírito do nosso Deus". Lavados, significa primariamente, ser purificado do
pecado. Justificados, significa o ato de absolvição. Santificados, significa o processo daqueles
que estão vivendo em Cristo. Estes são fatos presentes na vida daqueles que estão vivendo em
Espírito.
Correspondente ao fato de que os crentes estão no Espírito está o fato de que eles não
estão mais vivendo na carne. "Vos, porém, não estais na carne, mas no Espírito" Rm. 8.9;
Em Rm. 7.5 encontramos: "quando estávamos na carne", indica que aqueles que estão
no Espírito não estão mais na carne. Aqui encontramos dois modos de viver a vida: o velho, na
carne - do pecado e da morte; e o novo, no Espírito - da justiça e da vida.
Uma outra maneira do apóstolo Paulo dizer a mesma verdade é através da expressão
de morrer e crucificar-se na carne. Quando uma pessoa passa a viver no Espírito, ela é liberta
do domínio da carne. Isto é visto como morte; a carne foi crucificada. Gl. 5.24. Paulo expressa
a mesma verdade quando diz que ele morreu: "Estou crucificado com Cristo". Gl. 2.20. Este
não é um enunciado subjetivo de algo que aconteceu na consciência cristã, mas uma
afirmação teológica da posição de alguém em Cristo. A mesma idéia se repete quando Paulo
afirma que foi crucificado para o mundo, e o mundo, para ele. Gl. 6.14.
Paulo usa a expressão de morrer e ressuscitar com Cristo para expressar a mesma
verdade. Rm. 6.1-11. O batismo em Cristo v.3, significa união com ele em sua morte e ser
sepultado com ele, o que, por sua vez, significa morte para o pecado; a crucificação do homem
velho e a destruição do "corpo do pecado" v.6, significa libertação do pecado e vida para Deus.
Nesta passagem, a ressurreição com Cristo é futura e escatológica v.5 e 7, mas Efésios 2.5,6
fala de uma ressurreição presente com Cristo, e a afirmação de que estamos vivos para Deus,
v. 11.
A união do crente com Cristo, em sua morte, significa que ele também morreu para o
mundo Cl. 2.20. Esta não é uma experiência, mas um fato, em que o cristão deve aceitar pela
fé. Visto que ele morreu para o mundo, ele não tem mais que viver como se fosse um mero ser
legalista, definido por regras legalísticas de práticas ascéticas, para obter um nível mais
elevado de santidade, em vez de experimentar a liberdade que está em Cristo. Cristo
ressuscitou e está assentado no céu, à destra de Deus. O crente ressuscitou com Cristo e foi
elevado ao céu, e a sua "vida está escondida com Cristo em Deus". Gl. 3.3. Por haver sido
elevado ao céu, o crente tem que pensar "nas coisas que são de cima, e não nas que são da
terra". Cl. 3.2. Claro que esta ordem não significa total indiferença com os compromissos e
responsabilidades inerentes à nossa existência diária.
O homem renovado não está apenas em Cristo e no Espírito; mas tanto Cristo como o
Espírito habitam nele. Estes são dois aspectos da mesma realidade. Rm. 8.9-10. "Vos, porém,
não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós ... Ora, se Cristo
está em vós .. ". Aqui encontramos os lados objetivo e subjetivo da mesma realidade. Aqui fica
claro que Cristo habita no crente. O crente foi crucificado com Cristo, mas tem uma nova vida,
porque Cristo vive nele. Gl. 2.20
Conclusão:
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ESCOLA DE DISCÍPULOS
Concluímos dizendo que a união do crente com Cristo, em sua morte e ressurreição, a
habitação de Cristo e do Espírito, a bênção da vida eterna, são modos diferentes de descrever
a mesma realidade: a situação do homem de fé, que se tornou uma nova criatura em Cristo.
Quando Paulo diz que fora de Cristo os homens estão mortos Ef. 2.1, ele deve querer
dizer espiritualmente mortos. Ele não pode estar querendo dizer que os homens não
redimidos não têm espírito. Estar morto em seu espírito significa que eles não estão vivendo
em comunhão com Deus. Ao serem eles vivificados significa que foram trazidos a comunhão
corno Deus vivo.
Questionário.
1. O que é a Nova Vida em Cristo?
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LIÇÃO 27
DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO
O termo hebraico para "justificar" é hitsdik, que significa "declarar judicialmente que o estado
de uma pessoa está em harmonia com as exigências da lei". Ex. 23.7; Dt. 25.1; Pv. 17.5. Certos
representantes da teoria da influência moral e também alguns teólogos liberais modernos
negam o significado legal do termo "justificar" e lhe atribuem o sentido moral. Mas se
observarmos cuidadosamente as Escrituras, somos induzidos a aceitar o sentido legal de
justificação. Por exemplo: a) alguns termos postos em contraste como justificar e condenar,
Dt. 25.1; Pv. 17.15; IS.5.23; b) Outros termos que indicam um processo de julgamento, Gen.
18,25; Sal. 143.2; c) Outras vezes encontramos expressões equivalentes à declaração judicial,
Gn. 15.6; SI. 32.1,2. Há duas passagens em que a palavra significa mais que simplesmente
"declarar justo", que são, Is. 53.11 e Dn. 12.3. Mas mesmo nestes casos o sentido não é de
"tornar bom ou santo" mas sim, "alterar a condição de modo que o homem possa ser
considerado justo".
a) O verbo dikaioo. Este verbo significa "declarar que uma pessoa é justa".
Ocasionalmente se refere a uma declaração pessoal de que o caráter moral da pessoa está em
conformidade com a lei. Mt.l2.37; Luc.7.29; Rm. 3.4.
b) A palavra dikaios nunca expressa o que uma coisa é em si mesma, mas sempre o
que é em relação a alguma outra coisa, a algum padrão que está fora dela, ao qual ela deveria
corresponder. No Grego clássico, o termo dikaios é aplicado a um carro, a um cavalo ou a
qualquer outra coisa, com o fim de indicar que a coisa referida é própria para o uso
pretendido. Nas Escrituras, um homem pode ser chamado dikaios quando, a juízo de Deus, a
sua relação com a lei é o que deve ser.
Alguns dos mais antigos Pais da Igreja, já falavam da justificação pela fé embora não
tivessem um claro entendimento da justificação e da sua relação COIL a fé. Não distinguiam
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entre Santificação e Justificação. Nem mesmo Agostinho tinha uma correta compreensão da
Justificação como ato legal, distinto do processo moral de santificação.
Na Idade Média o assunto ainda era confuso, não havia uma distinção clara entre
Justificação e Santificação. Os Escolásticos afirmavam que justificação inclui dois elementos: os
pecados do homem são perdoados e ele é transformado em justo ou reto. Tomaz de Aquino,
inverteu a ordem dos Escolásticos, ensinava que a graça é infundia no homem e esta graça o
torna justo e a seguir teria seus pecados perdoados. Este conceito prevaleceu na Igreja
Católica Romana. Claro que este conceito contribuiu para o surgimento da doutrina dos
méritos humanos, que se desenvolveu gradativamente na Idade Média. O homem é justificado
com base nas suas boas obras. Nos Cânones e Decretos do Concílio de Trento, no Capítulo IX
está escrito; "Se alguém disser que somente pela fé o ímpio é justificado em termos tais que
signifique que nada mais se requer para cooperar para a obtenção da graça da justificação, e
que de modo nenhum é necessário que ele seja preparado e ajustado pelos impulsos da sua
própria vontade, seja anátema".
