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Fernando Pessoa- Sonho.

Não sei quem sou neste momento


Biografia
 Fernando Pessoa, nasceu a 1888 (Lisboa) e morreu a 1935.
 Ficou orfão aos 5 anos
 Figura central do modernismo português.
 Poeta lírico e nacionalista.
 Temas tradicionais portuguesas e lirismo saudosista (saudosismo é a admiração
excessiva por aspectos do passado).
 Expressa reflexões do eu profundo, suas inquietações, solidão e tédio.
 Em 1915 fundou a revista Orpheu- ideiais futuristas, que defendia a liberdade de
expressão, numa época em que Portugal atravessava uma profunda instabilidade
político-social da primeira república.
 Só a partir dos 20 anos é que Fernando Pessoa começou a compro em português.
 Como sabemos, FP foi vários poetas ao mesmo tempo, tendo sido conhecido pelos
seus heterónimos (cada um como proprio mundo e personalidade, representando o
que lhe angustiava ou encantava).

Poema:
“Sonho” in Cancioneiro

Sonho. Não sei quem sou neste momento.

Durmo sentindo-me. Na hora calma

Meu pensamento esquece o pensamento,

Minha alma não tem alma.

Se existo é um erro eu o saber. Se acordo

Parece que erro. Sinto que não sei.

Nada quero nem tenho nem recordo.

N ão tenho ser nem lei.

Lapso da consciência entre ilusões,

Fantasmas me limitam e me contêm.

Dorme insciente de alheios corações,

Coração de ninguém.
Análise do Poema:
Primeiramente o poema abrange temas caracteristicos do cancioneiro, que é onde se
encontra o poema, tais como:

 o abandono e a solidão;
 a confusão entre o sonho e a realidade/entre o agora e o futuro;
 a fragmentação do eu e a busca pela identidade;

A partir da primeira estrofe conseguimos interpretar que:

 ele sonha, apesar de perder a sua identidade;


 tem incertezas sobre essa sua identidade e isso inquieta-o;
 quando sonha deixa de pensar, e nem alma sonha ter.

Na segunda estrofe:

 deixa-se cair em esquecimento, a vida parece um erro;


 considera-se vazio, não tem desejos, recordações ou destinos.

Na terceira estrofe:

 acaba com um pensamento dramático, que vai servir de conclusão para se lamentar de
si próprio;
 e diz também que dentro dele vive um coração abandonado por todos, alheio a todos
os outros corações “corações de ninguém”.

Recursos poéticos:
 3 estrofes com 4 quadra;
 Rimas alternadas (ABAB) e musicalidade;
 Lírico (envolve problemas existênciais);
 Linguagem simples e sóbria, melancolia, angústia a solidão;
 No “Cancioneiro” questiona-se a existência do ser humano, a qual orbita a ideia do
autor sobre o poema;
 O poema é da fase modernista de Fernando Pessoa.

Recursos Estilísticos:

Conclusão
O poema abrange a solidão e o abandono. Existe nele um conflito entre a realidade e os
sonhos. Desconhece o seu verdadeiro eu, que é dividido e fragmentado, fazendo com que
busque pela sua identidade.

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