Com relação ao meio da justificação, eles davam ênfase ao fato de que o homem é
justificado gratuitamente pela fé que recebe e descansa unicamente em Cristo para a salvação.
Além disso, eles rejeitaram a doutrina de uma justificação progressiva, e afirmavam que ela é
instantânea e completa e não depende para a sua consumação de mais nenhuma satisfação
pelo pecado.
A justificação é um ato judicial de Deus, no qual Ele declara, com base na justiça de
Jesus Cristo, que todas as reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador. A Bíblia
ensina que justificação é muito mais que o perdão. Os que são justificados têm "paz com
Deus", segurança da salvação, Rm. 5.1-10 e uma "herança entre os que são santificados". At.
26.18.
4.1. A justificação remove a culpa do pecado e restaura o pecador a seu estado de filho
de Deus, incluindo uma herança eterna.
4.2. A justificação acontece uma vez por todas. É completa e para sempre.
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6. Justificação Pela Fé
6.1. A relação da fé com a justificação. Diz a Escritura que somos justificados pela fé.
Rm.3.2S, 28, 30; 5.1; Gl. 2.16; FI.3.9. A fé é o instrumento pelo qual nos apropriamos da
justificação. A preposição "ek" indica que a fé precede a nossa justificação. A Bíblia não diz que
somos justificados por causa da fé, isto porque a fé nunca é apresentada como a base da nossa
justificação. Se fosse. então seria considerada como obra meritória do homem. Rm.3.21, 27,
28; 4.3, 4.
6.2. A fé é apenas o instrumento. A Bíblia diz que Deus justifica o pecador pela fé,
Rm.3.30. Pela fé, o pecador se apropria da justiça de Cristo e estabelece uma união consciente
entre ele e Cristo.
É maravilhoso saber que pelo fato de estarmos em Cristo Jesus somos tirados da
posição de culpa e da ira de Deus e inseridos numa posição de inocência diante de Deus e num
relacionamento de amor com Deus. Bendito seja o Senhor, o justo juiz que usando da sua
infinita misericórdia nos declara "não culpados" porque Jesus fez tudo o que era necessário.
Questionário.
1. O que significa o termo justificar no Velho Testamento?
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LIÇÃO 28
DOUTRINA DA SANTIFICAÇÃO
Será que podemos falar de fé como única coisa necessária e requerida para se obter
santificação? Será que a santificação se dá pela fé somente sem qualquer participação
humana? Será que a fé em Cristo é a base de toda a santidade e que devemos apenas confiar
em Cristo? Será que a fé purifica os corações porque a fé é a vitória que vence o mundo?
As Escrituras nos ensinam que para seguir a santidade o verdadeiro crente precisa ter
fé e também exercer esforço pessoal. Veja o que o apóstolo Paulo escreveu: "Antes corro,
assim luto, esmurro o meu corpo"; "purifiquemo-nos de toda impureza, esforcemos-nos por
entrar ... desembaraçando-nos de todo peso. I Co.9.26; II Co.7.1, Hb. 4.11; 12.1".
A Bíblia em parte alguma ensina que a fé nos santifica no mesmo sentido e da mesma
maneira como a fé nos justifica.
É correto dizer "a fé justifica". Rm. 4.5. Porém, não é igualmente correto dizer "a fé
santifica". A Bíblia nos ensina que somos justificados pela fé, independente das obras da lei.
Mas ela não diz que somos santificados pela fé independente das obras da lei.
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1. 1. a) Ambas procedem da graça gratuita de Deus. É somente pela graça inefável que
somos justificados e santificados.
1.l.b) Ambas fazem parte da Obra de Salvação que Jesus Cristo realizou em favor do
seu povo. Cristo é a fonte da vida, nele temos tanto o perdão dos pecados como modelo de
santificação.
1.1.c) Ambas começam no mesmo tempo. No momento em que uma pessoa torna-se
justificada, também começa o processo de santificação.
1.1.d) Ambas são necessárias à salvação. Ninguém jamais chegou ao céu sem a graça
da santificação. Hb. 12.14
1.2.a) A justificação ocorre mediante uma declaração feita por Deus com base nos
méritos do Senhor Jesus Cristo. A santificação é o desenvolver progressivo da justiça no
interior do homem.
1.2.e) A justificação nos confere direitos de ir para o céu. A santificação nos torna
adequados para habitar no céu.
1.2.f) A justificação é um ato de Deus a nosso respeito, não podendo ser facilmente
percebido por outras pessoas. A santificação é uma obra de Deus dentro de nós, a qual pode
ser vista pelos homens. II Reis 4.
2. A Natureza da Santificação
Santificação é uma operação experimental interna que o Senhor Jesus Cristo realiza
em uma pessoa pelo Espírito Santo, quando Ele a chama para ser um verdadeiro crente.
1.1. Santificação é O resultado da união com Cristo. João 15.1; Tg.2.17-20; Tito 1.1;
Ga1.5.6; I João 1.7; 3.3.
1.3. Santificação é a evidência da presença habitadora do Espírito Santo. Rom. 8.9; Gal.
5.22-23
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1.4. Santificação é o resultado dos frutos produzidos. Lc. 6.44; Mt. 25.37
Esta necessidade está registrada em Rm. 7. De acordo com o texto existe um inimigo
no interior do homem, chamado de "lei do pecado", v. 23; por isso há necessidade da obra
santificadora do Espírito Santo para que o pecador tenha prazer na lei de Deus, v. 22
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filho, uma boa esposa; quando procedemos honestamente no mundo dos negócios e do
comércio.
2.5. A verdadeira santificação consiste no respeito à lei de Deus, bem como no esforço
por viver em obediência a ela como regra de vida. O cristão não pode ser justificado pela
guarda da lei, mas a observação a lei produz santificação. O Espírito Santo convence o crente
do pecado por intermédio da lei. Não conhecemos o pecado se a lei não disser. Paulo disse:
"No tocante ao homem interior tenho prazer na lei de Deus". I Tm.1.8; Rm.7.22.
4.2. Vivificação do novo homem, criado em Cristo Jesus, para boas obras.
Santificação é uma obra de Deus com a participação humana. Quando se diz que o
homem participa na obra de santificação, está se dizendo que Deus efetua essa obra em parte
pela instrumental idade do homem, o qual coopera com o Espírito Santo. Que o homem
precisa cooperar com o Espírito Santo é evidente: a) várias advertências são feitas ao homem
contra males e tentações, indicando que o homem deve agir no sentido de evitar o pecado.
Rm.12.9,16,17; I Co. (6.9,10; Gl. 5.16-23; e b) as constantes exortações a um viver santo. Estes
fatos implicam que o crente deve se esforçar no aperfeiçoamento moral e espiritual da sua
vida. Miq.6.8; João 15.2,8,16; Rm.8.12,l3; 12.1,17.
5. Os Meios Da Santificação
5.1. Pela Palavra de Deus. Jesus assim orou: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade" João 17.17. A Palavra de Deus tem efeito purificador, e lava. Ef. 5.25. Ela tem efeito
penetrante. Hb.4.14; SI. 119.9-1l.
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5.2. Pelo Sangue de Cristo. "E por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu
próprio sangue, padeceu fora da porta". Heb. l3.12. O Sangue de Jesus é a base de toda a
nossa pureza e vitória. I João 1.7; Ef. 1.7.
5.3. Pelo Espírito Santo. "E o mesmo Deus de paz vos santifica em tudo" I Tes.5.23.
"Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na
verdade". II Tes. 2.13.
6. Considerações finais:
6.2. Um homem santo se esforçará por evitar todo o pecado conhecido, observando
cada mandamento revelado. Terá prazer de cumprir a Vontade de Deus; um maior temor em
desagradar ao Senhor. "Porque no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus"
Rm.7.22
6.3. Um homem santo esforçar-se-á por ser semelhante ao Senhor Jesus Cristo. Rom.
8.29. Seu objetivo será de paciência e perdão aos outros, tal como Cristo perdoou. I João 2.6
6.6. Um homem santo seguirá o amor e a fraternidade. Será cheio de afete por seus
irmãos. "Aquele que ama ao próximo, tem cumprido a lei". Rm. 13.8. Abominará toda a
mentira, calúnia, maledicência, desonestidade, negócios injustos. I Co. 13
"Eu sou o principal dentre todos os pecadores". ITm. 1.15; ou como Bradford, fiemártir
de Cristo, usava escrever no final de suas cartas: "Um miserável pecador. John Bradford".
Questionário
1. O que é a verdadeira Santidade Prática?
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LIÇÃO 29
Texto: Atos 4.33; 14.26; Ef. 2.8 - Oração - Duração do Estudo: 2 horas
Por que a graça de Deus foi tão importante na experiência dos primeiros cristãos? Por
que a Igreja de Antioquia orou para que a Graça de Deus estivesse sobre Paulo e Barnabé, e
mais tarde sobre Paulo e Silas, quando partiram em suas viagens missionárias? O que é a Graça
de Deus?
A palavra graça tem vários sentidos: quer dizer favor que se recebe ou que se faz a
alguém. O conceito mais comum da palavra "graça" é o favor imerecido de Deus. Ef. 2.8,9; Tt.
3.5.
Nas cartas do apóstolo Paulo, graça geralmente significa a soma das bênçãos que o homem
recebe de Deus por meio de Jesus Cristo.
Graça é também o poder de capacitação de Deus. "Que o nosso Senhor Jesus e Deus,
nosso Pai, o Qual nos amou e pela Sua graça no deu um eterno encorajamento e uma boa
esperança, possa encorajar os seus corações, fortalecê-los em toda boa obra e palavra". II Ts.
2.16,17. A sua graça não somente nos toma aceitos na família de Deus, mas também supre o
poder que necessitamos para vivermos a vida cristã.
2. A Natureza da Graça
2.1. Ela é Grande. At. 4.33 "E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da
ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça". A grandeza da graça é a
própria grandeza de Deus. Por ser grande, ela envolve todo o mundo. Por ser grande, ela
alcança todas as épocas. Por ser grande, ela se toma o veículo eficaz para envolver toda a
humanidade, facultando-lhe a oportunidade de escapar da condenação eterna.
2.2. Ela é Suficiente. II Co. 12.9. "E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza ... ". Graça é a resposta de Deus à necessidade do homem.
Posto que a sua necessidade é altamente vasta e profundamente abrangente, Deus sentiu a
importância de estender a sua mão ao home oferecendo-lhe uma graça suficiente. Assim, o
Senhor tranquilizou a Paulo, afirmando-lhe: a minha graça é suficiente, e a minha graça te
basta.
2.3. Ela é Rica. Ef. 2.7 "Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da
sua graça, pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus Deus manifestou sua graça a
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todos os homens, posto que haviam sido encerrado debaixo do pecado. Esta graça é rica em
perdoar, em reconciliar, em justificar, e regenerar e também em glorificar.
2.4. Ela é Soberana. Rm. 5.26 "Onde abundou o pecado superabundou graça". Por
longo tempo o pecado reinou soberanamente no coração do homem, Mas agora "assim como
o pecado reinou na morte, também a graça reina pela justiça para a vida, por Jesus Cristo
nosso Senhor". Rm. 5.21.
3. Operações da Graça
1.1. Justificados pela Graça. Rm. 4.4,5; Gal. 5.4; Rm. 3.24; Tito 3.-7
Dinheiro algum deste mundo seria capaz de pagar a nossa culpa, demasiada a nossa
dívida e intolerável a nossa transgressão. Mesmo assim, o Senhor nos perdoou e justificou. Por
que o fez? Paulo nos afirma que fomos justificados por sua graça.
Esta justificação significa que Deus rasgou a cédula que havia contra nós cravando-a na
cruz do Calvário. Ele anulou a nossa "ficha", na qual os nossos débitos nos condenavam e
agora creditou em nossa conta o sacrifício expiatório de seu bem-amado Jesus Cristo.
A graça se manifesta em nossas vidas através da salvação que Deus nos proporciona. A
superabundante graça é experimentada através da provisão feita pelo Redentor para os que
anteriormente se encontravam debaixo da condenação da Lei.
É impossível a qualquer ser humano salvar-se pelas obras Tt. 3.5; Rom, 4.5,6; Ef. 2.8,9;
ou pela moralidade pessoal, Is. 64.6; Rom. 3.10 ou pela religiosidade, Fil. 3.3; At.7.36,50 ou por
mandamentos Tiago 2.10, Gal. 2.16-21. Salvação é exclusivamente pela graça. A graça de Deus
é uma força salvadora. Tito 2.1
Somente a graça explica o perdão que o Filho pródigo recebeu do Pai. Lc. 15.11-32.
Esse, pois, é o Deus que se mantém graciosamente disposto a perdoar tantos quantos o
busquem, ansiosos de uma reconciliação com ele.
É a graça que leva o Senhor a afirmar: "Com cordas de amor te atraí". Os. 11.4
Deus nos abriu uma porta nova, através da qual podemos entrar em um mundo
completamente novo, o mundo maravilhoso da vida de fé, o único meio pelo qual podemos
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agradar a Deus. Hb. 11.6, e gozar de suas plenas bênçãos como filhos amados. Nossa vida
somente pode ser vida de fé através da provisão da graça de Deus. II Pd. 3.18
Esta força operacional da graça é revelada nas vidas de homens e mulheres em toda a
Bíblia. Todos os heróis da fé começaram a sua caminhada com Deus cientes das suas próprias
fraquezas e incapacidades.
Era somente quando permitiam que a graça de Deus (o seu poder de capacitação)
operasse em suas vidas que eles conseguiam tornar-se o tipo de pessoas que Deus queria que
fossem e a cumprir o plano e o propósito que Deus tinha para suas vidas.
A ordem que o Senhor deu a Moisés não foi nenhuma tarefa medíocre. O Egito era o
império dominante da época. Era uma nação maligna, e Faraó, o seu líder satânico, possuía
uma autoridade incomum, era tido como divino. Todas as nações do mundo conhecido viviam
com temor de Faraó.
Quando Deus disse a Moisés para descer ao Egito e dizer a Faraó para libertar da
escravidão os Seus três milhões de pessoas, a resposta imediata de Moisés foi palavras
provenientes das suas fraquezas e incapacidades:
Mas com a GRAÇA de Deus, Moisés desceu de fato ao Egito, e com sinais e maravilhas
tirou o povo de Israel, assim como Deus lhe havia dito para fazer.
O chamado de Deus veio a Gideão para libertar o Seu povo dos exércitos
conquistadores dos medianitas. Israel havia conhecido somente derrotas durante muitos anos.
A resposta de Gideão foi de incapacidade:
"Mas senhor, replicou Gideão, se o Senhor está conosco, por que nos sobreveio tudo
iso? Onde estão todas as Suas maravilhas que nos contaram os nossos pais dizendo:
Porventura o Senhor não nos tirou do Egito? Mas agora o Senhor nos abandonou e nos
entregou nas mãos dos medianitas".
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Até mesmo quando o Senhor o encorajou e prometeu estar com ele, Gideão
respondeu: "Como posso salvar a Israel? Sou o menor membro da menor família da nossa
tribo" v. 15
Mas, a despeito dos seus temores e incapacidades, com a GRAÇA de Deus, Gideão
salvou a Israel. E ele o fez com somente um pequeno grupo de homens.
Antes que Paulo e Silas partissem juntos em sua viagem missionária, Igreja de
Antioquia orou por eles e "os encomendou ... à graça do Senhor", para obra que estava diante
deles.
Em nosso relacionamento com Deus a medida em que caminhamos com Ele a cada dia,
constantemente nos deparamos com situações adversas, a resposta de Deus à nossa fé é "A
minha graça te basta". O Seu poder de capacitação nos faz triunfar em todas as situações.
4.4.1. O crente é fruto da Graça de Deus. Ef. 2.8; Rm. 3.24 4.4.2. O crente é filho de
Deus pela Graça. João 1.12; Ef. 1.5,6
4.4.3. O crente é Co-herdeiro de Cristo pela Graça. Rm. 8.17; Gn. 3.29
Isto quer dizer que o caminho da graça é progressivo. Hoje podemos experimentar a
graça em maior porção que ontem. Amanhã, mais que hoje. E assim nunca cessaremos de ver
multiplicado em nosso viver a exuberante graça do Senhor.
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A graça de Deus é como um combustível que alimenta a nossa vida espiritual. A graça é
a "ração" cotidiana que nos toma bem nutridos. A graça aumenta o potencial de nossa energia
espiritual. Pela graça avançamos. Pela graça triunfamos. Sempre pela graça. Estamos debaixo
da graça Rm. 6.14. "Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da
lei, mas debaixo da graça".
Questionário
4. Faça uma exposição sobre a Graça de Deus na vida dos Heróis da fé.
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LIÇÃO 30
DOUTRINA DA LEI
Que nenhum homem será justificado pelas obras da lei. Rm. 3.10
Que a lei conduz o homem a morte e não a vida. Gl. 3.21; II Co. 3.6
Essa aparente contradição se dá pelo fato do apóstolo Paulo fazer uma abordagem a
partir, primeiro, da experiência histórica, e segundo também come judeu típico do primeiro
século, sujeito à lei.
Na verdade, o seu pensamento deve ser visto apenas como uma interpretação
teológica, feita por um pensador cristão.
Nesta abordagem Paulo fala de duas maneiras de justiça: o legalismo e fé. Israel
buscou a Lei da justiça, Rm. 9.31. Israel fracassou porque fez mau uso da lei. Fez da lei um
meio de obter a justiça, isto é, através dos seus próprios feitos e não por meio da fé, Rm. 9.23.
Assim, mostraram-se ignorantes da justiça que vem de Deus e é recebida pela fé; pelo
contrario, tentaram estabelecer sua própria justiça pelas obras, e não se sujeitaram à justiça
de Deus através da fé. Rm. 10.1-3
Para entender o pensamento de Paulo sobre o papel da lei, temos que interpretá-lo,
levando em consideração o fundamento da Religião do Velho Testamento, o judaísmo. A
essência da religião do Velho Testamento não pode ser caracterizado como legalismo, nem foi
a Lei dada como o meio de obtenção de um relacionamento justo com Deus através da
obediência. Pelo contrário, o pacto que precedeu a Lei, foi feito como um ato gracioso de
Deus, através do qual Israel foi constituído povo de Deus.
A Lei foi dada como o meio de unir Israel a seu Deus. A obediência à não constitui
Israel o povo de Deus; pelo contrário forneceu a Israel um padrão a ser obedecido, pelo qual o
relacionamento pactual tem que ser preservado. Assim o objetivo da Lei é estabelecer o
relacionamento da nação com Deus. Lv. 18.5 "o homem observando-as, viverá", isto é, gozará
das bênçãos de Deus. A vida não era uma recompensa adquirida; era em si uma dádiva de
Deus.
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ESCOLA DE DISCÍPULOS
Paulo representa uma interpretação cristã pura, que só pode ser entendida a partir da
perspectiva escatológica do próprio Paulo. Com Cristo, foi inaugurada a era messiânica. Em
Cristo, "as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". II Co. 5.17. Antes de estar em
Cristo Paulo entendia a Lei a partir do ponto de vista humano, isto é, nos termos dos padrões
da velha natureza e neste caso a Lei era a base das boas obras, que levavam ao orgulho e à
ostentação.
Com Cristo veio uma nova era, na qual a Lei desempenha um novo e diferente papel.
Paulo chama estas duas eras da Lei e do Evangelho de dois pactos. O velho pacto é o da
"letra", e é uma dispensação da condenação e da morte, enquanto o novo pacto é o do
Espírito, uma dispensação de vida e justiça. II Co. 3.6.
Paulo diz aos romanos: "telos gar nomou Christos eis dikaiosunem panti to pisteuonti".
Pois Cristo é o fim da Lei para justificar todo aquele que crê. Rm. 10A. Este versículo pode ser
interpretado de dois modos diferentes: "Cristo é o fim da Lei, como o objetivo de justiça para
todo aquele que crê". Isto é, Cristo trouxe a Lei ao seu fim, para que a justiça baseada na fé
possa sozinha estar ao alcance de todos os homens. Outra interpretação é: "Cristo é o fim da
Lei até onde concerne a justiça para todo aquele que crê. Isto é, a Lei não é, em si, abolida,
mas chega ao seu fim como um modo de justiça, pois, em Cristo, a justiça é pela fé, e não pelas
obras.
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ESCOLA DE DISCÍPULOS
A nova era em Cristo é a era da vida; e, desde que o crente foi identificado com Cristo
em sua morte e ressurreição, ele está morto para a antiga vida. incluindo a norma da Lei. Paulo
usa a metáfora de uma mulher sendo libertada de seu marido quando ele morre, e o aplica
dizendo que é o crente que morreu com Cristo, e que está, portanto, livre da Lei. Rm. 7.4.
Portanto não mais servimos a Deus sob servidão da Lei, mas com a nova vida do Espírito. Rm.
7.6. Atos aprova a Lei para os judeus cristãos. Atos 21.20; por esta razão Timóteo ao fazer
parte da obra missionária, teve que ser circuncidado, porque era meio judeu. At. 16.3. O
cristão gentio não está mais sujeito à Lei. "Pois nem a circuncisão nem a incircuncisão é alguma
coisa, mas sim o ser uma nova criatura". A circuncisão pertence ao velho pacto, e o homem em
Cristo foi crucificado para o velho pacto. Gl. 6.15. A Lei nunca foi dada para os gentios. Rom.
2.14,15. Paulo era judeu, portanto quando estava em um ambiente judeu, observava a Lei, I
Co. 9.20; mas como um homem em Cristo ele não estava sujeito à Lei, junto aos gentios, vivia
como se estivesse sem Lei. I Co. 9.21. Na verdade, porque a lei nunca.foi dada aos gentios. I
Co. 9.19-2:
A Lei é e permanece sendo a Lei de Deus. Rm. 7.22,25 "Porque segundo o homem
interior tenho prazer na lei de Deus". A Lei não é pecado, Rm. 7.7, "Que diremos, pois, é a lei
pecado? De modo nenhum ... ". A Lei é santa, justa e boa. Rm, 7.12 "A lei é santa e o
mandamento é santo, justo e bom", porque vem de Deus.
Paulo fala da Lei, usando duas palavras com sentidos diferentes: Ele usa a palavra
grega "nomes", que significa costume, de origem humana. Ele usa também a palavra "Torah",
que significa instrução ou ensinamentos divinos. Paulo quando se refere ao Velho Testamento,
usa TORAH, para se referir, no sentido mais amplo, a vontade de Deus em geral. E usa a
palavra NOMOS, para designar, num sentido mais restrito, "a lei dos mandamentos contidos
em ordenanças". Efésios 2.15.
Do ponto de vista judaico, a Lei é um padrão para a vida, e Paulo como judeu, viveu
irrepreensivelmente. FI. 3.6. A Lei vista por este ângulo, produz orgulho e ostentação, porque
leva o homem a confiar nas obras. E a ostentação é a essência do pecado, pois, na verdade ela
exalta o ego contra Deus.
Ajustiça humana adquirida através de obras, FI. 3.6 é, em si, uma negação da
verdadeira justiça; é "a minha justiça", FI. 3.9 e é, portanto uma base para a ostentação. Rm.
2.23; Ef. 2.9.
Se a Lei de fato contém a vontade de Deus, então aqueles que vivem em conformidade
com a Lei ganham a vida. Rm. 7.10. Aqueles que cumprem a Lei, serão justificados Rm. 2.13.
Porém, Paulo vai além do judaísmo. O judaísmo baseava a salvação na conformidade à Lei,
mas reconhecia que a maioria dos homens não segue a Lei. Portanto, tinha que misturar sua
doutrina da salvação pela obediência à Lei com a doutrina do perdão e do arrependimento,
pela qual Deus, em sua misericórdia, oferece a salvação aos homens, que são parcialmente
justo e parcialmente pecadores".
4. O Fracasso da Lei
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Embora a Lei seja a expressão justa e sagrada da vontade de Deus, ela fracassou em
transformar os homens em justos diante de Deus.
É impossível aos homens serem justificados pelas obras da Lei. Gl. 2.16 "Sabendo que o
homem não é justificado pelas obras da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido
em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé de Cristo e não pelas obras da Lei, porquanto
pelas obras da Lei nenhuma carne será justificada" .
5. A Reinterpretação da Lei
Reconhecendo o fracasso da Lei, Paulo chega a uma nova interpretação do papel da Lei
no propósito de Redenção por parte de Deus. Primeiro ele explica a incapacidade da Lei em
obter a salvação, mostrando que esta não era a intenção divina. A Lei é secundária à promessa,
e o modo de salvação de Deus pela fé é encontrado na promessa.
Ao escrever sua carta aos Gálatas, Paulo argumenta que Deus fez um pacto de
promessa com Abraão muito antes de dar a Lei a Moisés. GI. 3.15-18. Paulo esclarece que,
como um testamento humano válido não pode ser contestado ou alterado por acréscimos,
assim a promessa de Deus dada a Abraão não pode ser invalidada pela Lei, que veio mais
tarde. Este pacto era um pacto de promessa, a possibilidade de justiça através de obras é
excluída. A promessa não é mais promessa se tem algo a ver com a Lei.
Lei mostra que ela é pecado. Rm.7.7. Assim, a força do pecado é a Lei. I 15.56, pois é
apenas através da Lei que o pecado é claramente definido.
Rm. 7.24; II Co. 3.6. Na verdade não é a Lei, em si, que produz esta situação, mas
pecado no homem que faz da Lei um instrumento de morte. Rm. 7.l3. A dispensação da Lei
pode ser chamada de "dispensação da morte", II Co. 3.7; de escravidão mundo, Gl. 4.1-10, de
um pacto de escravidão, Gl. 4.21-31; de um período infância, quando se está sob o controle de
tutores. Gl. 3.23-26
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preocupação de Paulo nesta passagem, não é a natureza pecaminosa da Lei, mas a natureza
pecaminosa do homem.
6. A Permanência da Lei
Jesus findou a era da Lei e inaugurou a era de Cristo, que significa libertação da
servidão e o fim da Lei para o crente. Porém, está claro que Paulo sempre menciona a Lei
como santa, justa e boa, e ele nunca pensa nela como sendo abolida. Ela permanece sendo a
expressão da vontade de Deus.
Isto está claro devido a frequente afirmação de Paulo de que a redenção em Cristo
habilita os crentes, de algum modo, a cumprir a Lei. Em Cristo, Deus fez o que a Lei não
poderia realizar, a saber, condenou o pecado na carne, para que a justa exigência da Lei fosse
cumprida naqueles que andam segundo o Espírito Rm. 8.3,4. Aqui temos aparentemente um
paradoxo: libertando-nos da Lei, confirmamos a Lei. Rm. 3.31. É obvio que a nova vida em
Cristo habilita o crente a guardar a Lei não como um código externo, mas em termos de sua
mais alta exigência, isto é, no próprio ponto onde a Lei era impotente, por ser um código
externo. Por esta razão é que Paulo afirma que a ética cristã essencial é o amo que por sua vez
é uma dádiva do Espírito Santo. I Cor. l3; e quem ama cumpre Lei. Toda a Lei se cumpre em
uma única palavra: "Amarás o teu próximo como ti mesmo". Gl. 5.14. No lugar da Lei como
código externo, está, agora, a Lei d'" Cristo. Esta "nova Lei" não pode ser resumida a regras
específicas, mas vai muito além da legislação. Nenhum conjunto de regra pode fazer alguém
suportar o peso de outrem, Gl. 6.2; somente o amor pode nos ajudar a viver tal conduta.
Portanto, a Lei de Cristo, que é a Lei do Amor, cumpre toda a Lei Antiga. O verdadeiro amor,
não permite cometer adultério, mentira, roubo, cobiça ou qualquer outra coisa contra o
próximo. Rm. 12.8-10.
Assim, ele ensina aos gentios rejeitar o que é cerimonial, tais como a circuncisão, a
comida, as festas e até a guarda do sábado, pois estes são nada mais que uma sombra da
realidade que chegou com Cristo.
Questionário
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LIÇÃO 31
DOUTRINA DA FÉ
A fé significa uma total dependência de Deus. Quando Adão pecou, ele saiu da
dependência de Deus e entrou numa "in-dependência", que significa incredulidade.
Embora o Velho Testamento não tenha nenhum substantivo para fé, no entanto, há
três palavras que expressam nossa plena confiança em Deus.
a) A primeira palavra é EMUNAH, em Hc. 2.4. Esta palavra significa "fidelidade". Comparando
com Rm. 1.17, concluímos que realmente o profeta empregou o termo no sentido de fé.
b) A segunda palavra é BATACH, que quer dizer "confiar-se a" "apoiar-se" "confiar". O homem
que confia em Deus é alguém que fixa nele toda a sua esperança quanto ao presente e ao
futuro.
Duas palavras são empregadas em todo o Novo Testamento, a saber: pistis e o verbo
pisteuein.
1.2.1. A palavra "pistis" tem dois sentidos no Grego clássico, ela indica:
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No Novo Testamento a palavra fé tem sentido ativo, isto é, uma crença no testemunho
de outrem. FI. 1.27; II Co. 4.l3; II Ts. 2.l3 e também significa uma completa confiança em Deus
ou mais particularmente em Cristo com vistas à redenção do pecado. Rm. 3.22,25; GI. 2.16; Ef.
2.8; 3.12
2.1. É descrita como um Olhar para Jesus. João 3.14,15 (comp. Nm.21.9). É uma figura
muito apropriada, porquanto abrange vários elementos da fé, especialmente quando esta se
refere a um firme olhar para alguém, como na passagem indicada.
2.2. É representado também por fome e sede, comer e beber. Mt. 5.6; João 6.50-58.
Quando os homens têm de fato fome e sede espirituais, sentem que algo está faltando, têm
consciência do caráter indispensável daquilo que está faltando, e se esforçam para obtê-Ia.
Tudo isso é típico da atividade da fé. Quando comemos e bebemos, temos a convicção de que
o alimento e a bebida nos satisfarão. Da mesma forma quando nos apropriamos de Cristo pela
fé, temos confiança que ele nos salvará.
3. A Idéia de Fé na Bíblia
3.1.b) No período da Lei. A entrega da Lei não efetuou uma mudança na religião de
Israel, mas apenas introduziu uma alteração em sua forma externa. A Lei não substituiu a
Promessa; tão pouco a fé foi suplantada pelas obras. Claro que muitos israelitas viam a Lei com
espírito legalista e procuravam basear o seu direito à salvação num escrupuloso cumprimento
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da lei. No entanto, sabemos que, a essência da vida piedosa real consistia na confiança em
Deus.
3.2.b) Em Atos. Em Atos, verifica-se, que pela pregação dos apóstolos. os homens são
levados à obediência da fé em Cristo; e esta fé vem a ser o princípio formativo da nova
comunidade.
3.2.c) Em Tiago. Tiago teve que censurar a tendência judaica de conceber a fé como
um simples assentimento intelectual à verdade, fé que não dava o fruto apropriado. Sua idéia
da fé que justifica não difere da de Paulo, mas ele ressalta o fato de que esta fé tem que se
manifestar em boas obras. Se não, é fé morta, e de fato. inexistente. A Fé é uma ação de
obediência em resposta ao que Deus falou. A verdadeira fé é expressa em: 1) Obediência e
Ação; 2) ao nosso ouvir a Palavra de Deus.
4.2. Fé Miraculosa. Deus pode dar a uma pessoa um trabalho para fazer, que
transcende os seus poderes naturais, e capacitá-la para fazê-la. Para realizar uma obra dessa
espécie requer fé. Isso é bem patente nos casos em que o homem aparece apenas como um
instrumento de Deus. Mt. 17.20; Me. 16.17,18
4.4. Fé Salvadora. A verdadeira fé salvadora tem sua sede no coração e suas raízes na
vida regenerada. Essa fé é uma potencialidade produzida por Deus no coração do pecador.
Somente depois que Deus implantou a semente da fé no coração do homem é que ele pode
exercitá-Ia.
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5. Os Elementos da Fé
Ao falarmos sobre os elementos da fé, não devemos esquecer o fato de que a fé é uma
atividade do homem. Além disso, no exercício da fé, a alma funciona através das suas
faculdades comuns. Portanto, para se obter uma concepção da fé, é necessária distinguir entre
os vários elementos que ela compreende.
6. A Base da Nossa Fé
6.1. A Natureza de Deus. "Ao fazer a sua promessa a Abraão, já que não havia
ninguém maior por quem Ele pudesse jurar, Ele jurou por Si Próprio". Hb.6.13
6.1.a) Ele não pode mudar. "Eu, o Senhor, não mudo .. " MI. 3.6; Tg. 1.17
6.1.b) Ele não falha. "Sei que Tu podes fazer todas as coisas. Nenhum plano Teu pode
ser impedido" Jó 42.2; I Cr. 28.20
6.1.c) Ele não pode mentir. "Deus não é homem para que minta, nem filho do homem
para que mude de idéia. Porventura Ele fala e não age? Porventura Ele promete e não
cumpre? Tito 1.2; Nm. 23.19".
6.2. A Obra Redentora de Seu Filho. "Fixemos os nossos olhos em Jesus, o autor e
aperfeiçoador da nossa fé, o Qual, pela alegria que Lhe foi proposta, suportou a Cruz,
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desprezando a sua afronta e assentou-Se à destra do Trono de Deus". Hb. 12.2. Cristo tomou-
se a fonte da nossa fé em Deus.
6.3. A Palavra de Deus. "Os céus e a terra passarão, mas as Minhas Palavras nunca
passarão". Mt. 24.35; Is. 40.8. A Sua Palavra permanece para sempre. A fé vem quando Deus
traz uma palavra específica - de tudo o que Ele já disse - diretamente a nós, em nossas
circunstâncias.
" ... porque todos os que são nascidos de Deus venceram o mundo. Esta é a nossa
vitória que vence o mundo, a NOSSA FÉ. I João 5.4. "Amados, procurando eu escrever-vos com
toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a
batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos". Judas 1.3.
Temos certeza e convicção sobre o mundo espiritual e suas exigências, a nós impostas;
e isso nos vem pela fé.
Questionário
1. Qual é a marca do verdadeiro cristão?
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LIÇÃO 32
Jesus ordenou que todos os que cressem n'Ele fossem batizados. "Ai então Jesus veio a
eles e lhes disse: Toda autoridade no céu e na terra me foi dada. Portanto, ide e fazei
discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai.. e do Filho, e do Espírito Santo".
Mt. 28.18,19; Atos 2.38-41.
1.1. O Batismo no Mundo Gentílico. O batismo não era uma coisa nova nos dias de
Jesus. Os egípcios, os persas e os hindus tinham todos as suas purificações religiosas. O
batismo era um ritual de iniciação nas religiões pagã. Essas purificações pagãs, mesmo em sua
forma externa, têm muito pouco em comum com o nosso batismo cristão.
1.2. O Batismo entre os Judeus. Os judeus tinham muitas purificações, mas não
tinham caráter sacramental. O chamado batismo dos prosélitos tinha maior semelhança com o
batismo cristão. Quando gentios eram incorporados em Israel, eles eram circuncidados e, pelo
menos em tempos mais tarde também eram batizados. De acordo com as autoridades
judaicas, esse batismo tinha que se ministrado na presença de duas ou três testemunhas.
1.2.a) Semelhança entre os dois batismos: O batismo de João, como o batismo cristão,
(l) foi instituído pelo próprio Deus, Mt. 21.25; João 1.33; (2) estava relacionado com uma
radical mudança de vida, Lc. 1.1-17; João 1.20-30; (3) estava relacionados como perdão dos
pecados, Mt. 3.7,8; Me. 1.4; Luc. 3.3; (4) empregava o mesmo elemento material, água.
1.2.b) Diferenças entre os dois batismos: (1) o batismo de João pertencia à antiga
dispensação e, como tal, apontava para Cristo, no futuro; (2) batismo de João estava em
harmonia com a dispensação da lei, pois acentuava necessidade de arrependimento; (3) o
batismo de João foi exclusivo para os judeus e representava mais o particularismo do Velho
Testamento do que o universàlismo do Novo; (4) o batismo de João não era acompanhado dos
dons espirituais.
2.1. Foi Instituído Com Autoridade Divina. O batismo foi instituído por Cristo depois
que Ele consumou a obra de reconciliação. Ao instituir o batismo, tomou-o obrigatório para
todas as gerações subseqüentes. A grande comissão foi colocada nas seguintes palavras: "Ide,
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Concernente ao batismo ministrado pelos apóstolos, At. 2.48; 8.16; 10.48; 19.5; devemos
notar que embora haja uma variação nas preposições, por exemplo:
Atos 2.38 fala do batismo "epi toi anomai lesou Christou", não altera a forma, apenas
indica que o batismo foi realizado conforme a autoridade (ou ensino) de Jesus. Essa fórmula já
estava em uso quando a Didaquê (O Ensino dos Doze apóstolos) foi escrita (100 AD).
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de uma fé infantil como pré-condição para o batismo, ao passo que outros entendiam que o
batismo produz essa fé imediatamente.
4. O Modo do Batismo
(1) Ele morreu •. Eu morri com Ele. "Pois sabemos que o nosso antigo ego foi
crucificado com ele, a fim de que o corpo do pecado pudesse ser aniquilado para que não mais
fôssemos escravos do pecado - porque qualquer pessoa que morreu já foi liberta do pecado".
Rom. 6.6,7; (2) Ele foi Sepultado •.• Eu Fui Sepultado Com Ele. "Ou vocês sabem que todos
nós, os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em Sua Morte? Fomos,
portanto, sepultados com ele através do batismo na morte" Rom. 6.3,4; (3) Ele Ressuscitou ...
Tenho Uma Nova Vida N'Ele. " ... a fim de que, assim como Cristo ressuscitou dentre os
mortos através da glória do Pai, nós também pudéssemos viver uma nova vida. Se nos unirmos
com ele em Sua morte, certamente também nos uniremos com Ele em Sua ressurreição". Rm.
6.4,5; (4) Ele Subiu ao Céu .•. Também Subi Ao Céu N'Ele. "E Deus nos ressuscitou com Cristo
e nos assentou com ele nos lugares celestiais com Cristo Jesus" Ef. 2.6; Cl. 3.1. Água não tem
poder de purificar o pecador, quem nos purifica é o Sangue de Jesus.
5. Batismo de Criança
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Sobre a questão do batismo de Criança, se acha uma grande divergência entre algumas
igrejas evangélicas. As que defendem o batismo de crianças apresentam os seguintes pontos
de vista:
5.1. Primeiro: A aliança feita com Abraão era uma aliança espiritual e nesta aliança
espiritual incluía como sinal e selo a circuncisão. A circuncisão evidentemente era um rito que
tinha significação espiritual. Dt. 10.16; 30.6; Jr.4.4; 9.25;At.15.1
5.2. Segundo: Esta aliança ainda está em vigência, e é essencialmente idêntica à "nova
aliança" da presente dispensação. A unidade e continuidade da aliança em ambas as
dispensações segue-se do fato de que o Mediador é o mesmo. At. 4.12; 10.43; Gl, 3,16; a
condição é a mesma, a saber, a fé, Gn. 15.6; Rm. 4.3; Hb. 2.4
6.1. Primeiro: A circuncisão era apenas uma ordenança tipicamente mosaica , e como
tal, era destinada a extinguir-se. Colocar o batismo no lugar da circuncisão é simplesmente dar
continuidade à ordenança mosaica.
6.2. Segundo: Não existe em toda a Bíblia, sequer, uma ordem para batizar crianças;
há apenas suposições. O fato da criança não ser batizada em águas, não significa que ela está
excluída do povo de Deus.
6.3. Terceiro: O batismo está condicionado a uma fé ativa, que se revela numa
profissão de fé. Me. 16.16; At. 10.44-48. A Bíblia indica claramente que somente os adultos
que criam eram batizados.
6.4. Quarto: Segundo a Palavra de Deus, duas coisas são necessárias para uma pessoa
ser batizada: (1) Fé e (2) Arrependimento. Fé para crer que Jesus é o Filho de Deus. Crer que
Ele morreu por nossos pecados. Crer que Deus o ressuscitou dentre os mortos. Confessar Jesus
como Senhor de suas vidas. Arrependimento é mudança de atitude para com Deus. Me.
1.14;,15; antes éramos rebeldes, hoje somos submissos; antes éramos independentes, hoje
somos dependentes; antes vivíamos como queríamos, hoje vivemos como Ele quer. Ef. 2.2,3:
antes éramos senhores de nossas vidas, hoje Jesus é o Senhor.
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O batismo em água foi obviamente ordenado aos crentes. Mt.28.19. Jesus ordenou
que Seus discípulos fizessem discípulos e os batizassem. Nunca os ensinou a batizar crianças ou
não convertidos.
Fiquemos com as Escrituras. Que cada irmão apanhe a sua concordância e que
examine todas as referências ao batismo. Então verificará os seguintes pontos: a) não há na
Bíblia qualquer menção a batismo infantil. b) O batismo em água está reservado a pessoas
convertidas. É um erro supor que quando o evangelho é pregado em algum novo lugar, que
então é próprio que também se realize o batismo logo em seguida.
Os argumentos baseados na história, que incluem citações dos pais da Igreja, em favor
do batismo de infantes, são duvidosos, pelos seguintes motivos: a antes de tudo, quanto à
exatidão desses argumentos; b) mesmo que esses argumentos sejam exatos, a nossa fé e
nossa prática devem alicerçar-se exclusivamente sobre as Escrituras Sagradas.
Questionário
1. O batismo é uma ordenança. Explique isso.
13. Qual a orientação que devemos seguir, dos Pais da Igreja ou das Escrituras?
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LIÇÃO 33
Assim como havia analogias do batismo cristão em Israel, havia também analogias da
Ceia do Senhor. Não somente entre os gentios, mas também entre os israelitas, os sacrifícios
muitas vezes eram acompanhados de refeições sacrificiais. Isto era um traço característico das
ofertas pacíficas. Destes sacrifícios, somente a gordura ligada às entranhas era consumida no
altar; o peito movido era dado ao sacerdotes, e a coxa da oferta alçada ao sacerdote oficiante.
Lv. 7.28-34, enquanto que o restante era consumido numa refeição sacrificial para o ofertante
e seu amigos, desde que estivessem leviticamente limpos. Lv. 7.19-21; Dt.l2.7, 12. De maneira
simbólica, estas refeições ensinavam que, "justificados, pois, mediante a fé, temos paz com
Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo" Rom. 5.1. Expressam o fato de que com base no
sacrifício oferecido e aceito. Deus recebia Seu povo como hóspedes em Sua casa e se unia a
eles em jubilosa comunhão, a vida comunitária da aliança.
Era proibido a Israel tomar parte nas refeições dos gentios exatamente porque isto
expressaria sua lealdade a outros deuses. Ex. 34.15; Nm. 25.3,5; SI. 106.28. As refeições
sacrificiais, atestavam a união de Jeová com seu povo, eram ocasiões de júbilo e alegria, e,
nesta qualidade, às vezes sofriam abusos e davam lugar a orgia e bebedeira, I Sam. 1.l3; Pv.
7.14; Is. 28.8. O sacrifício da Páscoa também se fazia acompanhar de semelhante refeição
sacrificial.
Agostinho, embora falasse do pão e do vinho como o corpo e o sangue de Cristo, ele distinguia
entre o sinal e a coisa significada, e não cria numa transformação da substância.
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Durante a Idade Média o conceito Agostiniano aos poucos foi sendo substituído pela doutrina
da transubstanciação. No século onze, Lanfranc, fez a seguinte afirmação: "o verdadeiro corpo
de Cristo estava de fato nas mãos do sacerdote, e era partido e mastigado pelos dentes dos
fiéis". Esta concepção foi definida finalmente por Hildebert de Tours em 1.134 e designada
como doutrina da transubstanciação. Foi adotada formalmente pelo quarto Concílio de Latrão,
em 215. Mais tarde no Concílio de Trento, o assunto foi debatido e confirmado com as
seguintes palavras: "Pelas palavras de consagração, a substância do pão e do vinho é
transformada no corpo e no sangue de Cristo. Cristo completo está presente sob cada espécie
e sob cada partícula de uma e outra espécie. Cada pessoa que receber uma partícula da hóstia,
receberá o Cristo Completo".
Há vários nomes para a Ceia do Senhor, todos os quais são derivados da Escritura. São
os seguintes:
3.1. A Ceia do Senhor. Nome derivado de I Co. 11.20. Nos círculos evangélicos, este é o
nome mais comum. A ênfase especial recai no fato de que a Ceia é do Senhor. Não é uma ceia
para a qual os ricos convidam os pobres e depois os tratam mesquinhamente, mas uma festa
na qual o Senhor oferece provisão a todos com abundância.
3.2. A Mesa do Senhor. Este nome se acha em I Co. 10.21. Os gentios Coríntios faziam
suas ofertas aos ídolos e, depois dos seus sacrifícios, assentavam-se para as refeições
sacrificiais; e o que se infere é que alguns da Igreja de Corinto achavam que lhes era
permissível juntar-se a eles, entendendo que toda carne é igual. Mas Paulo assinala que
sacrificar aos ídolos é sacrificar aos demônios, e que se associar a essas refeições sacrificiais é
equivalente a exercer comunhão com os demônios.
3.3. O Partir do Pão. Esta expressão se acha em Atos 2.42; Atos 20.7. Embora seja uma
expressão que, com toda a probabilidade, não se refere exclusivamente à Ceia do Senhor, mas
também às festas do amor, certamente inclui também a Ceia do Senhor.
3.4. Ação de Graças. Este termo significa bênção, e está em I Co. 10.16: 11.24. Em
Mateus 26.26-27 lemos que o Senhor tomou um pão e abençoou, e tomou um cálice e deu
graças. Com toda a probabilidade, as duas palavras foram usadas uma pela outra e se referiam
a uma bênção e a uma ação de graças combinadas. O cálice da ação de graças e da bênção é o
cálice consagrado.
4.1. Ceia Como Um Memorial. Uma das características da Ceia é que ela representa
uma ou mais verdades espirituais. No caso da Ceia do Senhor, representa um memorial pois
lembra algo que aconteceu, neste caso, a morte de Cristo. Jesus disse: Fazei isto em memória
de mim".
4.1.a) A Ceia é uma representação figurada da morte do Senhor. I Co. 11.26. O fato
central da redenção, figurado nos elementos visíveis. As palavras "dado por vós" e "derramado
em favor de muitos", indicam uma analogia entre a Ceia e a morte de Cristo. A nova aliança
instituída por Jesus é um pacto de sangue. Deus aceitou o sangue de Cristo. Hb. 9.14-24;
portanto, comprometeu-se, por causa de Cristo, a perdoar e salvar a todos os que vierem a
ele.
4.1.c) A Ceia representa não somente a morte de Cristo como objeto de fé, que une o
crente a Cristo, mas também o efeito desse ato, dando vida, força e alegria à alma. Isso está
implícito nos elementos utilizados. Assim como o pão e o vinho nutrem e fortalecem a vida
corporal do homem, assim Cristo sustenta e revigora a vida da alma.
4.1.d) A Ceia retrata também a comunhão dos crentes uns com os outros. Como
membros do Corpo de Cristo, constituímos uma unidade espiritual, comemos o mesmo pão e
bebemos o mesmo vinho, I Co. 10.17; 12.13. Essa participação em conjunto exerce íntima
comunhão uns com os outros.
4.2. Ceia Como Simbolismo. A Ceia do Senhor não é somente um ato memorial, mas
também um símbolo. Em nossos dias esta visão foi perdida por muitos que têm um conceito
superficial da Ceia do Senhor, e a consideram apenas como um memorial de Cristo.
Memoriallembra apenas o passado, o que Cristo fez por nós, mas a Ceia também aponta para
o presente e para o futuro.
4.2.a) Símbolo do grande amor de Cristo, revelado no fato de que Ele se rendeu a uma
vergonhosa e amarga morte por nos. Ao participarmos da Ceia, devemos ter em mente que
Cristo Jesus nos ama com amor incomparável.
4.2. b) Símbolo não somente do amor e da graça de Cristo, mas também de uma
afiança onde é assegurada aos crentes a certeza de que todas as promessas da aliança são
suas.
4.3.c) Finalmente, a Ceia do Senhor é uma festa espiritual onde aqueles que comem o
pão e bebem o vinho professam sua fé em Cristo como o seu Salvador, e sua fidelidade a Ele
como o seu Senhor, e solenemente se comprometem a uma vida de obediência aos seus
divinos mandamentos. A expressão "qualquer que comer este pão, ou beber este cálice do
Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor" I Co. 11.20-34. O
apóstolo nos avisa contra os atos indignos e a atitude indigna ao participar da mesa do Senhor.
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Como pode alguém participar indignamente? Praticando alguma coisa que nos impeça de
claramente apreciar o significado dos elementos e de nos aproximarmos em atitude solene,
meditativa e reverente. No caso dos coríntios o impedimento era sério, a saber, a embriaguez.
5.1. Os Que Devem Participar da Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor não foi instituída
para todos os homens, indiscriminadamente, nem mesmo para todos os que acham espaço na
Igreja visível de Cristo, mas unicamente para os que se arrependem fervorosamente dos seus
pecados, confiam que estes foram cobertos pelo sangue expiatório de Jesus Cristo, e estão
desejosos de aumentar sua fé e de crescer num viver verdadeiramente santo. Os participantes
da Ceia do Senhor têm que ser pecadores arrependidos, prontos a admitir que, por si mesmos,
estão perdidos. Devem ter uma fé viva em Jesus Cristo, de modo que, para a sua redenção,
confiam no sangue expiatório do Salvador. Lembre-se, Jesus ministrou a Ceia unicamente aos
Seus seguidores professas; conforme At. 2.42,46.
5.2. Os Que Não Devem Participar da Ceia do Senhor. Nem todos os que se acham na
Igreja podem ser admitidos na mesa do Senhor. Devemos notar as seguintes exceções:
5.2.a) As Crianças. Embora tenham tido permissão para comer a páscoa nos tempos
do Antigo Testamento, não podem ter permissão para participar da mesa do Senhor, visto não
poderem satisfazer as exigências que se requerem para uma participação digna. Paulo insiste
na necessidade de exame próprio antes da celebração, quando diz: "Examine-se, pois, o
homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e beba do cálice", I Co. 11.28, e as crianças não
capazes de exarminar-se a si mesmas. Além disso, ele afirma que, para uma digna participação
da Ceia. e necessário discernir o corpo. I Co. 11.29, isto é, distinguir apropriadamente entre os
elementos utilizados na Ceia do Senhor e o pão comum, reconhecendo aqueles elementos
como símbolos do corpo e do sangue de Cristo. Somente depois de terem elas atingido a idade
da discrição é que poderão participar da celebração da Ceia do Senhor.
5.2.b) Os descrentes. Caso haja dentro dos limites da Igreja não tem direito de
participar da mesa do Senhor. A Igreja já deve exigir de quantos desejarem celebrar a Ceia do
Senhor uma confiável profissão de fé. Determinados grupos adotam a CEIA RESTRISTA, isto é,
celebrada somente para os membros que pertencem àquela denominação. Outros grupos
adotam a CEIA ULTRA-RESTRITA isto é, celebrada somente para os membros da igreja local.
Entendemos que Ceia é do Senhor, não pertence a determinada igreja ou denominação,
portanto, qualquer irmão que seja membro genuinamente da Igreja do Senhor e esteja em
plena comunhão com Deus e com a sua Igreja, pode participar da Ceia do Senhor .
Questionário
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